Instituto Unimed doa kit maternidade para 90 mamães de comunidades de São Paulo

Por Vicente Arantes

O Instituto Unimed Nacional entregou 90 kits a gestantes e mamães participantes do Programa Boas-Vindas, que promove um ciclo de palestras sobre gestação, aleitamento materno e cuidados na primeira infância em três comunidades socialmente vulneráveis de São Miguel Paulista, Jardim Arpoador e Itaquera, na Região Metropolitana de São Paulo. O objetivo do programa é esclarecer dúvidas que rondam a cabeça das mulheres sobre maternidade.

Além de um mini enxoval, também foram entregues bolsas confeccionadas por mulheres da instituição Flor de Cabruêra, além de trocadores e bolsas impermeáveis desenvolvidos a partir de guarda-chuvas descontinuados, doados pela Rentbrella.

Programa Boas-Vindas ajuda mães e gestantes em São Paulo.

A empresa, que viabiliza o compartilhamento de guarda-chuvas na cidade de São Paulo, patrocinada pela Unimed Nacional, criou no ano de 2021 o projeto Guarda Mais Que Chuva, que desde então busca dar continuidade no ciclo sustentável do serviço oferecido de forma criativa. Em resumo, quando os guarda-chuvas chegam ao final de sua vida útil, a Rentbrella reaproveita as estruturas e transforma o tecido danificado em itens como Ecobags e necessaires.

Coordenador do Instituto, Gabriel Spinola ressalta que a parceria com a Rentbrella e a Flor de Carbruera fortalecem uma iniciativa que desempenha um papel social bastante importante nas comunidades. “Com as palestras, nós levamos informação a mulheres que muitas vezes não têm oportunidade de fazer um pré-natal corretamente ou ter um acompanhamento médico regular. E as roupas e acessórios doados é um carinho para essas mães e seus filhos, mas também reafirmam o nosso compromisso com   o consumo consciente e a economia circular.

Para Nathan Janovich, Fundador da Rentbrella, “é muito gratificante poder fechar esse ciclo sustentável e saber que outras pessoas irão se beneficiar com produtos feitos com tanto carinho e cuidado. Os itens que produzimos neste ano para o projeto foram muito bem pensados, as bolsas são lindas, super resistentes e possuem tecido hidrofóbico, o que deixa o material à prova d’água, facilitando o dia a dia de todas as mães que receberam o kit”.

90 kits maternidade foram distribuídos pelo Instituto Unimed.

Juíza reafirma decisão que permite catraca livre no metrô de São Paulo
Empresa havia pedido que justiça estipulasse mínimo de trabalhadores

Da Agência Brasil

A juíza do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT-SP) Eliane Aparecida da Silva Pedroso proferiu decisão na noite de hoje (23) que reafirma a permissão da adoção da catraca livre no Metrô durante a greve dos metroviários, e rejeita liminar requerida pela empresa ontem. O Metrô havia pedido que a justiça estipulasse um quantitativo mínimo de funcionários trabalhando durante a greve dos metroviários, iniciada na manhã de hoje.

Na decisão de ontem, reafirmada hoje, a juíza negou impor aos metroviários uma quantidade mínima de funcionários trabalhando durante a greve, e acatou a proposta dos grevistas de liberar as catracas para não prejudicar a população. Segundo proposta do sindicato, caso o Metrô concordasse em não cobrar tarifa dos usuários, a paralisação seria suspensa.

Hoje pela manhã, em carta encaminhada aos metroviários, a empresa disse que aceitaria abrir as catracas para suspender a greve. O governador Tarcísio de Freitas também usou as redes sociais para mostrar apoio à ideia.

No entanto, ao mesmo tempo que se manifestavam favoravelmente a suspensão da cobrança das tarifas, o governo do estado e o Metrô fizeram pedido, via mandado de segurança, no TRT, solicitando que a justiça proibisse a adoção da medida. O pedido foi aceito e deferido pelo desembargador plantonista Ricardo Apostolico Silva, que proibiu a liberação das catracas e estipulou que 80% dos metroviários trabalhassem durante a greve, nos horários de pico.

O governo e o Metrô dizem que agiram dessa forma porque os metroviários não compareceram para iniciar os trabalhos mesmo com a liberação das catracas. Os metroviários disseram que o Metrô não autorizou o início das operações e apresentaram vídeos mostrando os funcionários prontos para iniciar o funcionamento dos trens em várias estações.

“Procedeu temerariamente a requerente [Metrô], porque anunciou (aos grevistas e à população) que abriria as catracas, interpondo, ato contínuo, mandado de segurança e insurgindo-se contra a abertura das catracas SEM que isso lhe houvesse sido imposto judicialmente, tudo ao contrário do que tem alegado, inclusive no mandado de segurança que impetrou. Os trabalhadores, conduzindo-se em aparente boa-fé apresentaram-se aos postos de trabalho – anunciou-o a imprensa, com imagens – e a requerente ignorou o que havia espontaneamente prometido, ao pedir liminar que cassasse seu próprio ato de liberar as catracas (“seu”, porque dela partiu a notícia de liberação)”, disse Silva Pedroso na decisão da noite de hoje.

Ela afirmou ainda que o mandado de segurança não tem efeito sobre a sua decisão anterior, e reafirmou a validade de sua liminar de ontem, que possibilita a adoção da catraca livre. Ela acrescentou ainda uma multa, no valor de R$ 100 mil ao Metrô por prática antissindical.

“Reitero a negativa da liminar requerida pelo Metrô e reconheço, incidentalmente, a prática de conduta antissindical, punindo-o com multa de R$ 100 mil, em favor do requerido. Na reiteração, a atitude, além de reforçar a conduta antissindical, pode caracterizar desobediência à ordem judicial e desrespeito à justiça, atos passíveis de punição penal e civilmente”, diz a magistrada na decisão.

A magistrada reconheceu mais cedo, em audiência de conciliação, que poderia haver um conflito de decisões, caso ela decidisse que o mandado de segurança não teria validade. “Se mantiver a minha decisão, haverá duas decisões e o sindicato vai optar por aquela que é conveniente a ele”, explicou ao fim da audiência de conciliação.

Assembleia mantém greve

Em assembleia realizada na noite de hoje (23), os metroviários aprovaram a proposta do Ministério Público do Trabalho (MPT), apresentada no início da noite em audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), na capital paulista.

De acordo com os metroviários, caso o Metrô também aceite a proposta do MPT, até as 23 horas de hoje, os funcionários encerrarão a greve e voltarão ao trabalho imediatamente. Os metroviários decidiram ainda que irão suspender a greve caso o Metrô aceite liberar as catracas enquanto ocorrerem as negociações.

A proposta apresentada hoje pelo MPT contempla a realização de agenda de negociação da pauta e reivindicações, incluindo a Participação nos Resultados (PR) de 2023; pagamento do valor do abono de R$ 2,5 mil por trabalhador, por ano, de 2020 a 2022; cancelamento de punições e garantia de não retaliação dos grevistas; ausência de descontos dos dias parados, em razão da greve; e elaboração de uma cláusula de paz durante as negociações.

A proposta do MPT já foi rejeitada pelo Metrô logo após ser apresentada na mesa de negociação, no início da noite de hoje.

Ponto Facultativo

O governador Tarcísio de Freitas decretou ponto facultativo nas repartições públicas estaduais da capital paulista e região metropolitana nesta sexta-feira (24). A medida será publicada no Diário Oficial de amanhã. Também o prefeito Ricardo Nunes decretou ponto facultativo nas repartições públicas da capital, com exceção de serviços essenciais como Serviço Funerário, unidades de atendimento das secretarias de Saúde e Assistência Social, toda a rede municipal de ensino e a Segurança Urbana. A medida será publicada no Diário Oficial desta sexta-feira.

STF julga obrigação de sala de descanso para enfermeiros de São Paulo
Ação da CNSaúde questiona constitucionalidade da norma

Da Agência Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou, nesta quinta-feira (9), o julgamento sobre a legalidade de uma lei de São Paulo que obriga hospitais públicos e privados do estado a disponibilizar uma sala de descanso para enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem. Até o momento, o placar da votação é de 2 votos a 1 para a suspensão da lei. Após os votos de três ministros, a sessão foi encerrada e será retomada na quarta-feira (22). 

O caso está sendo julgado a partir de uma ação protocolada pela Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde), entidade que representa hospitais privados.

Entre as razões apresentadas, a CNSaúde alegou a inconstitucionalidade da norma por invadir a competência da União para legislar sobre obrigações para empregadores.

A Lei 17.234 foi sancionada em 3 de janeiro de 2020 pelo então governador Rodrigo Garcia e determina a criação das chamadas salas de descompressão, espaços para os profissionais descansarem após a realização dos atendimentos de emergência.

Durante o julgamento, o ministro Edson Fachin, relator do caso, votou para manter a validade da lei. No entendimento de Fachin, a Assembleia de São Paulo pode legislar sobre a matéria, pois não trata de trata de regime de trabalho, questão de competência da União.

“Trata-se de estabelecer um dever para ser mantido um espaço reservado para descompressão dos funcionários, medida que vai ao encontro da Política Nacional de Promoção da Saúde do Trabalho, o que é coerente com a Constituição”, afirmou o ministro.

Em seguida, o ministro Alexandre de Moraes abriu a divergência e entendeu que a lei é inconstitucional. Para o ministro, cabe ao Legislativo federal criar as regras, mesmo no caso de enfermeiros de hospitais públicos. “A iniciativa de lei para regular a relação de seus próprios servidores é do governador do estado, não é do deputado, gostemos ou não”, argumentou.

O entendimento foi seguido pelo ministro André Mendonça.

Unidades básicas de São Paulo intensificam ações de saúde da mulher
Semana especial é dedicada ao Dia Internacional da Mulher

Da Agência Brasil

A partir desta segunda-feira (6), as mulheres da cidade de São Paulo terão ações de cuidado intensificadas por meio do programa Avança Saúde Mulher em todas as 470 unidades básicas de Saúde (UBSs) da capital.

A iniciativa é voltada para a promoção em saúde de mulheres, cisgêneros e transexuais. A edição especial é dedicada ao Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março. No sábado (11), haverá um Dia D com abertura de todas as UBSs com oferta de exames, consultas e palestras.

As participantes terão disponíveis consultas de enfermagem e médica com coleta do exame Papanicolau e solicitação de mamografia, testes rápidos para sífilis, HIV e hepatite, triagem odontológica, vacinação com busca ativa, avaliação e aconselhamento nutricional, atualização do cartão da gestante e cadastramento no programa Mãe Paulistana, além de cadastramento do público elegível no programa Território Inclusivo.

Rodas de conversa

Haverá ainda rodas de conversa com especialistas sobre temas importantes como métodos contraceptivos, gravidez e puerpério, menopausa (climatério), saúde da população LGBTQIA+, pré-natal, saúde mental, doenças sexualmente transmissíveis e combate à violência contra a mulher.

Durante a semana, será intensificada a imunização contra o HPV (sigla em inglês para papilomavírus humano) para crianças e adolescentes com idade entre 9 e 14 anos, 11 meses e 29 dias. A vacina é fundamental na prevenção do câncer de colo de útero.

Na quarta-feira (8), as mulheres em situação de rua contarão com ação especial na UBS Cambuci, onde será ofertado o implante intradérmico, que é um método contraceptivo de longa ação. As equipes da unidade também farão busca ativa em toda a cidade para ampliar o acesso à assistência em saúde a essa população.

Em 2022, as edições do Avança Saúde registraram mais de 2,8 milhões de atendimentos nas UBSs da cidade com ações de cuidado, prevenção e promoção em saúde. Na plataforma Busca Saúde é possível encontrar a unidade mais próxima.