Presidente da Anahp fala sobre o hospital do futuro

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O cardiologista Evandro Tinoco, Balestrin, Knibel e o diretor da Amil Antonio Jorge Kropf

O presidente da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), Francisco Balestrin, falou, nesta sexta-feira (23), sobre “O Hospital do Futuro: o Futuro do Hospital” no encontro “Palestras de Excelência Médica”, promovido pelo Hospital São Lucas. O encontro teve a presença de representantes das entidades médicas, além das principais lideranças do setor de saúde.

Segundo o coordenador do evento, o médico Marcos Knibel, o debate sobre o atual modelo hospitalar e o uso das tecnologias em saúde estão na ordem do dia. “Devemos usar a tecnologia de ponta no ponto”, enfatizou Knibel.

Na avaliação do presidente da Anahp, o hospital do futuro precisará mudar sua forma de agir, mantendo-se flexível, respondendo rapidamente às demandas, buscando inovação e sempre trabalhando para equalizar qualidade, eficiência, segurança, custos e entrega de valor para o paciente.

“Esse contexto exige dos gestores investimento constante na ampliação das instalações, adaptação dos serviços, incluindo estrutura física e capacitação das equipes, bem como aquisição de novas tecnologias, com vistas a atender as demandas atuais. Isso tudo sem abrir mão do cuidado e da qualidade da assistência”, observa Balestrin.

“O Hospital do Futuro: O Futuro dos Hospitais” também será o tema central do 5º Conahp – Congresso Nacional de Hospitais Privados, que acontecerá de 22 a 24 de novembro, em São Paulo.

Sobre o São Lucas

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O HSL realiza 5 mil atendimentos de emergência por mês

Fundado em 1937, o Hospital São Lucas é um dos mais tradicionais da cidade e é modelo em medicina de alto padrão, com foco em atendimento de alta complexidade ao paciente adulto. A unidade realiza mensalmente 750 cirurgias, 140 procedimentos de hemodinâmica e mil internações.

O HSL é referência em diversas especialidades médicas, como cirurgia cardíaca, cirurgia vascular/endovascular, neurocirurgia, cirurgia de coluna, cirurgia de tórax, cirurgia geral, cirurgia bariátrica, cardiologia e radiologia intervencionistas, ortopedia e urologia, além de contar com um serviço de emergência 24 horas.

 

 

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Balestrin lembrou da preocupação constante de Edson Bueno em melhorar as condições do setor

 

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Cristina Mendes, do Hospital São Lucas, Francisco Balestrin e Marcos Knibel

Empresas de saúde valorizam Compliance, mas ainda é preciso avançar no engajamento

O impacto dos recentes acontecimentos no país envolvendo corporações em escândalos, problemas de ética, conflitos de interesses e corrupção – o que ocasionou, inclusive, a edição de uma lei com esse foco, a 12.846/2013 – levou empresas a passar a considerar o Compliance, antes visto como gerador de custos, um investimento para prevenir e mitigar riscos à sua reputação e estabilidade. Em saúde, o tema vem avançando bastante, mas ainda precisa sensibilizar e engajar. Além disso, o mecanismo deixou de ser apenas norteador de comportamentos, para ter relação estratégica com a sustentabilidade da cadeia produtiva, concluíram os partcipantes do debate Compliance em Saúde, que aconteceu na última terça-feira, 13, na Câmara de Comércio França-Brasil (CCIFB-RJ).

Promovido pela Med-Rio Check-Up – primeira clínica do Rio de Janeiro a lançar um Código de Conduta – e pelo escritório Siqueira Castro Advogados, o encontro reuniu as consultorias corporativas Mckinsey & Company, KPMG Internacional e Ernst & Young (EY). “O Compliance deve ser visto como um instrumento de transparência a fim de gerar segurança para quem contrata os serviços de saúde. Por isso, em nosso Código de Conduta, há um item esclusivamente dedicado ao cliente. Em saúde, o acesso às informações – como procedência dos prestadores de serviços, nível de qualidade dos testes e currículo de um médico – pode evitar passivo para as empresas”, ressaltou Gilberto Ururahy, fundador e diretor-médico da Med-Rio.

Segundo Bernardo Lemos, sócio-diretor de Práticas de Auditoria Interna, Riscos e Compliance da KPMG, entre empresas dos segmentos Saúde e Financeiro, os principais riscos no campo do Compliance envolvem fraude, corrupção e lavagem de dinheiro (63%); gestão de terceiros (63%); conflito de interesses e informação privilegiada (63%); e tecnologia (45%). Os dados foram extraídos de aferição que a consultoria faz há dois anos – a Pesquisa Maturidade do Compliance no Brasil –, com a finalidade de sondar a eficiência da aplicação dessa ferramenta pelas organizações. Segundo Lemos, um dos principais desafios é garantir a independência do Compliance nas empresas.

Para Christiana Souto, consultora da McKinsey & Company, quando se fala em Compliance na saúde, o paciente é pouco citado. “Ele hoje está mais empoderado, informado, é tomador de decisões e influenciador. E mais: opera o sistema a seu favor. O que é o Compliance do ponto de vista do paciente? É preciso observar que o brasileiro superutiliza o sistema de saúde. Em 2014, fizemos três vezes mais ressonâncias magnéticas que os ingleses”, ressaltou Christiana, no debate, lembrando que é importante pensar na sustentabilidade dos sistemas de saúde, algo discutido no mundo todo.

5% da população consumiu drogas em 2015, diz ONU

De acordo com um relatório da Organização das Nações Unidas  (ONU) divulgado nesta quinta-feira (22), 5% da população mundial consumiu algum tipo de droga em 2015, o que se traduz em aproximadamente 250 milhões de pessoas, e pelo menos 190 mil morreram neste mesmo ano por causas diretas relacionadas com entorpecentes. As informações são da Agência EFE.

O Relatório Mundial sobre Drogas da ONU, divulgado hoje em Viena, mostra especial preocupação pela situação de 29,5 milhões de pessoas que sofrem com transtornos graves pelo consumo de drogas, incluída a toxicodependência, e que são os mais vulneráveis.

Só uma de cada seis pessoas que requer tratamento por estes transtornos recebe assistência, a maioria nos países desenvolvidos, aponta o reporte elaborado pelo Escritório das Nações Unidas contra a Droga e o Delito (UNODC).

O número de consumidores de drogas se mantém estável há cinco anos, mas os responsáveis pelo relatório advertem que o mercado das drogas está se diversificando com o surgimento de novas substâncias mais potentes e perigosas.

“Aumentou a situação de risco para a saúde pela diversificação e a potência de novas substâncias”, explicou em uma coletiva de imprensa Angela Me, coordenadora do relatório.

A especialista usou como exemplo o fentanil, um analgésico em pó que é até 50 vezes mais potentes que a heroína e que causou numerosas overdoses nos EUA nos últimos anos.

A maconha é a droga mais consumida, com 183 milhões de usuários em 2015, mas os opioides, entre eles a heroína, seguem sendo as substâncias mais nocivas e as que causam mais mortes.

“O consumo de opioides está associado ao risco de overdose fatais e não fatais, ao risco de contrair doenças infecciosas (como HIV e hepatite C) devido à prática perigosa de consumo de drogas por injeção”, aponta o relatório.

O diretor da UNODC, Yuri Fedotov, aponta no relatório que “a nível mundial foram registradas pelo menos 190 mil mortes prematuras – na maioria dos casos, evitáveis – provocadas pelas drogas, na maioria  atribuídas ao consumo de opioides.”

As estimativas do relatório sobre mortes são muito conservadoras, como reconheceu a própria ONU, se levar em conta que só nos EUA houve 52,4 mil mortes por overdose em 2015.

Cerca de 35 milhões de pessoas consumem opiáceos (substâncias que procedem da papoula, como heroína e morfina) ou opioides (substâncias químicas de efeito análogo, como metadona).

Este grupo de drogas, segundo o relatório, “representaram 70% dos impactos negativos para a saúde associada com transtornos por consumo de drogas no mundo todo.”

Em uma situação especialmente arriscada estão as 12 milhões de pessoas que se injetam opioides como a heroína.

Delas, “uma de cada oito (1,6 milhões) está vivendo com HIV e mais da metade (6,1 milhões) com hepatite C, enquanto cerca de 1,3 milhão sofrem tanto com hepatite C como com HIV”.

“Geralmente, morre o triplo de pessoas que consumem drogas por causa da hepatite C (222 mil) do que pelo HIV (60 mil)”, explica o repórter.

Os consumidores de cocaína chegam a cerca de 17 milhões, os de “ecstasy” são 21,6 milhões, enquanto os de anfetaminas são calculadas em 37.

O relatório aponta que há indícios de um maior consumo de cocaína nos EUA e Europa, os dois maiores mercados, e que aumentaram os casos de tratamento por consumo desta droga.

O relatório aponta que as anfetaminas, que são estimulantes sintéticos, são a segunda causa de tratamento, atrás dos opioides, por transtornos causados pelo consumo de drogas.

O texto também mostra que as “novas substâncias psicoativas”, das quais até 2015 eram mais de 700 tipos, podem supor riscos para a saúde porque sua composição não costuma estar padronizada e pode conter elementos muito nocivos.

Estas novas substâncias sintéticas imitam os efeitos de certas drogas tradicionais, como a maconha, e ao ser mais baratas costumam ser mais atrativas para alguns consumidores.

Além das mortes, o relatório aponta para a perda de “anos de vida sã” pelas mortes prematuras e a incapacidade causada pelo consumo de drogas.

Encontro reunirá consultorias para debater a importância do Código de Conduta na saúde

As consultorias internacionais Mckinsey & Company, KPMG Internacional e Ernst & Young (EY) se reunirão, nesta terça-feira, 13 de junho, no Rio de Janeiro, em debate sobre o impacto do Compliance nas instituições e empresas de saúde. O tema ganhou mais atenção no Brasil após as operações que investigam desvios e corrupção envolvendo os setores público e privado. Organizado pela Med-Rio Check-Up e pelo escritório Siqueira Castro Advogados, o evento Compliance em Saúde tem apoio da Câmara de Comércio França-Brasil (CCIFB-RJ), onde será realizado, da Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro (Amcham Rio) e do LIDE Rio de Janeiro (Grupo de Líderes Empresariais).

Elevado ao topo das prioridades estratégicas no mundo corporativo, o Compliance entra fortemente no setor de saúde. A Med-Rio Check-Up é a primeira clínica do Rio de Janeiro a lançar um Código de Conduta, que dá ênfase a aspectos que vão do respeito ao cliente a preocupações que refletem a crise de ética e os escândalos em que o país mergulhou. Na Med-Rio, o conjunto de regras impõe tolerância zero com práticas ilícitas e condutas antiéticas de funcionários, prevendo punições para casos de corrupção (ativa e passiva), bem como situações que envolvem conflito de interesses.

“Uma cultura empresarial ética é a base fundamental de uma empresa sustentável. O código reflete nossa crença em que conduzir negócios de maneira ética e transparente é o único jeito de se trabalhar”, diz Gilberto Ururahy, diretor-médico da Med-Rio Check-Up, que atende a mais de 400 empresas nacionais e multinacionais, tendo feito mais de 100 mil check-ups médicos em executivos, em 26 anos de atuação.

Denúncia com embasamento

Um fator importante diz respeito ao bom uso dos canais de denúncia nas empresas. “A materialidade dos fatos é fundamental. É preciso refinamento, para não haver uso indevido por ocasião de disputas internas ou em busca de algum benefício. Um indício é bem diferente de haver provas de algum desvio. O Complianece prevê procedimentos e tratamentos para cada caso e deve estar em conformidade com as políticas da empresa”, ressalta Marina Mantoan, gerente sênior da área Serviços de Investigação de Fraudes e Disputas da EY.

Respeito ao Cliente, uma prioridade

O setor de saúde apresenta riscos específicos, como a interação frequente com fornecedores: “Alguns fatores devem ser observados, por exemplo o laboratório onde o sangue é analisado, os equipamentos para exames e o próprio cuidado no atendimento. Empresas não devem contratar serviços de saúde para seus executivos sem checar e conhecer profundamente os prestadores de serviço. A falta de prevenção pode gerar passivos trabalhistas e onerar as companhias”, ressalta Gilberto Ururahy.

Serviço:

Debate: Compliance em SaúdeMckinsey & Company, KPMG Internacional e Ernst & Young (EY)

Quando: 13 de junho, terça-feira, das 9h às 11h

Onde: CCIFB-RJ – Avenida Presidente Antônio Carlos, 58, 10º andar.

Informações e inscrições: eventosrj@ccfb.com.br