Especialização em saúde amplia conhecimento profissional e melhora atendimento ao paciente

A capacitação médica é capaz de beneficiar tanto o profissional de saúde quanto a sociedade. Porém, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), menos de 2% do investimento global em saúde é destinado a treinamento. Pensando nisso, o Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) ampliou sua atuação no mercado educacional, oferecendo novas turmas para os seus cursos de pós-graduação e de extensão este ano.

Os cursos contam com um corpo docente especializado, composto por médicos e pesquisadores de renome nacional e internacional. A equipe promove aulas tanto teóricas quanto práticas para proporcionar aos alunos situações comportamentais similares as que encontrarão na assistência.

Arnaldo Prata, Diretor de Ensino do Instituto, reforça a importância de participar de uma qualificação profissional com uma política de cuidado e humanização. “Nossos cursos oferecem desde conhecimentos gerais – com atividades teóricas e práticas – até a abordagem mais temática de cada especialização”, explica.

O especialista Sérgio Augusto Cabral, responsável pela coordenação de pós-graduação do IDOR, destaca as aulas práticas realizadas nos hospitais da Rede D’Or São Luiz.  “Lá, os alunos têm a oportunidade de acessar equipamentos de última geração”, finaliza.

Cursos de pós-graduação:

Terapia nutricional: Único curso de especialização multiprofissional no Rio de Janeiro e específico para a terapia nutricional. O curso é focado no aperfeiçoamento do conhecimento técnico e científico das áreas de Nutrição, Farmácia, Enfermagem e Medicina na aplicabilidade da terapia nutricional, além de estimular o raciocínio crítico e a perspectiva da análise de custo efetividade, contribuindo para o desempenho profissional, diferenciando o profissional no mercado de trabalho. Carga horária de 400 horas e com duração de 12 meses.

Cursos de Extensão:

Emergências médicas: O curso apresenta os principais temas do atendimento na unidade de emergência, com foco nos aspectos práticos e usando recursos de interação professor-aluno. As aulas se baseiam em casos reais do dia a dia da emergência. Os casos são usados para discussão. Oferece ainda treinamento prático em técnicas de ressuscitação cardio- respiratória. O objetivo principal é apresentar ao aluno os aspectos práticos mais importantes do atendimento de emergência médica. Carga horária de 22 horas, com 5 dias de duração.

Cuidados Paliativos: O curso visa a apresentação de conceitos básicos sobre cuidados continuados, cuidados paliativos e tratamento da dor, nas melhores práticas preconizadas pela OMS, a fim de capacitar o profissional de saúde no cuidado ao paciente com indicação de assistência em cuidados continuados e cuidados paliativos. Carga horária de 40 horas, com 4 dias de duração.

Cuidados paliativos e controle dos sintomas em oncologia: Atualização profissional no conteúdo relacionado aos cuidados paliativos oncológicos com foco no controle do sintoma e tratamento da dor. Carga horária de 16 horas, com 2 dias de duração.

Nutrição em cirurgia bariátrica: O curso foi desenvolvido no intuito de orientar e qualificar estudantes e profissionais da área de nutrição no atendimento de pacientes obesos durante o pré e pós-operatório de cirurgia bariátrica. Tem como objetivo capacitar e atualizar estudantes e profissionais de nutrição na prática clínica, no atendimento de pacientes obesos submetidos a cirurgia bariátrica a curto, médio e longo prazo. Carga horária de 08 horas, com 1 dia de duração.

Imersão em arritmias cardíacas: Curso teórico-prático com ênfase em análise de eletrocardiograma que tem o objetivo de capacitar clínicos, cardiologistas e intensivistas no diagnóstico eletrocardiográfico das arritmias cardíacas. Carga horária de 14 horas, com 2 dias de duração.

Todos eles contam com vagas. Mais informações pelo telefone (21) 3883-6000, ramal 2305. Atendimento realizado de segunda a sexta-feira, das 10h às 18h. Ou pelo e-mail secretaria.ensino@idor.org.

Vacina contra a gripe está disponível a partir de hoje para toda a população

A partir de hoje (5), a vacina contra a gripe está disponível para toda a população. Com 76,7% do público-alvo vacinado, o Ministério da Saúde orientou estados e municípios a ofertar a vacina para todas as faixas etárias, enquanto durarem os estoques. A medida só é válida neste ano e foi adotada porque ainda há um estoque disponível de 10 milhões de doses. Cada estado ou município tem autonomia para decidir sobre a liberação da vacina.

A campanha vai até sexta-feira (9). A meta é de vacinar 90% do público-alvo, mas, até o momento, nenhum grupo prioritário atingiu o índice, que inclui crianças de 6 meses a menores de 5 anos; pessoas com 60 anos ou mais; trabalhadores de saúde; povos indígenas; gestantes e puérperas (mulheres até 45 dias após o parto); população privada de liberdade; funcionários do sistema prisional; pessoas com doenças crônicas não transmissíveis ou outras condições clínicas especiais; e professores.

O ministério alerta sobre a importância do público-alvo ainda se imunizar para evitar a gripe e seus possíveis agravamentos e ressaltou que a ampliação do público nesta última semana da campanha ocorrerá porque ainda há doses disponíveis. O Amapá é o único estado que atingiu a meta até este momento, com 95,6% do público-alvo vacinado.

A vacina disponibilizada pelo Ministério da Saúde desde o dia 17 de abril protege contra os três subtipos do vírus da gripe determinados pela Organização Mundial da Saúde para este ano (A/H1N1; A/H3N2 e influenza B). Segundo a pasta, estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% e 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza.

De acordo com o ministério, é fundamental que as pessoas se vacinem neste momento para estarem protegidas durante o inverno, quando os diversos vírus da influenza começam a circular com maior intensidade. O organismo leva, em média, de duas a três semanas para criar os anticorpos que geram proteção.

Tabagismo custa R$ 56,9 bilhões por ano ao Brasil

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Taxa de fumantes no país caiu de 15,7% para 10,2% na última década

O Brasil tem prejuízo anual de R$ 56,9 bilhões com o tabagismo. Desse total, R$ 39,4 bilhões são gastos com despesas médicas e R$ 17,5 bilhões com custos indiretos ligados à perda de produtividade, causada por incapacitação de trabalhadores ou morte prematura.

A arrecadação de impostos com a venda de cigarros no país  é de R$ 12,9 bilhões, o que gera saldo negativo de R$ 44 bilhões por ano, revela o estudo Tabagismo no Brasil: Morte, Doença e Política de Preços e Esforços, feito com base em dados de 2015. O trabalho foi apresentado hoje (31), Dia Mundial sem Tabaco, pelo Instituto Nacional do Câncer José de Alencar Gomes da Silva (Inca), em evento no Rio de Janeiro.

A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é a enfermidade relacionada ao tabagismo que mais gerou gastos aos sistemas público e privado de saúde em 2015, com R$ 16 bilhões. Doenças cardíacas vêm em segundo lugar, com custo de R$ 10,3 bilhões. Também entraram no levantamento o tabagismo passivo; cânceres diversos, entre os quais o de pulmão; acidente vascular cerebral (AVC) e pneumonia.

Em 2015, morreram no país 256.216 pessoas por causas relacionadas ao tabaco, o que representa 12,6% dos óbitos de pessoas com mais de 35 anos. O estudo informa ainda que, desse total, 35 mil foram vítimas de doenças cardíacas e 31 mil de DPOC. O câncer de pulmão é o quarto motivo de morte relacionado ao tabagismo, com 23.762 casos. O fumo passivo foi a causa de morte de 17.972 pessoas.

A diretora-geral do Inca, Ana Cristina Pinho, destaca que o tabagismo é a principal causa de mortes evitáveis no mundo. “O Brasil é um dos pioneiros nessas políticas e os números mostram uma relação direta entre o controle do tabagismo e a redução da prevalência de determinados tipos de câncer, relacionados a esse hábito. São doenças absolutamente evitáveis, é um problema mundial, mas a conscientização acerca dos males relacionados ao tabagismo só vem aumentando, e os governos precisam adotar políticas de Estado, de nação, para efetivamente buscar essas estratégias de redução do uso do tabaco.”

Novas medidas

O estudo fez uma simulação para os próximos 10 anos com a elevação de 50% no preço dos cigarros. Essa medida evitaria mais de 130 mil mortes, 500 mil infartos, 100 mil AVCs e quase 65 mil casos de câncer, além de ganhos econômicos de R$ 97,9 bilhões com o aumento da arrecadação tributária e a diminuição dos gastos com a saúde e da perda de produtividade.

Segundo o ministro da Saúde, Ricardo Barros, que participou do evento por videoconferência, essa é uma das medidas em discussão no governo. “Há uma proposta do aumento de 50% no preço dos cigarros, que implicaria em redução do consumo. Mas, se houver muito contrabando, não teremos o efeito que queremos com o aumento do preço e perderemos o controle da qualidade. Os cigarros contrabandeados representam mais da metade do consumo no Brasil e, evidentemente, não esão sob controle da nossa vigilância sanitária”.

O ministro disse que outra medida é proibir os aditivos de sabores ao cigarro, pois, segundo ele, esse é um subterfúgio para atrair adolescentes para o consumo de tabaco. “Foi uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária [Anvisa] para proibir os aditivos de sabor ao cigarro. Foi judicializado pela indústria do tabaco e está sob julgamento no Supremo Tribunal Federal, sob relatoria da ministra Rosa Weber. Está com pedido de vista. Temos feito visitas, já fui pessoalmente, e temos insistido com a Advocacia-Geral da União para agilizar isso.”

Vigitel

Também foram apresentados hoje os dados da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2016) relacionadas ao tabagismo. De 2006 a 2016, a prevalência de fumantes na população caiu de 15,7% para 10,2%. Homens fumam mais do que mulheres em todas as faixas de escolaridade, indo de 17,5% para homens e 11,5% para mulheres com até oito anos de estudo e caindo para 9,1% dos homens e 5,1% das mulheres com mais de 12 anos de estudo.

Por faixa etária, a prevalência é 7,4% entre jovens com menos de 25 anos e 7,7% entre idosos com mais de 65. A faixa com mais fumantes, 13,5%, é a de adultos entre 55 e 64 anos. Entre as capitais, Curitiba tem a maior proporção de fumantes (14%), seguida de Porto Alegre (13,6%) e São Paulo (13,2%). A menor prevalência é em Salvador, com 5,1% de fumantes.