Parque de Madureira recebe 1ª caminhada pela doação de órgãos do Norte D’Or
Quase 72 mil pessoas aguardaM por um novo órgão

Da Redação

Na manhã desta sexta-feira (03), o Hospital Norte D’Or promove, no Parque de Madureira, sua primeira caminhada em prol da doação de órgãos. Médicos e funcionários da unidade vão esclarecer dúvidas sobre todo o processo, desde a captação do órgão até o transplante. A partida será  às 8h, com concentração no Portão 2 do parque. Ainda haverá uma tenda com material explicativo para quem deseja ser doador. Diretor do hospital, Ricardo Calado explica que o objetivo da caminhada é levar informação confiável às pessoas, para esclarecer mitos que ainda permeiam o senso comum e acabam influenciando as famílias na hora de aprovarem a doação de órgão de um parente.

Em média, 45% de potenciais doadores notificados não são autorizados pelas famílias. Na maioria dos casos, é o desconhecimento sobre o processo a principal razão da negativa. Entre as dúvidas mais comuns estão como ocorre a definição de prioridade na lista de espera e as condições para ser um doador. “Cada doador pode ser responsável por salvar até 8 vidas. Por isso que a nossa campanha se intitula quando a vida se multiplica, pois cada transplante realizado é uma vida que é salva”, ressalta o diretor.

Até junho, segundo relatório trimestral da ABTO, quase 72 mil pessoas aguardavam por um novo órgão, o que representa um crescimento de 11% em comparação com o mesmo período do ano passado. Em 2024, cerca de 3.700 pessoas morreram enquanto aguardavam por um transplante. “Esses números reforçam a necessidade de conscientizar as famílias sobre a importância de autorizar a doação de órgão”, afirma Dr. Ricardo.

Serviço

1ª Caminhada de Sensibilização para Doação de Órgãos do Norte D’Or
Quando: 03 de outubro, às 8h
Local: Parque de Madureira, em frente ao Portão 02

Quinta D’Or promove caminhada solidária em prol do transplante de órgãos
Mais de 51 mil pessoas aguardam na fila de espera por um órgão

 

Da Redação

Nesta terça-feira (27), para celebrar o Dia Nacional da Doação de Órgãos, o Quinta D’Or promove uma caminhada solidária na Quinta da Boa Vista, com a participação de médicos, doadores e transplantados. A iniciativa é uma celebração à vida e também quer mostrar como a doação abre novos horizontes para quem recebe o órgão. Segundo dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), atualmente mais de 51 mil pessoas aguardam na fila de espera por um órgão e 1.469 faleceram ao longo do primeiro semestre enquanto aguardavam por um transplante. Coordenador e cirurgião do transplante de fígado dos Hospitais da Rede D`Or, Lúcio Pacheco ressalta que é preciso sensibilizar mais a sociedade sobre a importância de autorizar a doação do órgão de um familiar. Ele observa que o desconhecimento sobre o processo ainda gera muitas dúvidas. “O percurso do órgão, desde a doação até o transplante, é composto por uma série de etapas que garantem a sua segurança e transparência. Cada consentimento familiar ajuda a salvar uma vida”, afirma. A caminhada começará às 10h e partirá do portão na Rua Almirante Baltazar. Após o ato, haverá uma missa de Ação de Graças na capela do hospital.

Hematologista vai liderar unidade de Transplante de Medula e de Terapia Celular da Clínica São Vicente
Com mais de 30 anos de profissão, Vanderson Rocha alerta para necessidade de aumentar as doações de sangue

 

Vanderson também vai liderar a unidade de Transplante de Medula e de Terapia Celular da São Vicente, que será inaugurada no ano que vem

 

Da Redação

Pela primeira vez em mais de 30 anos de carreira, o hematologista Vanderson Rocha vai atender no Rio de Janeiro. Professor Titular de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular da Universidade de São Paulo, consultor de Hematologia na Universidade de Oxford, no Reino Unido, e coordenador médico nacional de Transplante de Medula Óssea/Terapia Celular na Rede D’Or São Luiz, em São Paulo, Vanderson vai reforçar a equipe da Oncologia D’Or e atender às sextas-feiras na São Vicente. Em meio aos diversos impactos provocados pela pandemia, como afastamento de pacientes de consultas e exames de diagnóstico precoce, o hematologista alerta que é preciso que as pessoas voltem a doar sangue. “A transfusão de sangue salva vidas em cirurgias de emergências, mas também de pacientes oncológicos, principalmente os oncohematológicos”, afirma.

Vanderson relata que a pandemia provocou uma queda expressiva no número de doações nos hemocentros, que chega a variar de 15 a 30%. No caso dos pacientes com cânceres hematológicos, como leucemia, a doação é ainda mais essencial, pois a demanda por transfusão costuma ser maior, porque a doença se origina na medula óssea, região onde o sangue é produzido. “É preciso reforçar para a sociedade como é importante o ato de doar sangue”, destaca.

A pandemia ainda afetou a realização de transplante de doações de medula. Segundo dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, de janeiro a junho deste ano foram realizados, houve uma queda em torno de 17% de 2019 (3.805) para 2020 (3.195). Felizmente, os números deste ano já demonstram uma retomada, de janeiro a junho foram realizados 1.583 transplantes de medula contra 1.302 no mesmo período do ano passado. “Aos poucos estamos retomando o fluxo de antes da pandemia”, observa.

Terapia celular

Vanderson também chega ao Rio com uma importante missão, liderar a futura unidade de Transplante de Medula e de Terapia Celular da São Vicente, que será inaugurada no ano que vem. “Vamos ser um centro de referência no país”, afirma o hematologista, que aponta que o futuro dos tratamentos hematológicos são as terapias celulares avançadas, como a chamada CAR-T Cells. Elas são células de defesa do organismo, que são extraídas e moldadas em laboratório para combaterem o tumor. Depois, são infundidas de volta ao paciente, ou seja, agem reprogramando as próprias células do paciente contra a doença.

Ele fala sobre o futuro da hematologia com conhecimento de causa. Em paralelo às consultas e cirurgias, o hematologista desenvolve um vasto trabalho de pesquisa. Ele já publicou mais de 300 artigos científicos, coordenou o grupo de leucemias do grupo europeu de transplante de medula óssea e desenvolveu estudos sobre de transplante simples e duplo de células do cordão umbilical. “Hoje, sem dúvida nenhuma, a terapia celular avançada é a esperança para pacientes com leucemia, linfoma ou mieloma que não respondem aos tratamentos tradicionais, como quimioterapia e transplante de medula”, afirma.

Glória D’Or realiza o primeiro transplante
Foi uma doação de rim intervivos, de mãe para filha

 

30 pacientes já estão cadastrados no programa de transplante do Glória D’Or

 

Da Redação

 

A doação de rim de uma mãe para filha foi o primeiro caso de transplante de órgão realizado no Glória D’Or. A cirurgia foi realizada pela equipe do urologista Ricardo Ribas. A paciente recebeu alta, quarta passada. Ela estava há quase dois anos na lista de espera por um órgão, mas eram baixas as chances de encontrar um doador falecido compatível.

Felizmente, ela pode receber o órgão doado pela mãe. Outros 30 pacientes já estão cadastrados no programa de transplante do Glória D’Or, que tem investido para se tornar um centro de referência no Brasil. Atualmente são mais de 25 mil pessoas a espera por um rim no país, o que representa cerca de 57% do total de pacientes na fila por um transplante.