Uerj será ponto de vacinação drive-thru contra a Covid-19
As vacinas serão aplicadas no campus da universidade a partir de 1º de fevereiro

 

O reitor em exercício, Mario Sergio Alves Carneiro (ao centro), se reuniu com o secretário de Saúde, Daniel Soranz (à direita), para traçar a logística de vacinação drive-thru no campus Maracanã da Uerj

 

A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) será um dos principais pontos de vacinação drive-thru contra a Covid-19 na cidade do Rio, com capacidade para imunizar mais de mil pessoas por dia. A parceria foi acertada em reunião na tarde da última terça-feira (26), na sede da Prefeitura Municipal, com a presença de representantes da Uerj e da Secretaria Municipal de Saúde (SMS-Rio).

A vacinação será realizada no campus Maracanã da Uerj, a partir do dia 1º de fevereiro, sempre de segunda a sexta-feira, das 9h às 15h, de acordo com as faixas etárias determinadas pelo Plano de Vacinação do Ministério da Saúde, seguindo o calendário divulgado pela SMS-Rio.

Dessa forma, na próxima segunda-feira (1º), o drive-thru da Uerj começará a vacinar os idosos a partir de 99 anos. O calendário prevê uma idade por dia, ou seja, já na terça-feira (2), serão vacinados aqueles com 98 anos; na quarta-feira (3), os que possuem 97 anos; na quinta-feira (4), os com 96 anos, e assim se seguirá nos outros dias.

Para o reitor em exercício, Mario Sergio Alves Carneiro, é uma alegria e um orgulho a Uerj poder ajudar no processo de vacinação, prestando esse serviço à população. “A Uerj entende que a universidade tem que estar junto à população nesse momento. Temos uma área de Saúde muito importante e todos esses profissionais estarão trabalhando para vacinar a nossa população dentro das orientações da Campanha Nacional de Vacinação. Com o sistema de drive-thru, a pessoa não precisará sair de dentro do carro”, afirma.

O secretário Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, afirmou que a parceria com a Uerj é fundamental. “A Uerj vai ser um dos principais locais de vacinação do Rio de Janeiro. Então, fica todo o meu agradecimento a todos da universidade que estarão ajudando nessa campanha de vacinação”, declara.

Parceria Uerj e SMS-Rio
A Uerj disponibilizará a estrutura física do local, além de uma equipe de mais de 100 pessoas, que inclui profissionais e estudantes da área de Saúde da Universidade, o Departamento de Segurança e Saúde do Trabalhador (Dessaude), vinculado à Superintendência de Gestão de Pessoas (SGP), entre outros setores da Prefeitura dos Campi envolvidos.

A Prefeitura do Rio enviará as vacinas que recebeu do Ministério da Saúde e os demais insumos necessários para a vacinação, como seringas, agulhas, isopor, termômetro e gelo para o correto acondicionamento das vacinas. Além disso, disponibilizará as tendas que serão montadas na área externa da Universidade, onde acontecerá a vacinação.

Para receber a dose do imunizante é preciso apresentar um documento de identificação com foto. Vale lembrar que o drive-thru da Uerj – ao contrário dos demais pontos de vacinação da cidade –, não funcionará aos sábados.

Para quem for se vacinar: a entrada dos carros será feita obrigatoriamente pelo Portão 4 da instituição, que fica situado na Rua Turfe Clube. Já a saída será feita pelo Portão 5, localizado na Rua São Francisco Xavier.

Sempre confira as datas e público-alvo

Consulte a data de vacinação de cada faixa etária dos idosos que serão imunizados nas próximas semanas.
Terminada essa etapa, com previsão de quatro semanas, a vacinação drive-thru na Uerj continuará a seguir o cronograma de datas/faixas etárias estipuladas pela SMS-Rio.

Vacina para os trabalhadores de saúde 

Os profissionais de saúde da Uerj com mais de 60 anos continuam sendo vacinados contra a Covid-19 nas dependências da Policlínica Piquet Carneiro (PPC) e do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe), de acordo com os critérios de prioridade contidos no planejamento da Prefeitura do Rio, até essa sexta-feira (29).

Desde a última quarta-feira (27), o procedimento vem ocorrendo das 10h às 14h, na PPC, seguindo todos os protocolos de segurança necessários. No Hupe, o atendimento é das 8h às 14h. A recomendação é levar um documento original com foto e o comprovante dos conselhos de classe: médicos, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas, biomédicos, farmacêuticos, odontólogos, fonoaudiólogos e demais áreas da saúde.

Alunos e professores em home office “furam fila” da vacina no HC de SP.
Prefeitura reclama de "privilégio" no HC

Do UOL

Embora existam na capital paulista postos de saúde e hospitais ainda sem previsão de receber a vacina contra a covid-19, estudantes de medicina, funcionários da administração e professores do Hospital das Clínicas trabalhando em home office foram imunizados nesta semana com as doses distribuídas pelo governo do estado. Na ultima terça, o secretário de Saúde do estado de São Paulo, Jean Gorinchteyn, afirmou que o governo vai priorizar a vacinação dos profissionais de saúde que estão na linha de frente, pois “infelizmente”, não há doses para todos os trabalhadores da saúde.

O UOL teve acesso à lista com os nomes das pessoas escolhidas pelo HC para receberem o imunizante da CoronaVac, entre elas estudantes e profissionais que não atuam na linha de frente no combate ao coronavírus, viu em redes sociais publicações e fotos de professores e alunos sendo vacinados, conversou com um deles e com médicos que testemunharam a imunização de quem não deveria estar, pelos critérios do governo, no início da fila.

“Não sou grupo de risco, já peguei covid e ainda devo estar com anticorpos. Mais do que isso, não atuo na linha de frente no combate à pandemia. Vou ao HC apenas algumas vezes na semana para supervisão no curso de Fisioterapia Esportiva, em que poucos pacientes são do grupo de risco”, afirmou um aluno pós-graduando em uma postagem no Instagram em que exibe uma carteirinha de vacinação. O nome dele está na lista consultada.

“Concordando ou não com a estratégia de vacinação dessas primeiras doses, fui e fiz minha parte. Vamos seguir na expectativa e cobrança para o acesso o quanto antes dos grupos prioritários”, disse o rapaz. “Baita organização do @hospitalhcfmusp. Menos de 2 min que entrei já estava vacinado.”.

Um médico que conversou com a reportagem sob a condição de não se identificar contou que, na quarta-feira, um de seus alunos deixou de ir ao estágio no hospital para se vacinar no HC. Ele disse ter ficado ainda mais indignado ao saber que a professora dos alunos que estagiam com ele —que está trabalhando de casa— receberá a vacina também. “Eu recebo as alunas das docentes, ensino no campo, só tenho contato com a professora por videochamadas. Eu formo para ela, mas ela é vacinada antes de mim”, afirmou.

Segundo relatos feitos à reportagem por outros profissionais que também pediram anonimato, há professores e alunos ligados ao Fofito, o Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da faculdade de medicina, sendo vacinados no hospital. Uma professora da fonoaudiologia compartilhou uma mensagem de áudio em um grupo de médicos no WhatsApp dizendo ter sido convocada por e-mail para ser vacinada. Caso recusasse, disse ela, a opção seria esperar a chegada da vacina a um posto de saúde.

Prefeitura reclama de “privilégio” no HC

O governo do estado de São Paulo enviou lotes da CoronaVac à Prefeitura de São Paulo nesta semana para imunizar trabalhadores da linha frente nos hospitais da cidade. O HC, no entanto, apresentou seu plano de vacinação diretamente ao governo estadual, que encaminhou as doses ao hospital, referência no tratamento à covid-19.

Para isso, HC montou 30 estações no centro de convenções do complexo. “Em outros hospitais, profissionais que enfrentaram a pandemia desde o começo, trabalhando em UTIs, podem ficar sem o imunizante”, afirmou o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, à colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo. “Há declarações de que até funcionários do setor administrativo receberam vacina. Não somos contra o HC, somos a favor de ter critérios que priorizem os da linha de frente.”

Promotorias investigam casos de ‘fura fila’ da vacina em seis estados
Associação Nacional de Desembargadores cobra fiscalização para evitar novos casos

 

Casos de irregularidades estão sendo investigados em pelo menos seis estados do Nordeste

 

Com informações da Folha de S. Paulo

As Promotorias de pelo menos seis estados do Nordeste abriram investigações para apurar relatos de pessoas que furaram a fila da vacina contra a Covid-19nos primeiros dois dias de imunização. Os casos foram registrados em dez cidades de seis estados – Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe e Bahia. Na região Norte, na cidade de Manaus, a vacinação foi suspensa em meio a investigação sobre irregularidade na aplicação das doses.

À Folha os Ministérios Públicos afirmaram que instauraram procedimentos para apurar cada caso e analisar se houve o cometimento de crime ou ato de improbidade administrativa. O Ministério da Saúde recomenda que o primeiro lote da vacina, enviado aos municípios a partir desta segunda-feira (18), seja prioridade para trabalhadores de saúde, indígenas, deficientes internados e idosos abrigados. Entre os vacinados, estão os prefeitos das cidades de Candiba (BA), Pombal (PB) e Itabi (SE) e o vice-prefeito de Juazeiro do Norte (CE).

Em Candiba, o prefeito Reginaldo Prado (PSD) foi o primeiro a tomar a vacina durante o evento organizado pela prefeitura. Com 60 anos de idade, ele não faz parte do grupo prioritário da primeira fase, mas justificou a decisão de ser primeiro a ser imunizado para incentivar as pessoas.

“Eu tomei [a vacina] não preocupado com meu bem-estar e sim em encorajar e incentivar as pessoas. Não senti dor e após 24h estou sem qualquer mal-estar”, afirmou o prefeito em um vídeo em uma rede social. Candiba tem 14,3 mil habitantes e recebeu 100 doses da vacina de Covid-19.

A justificativa foi a mesma do prefeito de Itabi, Júnior de Amynthas (DEM). Amynthas foi o primeiro a tomar vacina no município sergipano.

No Ceará, o médico e vice-prefeito de Juazeiro do Norte, Giovanni Sampaio, recebeu a vacina nesta terça-feira. Segundo a prefeitura, Sampaio faz parte do grupo prioritário por continuar atuando na rede de saúde como médico obstetra.

Presidente da ANDES tem que irregularidades afetem a credibilidade da vacinação

A Associação Nacional de Desembargadores (ANDES) divulgou nota em que cobra dos Ministérios Públicos Estaduais investigação dos casos, bem como destaca a importância da fiscalização para evitar que eles se repitam. Segue abaixo a nota na íntegra.

A Associação Nacional de Desembargadores (ANDES) manifesta publicamente sua profunda preocupação com notícias que vêm sendo publicadas nos veículos de imprensa denunciando casos de pessoas sendo vacinadas que não estariam dentro dos grupos prioritários.

Uma dessas denúncias provocou, inclusive, a suspensão da vacinação em Manaus.

É fundamental que os Ministérios Públicos Estaduais investiguem imediatamente esses casos, para que a credibilidade da campanha não seja colocada em xeque. O início da vacinação trouxe esperança à população brasileira de que logo o país supere essa pandemia mundial.

Entretanto, essas denúncias expõem um triste cenário, onde vantagens particulares prevalecem sobre o interesse público. Também é primordial que os órgãos responsáveis mantenham uma rigorosa fiscalização para evitar que tais situações se repitam. Não se pode permitir que o plano de vacinação se torne mais uma grave crise ética no país, com desdobramentos judiciais.

Marcelo Buhatem
Des Presidente da ANDES

 

 

Entidades de saúde cobram informações sobre vacinação contra Covid-19
Instituições destacam que vacinas oferecidas são insuficientes para imunizar o público prioritário

 

 

Da Redação

Cientes de que as 183 mil doses destinadas inicialmente a Goiás não serão suficientes para a imunização do público prioritário, incluindo os trabalhadores da saúde, entidades representativas dos hospitais, laboratórios, clínicas de imagem, bancos de sangue e demais estabelecimentos de serviços de saúde privados goianos solicitaram informações ao Estado e aos municípios sobre a vacinação dos profissionais de saúde destas instituições contra a Covid-19.

A Federação dos Hospitais, Laboratórios, Clínicas de Imagem e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás (Fehoesg), Sindicatos federados (Sindhoesg, Sindimagem e Sindilabs-GO e a Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) enviaram ofícios às Secretarias de Saúde do Estado e da capital solicitando informações sobre a distribuição das doses e o calendário de vacinação.

“As 183 mil doses da CoronaVac que o Estado de Goiás recebeu são suficientes para vacinar 87 mil pessoas do grupo prioritário, atendendo idosos e profissionais da saúde. Nossos trabalhadores estão na linha de frente do atendimento desde o início da pandemia, por isso, precisamos ter transparência no uso da vacina”, diz a presidente da Fehoesg e do Sindilabs-GO, Christiane do Valle.

A Secretaria de Saúde de Goiânia já solicitou à Fehoesg as informações sobre o número de trabalhadores de cada estabelecimento, incluindo profissionais de saúde e equipes de apoio, como recepcionistas, maqueiros e trabalhadores da área de limpeza. Esses dados devem ser enviados ao órgão ainda hoje, 21.

Com esse trabalho conjunto e transparência na distribuição da vacina em todo o Estado, a presidente da Fehoesg visa alcançar a proteção do maior número possível de trabalhadores da saúde e evitar riscos de uso inadequado da vacina, como já denunciado em outros Estados brasileiros.