Varejo investe em ferramentas antifraudes para evitar golpes em período natalino

O Natal é uma data muito esperada pela maioria dos brasileiros, ainda mais para o comércio varejista do país, pois é um período voltado para compras de presentes e renovação como férias, móveis, eletrônicos, turismo entre outros produtos e serviços. Neste fim de ano muitos comerciantes precisam estar atentos aos golpes financeiros digitais. No período natalino, o varejo online prevê movimentar R$ 51,2 bilhões, pois espera-se que 40% dos consumidores comprem pela internet, segundo pesquisa do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito).

De acordo com SPC Brasil houve um aumento significativo no uso do cartão de crédito. Isto demonstra uma mudança nos hábitos da população e, consequentemente, um aumento nas transações com cartões de crédito e débito, mas é preciso avaliar bem os dados e informações para que no meio destas compras, fraudadores não tenham sucesso com golpes online.O uso de cartões de crédito nessa época é algo preocupante, já que no país mais de 30% dos consumidores dizem que já foram vítimas de fraudes com cartões, o que coloca o Brasil entre os 10 países no ranking de fraudes com cartões, segundo pesquisa Global Consumer Card Fraud 2016, feita pela Aite Group/ ACI. Para Eduardo Tardelli, CEO da upLexis, é importante ter a tecnologia como aliada no combate a esse tipo de ação criminosa.

Tardelli explica que existem algumas medidas importantes como a liberação do cartão de crédito pelas operadoras no momento de uma compra, deve haver uma validação prévia do perfil da pessoa física ou jurídica, inclusive do limite do crédito antes da aprovação. Já em uma validação online (e-commerce), alguns dados são fundamentais para garantir que não haja fraude de identidade, principalmente com a confirmação de dados cadastrais e informações adicionais que possibilitem comprovar que o comprador é mesmo quem diz ser.

Desenvolvida pela upLexis, a plataforma upMiner é altamente utilizada na busca de evitar fraudes diversas, principalmente no que diz respeito a verificar identidade falsa, histórico da pessoa, validação de dados em um processo de cadastro, concessão de crédito, localização de pessoas/devedores, entre outros. Como exemplo, o usuário pode agregar os dados vindos dos relatórios da Serasa com aqueles extraídos de fontes públicas como Receita Federal, fazer consultas com identificador de CPF ou de CNPJ e acesso a mais de 150 milhões de processos judiciais. ”Os resultados na diminuição de fraudes são visíveis quando utilizada a ferramenta upMiner, devido a sua facilidade, diversidade, rapidez nas consultas realizadas em mais de 600 fontes de informações extraídas da web”, finaliza Tardelli.

Outra solução também utilizada por varejistas é a ferramenta da Konduto, primeira empresa do mundo a monitorar todo o comportamento de navegação e compra de um usuário em uma loja virtual ou aplicativo mobile e, com isso, calcular a probabilidade de fraude em uma transação online. Por meio do algoritmo de machine learning, a startup compila e cruza todas as informações para serem avaliadas e faz uma análise minuciosa dos dados e transações suspeitas. A empresa leva em consideração informações “básicas” da análise de risco, como geolocalização, dados cadastrais e características do aparelho utilizado na compra utilizado na compra (fingerprint), gerenciamento de regras condicionais e revisão manual. No final do processo, a ferramenta entrega um relatório completo para os lojistas, em tempo real, com a orientação para o e-commerce: aprovar, revisar ou negar a compra.

Em setembro, vendas no varejo crescem 0,5%

Em setembro de 2017, o comércio varejista nacional mostrou acréscimo de 0,5% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências, compensando o recuo de 0,4% em agosto último, quando interrompeu quatro meses consecutivos de expansão, período em que as vendas acumularam ganho de 2,3%. A receita nominal cresceu 1,1%. Com isso, a média móvel trimestral para o volume de vendas no varejo ficou estável (0,1%) no trimestre encerrado em setembro de 2017.

Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior, o total do comércio varejista apontou crescimento de 6,4% em setembro de 2017, acelerando o ritmo em relação a agosto (3,6%). Assim, os índices do varejo foram positivos tanto para o fechamento do 3ºTri de 2017 (4,3%), como para o acumulado janeiro-setembro (1,3%), ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, ao recuar 0,6% em setembro de 2017, prosseguiu em trajetória de recuperação, iniciada em outubro de 2016 (-6,8%). Nessa comparação, a receita cresceu 4,5%.

No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, as vendas registraram variação de 1,0% em relação a agosto de 2017, mantendo trajetória de crescimento pelo quarto mês consecutivo, período que acumulou ganho de 4,0% na série com ajuste sazonal. Na comparação com setembro de 2016, o varejo ampliado registrou avanço de 9,3%, quinta taxa positiva consecutiva nessa comparação. No que tange às taxas acumuladas, os resultados foram: 2,7% no acumulado do ano e de -0,1% nos últimos 12 meses.

Período Varejo Varejo ampliado
Volume de vendas Receita nominal Volume de vendas Receita nominal
Setembro/ Agosto* 0,5% 1,1% 1,0% 1,3%
Média móvel trimestral* 0,1% 0,4% 0,5% 0,6%
Setembro 2017 / Setembro 2016 6,4% 4,5% 9,3% 7,0%
Acumulado em 2017 1,3% 2,0% 2,7% 2,8%
Acumulado em 12 meses -0,6% 2,2% -0,1% 1,8%
*ajuste sazonal

Embalagens case-ready ajudam varejistas a se tornarem mais competitivos

Alessandra-Souza
Alessandra Souza

Nos últimos anos, vem sendo registrada uma crescente queda no consumo de carne bovina em todo o mundo, seja pelos altos preços ou pela preocupação com uma alimentação mais saudável. Ainda assim, a carne bovina continua sendo extremamente importante para os varejistas. De acordo com o estudo “Global Food Retailer Beef Insights”¹, solicitado pela Sealed Air e realizado pelo Martec Group, a carne bovina é responsável por uma média de 30% a 50% do faturamento do setor de carnes e de 2% a 5% do total da receita da loja. Na Austrália e no Brasil, é a proteína mais vendida nos supermercados.

Para se manterem competitivos, os varejistas precisam tomar decisões estratégicas que atendam tanto a necessidade de redução de custos, quanto a entrega de produtos seguros e de qualidade, capazes de conquistar a atenção e preferência dos consumidores. Soluções de embalagens inovadoras podem ser ótimas aliadas para ajudar aos varejistas a atenderem às necessidades dos seus clientes.

As embalagens do tipo case-ready, que já chegam prontas do frigorífico para serem colocadas diretamente nas gôndolas do varejo, são soluções ideais que satisfazem tanto as demandas dos varejistas como as vontades dos consumidores. O produto, que pode ser embalado no sistema de vácuo ou com atmosfera de proteção, já vem porcionado e padronizado, possui data de validade estendida e garantia de origem. A carne não necessita de manipulação adicional, o que reduz o risco de contaminação cruzada, os custos com mão de obra e, consequentemente, gera aumento da receita.

De acordo com a pesquisa, no Reino Unido, 90% dos supermercadistas já adotaram as embalagens case-ready e apenas 10% ainda mantém o porcionamento em loja. Na Austrália, essa tendência se confirma: representam entre 70% e 80% do mercado, enquanto os açougues nas lojas de varejo apenas 20% e 30%.

Já nos Estados Unidos, esta adequação está em fase de transição. Pelo menos 40% a 50% das lojas ainda oferecem o atendimento no balcão, enquanto 50% a 60% já aderiram às embalagens que saem do frigorífico direto para a gôndola. No Brasil essa prática ainda é incipiente, mas está ganhando força. As embalagens case-ready representam apenas de 20% a 30% do mercado, enquanto os açougues dentro das lojas ainda se destacam com uma representação de 70 a 80%.

Essa é uma tendência mundial e para que os varejistas se mantenham no setor de forma competitiva é importante que se preparem. Prova disso é que enquanto as case-ready têm ganhado espaço, os açougues dentro das lojas estão retraindo. Segundo o estudo, além da eficiência e todos os benefícios da solução, a procura por carnes embaladas e falta de mão de obra qualificada para manter o atendimento no balcão, têm impulsionado a mudança do serviço.

¹ O estudo Global Food Retailer Beef Insights ouviu os principais supermercadistas nos Estados Unidos, Reino Unido, Austrália e Brasil, em 2016.

*Alessandra Souza é líder de marketing para carne vermelha na América Latina da Sealed Air Food Care