Vendas na Black Friday devem cair pela primeira vez em cinco anos
Previsão é da CNC, descontada a inflação do período

 

Da Agência Brasil

As vendas da promoção Black Friday devem apresentar neste ano a primeira queda, desde 2016, se for descontada a inflação acumulada em 12 meses. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o dia de promoções, marcado para 26 de novembro, deve ter um recuo de 6,5% em relação ao ano passado.

A CNC espera que as vendas cheguem a R$ 3,93 bilhões no país. É o maior valor nominal desde que a data foi incorporada ao calendário do varejo nacional. Mas como a inflação em 12 meses acumula variação de 10,67%, em termos reais a Black Friday deverá ter uma queda em relação ao ano anterior.

Na edição de 2020, foi registrado um valor nominal de vendas de R$ 3,78 bilhões, que superaria os R$ 4 bilhões se o montante fosse corrigido pela inflação.

A expectativa é que mais da metade das receitas venha dos setores de móveis e eletrodomésticos (R$ 1,10 bilhão) e de eletroeletrônicos e utilidades domésticas (R$ 906,57 milhões).

Outros segmentos com expectativa de receita relevante são hiper e supermercados (R$ 779,09 milhões) e de vestuário, calçados e acessórios (R$ 693,12 milhões).

A CNC coletou diariamente mais de 2 mil preços de itens agrupados em 34 linhas de produtos ao longo dos últimos 40 dias, encerrados em 16 de novembro. Desses, 26% revelaram tendências de redução de preços no período – percentual abaixo dos 46% observados às vésperas da Black Friday de 2020, quando a taxa de inflação era de 3,9%.

Vendas de veículos caem 24,5%, anuncia a Anfavea
Falta de componentes derruba produção

 

Da Agência Brasil

As vendas de veículos novos caíram 24,5% em outubro na comparação com o mesmo mês de 2020. Segundo  balanço divulgado hoje (8), em São Paulo, pela Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), foram emplacados 162,3 mil unidades. No acumulado de janeiro a outubro, entretanto, há um crescimento de 9,5% em relação ao mesmo período do ano passado, com a comercialização de 1,7 milhão de veículos.

Segundo o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, a retração das vendas em outubro é um reflexo das dificuldades enfrentadas pela indústria, como a falta de componentes, em escassez mundial. A previsão é que esses problemas continuem a impactar as atividades do setor até o ano que vem. “2022 continuará sendo um ano de grandes desafios na entrega de semicondutores no setor automotivo”, acrescentou.

Caminhões

O crescimento das vendas ao longo do ano é puxado especialmente pelo setor de caminhões, que teve uma expansão de 50,4% nos emplacamentos de janeiro a outubro na comparação com o mesmo período de 2020. Foram comercializadas no período 106,3 mil unidades, sendo 11 mil em outubro – elevação de 39,7% sobre o mesmo mês de 2020.

As vendas de automóveis e veículos comerciais leves registram queda de 31,1% em outubro, com 128,7 mil unidades. No acumulado de janeiro a outubro, os emplacamentos abrangeram 1,4 milhão de unidades, alta de 6,5% em relação aos primeiros dez meses de 2020.

Produção

A produção de veículos também acusou queda em outubro de 24,8% em comparação com o mesmo mês do ano passado, com a fabricação de 177,9 mil unidades. Entre janeiro e outubro deste ano, foram produzidos 1,8 milhão de veículos, um crescimento de 16,7% em relação ao mesmo período de 2020.

No acumulado de janeiro a outubro, a fabricação de caminhões registra alta de 91,2%, com a produção de 131, 9 mil unidades. Em outubro, o crescimento ficou em 24,6%, com a montagem de 13,6 mil caminhões.

A produção de automóveis e veículos comerciais leves teve queda de 27,2% em outubro, com a fabricação de 162,9 mil unidades. De janeiro a outubro a produção de veículos alcançou 1,6 milhão de automóveis e comerciais leves, uma elevação de 13,4% em relação aos dez primeiros meses de 2020.

Exportações

As exportações de veículos tiveram queda de 14,6% em outubro na comparação com o mesmo mês do ano passado, com a venda de 29,8 mil veículos. Nos primeiros dez meses do ano, a comercialização de veículos para o exterior tem alta de 26,8%, com a venda de 306,8 mil veículos.

O nível de emprego na indústria ficou praticamente estável em 102,5 mil trabalhadores em outubro, 0,4% menos do que em setembro e 0,2% mais do que o mesmo mês do ano passado.

Segundo Moraes, as previsões da Anfavea se mantêm para um crescimento do setor de 6% no pior cenário e de 10% em uma possibilidade mais otimista.

Vendas de veículos caem 1,61% em janeiro

As vendas de veículos caíram 1,61% em janeiro em comparação ao mesmo mês de 2019. Segundo o balanço divulgado, hoje (4), pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), foram emplacadas no primeiro mês deste ano 298,4 mil unidades, contra 370,7 mil no ano passado. Em relação a dezembro, a retração ficou em 19,5%.

Os automóveis tiveram a maior queda, com redução de 5,62% nos emplacamentos de janeiro em relação ao primeiro mês do ano passado. De acordo com a Fenabrave, foram vendidos 154,5 mil carros em janeiro. Na comparação com dezembro, o número representa uma retração de 28,1% nas vendas. No último mês de 2019 chegaram a ser comercializados 215,2 mil carros.

As motos tiveram um resultado positivo, com crescimento de 1,08% nas vendas em janeiro de 2020 contra o mesmo mês de 2019. Foram emplacadas 91,7 mil unidades no primeiro mês do ano.

Os caminhões também registraram alta nas vendas, 3,66%, com a comercialização de 7,1 mil veículos do tipo em janeiro. Já os ônibus apresentaram uma diminuição de 2,27% nos emplacamentos, com a venda de 2,1 mil veículos de transporte coletivo no mesmo período.

*Matéria da Agência Brasil

E-commerce registra variação de 2,53% nas vendas de setembro

O volume de vendas no comércio eletrônico apresentou variação positiva de 2,53% em setembro de 2019, ante o mês anterior, conforme revela o índice MCC-ENET, desenvolvido pelo Comitê de Métricas da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net) em parceria com o Movimento Compre & Confie. O indicador mostra ainda que o faturamento teve um aumento de 4,3% em setembro.

“Os dados de faturamento e de venda comprovam que setembro foi o segundo maior resultado positivo da série desde janeiro de 2018, perdendo apenas para a Black Friday do ano passado”, afirma André Dias, coordenador do Comitê de Métricas da camara-e.net e diretor executivo do Compre & Confie. “A Semana do Brasil, que aconteceu pela primeira vez em setembro deste ano, foi um grande incentivador para os dados expressivos”.

Vendas online

A variação do índice de vendas no acumulado do ano até setembro é de 24,82%, enquanto que em relação ao mesmo período do ano passado foi de 8,07%. “Podemos ver neste dado um significativo aumento no ritmo das vendas”, destaca Dias.

Na comparação por regiões, no mês de setembro, o Sudeste foi o líder em vendas online, com alta de 4,14% em relação a agosto, seguido pelo Sul, que apresentou um aumento de 1,45%. Em contrapartida, Norte, Centro-Oeste e Nordeste variaram negativamente: -5,86%, -4,74% e -0,15%, respectivamente.

No acumulado dos últimos 12 meses, todas as regiões tiveram variação positiva no índice de vendas: Nordeste (79,82%), Centro-Oeste (77,14%), Sul (67,01%), Norte (62,33%) e Sudeste (59,18%).

Faturamento

Na análise dos índices de faturamento do e-commerce, a variação em setembro foi de 4,33% em relação ao mês anterior. No acumulado dos últimos 12 meses, foi de 73,39%.

Ao traçar o comparativo das regiões em setembro, duas regiões registraram queda: o Norte teve a maior variação negativa, com -3,94%, e Centro-Oeste caiu -1,43%. Já no Sudeste, Sul e Nordeste, a variação foi positiva: 6,11%, 3,76% e 1,52%, respectivamente.

Participação do e-commerce no comércio varejista

No mês de agosto, o e-commerce representou 5,6% quando comparado ao mês anterior, no comércio varejista restrito (exceto veículos, peças e materiais de construção). Ao avaliar o acumulado dos últimos 12 meses, a participação é de 5,3%. Vale destacar que esse indicador foi feito a partir da última Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE.

Categorias

Entre as categorias, no mês de agosto, os brasileiros compraram mais online: equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (42,1%), seguido por móveis e eletrodomésticos (23,9%). Na sequência, tecidos, vestuário e calçados (13,2%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (10%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (6,5%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,7%) e, por último, livros, jornais, revistas e papelaria (1,6%).