O presidente da República, Jair Bolsonaro, apresentou melhora clínica após a passagem de uma sonda nasogástrica, segundo boletim médico divulgado na noite de hoje (3) pelo hospital Vila Nova Star, onde está internado desde a madrugada, na zona Sul da capital paulista. De acordo com o boletim, o presidente evolui sem febre ou dor abdominal. Ainda não há, no entanto, avaliação definitiva quanto à necessidade de intervenção cirúrgica.
“O Hospital Vila Nova Star informa que o Senhor Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, apresentou melhora clínica após a passagem da sonda nasogástrica, evoluindo sem febre ou dor abdominal. O paciente fez uma curta caminhada pelo corredor do hospital e permanece em tratamento clínico”, diz o hospital.
Bolsonaro foi internado na madrugada de hoje em razão de dor abdominal. Nas primeiras informações divulgadas hoje pela manhã, os médicos que atendem o presidente informaram que Bolsonaro tem um quadro de obstrução intestinal.
O presidente desembarcou em São Paulo por volta de 1h30, após deixar o Forte Marechal Luz, em São Francisco do Sul, no litoral de Santa Catarina, onde passou a virada do ano.
O câncer de pâncreas é um dos mais agressivos e apresenta uma alta taxa de mortalidade em cinco anos. Estima-se que apenas cerca 20% dos casos são diagnosticados no estágio inicial e, desta forma, passíveis de cirurgia. Felizmente, a chegada de um novo tratamento no país traz esperança de que mais pessoas possam ter melhores expectativas de sobrevida. O intervencionista oncológico Luiz Tenório Siqueira e o cirurgião Antônio Luiz Macedo realizaram neste domingo (28), no hospital Vila Nova Star, em São Paulo, o primeiro procedimento de eletroporação irreversível com a Nanoknife para tratar um câncer de pâncreas. A incorporação da nova tecnologia oferece melhores perspectivas, principalmente aos pacientes que já apresentam o tumor em estado localmente avançado.
“Essa tecnologia inédita no país usa agulhas para dar choques de alta voltagem no tumor, matando as células cancerígenas. Com esse esforço da Rede D’Or, trazendo esse novo equipamento, pacientes com câncer de pâncreas ganham uma nova alternativa nesse tratamento tão difícil”, explica Tenório.
No caso do câncer de pâncreas, a falta de sintomas na fase inicial resulta, na maioria dos casos, em diagnóstico tardio, o que reduz ainda mais a chance de cura. “Até então, a ressecção de tumores que invadiam importantes artérias do abdome era difícil ou mesmo impossível de ser realizada. E, geralmente, a expectativa de vida desse paciente é baixa. Agora, podemos melhorar esse cenário”, observa o radiologista.
É esse o caso da primeira paciente. Claudia Maria Meirelles, de 55 anos, que há seis meses vem realizando rádio e quimioterapia neoadjuvantes, mas que talvez não conseguisse ressecar completamente o tumor sem esse avanço tecnológico. “Seria muito difícil ser operado e ter margens livres de tumor sem a Nanoknife”, afirma Tenório, que explica que os tratamentos cirúrgicos anteriores, além de oferecerem maior risco à vida do paciente, pois havia chance de afetar estruturas vitais, como vasos que nutrem o fígado e intestino, poderiam não retirar o tumor completamente. “Agora temos um procedimento cirúrgico mais seguro, menos invasivo e com maior chance de sucesso oncológico. “Dependendo do caso, não é preciso abrir a barriga, pôde-se fazer guiado por imagem de forma minimamente invasiva e o paciente recebe alta no dia seguinte”, conta.
Ele ainda explica que o equipamento utiliza uma técnica de ablação moderna. São usados eletrodos paralelos, posicionados lateralmente ao tumor que, quando aplicada uma tensão definida, transferem a ondas de alta voltagem de um lado para o outro, criando nanoporos permanentes na membrana celular, interrompendo a homeostase, criando um efeito que leva à morte a célula cancerígena.
“A ablação já era utilizada para combater outros cânceres, como pulmão, rins e fígado. Entretanto, as tecnologias predecessoras não permitiam o uso em tumor de pâncreas, pois geravam calor ou frio, o que machucava os órgãos e vasos ao redor do pâncreas. A Nanoknife não altera a temperatura, o que permite a realização em tumores de pâncreas”, esclarece.
Câncer de pâncreas em números
De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de pâncreas é responsável por cerca de 2% de todos os tipos de câncer diagnosticados e por 4% do total de mortes causadas pela doença. Por ano, mais de 11 mil pessoas morrem no país devido à doença. Raro antes dos 30 anos, torna-se mais comum a partir dos 60 e tem maior incidência entre os homens.
O médico Antônio Luiz de Vasconcellos Macedo, cirurgião-chefe que realizou hoje (8) a operação de correção de hérnia incisional no presidente da República, disse que Jair Bolsonaro deverá receber alta médica em torno de cinco ou seis dias. De acordo com ele, após isso, o presidente deverá estar apto a viajar em sete a dez dias, a partir deste domingo.
“A cirurgia transcorreu muito tranquila, não houve nenhuma sutura intestinal, não houve sangramento, a gente imagina que após a alta, se tivermos a alta em cinco dias, ele deve viajar em sete dias, mais tardar em 10 dias”, disse o cirurgião em entrevista coletiva no início da tarde de hoje no hospital Vila Nova Star, na capital paulista, onde ocorreu o procedimento.
Segundo o primeiro boletim médico divulgado hoje após a cirurgia, Bolsonaro apresenta quadro clínico estável. A correção de hérnia incisional foi feita com a técnica de herniorrafia incisional com implantação de tela, e foi bem-sucedida. Teve início às 7h35 e foi concluída às 12h40.
O cirurgião ressalvou que a operação demorou mais do que o previsto em razão de o intestino no presidente da República estar fortemente aderido na parede abdominal. “Normalmente uma hérnia não demora tudo isso que demorou. Mas aí a gente não contava que tinha aderido tudo de novo em relação a cirurgia de 28 de janeiro. Isso teve de ser feito com muito cuidado, você não pode machucar o intestino em hipótese nenhuma. Teria sido melhor se [a cirurgia] fosse com duas horas, teria sido mais fácil”, disse.
O médico apontou ainda que a hérnia desenvolvida por Bolsonaro decorreu do ferimento da facada e das cirurgias posteriores. “Houve uma lesão grave da parede abdominal que ficou muito fraca. Além disso, durante a facada ele desenvolveu uma peritonite, no dia 12 de setembro do ano passado ele foi operado já aqui em São Paulo dessa peritonite. Isso infectou muito a parede, deixou a parede muito enfraquecida, o que necessitou [agora] da correção dessa hérnia”.
Segundo o médico, há uma pequena chance, de aproximadamente 6%, de haver uma recidiva da hérnia, ou seja, o problema voltar a ocorrer no mesmo local. O cirurgião, no entanto, diz que encontrou tecidos em boa condição e que a probabilidade de isso ocorrer é muito pequena.
“O tecido que nós conseguimos unir e reforçar é um tecido mais musculoso, mais forte, mais nutrido, então é difícil de se imaginar que vai haver recidiva. Ele [Bolsonaro] está do ponto de vista clínico, do ponto de vista geral, muito bem, não tem sinais de cansaço, de esgotamento de nada”, disse.
A Rede D’Or São Luiz inaugurou nesta terça-feira (14) o Hospital Vila Nova Star, sua sétima unidade na cidade de São Paulo. Com uma área construída de 17.401m2, localizada no bairro Itaim, a nova unidade vai gerar cerca de 1.200 empregos diretos. Foram investidos 350 milhões de reais para garantir o que há de melhor nas áreas de cardiologia, cirurgia, neurologia e oncologia. O Vila Nova Star é o primeiro hospital premium do Grupo em São Paulo.
“A nova unidade tem equipe de ponta e infraestrutura de última geração em prol de melhores resultados clínicos”, afirma o Paulo Hoff, presidente da Oncologia D’Or e que coordenará a área de oncologia e é uma das maiores referências internacionais no assunto.
Com conceito e estrutura totalmente voltados à inovação, a nova unidade também é a primeira do Brasil a ter o CyberKnife, equipamento de radiocirurgia com braço robótico, capaz de direcionar alta concentração de radiação em pequenos pontos, proporcionando ao paciente um tratamento com maior precisão e menos efeitos colaterais. Outra novidade que o Hospital traz para o Brasil é o Tomotherapy, um acelerador linear que entrega a dose de radiação como se fosse uma tomografia, com sistema de imagem acoplado que permite visualização da área a ser tratada diariamente. O Vila Nova Star também está equipado com o Da Vinci, sistema cirúrgico robótico avançado e preciso para procedimentos minimamente invasivos. A unidade ainda tem em sua estrutura um neuronavegador e um microscópio cirúrgico de última geração.
O vice-presidente da Rede D’Or São Luiz, Paulo Moll, revela que o Hospital é a primeira de duas torres da marca Star que contarão, no total, com 220 leitos. O Vila Nova já dispõe de uma estrutura com 90 leitos, enquanto que o segundo prédio, previsto para inaugurar em 2021, vai expandir a capacidade de atendimento diferenciado em diversas áreas para 130 leitos.
O Hospital vai oferecer um atendimento personalizado e tem arquitetura, gastronomia e serviços de última geração pensados para auxiliar na melhor e mais rápida recuperação dos seus pacientes. Conta ainda com serviço exclusivo de concierge, além de quartos automatizados pelo sistema Smart Hospitality, criado exclusivamente para a Rede D’Or São Luiz, com o qual os pacientes poderão controlar todo o ambiente do quarto por um tablet, que permite executar funções como levantar as cortinas, controlar as luzes e fazer videochamadas com a equipe de enfermagem.
“Criamos um ambiente em que os pacientes e familiares se sentirão acolhidos desde a chegada, visando reduzir o estresse da internação. Todos os nossos diferenciais médicos têm como objetivos aumentar as possibilidades de cura e reduzir o tempo de internação”, encerra Paulo Moll.