Pesquisa mostra que 99,3% das escolas suspenderam aulas presenciais
Dados do Censo Escolar serão usados para criar políticas educacionais

 

Da Agência Brasil

Segundo pesquisa publicada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), 99,3% das escolas brasileiras suspenderam as atividades presenciais durante a pandemia de covid-19.

O estudo, chamado Resposta Educacional à Pandemia de Covid-19 no Brasil, aponta que pouco mais de 53% das escolas públicas conseguiram manter o calendário letivo original para 2020. No ensino privado, cerca de 70% das escolas conseguiram manter a previsão de 2020 inalterada.

“Os resultados, de caráter censitário, podem auxiliar o Ministério de Educação e os secretários estaduais e municipais de ensino na tomada assertiva de decisões. É este o papel do Inep: gerar  informações relevantes para o planejamento de ações de enfrentamento e política educacionais”, disse Danilo Dupas, presidente do Inep.

O levantamento foi realizado entre fevereiro e maio de 2021, com a 2ª etapa do Censo Escolar 2020. Segundo o (Inep), os dados aferidos serão fundamentais para a compreensão das consequências da pandemia no sistema educacional brasileiro.

A pesquisa reúne dados sobre os impactos e as respostas educacionais decorrentes da pandemia de covid-19. Para isso, o Inep desenvolveu um formulário específico para coletar informações sobre a situação e as estratégias adotadas pelas escolas durante o ano letivo de 2020.

Uma das funções do estudo será apoiar decisões de gestores estaduais e ajudar na elaboração das diretrizes de biossegurança para o retorno às aulas presenciais, afirmou o secretário de Educação Básica do Ministério da Educação, Mauro Luiz Rabelo. “A partir dessa iniciativa, foram destinados mais de R$ 672 milhões às escolas para a aquisição de insumos no retorno às atividades presenciais.”

Somadas a rede pública e privada, 94% das escolas brasileiras responderam ao questionário por meio do Censo Escolar. “É uma cobertura que nos permite chegar a um nível de informações muito relevante para mostrar como as redes de ensino reagiram a essa situação de excepcionalidade”, afirmou o diretor de Estatísticas Educacionais do Inep, Carlos Eduardo Moreno Sampaio.

Achados

A realização de reuniões virtuais para planejamento, coordenação e monitoramento das atividades foi a estratégia mais adotada pelos professores para dar continuidade ao trabalho durante a suspensão das aulas presenciais. Na sequência está a reorganização ou a adaptação do planejamento ou do plano de aula, com o objetivo de priorizar habilidades e conteúdos específicos. A comunicação direta entre aluno e professor (e-mail, telefone, redes sociais e aplicativo de mensagem) foi a estratégia mais adotada para manter contato e oferecer apoio aos estudantes.

Quando se trata da realização de aulas ao vivo, 72,8% das escolas estaduais e 31,9% das municipais implementaram a estratégia. Em 2.142 cidades, nenhuma das escolas municipais adotou essa medida. Por outro lado, em 592 cidades, todas as escolas da rede municipal fizeram o uso desse meio. Ao todo, 28,1% das escolas públicas planejaram a complementação curricular com a ampliação da jornada escolar no ano letivo de 2021. Na rede privada, 19,5% das escolas optaram por essa alternativa.

Entenda a pesquisa

Principal pesquisa estatística da educação básica, o Censo Escolar é coordenado pelo Inep e realizado, em regime de colaboração, entre as secretarias estaduais e municipais de Educação, com a participação de todas as escolas públicas e privadas do país. O levantamento abrange as diferentes etapas e modalidades da educação básica: ensino regular, educação especial, educação de jovens e adultos (EJA) e educação profissional.

O levantamento aponta, ainda, que o Brasil teve um período expressivo de suspensão das atividades presenciais em relação a outros países. A média brasileira foi de 279 dias de suspensão de atividades presenciais durante o ano letivo de 2020, considerando escolas públicas e privadas.

Dados do monitoramento global do fechamento de escolas causado pelo coronavírus, da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), mostram que Chile e Argentina, por exemplo, registraram 199 dias sem atividades presenciais entre 11 de março de 2020 e 2 de fevereiro de 2021. No México, foram 180 dias de paralisação, enquanto o Canadá teve 163 dias de aulas presenciais suspensas. França e Portugal contabilizaram menos de um trimestre sem aulas presenciais, com a suspensão de 43 e 67 dias, respectivamente.

Qualicorp faz digitalização e mira liderança no segmento para pequenas e médias empresas
"Vamos ser a maior corretora de PME do Brasil", destacou o CEO da companhia durante evento "As Melhores Empresas da Bolsa"

 

Segundo o CEO Bruno Blatt a, Qualicorp está pronta para oferecer produtos de acordo com a especificidade de cada cliente

 

Da InfoMoney

A Qualicorp (QUAL3), administradora de planos de saúde, espera que o segmento de pequenas e médias empresas (PME) ganhe relevância e a empresa se transforme na principal plataforma de vendas para esse público. Na avaliação de Bruno Blatt, CEO da companhia, a estratégia de crescimento da companhia contempla a oferta de multiprodutos e multicanal para dessa forma atender o cliente em diferentes estágios.

“Sempre tem uma oportunidade. Se o cliente tem um CNPJ, então posso oferecer um plano PME. Vamos ser a maior corretora de PME do Brasil”, destacou, durante evento “Melhores Empresas da Bolsa 2021”.

A companhia foi a vencedora da categoria saúde do prêmio, realizado pelo InfoMoney com base em ranking exclusivo elaborado pela provedora de serviços financeiros Economatica e pela escola de negócios Ibmec.

A Qualicorp contabilizava em março 52.275 vidas no segmento PME. Embora pequeno, o número representa um crescimento 19,1% em relação a igual período de 2020, a maior variação percentual entre todos os segmentos da administradora.

De acordo com Blatt, o objetivo de aumentar a carteira de PME não irá prejudicar o desempenho do segmento de planos por adesão – o maior e mais relevante da empresa. O executivo reforça que a Qualicorp está pronta para oferecer produtos de acordo com a especificidade de cada cliente.

“Estamos protegidos na distribuição de planos em todas as linhas de clientes. Mapeamos as oportunidades e estamos seguindo cada uma delas”, disse.

Para Blatt, a pandemia da Covid-19 aumentou a percepção de que é importante ter um plano de saúde. O envelhecimento da população também é outro fator que contribui para as vendas do setor. Ao todo, o portfólio da Qualicorp contava ao final do primeiro trimestre com 2,57 milhões de vida. Dados da Agência Nacional de Saúde (ANS) mostram que 47,8 milhões de brasileiros possuem planos de saúde.

A Qualicorp registrou uma receita líquida de R$ 523 milhões no primeiro trimestre do ano, uma alta de 4,1% na comparação com igual período do ano passado.

Digitalização dos canais de venda

O crescimento da companhia, segundo o CEO, levará em conta as demandas regionais. Ele cita, por exemplo, que um morador de uma cidade do interior não precisa de um plano de saúde com uma rede tão ampla. Para ele, a oferta de uma operadora local pode ser a ideal – a Qualicorp trabalha na distribuição de planos de saúde e possui parcerias com 102 operadoras.

Todo o crescimento esperado também será feito com o uso de digitalização. Na semana passada, a Qualicorp anunciou uma parceria com o Banco Inter (BIDI11) para a comercialização de planos de saúde no aplicativo da instituição financeira, que conta com 11 milhões de clientes.

A aceleração de vendas no canal digital também contemplou a compra de uma participação na Escale, startup especializada na aquisição de novos clientes. Para Blatt, o uso de dados será cada vez mais relevante na distribuição dos produtos. O negócio foi anunciado em março.

“Nossa estratégia utilizando esse marketing digital terá um extenso uso de dados. Tudo isso vai abastecer a nossa distribuição”, explicou.

A Qualicorp comprou 35% da Escale com uma opção de elevar para 40%, além de 5% da holding. Segundo o executivo, a negociação durou mais de um ano.

Para Thiago Sallum, analista do setor de saúde da XP Asset, a visão para o setor e a Qualicorp é positiva. No caso da administradora, a mudança da gestão, que se deu com a chegada de Blatt ao final de 2019, e a entrada da Rede D’Or (RDOR3) no capital da empresa contribuíram para o viés positivo.

“Antes da Rede D’Or e da chegada do Bruno a visão era mais negativa. A Qualicorp poderia não se perpetuar se continuasse com a gestão anterior. Com a mudança, tiramos um risco de governança. Hoje, vemos a Qualicorp como uma empresa bem posicionada e preparada para crescer no médio e longo prazo”, disse o analista.

Planos de saúde ganham mais de 1 milhão de beneficiários em um ano
Em maio, o setor de assistência médica totalizou 48.137.767 usuários

 

Da Agência Brasil

Os planos de assistência médica registraram aumento de 154,1 mil beneficiários em um mês e de mais de 1 milhão em um ano, informou hoje (5) a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Em maio, o setor totalizou 48.137.767 usuários em planos de assistência médica e 27.681.068 em planos exclusivamente odontológicos.

No caso dos planos médico-hospitalares, em um ano houve incremento de 1.334.781 beneficiários, o equivalente a 2,77% de aumento em relação a maio de 2020. No comparativo de maio com abril, o crescimento foi de 154,1 mil usuários.

Segundo a ANS, o total de beneficiários é o maior número registrado desde julho de 2016. Antes disso, só foi superado em junho daquele ano, quando o setor atingiu 48.266.704 beneficiários.

Já nos planos exclusivamente odontológicos, foi registrado aumento de 2.285.227 beneficiários em um ano, o que representa 8,26% de crescimento no período, e de 133.422 em um mês, no comparativo de maio com abril.

Entre os estados, comparando com abril de 2020, o setor registrou aumento de beneficiários em planos de assistência médica em 23 unidades federativas, sendo São Paulo, Minas Gerais e Paraná os que tiveram o maior ganho de beneficiários em números absolutos.

Entre os odontológicos, 27 unidades federativas registraram aumento no comparativo anual, sendo São Paulo, Minas Gerais e Paraná também os estados com maior crescimento em números absolutos.

Indicador de mercado de trabalho apresenta melhora em junho
Índice atinge 87,6 pontos, o maior nível desde fevereiro de 2020

 

Da Agência Brasil

O Indicador Antecedente de Emprego (Iaemp), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), cresceu 4,2 pontos em junho deste ano, na comparação com maio. Com o resultado, o índice atingiu 87,6 pontos, o maior nível desde fevereiro de 2020 (92 pontos), período pré-pandemia de covid-19.

O Iaemp busca antecipar tendências do mercado de trabalho nos próximos meses, com base em entrevistas com consumidores e com empresários da indústria e do setor de serviços.

O principal responsável pela alta foi o componente que mede a tendência dos negócios do setor de serviços, que cresceu 8,1 pontos.

“A recuperação econômica, a redução do número de mortes por covid-19 e a flexibilização das medidas restritivas parecem contribuir com a melhora do cenário. A expectativa para os próximos meses é de continuidade dessa recuperação, mas ainda existe muita incerteza. O avanço da vacinação e o controle da pandemia continuam sendo fundamentais para o processo de retomada”, disse o economista da FGV Rodolpho Tobler.