Ministro Tarcísio Freitas participa de webinar sobre Infraestrutura e Seguro
Evento será transmitido pelo canal da ENS no YouTube

 

Da Redação

Os investimentos em infraestrutura são um dos pilares da economia brasileira. Em 2021, o segmento deve se beneficiar da agenda de concessões públicas e privatizações, que tem aportes estimados em R$ 137,5 bilhões. Até o fim do ano que vem, as concessões de ativos públicos na área de infraestrutura deverão render ao país cerca de R$ 260 bilhões em investimentos. Essa agenda impacta diretamente o setor de seguros, que acompanha de perto as obras e os projetos voltados para rodovias, portos, ferrovias e terminais aeroportuários. O tema está em debate na primeira edição da série Grandes Eventos / Ponto de Vista, criada pela Escola de Negócios e Seguros (ENS), como parte das ações comemorativas pelos 50 anos da Instituição.

O primeiro encontro será “A Infraestrutura e o Seguro no Brasil” e acontece nesta quinta-feira (01). O evento contará com a participação do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, do deputado federal e presidente da ENS, Lucas Vergilio, bem como de dirigentes da ENS, representantes do Legislativo, do mercado de seguros e da indústria de base.

O presidente executivo da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB), Venilton Tadini, vai apresentar uma visão do mercado sobre infraestrutura e seguro. Em seguida, o deputado federal Augusto Coutinho (SDD-PE) analisará os impactos da nova Lei de Licitações – projeto do qual foi relator na Câmara. Já o ministro Tarcísio Freitas abordará os investimentos do Governo federal no programa de concessões públicas e seus reflexos no mercado de seguros.

“Criamos essa série para promover uma aproximação e estimular o diálogo entre o poder público e a iniciativa privada. Juntos, queremos identificar e propor soluções para ajudar o País na retomada do crescimento econômico”, explica o presidente da ENS, Lucas Vergilio.

A mediação ficará a cargo do advogado João Marcelo dos Santos, presidente da ANSP (Academia Nacional de Seguros e Previdência). No encerramento, João Marcelo comandará mesa-redonda com Roque Melo, vice-presidente da Junto Seguros e presidente da Comissão de Riscos de Crédito e Garantia da FenSeg (Federação Nacional de Seguros Gerais).

As inscrições são gratuitas e devem ser feitas no endereço  ens.vc/pontodevista1. A transmissão do evento será pelo canal da ENS no YouTube: www.youtube.com/channel/UCWKYHpO2GdJ7nfxuNx3XctQ.

 

Qualicorp amplia em 30% a presença no Rio de Janeiro e passa a oferecer 35 planos de saúde
Portfólio mais diversificado e variado engloba oito operadoras de saúde e principais hospitais e laboratórios de referência

 

Da Redação

O avanço da presença da Qualicorp em determinadas regiões do País, com planos nacionais e regionais, tem sido uma das mais importantes ações estratégicas da administradora de planos coletivos de saúde. No Rio de Janeiro, a Quali aumentou em 30% a oferta de produtos nos últimos seis meses, alcançando 35 planos de saúde de abrangência nacional ou regional.

A ampliação é fruto de novas parcerias com duas operadoras, Grupo NotreDame Intermédica (GNDI) e Leve Saúde. Atualmente, oito operadoras parceiras – Amil, Assim Saúde, Bradesco, GNDI, Leve Saúde, SulAmérica Saúde, Unimed Nova Friburgo e Unimed Rio – estão no portfólio de produtos oferecidos pela Qualicorp no estado fluminense.

Além dos planos de cobertura nacional, são disponibilizadas opções regionais, uma alternativa aos clientes que precisam apenas de cobertura local, com hospitais e clínicas de qualidade, além de ampla rede de especialistas qualificados. Do total de operadoras, metade das parcerias oferecem planos regionais.

“Sabemos que o cuidado com a saúde se tornou uma das grandes preocupações do brasileiro nos últimos tempos, e a Qualicorp ampliou e diversificou significativamente sua oferta de planos de saúde aos moradores do Rio”, afirma Elton Carluci, vice-presidente Comercial, de Inovação e Novos Negócios da Quali. “Por isso, temos a missão de oferecer um plano de saúde que atenda as diferentes necessidades de cada perfil de cliente”.

Atualmente, algumas opções do portfólio Qualicorp no Rio de Janeiro englobam hospitais de referência como Samaritano e São Lucas, da Rede D’Or, e Pró-Cardíaco, além de laboratórios de análise clínica como Lâmina, Richet e Sérgio Franco.

Vale destacar que, atualmente, existem pouco mais de 5,3 milhões de beneficiários de planos privados em todo o estado fluminense, segundo dados mais recentes divulgados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) referentes a abril de 2021. O número vem se mantendo estável nos últimos 12 meses e representa 32% da população local.

Em todo o Brasil, a Quali aumentou em 56% as parcerias com operadoras regionais nos últimos dois anos, passando de 53 para 83 empresas. No total, somando operadoras regionais e nacionais, a companhia tem 102 empresas parceiras, no mais completo leque de opções de planos de saúde do Brasil.

Os principais produtos ofertados pelas operadoras regionais dentro da plataforma da Qualicorp são planos de saúde coletivos por adesão, em que o beneficiário integra um grupo de afinidade a partir de sua profissão, área de atuação, entidade de classe ou instituição que representa.

Atualmente, a Quali trabalha com mais de 500 entidades de classe, o que viabiliza o acesso dos mais variados perfis de clientes, como médicos, advogados, engenheiros, administradores, servidores públicos, estudantes, entre muitos outros.

“Os acordos com operadoras regionais fazem parte da nossa estratégia para melhor atender aos nossos clientes, pois esses planos de saúde contemplam características diferenciadas e ajudam a atender às demandas específicas da população de cada localidade”, explica Glaúcio Fernandes, superintendente regional da Qualicorp no Rio de Janeiro

Pressão da concorrência provoca movimentação de bilhões no setor de saúde
Cinco aquisições envolvendo redes de hospitais, centros médicos e laboratórios ocorreram em junho

 

Do Estadão

Movimentando bilhões, as consolidações no segmento de saúde continuam aceleradas, com as maiores operadoras em busca de eficiência máxima e as prestadoras de saúde em assegurar complementariedade de serviços. Somente este mês, foram anunciadas cinco aquisições envolvendo redes de hospitais, centros médicos e laboratórios. São operações que, somadas, alcançaram perto de R$ 2,3 bilhões, parte delas financiada por captações feitas em bolsa da ordem de R$ 25,2 bilhões desde o fim do ano passado, quando a Rede D´Or levantou R$ 11,3 bilhões em seu IPO.

Mas negócios vêm sendo concretizados mesmo por grupos menores que não conseguiram captar recursos em bolsa para dar andamento à sua agenda de compras. Estes foram buscar empréstimos junto a investidores ou tiveram aporte de seus próprios acionistas, como a Kora Saúde e a Athena. A Viveo, que desistiu de seu IPO em abril, emitiu R$ 800 milhões em debêntures para reforçar o caixa.

A sócia da boutique de M&A Setter, Judith Varandas, afirma que algumas redes de hospitais não representam muita saída de caixa para o eventual comprador, já que são familiares e muitas vezes endividadas. “Os consolidadores começaram comprando os melhores e o que têm sobrado são ativos dilacerados”, afirma. Segundo ela, embora essa não seja uma verdade para 100% dos casos, é a tônica no momento.

A pressão da inflação sobre os custos das operadoras e das prestadoras de serviços, assim como o avanço das grandes redes em direção a novos mercados e regiões, também faz o mercado como um todo se movimentar. “As transações de M&A seguem ativas, mesmo sem o dinheiro da bolsa, financiadas por investidores privados como fundos de private equity capitalizados ou ainda, por meio de aquisições alavancadas com crédito de custo reduzido dada as atuais taxas de juros”, diz o sócio da boutique de M&A JK Capital, Marcell Portugal.

Segundo ele, a consolidação é inevitável para a busca de economias de escala. “Os prestadores de serviços na área da saúde têm sido espremidos pela inflação médica que está acima do IPCA pois, entre outros fatores, muitos insumos são dolarizados. Além disso, não há o repasse de preços equivalente por parte das fontes pagadoras”, acrescenta.

O sócio-líder de Life Sciences & Health Care da Deloitte, Luis Fernando Joaquim, nota que a verticalização, ou seja, a oferta completa de serviços que vão do plano de saúde, clínicas e hospitais tem se mostrado a estratégia mais eficiente para redução de custos e por isso é perseguida pelas grandes operadoras como NotreDame Intermédica e Hapvida. “Nos chamados “medicina de grupo”, a queda do índice de sinistralidade foi de 95% em 2016 para 89% em 2019, enquanto as seguradoras, que não têm rede própria de hospitais, o mesmo índice cedeu de 88% para 84% no mesmo intervalo”, observa.

De acordo com Joaquim, por isso a fusão entre Hapvida e Intermédica preocupa tanto o setor. Ambas, ainda sem a fusão, já carregam o menor ticket médio entre as concorrentes, por conta da verticalização. Diante disso, ele chama a atenção ao movimento que as duas estão fazendo em direção aos estados onde têm menor presença.

“A rede Unimed tem 36,4% de market share, mas sua administração é fragmentada, o que torna frágil para conter a entrada de concorrentes”, observa. A aquisição do Centro Clínico Gaúcho (CCG) por R$ 1,06 bilhão pelo NotreDame Intermédica no mês passado representa uma ameaça nesse sentido, na visão de Joaquim. No Rio Grande do Sul, a Unimed tem 61% de participação de mercado, enquanto o NotreDame tem 1% e a Hapvida não tem presença na região. “Com essa aquisição, o NotreDame passará a ter cerca de 13% de market share e deve seguir buscando outras aquisições na região”, prevê.

O sócio da Órama Investment Banking, Aleardo Veschi, acrescenta que a fusão entre a Hapvida e a NotreDame Intermédica tornará a empresa resultante capaz de enfrentar a Unimed mesmo em áreas em que a companhia domina, como Belo Horizonte (MG) e Campinas (SP).

Segundo ele, a Unimed BH é, provavelmente, o modelo mais forte da marca no Brasil, tanto por qualidade de equipe médica quanto de hospitais. “Por outro lado, em cerca de dois anos, vários nomes entraram na região: NotreDame Intermédica e Hapvida compraram operadoras e hospitais, a Rede D’Or comprou um hospital de alto padrão, e o Mater Dei abriu capital. Eles terão de compor forças para operar de forma não predatória e manter a rentabilidade do setor”, afirma.

As praças mais visadas para M&A no momento são capitais de estados desenvolvidos economicamente, mas sem serviços considerados de ponta na saúde, como é o caso do Sul, Centro-Oeste e algumas cidades do Nordeste.

“São regiões que cresceram, têm renda e demandam por serviços de saúde. BH era uma praça fechada, e todo mundo entrou. Centro-Oeste, que tem o vetor do agro muito forte em cidades como Cuiabá e Campo Grande. A Região Sul, que era bastante hermética, com forte atuação das Unimeds, já teve movimentos interessantes, como da Intermédica, no Rio Grande do Sul e em Florianópolis”, afirma Veschi.

Joaquim, da Deloitte, acrescenta que as prestadoras de serviços também seguem o caminho da consolidação com o objetivo de reter clientes finais ao oferecer uma gama mais completa e sofisticada de serviços. Isso se reflete num grande número de operações envolvendo empresas de tecnologia, que representam 14% delas este ano. “Muitas empresas precisam se transformar e para isso compram startups”, diz.

Inflação persiste, mas economia evolui mais que o esperado
Ata da reunião do Copom da semana passada foi divulgada hoje

 

Da Agência Brasil

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) informou hoje (22) que o aumento de 0,75 ponto percentual na taxa básica de juros, a Selic, levou em consideração a “persistência da pressão inflacionária” maior que a esperada, sobretudo entre os bens industriais. Apesar da persistência, o comitê identifica tendência de melhora na economia do país. Na última quarta-feira (16), o Copom elevou a Selic de 3,5% ao ano para 4,25% ao ano.

“Adicionalmente, a lentidão da normalização nas condições de oferta, a resiliência da demanda e implicações da deterioração do cenário hídrico sobre as tarifas de energia elétrica contribuem para manter a inflação elevada no curto prazo, a despeito da recente apreciação do Real”, informou a autoridade monetária ao divulgar a ata da reunião realizada na semana passada pelo comitê.

Apesar da persistência inflacionária apontada, o BC prevê uma “evolução mais positiva do que o esperado” para a economia brasileira, conforme vem sendo identificado nos indicadores recentes que mostram “revisões relevantes” nas projeções de crescimento. Com isso, acrescenta a ata, “os riscos para a recuperação econômica reduziram-se significativamente”.

No cenário externo, a ata registra que estímulos fiscais e monetários em alguns países desenvolvidos têm promovido ”uma recuperação robusta da atividade econômica”, o que corrobora para um cenário mais otimista nesses países.

“No cenário básico, com trajetória para a taxa de juros extraída da pesquisa Focus e taxa de câmbio partindo de US$ 5,052, e evoluindo segundo a paridade do poder de compra, as projeções de inflação do Copom situam-se em torno de 5,8% para 2021 e 3,5% para 2022”, diz a ata.

Levando em conta esse cenário, o Copom prevê uma trajetória de juros que se eleva para 6,25% ao ano em 2020 e para 6,5% ao ano, em 2022. “As projeções para a inflação de preços administrados são de 9,7% para 2021 e 5,1% para 2022. Adota-se uma hipótese neutra para a bandeira tarifária de energia elétrica, que se mantém em ‘vermelha patamar 1’ em dezembro de cada ano-calendário”, complementa.

Na avaliação do BC, manifestada semana passada pelo Copom, foi dito que o cenário indica ser apropriada a normalização da taxa de juros para patamar considerado neutro, de forma a mitigar a disseminação dos atuais choques temporários sobre a inflação. “Não há compromisso com essa posição e que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar o cumprimento da meta de inflação”, complementa a nota.

Para a próxima reunião, a expectativa é de “continuação do processo de normalização monetária com outro ajuste da mesma magnitude”. O comitê, no entanto, ressalta que uma deterioração das expectativas de inflação para o horizonte “pode exigir uma redução mais tempestiva dos estímulos monetários”.

Trajetória

Com a decisão, a Selic continua em um ciclo de alta, depois de passar seis anos sem ser elevada. De julho de 2015 a outubro de 2016, a taxa permaneceu em 14,25% ao ano. Depois disso, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia até que a taxa chegasse a 6,5% ao ano, em março de 2018.

Em julho de 2019, a Selic voltou a ser reduzida até alcançar 2% ao ano em agosto de 2020, influenciada pela contração econômica gerada pela pandemia de covid-19. Esse foi o menor nível da série histórica iniciada em 1986.

Inflação

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.

O centro da meta inflacionária, definida pelo Conselho Monetário Nacional, está em 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 2,25% e o superior de 5,25%.