Autonomia do Banco Central é aprovada pela Câmara
Matéria segue para sanção presidencial

 

Da Agência Brasil

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (10) o projeto que prevê autonomia para o Banco Central. A matéria segue para sanção presidencial. 

O PLP 19/19 foi aprovado pelo Senado em novembro de 2020 e confere mandato de quatro anos para o presidente e diretores da autarquia federal. O texto estabelece que o Banco Central passa a se classificar como autarquia de natureza especial caracterizada pela “ausência de vinculação a ministério, de tutela ou de subordinação hierárquica”.

Para o relator do PLP, deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), a medida vai melhorar a nota do Brasil em relação aos investidores internacionais. O parlamentar reiterou que a proposta é discutida no Congresso há 27 anos.

“[A matéria] vai dar ao Brasil um novo padrão de governança monetária, que vai dar um sinal muito importante ao mercado internacional, fazendo com que o Brasil possa melhorar a sua imagem internacional e, mais do que nunca, fazendo com que investidores possam analisar o Brasil como uma janela de oportunidades”, afirmou o relator.

Proposta

De acordo com o texto, o presidente indicará os nomes, que serão sabatinados pelo Senado e, caso aprovados, assumirão os postos. Os indicados, em caso de aprovação pelo Senado, assumirão no primeiro dia útil do terceiro ano do mandato do presidente da República.

O projeto estabelece mandatos do presidente e diretores de vigência não coincidente com o mandato de presidente da República. Diretores e o próprio presidente da autarquia, que terá natureza especial e desvinculada de qualquer ministério, não poderão ser responsabilizados pelos atos realizados no exercício de suas atribuições se eles forem de boa-fé e não tiverem dolo ou fraude. Essa regra também se aplica aos servidores e ex-servidores das carreiras do banco e aos ex-ocupantes dos cargos da diretoria.

O texto prevê ainda que o presidente do BC deve apresentar a cada semestre ao Senado relatórios de inflação e de estabilidade financeira, explicando as decisões tomadas.

O projeto estabelece ainda uma quarentena de seis meses para os membros da diretoria colegiada que deixarem o Banco Central. No período, eles não poderão ocupar cargos no sistema financeiro, mas continuarão recebendo salário do BC. Enquanto estiverem no cargo, o presidente e os diretores, e seus parentes, não poderão ter participação acionária em instituição do sistema financeiro.

Divergência

Contrários a matéria, parlamentares de siglas da oposição avaliaram que a proposta não vai blindar a autarquia de pressões político-partidárias.

“Em hipótese alguma, será o Estado o gestor de um Banco Central com mandato, sem ambiente de pressão política. Porque o presidente da República quando indica um Banco Central para gerir a política monetária está exposta a pressão política. Para as agências, quando não protegem os interesses dos consumidores e, sim, dos prestadores de serviço, o conceito é captura. Nó teremos um Banco Central capturado, imaginem, pelos banqueiros, pelos da bufunfa e o povo brasileiro será preterido. Vai aumentar a pobreza e a miséria. Esta que é a realidade”, argumentou o deputado Afonso Florence (PT-BA).

UnitedHealth Group recebe selo Top Employers 2021 e se mantém entre as melhores empregadoras do mundo
É a terceira vez consecutiva que a empresa norte-americana de cuidados com a saúde recebe a certificação

 

Da Redação

Quarenta e duas empresas localizadas no Brasil receberam a Certificação Top Employers, que avalia a excelência das boas práticas no ambiente de trabalho e sua relação com a produtividade e o crescimento institucional. Entre elas, está a UnitedHealth Group representando o mercado de saúde. “Em um ano tão desafiador, fazer parte da seleta lista de empresas Top Employers é uma forma de reforçar o nosso compromisso com os colaboradores que sempre estiveram no centro de tudo o que fazemos. Esse reconhecimento endossa as boas práticas do UnitedHealth Group Brasil que estão sendo fundamentais durante a pandemia para que os nossos mais de 38 mil funcionários recebam todo o suporte necessário para atuar com segurança no cuidado da saúde de todos”, afirma Ricardo Burgos, vice-presidente de Capital Humano do UnitedHealth Group Brasil.

Ao todo, foram avaliadas 1700 empresas, em 120 países ao redor do mundo, com os mesmos critérios, gerando diagnósticos individuais, e dando uma visão macro do mercado. A certificação é resultado de um processo de pesquisa que dura, em média, seis meses e analisa cerca de 600 práticas de gestão, o que permite criar um Raio X da atuação do setor de RH em todo o mundo.

As empresas que investem na gestão de pessoas, no desenvolvimento pessoal e profissional dos seus colaboradores, estão obtendo melhores resultados nos negócios, acumulando prêmios e gerando excelentes frutos, principalmente a médio e longo prazo”, destaca o Country Manager do Top Employers Institute Brasil, Gustavo Tavares. “Especialmente diante de um cenário repleto de incertezas em 2020, onde as empresas tiveram que se reinventar para superar uma série de obstáculos causados pela pandemia. Sem a capacidade de inovar e se adaptar, essa situação seria muito mais desafiante.”

Brasilcap fecha 2020 com lucro líquido de R$ 158,8 milhões
Resultado representa um aumento de 57,4% em comparação com o ano anterior

 

Para o presidente da Brasilcap, Gustavo do Vale, investir em serviços inovadores foi fundamental no ano passado

 

Da Redação

A Brasilcap registrou, em 2020, lucro líquido de R$ 158,8 milhões, o que representa retorno de 33% sobre o Patrimônio Líquido do exercício anterior. O resultado expressa um aumento de 57,4% sobre o lucro líquido de 2019. As reservas técnicas superaram os R$ 8,3 bilhões e os ativos totais chegaram a R$ 9,9 bilhões. A Companhia alcançou faturamento de R$ 4,8 bilhões, mesmo diante do cenário de tantas adversidades, como a retração econômica decorrente da pandemia de Covid-19.

O Ourocap, comercializado pelo Banco do Brasil, foi o carro-chefe das vendas, representando 88,5% do total das arrecadações, alavancado pelo lançamento de um novo portfólio de produtos. A empresa manteve também a diversificação de negócios, incluindo o Parcela Premiável, que apoiam a entidade beneficente AACD; e o Cap Fiador, solução oferecida para garantia de aluguel e atualmente distribuída por corretoras e imobiliárias em todo o País, com crescimento de 13,5% nas vendas do período.

Outro destaque foi o Doadin, produto de filantropia premiável, totalmente digital, lançado em abril de 2020. O título foi criado com o objetivo de arrecadar recursos para que entidades beneficentes, como a AACD, mantivessem suas atividades mesmo em meio aos impactos trazidos pela pandemia. A Brasilcap possui, em seu portfólio de capitalização, produtos das modalidades Tradicional, Popular, Incentivo, Filantropia Premiável e Instrumento de Garantia, seguindo as diretrizes das Circulares Susep 576 e 582 e da Resolução CNSP 384.

O bom desempenho da Companhia também se reflete nos prêmios distribuídos, que ajudaram a realizar os planos de vida de clientes em todo o Brasil. No exercício de 2020, mais de 15 mil títulos foram premiados com cerca de R$ 80 milhões no total.

“Foi um dos anos mais desafiadores da Brasilcap em seus 25 anos de existência. A pandemia e o cenário econômico nos levaram a um novo patamar de atuação. A empresa não apenas superou as dificuldades, como soube aproveitar as oportunidades do mercado de capitalização e desempenhou seu papel social, contribuindo com ações de incentivo a cadeias produtivas e mitigação dos impactos decorrentes da Covid-19. Investimos em produtos e serviços inovadores, com a excelência que nos acompanha ao longo de toda a nossa trajetória. Assim, foi possível desenvolver títulos com a marca da versatilidade e obter resultados positivos”, destaca o presidente da Brasilcap, Gustavo do Vale.

A companhia também voltou suas atenções para iniciativas nas áreas de educação, meio ambiente, cultura e, prioritariamente, saúde e assistência social. Diante da pandemia de Covid-19, a Brasilcap reforçou a vertente social da capitalização com ações de solidariedade para minimizar o impacto do cenário adverso. Desta forma, direcionou mais de R$ 800 mil para hospitais e instituições do terceiro setor atuantes no combate aos efeitos da pandemia, além do montante de R$ 1,5 milhão habilitado pelas leis de incentivos fiscais.

Todas as ações seguem as diretrizes estabelecidas pela Companhia em documentos normativos – referenciadas nos indicadores do Instituto Ethos e da Global Reporting Initiative (GRI) e nas práticas recomendadas pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg). Além disso, a Brasilcap é a única Empresa de Capitalização a aderir aos Princípios para a Sustentabilidade em Seguros (PSI) – uma relação de recomendações elaboradas pela Iniciativa Financeira da Organização das Nações Unidas (Unep-FI) e endereçadas ao mercado de seguros para o tratamento de riscos e oportunidades na gestão da sustentabilidade corporativa.

Paraná terá ecossistema de inovação para empresas de saúde e genética
Formalização do Vale do Genoma está sendo articulada pelo Governo do Estado

 

Da Agência de Notícias do Paraná

O Governo do Paraná articula a formalização do Vale do Genoma, um polo de startups voltado para saúde e genética. Pioneiro no Brasil e no mundo, o projeto será instalado em Guarapuava, no Centro-Sul do Estado, baseado em um modelo de coopetição – conceito organizacional que alia a cooperação à competição, favorecendo o crescimento de segmentos empresariais e profissionais.

Na prática, a iniciativa consiste na estruturação de um ecossistema de inovação inédito de genômica e inteligência artificial aplicada à saúde, com foco na geração de negócios entre startups e outras empresas, contemplando também as áreas da agricultura e agropecuária. O intuito é desenvolver soluções inovadoras, considerando tendências tecnológicas e conhecimento científico, mediante a participação de pesquisadores e membros da comunidade acadêmica.

O superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, Aldo Nelson Bona, ressalta o avanço das pesquisas sobre sequenciamento genético em seres humanos e no segmento da agropecuária. “As ações paranaenses empreendidas no campo do genoma devem contribuir para uma medicina de precisão e para o avanço da pesquisa em torno da produção agrícola e da pecuária”, avalia.

A Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) integra a Rede de Estudos Genômicos do Paraná, instituída no âmbito do Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação em Genômica (Napi Genômica). A instituição de ensino superior lidera os estudos em torno dessas linhas de pesquisa, desenvolvendo metodologias aplicadas ao diagnóstico e prevenção de doenças de base genética, inclusive a Covid-19, causada pelo novo coronavírus, além de doenças oncológicas.

Para o coordenador do curso de Medicina da Unicentro, médico e professor David Livingstone Figueiredo, o principal desafio é transformar a tecnologia em produtos com vantagem competitiva no mercado. “A ideia é converter a produção científica e tecnológica em soluções mercadológicas, ou seja, viabilizar a aplicação das pesquisas genômicas em forma de produto comercial. Para tanto, vamos montar uma estrutura que possa, ao mesmo tempo, incubar, acelerar e capitalizar startups”, afirma.

O professor David também preside o Instituto para Pesquisa do Câncer (Ipec) e coordena as articulações institucionais para viabilização do Vale do Genoma. “Vamos continuar avançando no desenvolvimento de metodologias aplicadas ao diagnóstico e à prevenção de doenças de base genética, porém agora em um ecossistema inovador, que vai congregar todos os horizontes do conhecimento”, conclui o médico.

FORMALIZAÇÃO – O superintendente Aldo Bona e o professor David se reuniram nesta semana para discutir detalhes da formalização do Vale do Genoma. O encontro remoto teve a participação do prefeito de Guarapuava, Celso Fernando Góes, e do presidente da Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Paraná, Ramiro Wahrhaftig, além de pesquisadores do Napi Genômica e de representantes de startups, empresas e instituições parceiras.

PESQUISAS – Cerca de 200 pesquisadores e 14 instituições de ensino superior integram a Rede de Estudos Genômicos do Paraná, posicionando o Estado como uma referência na pesquisa genética. Os pesquisadores desenvolvem metodologias de análise em escala genômica aplicadas ao diagnóstico de doenças genéticas, em especial as doenças oncológicas.