Governo sanciona lei que cria programa de apoio às microempresas

Da Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei que cria o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). A Lei nº 13.999/2020, que abre crédito especial no valor de R$ 15,9 bilhões, foi publicada no Diário Oficial da União e entra em vigor hoje. O objetivo é garantir recursos para os pequenos negócios e manter empregos durante a pandemia do novo coronavírus no país.

Pelo texto, aprovado no fim de abril pelo Congresso, micro e pequenos empresários poderão pedir empréstimos de valor correspondente a até 30% de sua receita bruta obtida no ano de 2019. Caso a empresa tenha menos de um ano de funcionamento, o limite do empréstimo será de até 50% do seu capital social ou a até 30% da média de seu faturamento mensal apurado desde o início de suas atividades, o que for mais vantajoso.

As empresas beneficiadas assumirão o compromisso de preservar o número de funcionários e não poderão ter condenação relacionada a trabalho em condições análogas às de escravo ou a trabalho infantil. Os recursos recebidos do Pronampe servirão ao financiamento da atividade empresarial e poderão ser utilizados para investimentos e para capital de giro isolado e associado, mas não poderão ser destinados para distribuição de lucros e dividendos entre os sócios.

As instituições financeiras participantes poderão formalizar as operações de crédito até três meses após a entrada em vigor desta lei, prorrogáveis por mais três meses. Após o prazo para contratações, o Poder Executivo poderá adotar o Pronampe como política oficial de crédito de caráter permanente com o objetivo de consolidar os pequenos negócios.

Deverá ser aplicada ao valor concedido a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 3%, acrescidos de 1,25%. O prazo para pagamento do empréstimo será de 36 meses. Os bancos que aderirem ao programa entrarão com recursos próprios para o crédito, a serem garantidos pelo Fundo Garantidor de Operações (FGO-BB) em até 85% do valor.

Os empréstimos poderão ser pedidos em qualquer banco privado participante e no Banco do Brasil, que coordenará a garantia dos empréstimos. Outros bancos públicos que poderão aderir são a Caixa Econômica Federal, o Banco do Nordeste do Brasil, o Banco da Amazônia e bancos estaduais. É permitida ainda a participação de agências de fomento estaduais, de cooperativas de crédito, de bancos cooperados, de instituições integrantes do Sistema de Pagamentos Brasileiro, das fintechs e das organizações da sociedade civil de interesse público de crédito.

A lei foi sancionada com quatro vetos

Um dos trechos vetados previa que os bancos deveriam conceder o financiamento no âmbito do Pronampe, mesmo que a empresa tivesse anotações em quaisquer bancos de dados, públicos ou privados, de restrição ao crédito, inclusive protesto.

Para o governo, essa medida contraria o interesse público, bem como os princípios da seletividade, da liquidez e da diversificação de riscos, ao possibilitar que empresas que se encontrem em situação irregular, bem como de insolvência iminente, tome empréstimo, em potencial prejuízo aos cofres públicos. Além disso, com dispositivo proposto, as instituições financeiras poderiam direcionar as operações de crédito sob garantia do Pronampe para o pagamento de dívidas de suas próprias carteiras.

Acesso ao crédito

De acordo com pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em parceria da Fundação Getúlio Vargas, cresceu em 8 pontos percentuais a proporção de empresários que buscou crédito entre 7 de abril e 5 de maio deste ano. O levantamento mostra ainda que 90% das empresas de micro e pequeno porte registram queda nas receitas.

Entretanto, o mesmo estudo mostra que 86% dos pequenos empresários que buscaram crédito para manter seus negócios não conseguiram ou ainda têm seus pedidos em análise. Desde o início das medidas de isolamento no Brasil, apenas 14% daqueles que solicitaram crédito tiveram sucesso.

A pesquisa, realizada entre 30 de abril e 5 de maio, ouviu 10.384 microempreendedores individuais (MEI) e donos de micro e pequenas empresas de todo o país. Essa é a 3ª edição de uma série iniciada pelo Sebrae no mês de março, pouco depois do anúncio dos primeiros casos da doença no país.

O levantamento da entidade confirma uma tendência já identificada em outras pesquisas do Sebrae, de que os donos de pequenos negócios têm, historicamente, uma cultura de evitar a busca de empréstimo. Mesmo com a queda acentuada no faturamento, 62% não buscaram crédito desde o começo da crise. Dos que buscaram, 88% o fizeram em instituições bancárias. Já entre os que procuraram em fontes alternativas, parentes e amigos (43%) são a fonte de empréstimos mais citada, seguidos de instituições de microcrédito (23%) e negociação de dívidas com fornecedores (16%).

Para o Sebrae, esse comportamento pode ter diversas razões, entre elas as elevadas taxas de juros praticadas pelas instituições financeiras, o excesso de burocracia ou a falta de garantias por parte das pequenas empresas.

Analisando a procura de crédito junto aos agentes financeiros, a 3ª Pesquisa do Impacto do Coronavírus nos Pequenos Negócios mostrou que os mais demandados, desde o início da crise, foram os bancos públicos (63%), seguidos dos bancos privados (57%) e cooperativas de crédito (10%). Entretanto, avaliando a taxa de sucesso desses pedidos, o estudo do Sebrae apontou que as cooperativas de crédito lideram na concessão de empréstimos (31%) e, na sequência, aparecem os bancos privados (12%) e os bancos públicos (9%).

A pesquisa completa está disponível no site do Sebrae.

Webinar no próximo dia 26 debate oportunidades na área previdenciária em tempos de Covid-19

Da Redação

A perda de receitas e o aperto orçamentário imposto pela Covid-19 têm levado dezenas de empresas a buscar serviços especializados em recuperação de créditos previdenciários. Com a grave crise trazida pela pandemia de Coronavírus, cresce a demanda por consultorias que buscam regularizar divergências relativas à folha de pagamento. É o caso da BMS Projetos & Consultoria, que atendeu mais de 500 empresas em 2019 e conseguiu recuperar R$ 1,1 bilhão em compensações previdenciárias.

Esse resultado foi obtido a partir do mapeamento das incidências tributárias sobre a folha de pagamento dos clientes. No atual cenário de crise, o tema invadiu o ambiente virtual. No próximo dia 26, às 16h, a BMS promove o Webinar Oportunidades Previdenciárias – Geração de Fluxo de Caixa em Cenário de Pandemia COVID-19. O encontro reunirá representantes da própria BMS, do escritório Pinheiro Neto Advogados, da Latam, da Rede D’Or e da Marsh Corretora de Seguros.

No Webinar, eles vão esclarecer como as empresas podem se beneficiar de oportunidades previdenciárias no cenário de crise atual. Em debate, temas como a redução de riscos previdenciários, incluindo passivos de contribuições para o INSS e os decorrentes de acidentes do trabalho. A inscrição é gratuita e pode ser feita pelo link https://bit.ly/3fwEiQn. O Webinar será através da plataforma Zoom.

Além do cenário de incertezas, há um clima de apreensão por conta das Portarias 139 e 150/2020, do Ministério da Economia, que adiaram o prazo para recolhimento das contribuições previdenciárias de 20% sobre a folha de salários e de outras incidências. As contribuições relativas às competências de março e abril tiveram os prazos de pagamento postergados para julho e setembro, respectivamente.

“Diante da força destrutiva da crise trazida pelo Coronavírus, o remédio de apenas postergar o pesado encargo da tributação da folha de duas competências, por cinco meses, poderá acarretar em diversos problemas por ser ineficiente. O que pode piorar é o pagamento de 2 competências em um único mês, tanto em agosto como em outubro, sem que haja uma provável consideração de um melhor prognóstico futuro com a retomada da força econômica e da receita habitual das empresas”, alerta Luciana Vasconcellos, sócia da BMS e especialista na Área Previdenciária, Compliance de folha de pagamento e e-Social.

SERVIÇO
Webinar Oportunidades Previdenciárias – Geração de Fluxo de Caixa em Cenário de Pandemia COVID-19

Data: 26 de maio
Horário: 16h
Link: https://bit.ly/3fwEiQn

Plataforma: Zoom
Inscrição gratuita

Live vai debater alternativas jurídicas para empresas em meio à pandemia
Iniciativa do Ibajud terá participação do economista Ricardo Amorim e do advogado Bruno Rezende

 

Da Redação

Paralelamente à pandemia provocada pelo coronavírus, também veio uma crise econômica de abrangência global. Somente no Brasil, estima-se que mais de 600 mil micro e pequenas empresas fecharam as portas desde o início da disseminação da doença e a suspensão de serviços não essenciais, adotada para tentar conter a Covid-19, provocou, em março, uma queda de 6,9% no setor de serviços. Frente a esse cenário, o Instituto Brasileiro de Insolvência (Ibajud) promove, no próximo dia 20, às 19h, uma live para debater as perspectivas para a retomada econômica, bem como alternativas jurídicas para a recuperação de empresas.

O encontro, que será transmitido pelo canal do YouTube e redes sociais do Instituto, terá a participação do economista e apresentador de televisão do programa Manhattan Connection e influenciador latino-americano mais seguido no LinkedIn, Ricardo Amorim, e do advogado e presidente do Ibajud, Bruno Rezende.

Rezende avalia que o país enfrenta talvez um dos momentos mais difíceis da sua história. O IBGE já havia divulgado que a pandemia do novo coronavírus derrubou a produção industrial brasileira em março, com queda de 9,1%. Mas, apesar de tudo, há alternativas para tentar minimizar esse cenário, como busca de linhas de crédito, renegociação de aluguéis, de dívidas e do prazo de pagamento de fornecedores. “O objetivo desse evento é, justamente, promover um bate papo sobre a crise econômica e as opções judiciais que as empresas podem buscar”, explica o presidente do Ibajud.

Live solidária

Junto com a live, será dado início ao Projeto Solidário IBAJUD, que vai permitir que o público possa contribuir com entidades, institutos e ONGs de todo o país. Basta apenas que a pessoa acesse o QR Code que vai estar disponível e faça sua doação. Nesta primeira edição, as doações serão destinadas ao projeto Constituição nas Escolas, que promove aulas através das aulas sobre a Constituição Federal Brasileira nos colégios, além de promover a captação de recursos para bolsas de estudos que proporcionam oportunidades de crescimento pessoal e profissional aos jovens estudantes. Atualmente, a iniciativa atende mais de 20 mil alunos em 100 escolas do ensino médio.

Presidente da Escola de Negócios e Seguros é convidado especial de live do CQCS
O debate será transmitido pelo YouTube

 

Da Redação

O presidente da Escola de Negócios e Seguros (ENS), Robert Bittar, participa nesta sexta-feira (8) de live promovida pelo portal Centro de Qualificação dos Corretores de Seguros (CQCS). Ele será o convidado especial da transmissão ao vivo, a partir das 19h, pelo YouTube. A conversa será conduzida pelo fundador do CQCS, Gustavo Doria Filho e pode ser acessada no endereço youtube.com/tvcqcs.

Bittar falará sobre as principais medidas adotadas pela Escola em meio à pandemia e vai apresentar informações aos corretores de seguros sobre o atual momento. A ENS conta com novas tecnologias de comunicação, disponíveis para cursos que inicialmente teriam aulas presenciais, mas precisaram ser suspensas. Em pouco tempo, a instituição capacitou professores e colaboradores para que os recursos de Ensino a Distância, em particular as salas de aula virtuais, fossem aproveitados ao máximo.

Até o fim deste mês, será inaugurada a primeira Sala do Futuro (Room of the Future) da América Latina, localizada na unidade da ENS em São Paulo. É uma plataforma virtual que une ensino de excelência e alta tecnologia. Em telas de alta resolução, será possível conectar até 40 pessoas ao mesmo tempo, com mais 30 alunos presenciais.

A Escola também inovou em produtos, principalmente na concepção de novas opções adaptadas ao atual cenário. Foi criada uma categoria de cursos chamada EAD Ao Vivo, que são aulas presenciais a distância com professores lecionando de suas próprias casas. No momento, 10 programas estão com oferta.

Outra novidade foi o lançamento do Programa de Autodesenvolvimento, que oferece 40% de desconto em cursos para profissionais de entidades parceiras. A ENS criou ainda a promoção Turbine sua Carreira, que concede desconto de até 30% em cursos online e é mais um estímulo para quem quer se qualificar durante a quarentena.