Anvisa estende prazo de validade de testes de covid-19
Produtos foram adquiridos em caráter de emergência em abril deste ano

 

Da Agência Brasil

O Secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (MS), Arnaldo Medeiros, disse hoje (9), em Brasília, que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a extensão do prazo de validade dos testes para a covid-19, do tipo RT-qPCR, que estão estocados pelo governo. Os testes foram adquiridos em abril pelo ministério em uma parceria com a Organização Panamericana de Saúde (Opas), em caráter emergencial.

Durante audiência nesta quarta-feira, na Comissão da Câmara dos Deputados, que acompanha as ações do governo federal no enfrentamento à pandemia, Medeiros disse que cerca de seis milhões de testes vencem até março de 2021.

Os números atualizados dos testes com data de vencimento, em caixa, em dezembro somam 2.814.500; em janeiro, 3.979.300, fevereiro, 22.900, e em março, 70.800. Com a decisão da Anvisa, os produtos receberam uma ampliação da validade de quatro meses.

“Você tem para cada vencimento uma extensão de quatro meses. Assim, os testes que vencem em dezembro passam a ter prazo de validade até abril, os que vencem em janeiro, até maio, e assim por diante, com a extensão dos testes que venceriam em março, ficando para julho”, disse Medeiros.

Cotonete

O RT-PCR é considerado um dos mais eficazes para diagnosticar a covid-19. A coleta é feita por meio de um swab (uma espécie de cotonete aplicado na região nasal do paciente e armazenada em um tubo). Posteriormente, o material é processado para a extração genética. Após essa extração, na última etapa, reagentes apontam se o paciente testou positivo ou não.

O secretário afirmou, também, que a Anvisa recebeu no dia 27 de novembro um estudo – encaminhado pelo laboratório que fabrica os testes – solicitando a ampliação do prazo de validade dos testes de covid-19 e que, no dia 3 de dezembro, aprovou o novo prazo.

A resolução, autorizando a extensão do prazo de validade, foi publicada no Diário Oficial da União foi publicada na última segunda-feira (7).

Durante a audiência, a diretora da Anvisa, Cristiane Jourdan, disse que a aprovação se deu em caráter excepcional, com base em avaliação técnica.

“Gostaria de destacar as principais premissas que nos levaram a decidir de forma excepcional sobre a demanda apresentada pelo Ministério da Saúde. Todas essas premissas e a análise criteriosa dos técnicos nos levaram a um parecer favorável à prorrogação dos prazos para a validade dos kits diagnósticos adquiridos”, afirmou Jourdan.

Ela destacou que, entre os fatores levados em consideração, estão o cenário mundial com o aumento dos casos de novos infectados, a possibilidade, diante desse quadro, de escassez e eventual desabastecimento dos testes para compra e a necessidade de se aumentar os testes de covid-19 no país.

Cristiane disse, ainda, que também foi levado em consideração o fato de o laboratório produtor dos testes ter certificação de boas práticas emitida pela Anvisa.

Dilatação de prazo de validade

Segundo a diretora, a Anvisa também condicionou a dilatação do prazo de validade dos testes a uma série de medidas que devem ser observadas pelo ministério.

Entre as ações estão a realização de análises mensais para avaliar a sensibilidade dos equipamentos, o envio de amostras mensais dos lotes para a Anvisa e a obrigatoriedade de elaboração de um plano de gerenciamento de riscos.

“Gostaria de destacar as principais premissas que nos levaram a decidir de forma excepcional sobre a demanda apresentada pelo Ministério da Saúde. Todas essas premissas, em conjunto com análise criteriosa dos técnicos da agência, nos conduziram a um parecer favorável à estensão dos lotes dos kits diagnósticos adquiridos pelo Ministério da Saúde”, disse Cristiane.

Informação é a base para prevenir o câncer de pele
Dermatologista alerta para os riscos da exposição exagerada ao sol e da falta dos cuidados preventivos

 

Omar Lupi defende que ensinar as crianças é a melhor forma de conscientizar as famílias

 

Da Redação

Cuidar da pele é cuidar da saúde. Foi essa a principal mensagem do dermatologista e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia Omar Lupi na palestra realizada nesta segunda-feira (07), na MedRio Check-Up. A apresentação faz parte da série Encontro Científico com a Prevenção, que a clínica realiza pelos seus 30 anos, e também destaca a participação da MedRio no Dezembro Laranja,  campanha nacional de prevenção ao câncer de pele.

A exposição solar exagerada e acumulada ao longo da vida é o principal fator de risco para o câncer de pele. Por isso, enfatizou Omar, é extremamente importante educar as pessoas sobre os efeitos nocivo de se expor ao sol entre 10h e 15h sem a devida proteção. “Ensinar proteção solar às crianças é importante. Muitas pesquisas mostram que a melhor forma de levar uma informação para dentro da casa é através das crianças”, explicou. O Brasil registra por ano quase 180 mil novos casos de câncer de pele, doença considerada a de maior incidência no país.

Entretanto, o dermatologista também explicou que não se deve promover uma aversão ao sol, pois, quando feita de forma saudável, a exposição aos raios solares traz benefícios. Estimula a produção de vitamina D, além de promover a produção de melanina, prevenir doenças e aumentar a sensação de bem-estar.

Para Omar, é tudo uma questão de conscientizar a população. Por isso, observou ele, campanhas como a Dezembro Laranja são fundamentais, para levar informação às pessoas. Ele observou, por exemplo, que muitas pessoas acham que não precisam usar proteção em dias nublados. “Mas os raios ultravioletas atravessam as nuvens”, alertou, que também ressaltou que é mito a história de que a pessoa não se queima na água. “Muitos também não sabem que a areia reflete acima de 25% dos raios ultravioletas”, contou.

O dermatologista também explicou que há outros fatores, além do sol, que aumentam o risco da pessoa desenvolver o câncer de pele. Famílias onde já há histórico da doença, pessoas com muitas pintas no corpo, quem tem cabelo claro ou olhos claros, histórico de queimadura solar, ter sardas, tomar muito sol na vida sem proteção e trabalhar em ambientes e se expor ao sol no final de semana são alguns exemplos. “Quanto mais fatores a pessoa acumular, maior a chance de desenvolver a doença”, alerta Omar.

A prevenção exige um conjunto de atitudes. O uso do protetor solar, aplicado 30 minutos antes da exposição ao sol e reaplicado a cada duas horas, é fundamental. “No meu tempo de estudante de medicina, usava-se fator de proteção 2, 4, 6 e 8. Hoje, um protetor solar menor de 15 é inadmissível”, ressaltou o dermatologista. Ele ainda orientou que os calvos não podem esquecer de aplicar na cabeça e que todos precisam reaplicar após sair da água, bem como se houver intensa transpiração. O uso de chapéu e camiseta, a opção por buscar uma sombra e evitar os horários de sol mais intenso são outros cuidados necessários.

Covid-19: Reino Unido inicia hoje plano de vacinação
Ministro da Saúde britânico diz que momento é histórico

Da Agência Brasil

O Reino Unido inicia nesta terça-feira (8) o plano de vacinação da população contra a covid-19. O ministro da Saúde britânico, Matt Hancock, diz que se trata de um “momento histórico”, referindo-se à data como o “Dia V” [uma referência ao Dia da Vitória da II Guerra Mundial].

País europeu mais afetado pela pandemia (com mais de 61 mil mortos e mais de 1,7 milhão de casos de infeção), o Reino Unido é o primeiro país no mundo a autorizar a utilização da vacina anticovid-19 desenvolvida pelo grupo farmacêutico norte-americano Pfizer e pela empresa alemã BioNTech, e será o primeiro país ocidental a iniciar a sua campanha de vacinação.

Em comunicado divulgado no fim de semana, Matt Hancock informou que os primeiros grupos que vão receber a vacina serão “os mais vulneráveis e aqueles com mais de 80 anos”, bem como os funcionários de lares e residências seniores e do serviço de saúde público britânico (NHS, na sigla em inglês).

As especificidades da vacina Pfizer/BioNTech, que necessita de conservação a 70 graus negativos, representam um desafio logístico, disseram as autoridades sanitárias britânicas, acrescentando que as doses têm de ser transportadas por uma empresa especializada e que o descongelamento demora várias horas.

O Reino Unido encomendou 40 milhões de doses da vacina Pfizer/BioNTech, o que permite proteger 20 milhões de pessoas, uma vez que esta vacina se administra com duas doses. Numa primeira fase, estarão disponíveis 800 mil doses no país.

Apesar da rapidez com que a agência reguladora britânica aprovou a vacina Pfizer/BioNTech, a diretora executiva do organismo, June Raine, reiterou que “os mais elevados padrões” internacionais foram aplicados.

União Europeia define diretrizes sobre pesquisa em plataformas online
Resultados de buscas deverão ser mais transparentes para o governo

Da Agência Brasil

O Google, de propriedade da Alphabet, a Microsoft e outras gigantes da tecnologia terão de ser mais transparentes sobre como determinam os resultados de pesquisas online, de acordo com diretrizes da Comissão Europeia divulgadas nesta segunda-feira (7).

As diretrizes, que entram em vigor imediatamente, serão seguidas na próxima semana pela publicação de projetos de regras que podem eventualmente impor mais restrições ao setor de tecnologia.

Rivais menores e algumas empresas há muito reclamam das práticas arbitrárias e opacas que as gigantes da tecnologia empregam, que afetam a posição de seus produtos e serviços nos resultados de pesquisas, especialmente quando isso significa que eles ficam bem abaixo dos das empresas maiores.

As práticas de busca online do Google resultaram em multas de mais de 8 bilhões de euros aplicadas por reguladores antitruste da União Europeia (UE) entre 2017 e 2019. Os reguladores descobriram que a companhia havia injustamente colocado seus próprios produtos como primeiro resultado a aparecer nas pesquisas, em desvantagem aos concorrentes.

“Essas diretrizes definem o padrão para a transparência da classificação algorítmica e aumentam a justiça na economia das plataformas online, que impulsiona a inovação e o bem-estar para milhões de europeus”, disse a comissária europeia de Concorrência, Margrethe Vestager, em comunicado.

A Microsoft e o Google não responderam imediatamente a pedidos de comentários.