Mater Dei investe R$ 40 milhões em empresa de data analytics
Empresa busca aumentar a receita e reduzir custos

 

Do Brazil Journal

A Rede Mater Dei de Saúde comprou o controle da A3Data, uma empresa de data analytics e inteligência artificial com foco na transformação cultural e analítica de empresas. Os projetos da A3Data — como estruturação de data lakes, implantação de self-service analytics e criação de modelos preditivos — ajudam empresas a aumentar a receita, reduzir custos e melhorar a satisfação dos clientes. A relação entre as duas empresas começou quando a A3Data trabalhou em projetos estratégicos para a Mater Dei.

Foi usando modelos da consultoria que a Mater Dei precificou sua parceria com a SulAmérica no Plano Direto — encontrando um valor de diária global baseado em estudos de tendência retroagindo cinco anos.

“O que é importante nos novos modelos de remuneração do setor de saúde é reduzir a variabilidade dos preços na prestação de serviços e aumentar a previsibilidade para os dois lados, e a A3Data nos ajudou a precificar com mais exatidão,” o CEO da Mater Dei, Henrique Salvador, disse ao Brazil Journal.

Acertar no pricing é cada vez mais importante na medida em que o setor de saúde migra do ‘fee for service’ — em que a operadora paga até por uma agulha usada num procedimento — para o modelo de ‘bundle’, em que os prestadores assumem mais risco.

A Mater Dei vai ficar com 50,1% da A3Data, pagando até R$ 25 milhões para dar um cash out parcial aos sócios (que continuarão na operação) e capitalizando a empresa em R$ 15 milhões.

Com sede em Belo Horizonte, a A3Data tem 130 funcionários e 28 clientes recorrentes, incluindo um who’s who de grandes empresas mineiras, como Localiza, Pif Paf, Hermes Pardini, BMG e Inter.

A Mater Dei vai indicar o CFO e ter assentos no conselho, mas os sócios e gestores da A3Data se manterão à frente do negócio.

“A ideia é usar nossa expertise em saúde para criar produtos escaláveis em áreas como eficiência em gestão hospitalar, eficiência de RH e modelos de pricing,” disse José Henrique Salvador, o diretor de operações do Mater Dei, que também comanda a área de TI da empresa e originou o negócio.

A transação lembra a compra da IOASYS pela Alpargatas: uma grande empresa compra um prestador de serviços com DNA de tecnologia, ganhando skills que não possuía, mas mantém a empresa independente e livre para trabalhar para terceiros.

Unimed Volta Redonda completa 32 anos investindo no futuro
Novo Centro de pesquisa vai desenvolver medicamentos e tratamentos. Hospital receberá novos equipamentos oncológicos

 

Da Redação

A Unimed Volta Redonda faz 32 anos de atividades e tem muito a comemorar. Neste ano e pela segunda vez seguida, a Cooperativa esteve entre as empresas reconhecidas como Lugares Incríveis para Trabalhar. O que mostra que a pandemia não foi razão para que a organização deixasse de priorizar o cuidado com as pessoas. Antes da crise do coronavírus, a Unimed Volta Redonda esteve presente por oito anos seguidos em iniciativa semelhante, que destaca as empresas com melhores índices de satisfação dos funcionários. “Isso é resultado de uma relação de confiança que construímos com as pessoas há 32 anos”, afirma o presidente da Cooperativa, Dr. Luiz Paulo.

O mês de aniversário vai ficar marcado também pela inauguração de seu Centro de Pesquisa Clínica – localizado no prédio do Instituto Lóbus Treinamento, Ensino, Pesquisa e Consultoria – onde serão desenvolvidos estudos para testar a eficácia e segurança de novos medicamentos, tratamentos e produtos de saúde. E pelo segundo ano seguido, a Cooperativa superou os desafios da pandemia e manteve em andamento investimentos em infraestrutura e na ampliação da capacidade de atendimento.

A Unimed Volta Redonda também tem atuação nas cidades de Angra dos Reis e Paraty. Para melhor atender os clientes, o Centro Cuidar Angra – Unidade de Atenção à Saúde – está em obras com o objetivo de aumentar sua capacidade de atendimento. E nesta semana abre as portas do novo laboratório, que mudou de endereço a ganhou uma estrutura exclusiva e moderna.

Com as pessoas como foco, as ações da Cooperativa são pautadas nos pilares: Gentileza, Respeito e Competência, a base do Jeito Unimed de Cuidar. “Apesar dos enormes desafios que estamos enfrentando, em nenhum momento perdemos de vista valores como segurança, confiança, transformação e sustentabilidade, trilhando, assim, um caminho que traz perspectivas otimistas após o fim dessa pandemia e reforça o nosso JUC, um compromisso assumido nas relações com o médico cooperado, colaborador, cliente, fornecedor e sociedade como um todo”, destaca Dr. Luiz Paulo.

Ele explica que os investimentos foram mantidos, pois há o entendimento de que a crise vai passar e a Cooperativa estará preparada para atender as novas demandas que vão surgir. “Com a pandemia, o mundo inteiro viu a importância de investir em pesquisa. Agora, com o nosso Centro de Pesquisa, podemos afirmar que a Unimed Volta Redonda será um polo de inovação no país”, destaca.

O presidente da Cooperativa avalia que o mercado de saúde suplementar estará ainda mais competitivo no pós-pandemia, o que fará a capacidade de inovação das organizações ser ainda mais fundamental para sua sustentabilidade. Por isso a Unimed Volta Redonda vem desenvolvendo iniciativas que reforcem esse aspecto cultural. Em agosto, foi inaugurado um Núcleo de Inovação chamado Octo 2, que oferece um espaço exclusivo para soluções inovadoras, que exigem maior complexidade para implantação. “O objetivo é impulsionar a inovação que já existe em nosso DNA, para alavancar o crescimento do negócio”, afirma.

Conquistas celebradas

De olho no futuro, somente neste ano, a Cooperativa inaugurou um Centro Cirúrgico Oftalmológico no Hospital de Volta Redonda, resultado de um investimento de mais de R$ 2 milhões. Agora a unidade hospitalar tem capacidade para procedimentos dos mais simples até os de alta complexidade, como cirurgia de catarata, de retina e de estrabismo. Em breve serão inaugurados a Radioterapia e PET-CT Digital. O primeiro é uma importante alternativa de tratamento curativo em pacientes com câncer, enquanto o segundo é um dos equipamentos mais modernos para o diagnóstico da doença. Com essa estrutura, o Hospital de Volta Redonda se consolida como um centro de tratamento e diagnóstico de câncer no Rio de Janeiro.

A preocupação com o impacto ambiental também não foi esquecida. Prova disso é que a Cooperativa recebeu certificação do Programa Green IT, da Furukawa – fabricante de soluções de infraestrutura de comunicações -, pelo descarte consciente de sucata de cabos. “Se por um lado a pandemia trouxe desafios inéditos, por outro podemos ter a certeza de que, além da superação das dificuldades, estamos ratificando todos os valores que foram a base de nossos 32 anos de história”, avalia o presidente.

Médico debatem em webinar tratamento contra a Covid
Evento será realizado pelo Hospital Copa Star e pela Clínica São Vicente

 

 

Da Redação

Com o avanço da vacinação, as mortes por Covid caem no Brasil. Segundo dados do Ministério da Saúde, foram aplicadas 230,5 milhões de doses no Brasil, sendo 144,4 milhões de primeiras doses e 86 milhões de segundas doses e doses únicas. Em paralelo, os médicos têm aprendido cada vez mais sobre a doença. É justamente o aprendizado adquirido sobre as formas de tratar o paciente com Covid que será debatido, no dia 30 de setembro, em webinar promovido pelo Hospital Copa Star e pela Clínica São Vicente.

Participarão da mesa virtual o diretor geral do Copa Star, João Pantoja, o psicanalista e psiquitra Benilton Bezerra e o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Alberto Chebabo. O evento será mediado pelo cirurgião Alfredo Guarischi.

Risco de covid-19 grave é até 6 vezes maior em pacientes com Alzheimer
Estudo identificou doença como fator de risco

 

Da Agência Brasil

Pesquisadores brasileiros identificaram que o Alzheimer é um fator de risco para quem contrai a covid-19, independentemente da idade. O estudo foi publicado na revista Alzheimer’s & Dementia, periódico da associação que pesquisa a doença e que tem sede em Chicago (EUA). Foram usados dados do sistema de saúde britânico, reunindo informações de 12.863 pessoas maiores de 65 anos.

O trabalho mostrou que quando um paciente era internado e já tinha Alzheimer, o risco de desenvolver um quadro mais grave por conta do vírus da covid-19, o Sars-CoV-2, foi três vezes maior na comparação com quem não tinha a doença. No caso de pacientes com mais de 80 anos, o risco é seis vezes maior. A doença não aumentou o risco de internações ao ser comparado com outras comorbidades.

“Os pacientes internados infectados por covid-19, se tiverem um quadro de Alzheimer, é um fator significativamente agravante de internação”, aponta Sérgio Verjovski, doutor em biofísica e liderança científica do Laboratório de Parasitologia do Instituto Butantan. O estudo também envolveu pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Os dados dos participantes foram divididos em três grupos: 66 a 74 anos (6.182 pessoas), 75 a 79 anos (4.867 pessoas) e acima de 80 anos (1.814 pessoas). Dessa amostragem inicial, 1.167 pessoas estavam com covid-19. Verjovski explica que o banco inglês foi usado por ter o histórico de mais de 10 anos dos pacientes, além disso possui o sequenciamento genômico da maior parte dos indivíduos.

Atenção rápida

O pesquisador destaca que essa descoberta revela a importância de uma atenção rápida a esses pacientes, considerando as chances de agravamento. “Tudo isso aponta para o fato de que esses pacientes necessitam de uma intervenção mais imediata. Pacientes com 65 a 70 anos tinham risco aumentado em quase quatro vezes de terem complicações e irem a óbito”, exemplificou.

Algumas hipóteses podem explicar essa relação e Verjovski destaca que estudos ainda estão sendo feitos. Contudo, um dos mecanismos possíveis é que quando o SARS-CoV-2 infecta o organismo, o corpo responde com um processo inflamatório para combater o vírus.

“Sabe-se que Alzheimer envolve inflamação de vasos do cérebro e é uma possibilidade que essa inflamação diminua a barreira hematoencefálica, que é uma barreira que permite que o cérebro receba nutrientes, receba a circulação, mas não deixa passar fatores de infecção. No caso da inflamação, que leva à degeneração pelo Alzheimer, pode estar diminuindo essa barreira hematoencefálica e aumentando a chance da infecção pelo vírus”, explica.

Fatores genéticos

Verjovski disse que o grupo busca agora relações entre os fatores genéticos de propensão da doença de Alzheimer e o agravamento da covid-19. “A gente agora está tentando associar os dados clínicos com os dados de variantes genéticas envolvidas com Alzheimer para ver se aponta, entre os genes causadores Alzheimer, algum que aumenta também nitidamente a gravidade da covid e que pode apontar para um mecanismo genético.”

Originalmente, o laboratório liderado por Verjovski pesquisa genes de câncer. Com a pandemia, no entanto, o trabalho foi reorientado. “Temos um financiamento para pesquisa que nos permitiu usar esses bancos. Temos pessoal capacitado em fazer as análises, equipamentos e, embora o nosso trabalho não seja voltado para Alzheimer, nem pra covid-19, a gente se associou ao Sérgio Ferreira [doutor em biofísica e professor da UFRJ] e usou nosso knowhow de análise de genética em larga escala”.