Qualicorp compra Grupo Elo e assina contratos comerciais com Unimed
Empresa pagou R$ 129,5 milhões pelo grupo composto pelas seguradoras Elo e APM

 

Por Felipe Laurence, do Valor Econômico

A Qualicorp anunciou na manhã desta quinta-feira que adquiriu o Grupo Elo, composto pelas seguradoras Elo e APM, por R$ 129,5 milhões. Com isso, a empresa adiciona ao seu portfólio cerca de 52 mil novas vidas nos segmentos coletivo por adesão e empresarial, sendo 42 mil em saúde e 10 mil em dental.

De acordo com a companhia, o Grupo Elo tem tíquete médio de saúde de aproximadamente R$ 730 e tem atuação nacional, mas se concentrando no Distrito Federal, com foco nas operadoras Seguros Unimed, Bradesco e Amil.

“A aquisição do Grupo Elo fortalece a posição da Qualicorp como principal ‘player’ na comercialização e administração de planos de saúde com atuação relevante em todo o território nacional”, diz a empresa.

Além disso, a Qualicorp firmou acordos comerciais com a Seguros Unimed e a Central Nacional Unimed (CNU), no valor total de R$ 45 milhões, onde a empresa poderá voltar a comercializar os produtos da Seguros Unimed e CNU nas suas áreas de atuação.

“A assinatura dos acordos com a Seguros Unimed e a CNU representam um importante marco no relacionamento comercial entre a Qualicorp e o sistema Unimed, um dos mais relevantes parceiros comerciais da companhia e um dos principais ‘players’ na saúde suplementar no Brasil”, comentam.

Ocupação de leitos de UTI covid-19 não passa de 80% em nenhum estado
É o melhor nível para o indicador desde outubro de 2020, diz Fiocruz

 

Da Agência Brasil

Pela primeira vez desde outubro de 2020, nenhum estado brasileiro está com mais de 80% dos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) para covid-19 ocupados no Sistema Único de Saúde (SUS). A informação foi divulgada hoje (11) pelo Boletim Observatório Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Segundo os pesquisadores responsáveis pelo estudo, o país vive o melhor momento para a ocupação de leitos desde que o indicador passou a ser monitorado pelo boletim, em julho do ano passado. Na análise desta semana, eles voltam a destacar que a vacinação tem feito grande diferença para a redução dos casos graves da doença e pedem que o acesso aos imunizantes seja ampliado e acelerado.

“Merece destaque a observação de que o cenário de melhora das taxas de ocupação de leitos de UTI para adultos no SUS já convive, sem prejuízos, com a redução significativa de leitos destinados à covid-19 em muitos estados e no Distrito Federal. O gerenciamento desse processo, ainda que exija monitoramento cuidadoso da pandemia, é desejável frente aos desafios postos para o sistema de saúde pelo represamento de demandas por diferentes condições de saúde no decorrer da pandemia”, recomenda o estudo.

O boletim recomenda que seja mantido o alerta quanto à possibilidade de variante Delta trazer reveses a esse quadro de melhora. Apesar do cenário favorável, o texto pondera que, “considerando que ainda são altos os níveis de transmissão do vírus, casos e óbitos, é também importante combinar a vacinação com o uso de máscaras e distanciamento físico, para manutenção e avanços nos resultados positivos na direção do controle da pandemia”.

Zona de alerta

Quando mais de 80% das vagas de UTI estão ocupadas, o boletim diz que a assistência aos casos graves de covid-19 está na zona de alerta crítico. O Brasil chegou a ter 25 unidades federativas nessa situação simultaneamente, em 15 de março, quando a pandemia estava no pior momento no país.

No boletim divulgado hoje, com dados reunidos na segunda-feira (9), 21 estados e o Distrito Federal estão fora da zona de alerta, com taxas de ocupação para covid-19 inferiores a 60%. Já na zona de alerta intermediário, com entre 60% e 80% de ocupação, estão Goiás (78%), Mato Grosso (79%), Rio de Janeiro (67%), Rondônia (64%) e Roraima (70%).

No caso dos dois estados da Região Norte, que antes estavam fora da zona de alerta, a Fiocruz avalia que a elevação da taxa se deve à redução de leitos de UTI covid-19 para adultos no SUS, “provavelmente em um processo de gerenciamento de leitos frente à queda na demanda, e não ao aumento de leitos ocupados”.

Entre as capitais, Goiânia (92%) e Rio de Janeiro (97%) estão com taxas de ocupação na zona de alerta crítico, situação que se mantém há semanas. Por outro lado, 19 capitais estão fora da zona de alerta: Rio Branco (12%), Manaus (54%), Belém (44%), Macapá (29%), Palmas (53%), Teresina (39%), Fortaleza (53%), Natal (34%), João Pessoa (19%), Recife (39%), Maceió (25%), Aracaju (43%), Salvador (38%), Belo Horizonte (57%), Vitória (36%), São Paulo (43%), Florianópolis (31%), Porto Alegre (59%) e Brasília (59%). As demais estão na zona de alerta intermediário.

Clínica investe em segurança e conforto no tratamento contra o câncer
Oncologia D’Or reforma unidade de Fortaleza

 

A clínica ampliou o número de consultórios e cabines de infusão

 

Da Redação

Uma clínica de diagnóstico e tratamento do câncer mais moderna, acolhedora, com mais conforto e facilidades para o paciente. Esse é o resultado do investimento de 4 R$ milhões feito pela Oncologia D’Or em sua unidade de Fortaleza. “É quase como se estivéssemos inaugurando uma nova clínica. Fizemos um investimento profundo para melhorar a qualidade do atendimento, aliando tecnologia de ponta com um ambiente acolhedor”, afirma o diretor Marcelo Herz.

Segundo o diretor, o paciente realmente vai encontrar uma nova clínica. Houve expansão na área da recepção, ampliação no número de consultórios e cabines de infusão, bem como melhorias em todos os setores da unidade. O bem-estar do paciente esteve no centro de todas as mudanças. A área de infusão dos medicamentos, por exemplo, agora oferece mais privacidade a quem realiza o tratamento. Para ajudar a manter a autoestima de quem luta contra o câncer, a clínica também dispõe da touca de resfriamento capilar. A tecnologia ajuda a evitar a queda dos cabelos, que costuma ser, principalmente para as mulheres, um dos efeitos colaterais mais devastadores.  “Nossas ações são para que o paciente se sinta acolhido, por isso é tão importante garantir qualidade de vida para eles”, destaca Marcelo.

Outra novidade é a ampliação de uma para duas capelas de preparo de medicamentos da farmácia.  As obras também aumentaram a capacidade de atendimento. Agora a unidade conta com sete consultórios, treze cabines de infusão e dois leitos de infusão. O espaço permanece como um centro de oncologia multidisciplinar, com mais especialidades à disposição. A equipe médica reúne oncologistas clínicos, cirurgiões oncológicos, hematologistas, mastologistas, além de nutricionistas e psicólogos. A clínica fica localizada na Av. Barão de Studart, 2626, – 4 andar, no bairro Joaquim Távora.

ONU: relatório sobre clima é “alerta vermelho”
Documento, divulgado hoje, faz avaliação dos últimos sete anos

 

Da Agência Brasil

O relatório sobre o clima, publicado hoje (9) pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), é um “alerta vermelho” que deve fazer soar os alarmes sobre as energias fósseis que “destroem o planeta”. A afirmação foi feita pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres.

O relatório mostra uma avaliação científica dos últimos sete anos e “deve significar o fim do uso do carvão e dos combustíveis fósseis, antes que destruam o planeta”, segundo avaliação de Guterres, em comunicado.

O secretário pede que nenhuma central de carvão seja construída depois de 2021. “Os países também devem acabar com novas explorações e produção de combustíveis fósseis, transferindo os recursos desses combustíveis para a energia renovável”, acrescentou Guterres.

O relatório estima que o limiar do aquecimento global (de + 1,5° centígrado), em comparação com o da era pré-industrial, vai ser atingido em 2030, dez anos antes do que tinha sido projetado anteriormente, “ameaçando a humanidade com novos desastres sem precedentes”.

“Trata-se de um alerta vermelho para a humanidade”, disse António Guterres. “Os alarmes são ensurdecedores: as emissões de gases de efeito estufa provocadas por combustíveis fósseis e o desmatamento estão sufocando o nosso planeta”, disse o secretário.

No mesmo documento, ele pede igualmente aos dirigentes mundiais, que se vão reunir na Conferência do Clima (COP26) em Glasgow, na Escócia, no próximo mês de novembro, que alcancem “sucessos” na redução das emissões de gases de efeito estufa.

“Se unirmos forças agora, podemos evitar a catástrofe climática. Mas, como o relatório de hoje indica claramente, não há tempo e não há lugar para desculpas”, apelou Guterres.

Relatório

De acordo com o documento do IPCC, a temperatura global subirá 2,7 graus em 2100, se se mantiver o atual ritmo de emissões de gases de efeito estufa. No novo relatório, que saiu com atraso de meses devido à pandemia de covid-19, o painel considera vários cenários, dependendo do nível de emissões que se alcance.

Manter a atual situação, em que a temperatura global é, em média, 1,1 grau mais alta que no período pré-industrial (1850-1900), não seria suficiente: os cientistas preveem que, dessa forma, se alcançaria um aumento de 1,5 grau em 2040, de 2 graus em 2060 e de 2,7 em 2100.

Esse aumento, que acarretaria mais acontecimentos climáticos extremos, como secas, inundações e ondas de calor, está longe do objetivo de reduzir para menos de 2 graus, fixado no Acordo de Paris, tratado no âmbito das nações, que fixa a redução de emissão de gases de efeito estufa a partir de 2020, impondo como limite de subida 1,5 grau centígrado.

O estudo da principal organização que estuda as alterações climáticas, elaborado por 234 autores de 66 países, foi o primeiro a ser revisto e aprovado por videoconferência.

Os peritos reconhecem que a redução de emissões não terá efeitos visíveis na temperatura global até que se passem duas décadas, ainda que os benefícios para a contaminação atmosférica possam ser notados em poucos anos.