OMS pré-qualifica primeiro autoteste para hepatite C
Tecnologia garante que mais pessoas sejam tratadas

Da Agência Brasil

A Organização Mundial da Saúde (OMS) pré-qualificou o primeiro autoteste para hepatite C. O produto, chamado autoteste OraQuick HCV, fabricado pelo OraSure Technologies, é uma extensão de um teste rápido para hepatite C inicialmente pré-qualificado para uso profissional. “A nova versão, especificamente projetada para o uso de pessoas leigas, fornece um único kit contendo os componentes necessários para realizar o autoteste”, informou a OMS.

A entidade passou a recomendar o uso de autotestes para detecção da hepatite C em 2021, como forma de complementar os serviços de testagem para a doença. “A recomendação baseou-se em evidências que demonstram a capacidade do autoteste de ampliar o acesso e a utilização dos serviços, sobretudo entre pessoas que, de outra forma, não seriam testadas para a doença”.

Dados da OMS indicam que, todos os dias, 3,5 mil pessoas morrem no mundo em razão de hepatites virais. Dos 50 milhões que vivem com hepatite C, apenas 36% testaram positivamente e 20% tiveram acesso ao tratamento até o fim de 2022. Para a entidade, a pré-qualificação do autoteste representa uma forma segura e efetiva de expandir a testagem para hepatite C, garantindo que mais pessoas sejam diagnosticadas com a doença e tratadas.

Ingestão de pilhas ou baterias por acidente pode trazer risco à saúde da criança

Da Redação

As pilhas e baterias estão presentes na maioria dos eletrônicos utilizados no dia a dia, até mesmo de brinquedos, ambos ao alcance de crianças. Por este motivo, é necessário cuidado e atenção à possibilidade da ingestão acidental. De acordo com o pediatra e coordenador de pediatria do Hospital Santa Helena, da Rede D’Or, Thallys Ramalho, em contato com a saliva, a pilha promove a formação de uma solução alcalina, que provoca lesões graves no trato gastrointestinal ou nas vias aéreas. “A ingestão deste tipo de material pode trazer consequências por toda vida. Inicialmente, os sintomas são inespecíficos, como dor torácica ou abdominal, aumento da quantidade de saliva, vômitos, náuseas e até mesmo dificuldade para respirar. Com a permanência do corpo estranho, ele pode fazer uma lesão química, que pode ocasionar rompimento dos órgãos e hemorragias. Essas lesões podem deixar sequelas permanentes, com necessidade de várias abordagens cirúrgicas ao longo da vida”, alerta o médico.

Ao perceber que a criança ingeriu por acidente uma pilha ou bateria, a primeira atitude a ser tomada é procurar um serviço de emergência. “Após 15 minutos de ingestão, iniciam-se as lesões internas. Com duas horas, aproximadamente, a lesão está instalada”, explica o pediatra. A retirada da pilha pode ser realizada por endoscopia, quando ainda no esôfago ou estômago. Porém, caso o objeto já tenha atravessado do estômago para o intestino, a conduta é observação no hospital até o corpo estranho se expelido com as fezes. Em casos mais graves, pode ocorrer perfuração de algum órgão e ser necessário uma cirurgia de emergência.

Para evitar que este tipo de situação aconteça, o pediatra Thallys Ramalho aconselha os pais a guardarem as baterias em locais seguros, evitar trocar a carga na frente das crianças e priorizar brinquedos que possuam travas para as pilhas com parafusos, além de ter muito cuidado com o controle remoto ao alcance das crianças.

Julho Amarelo: Hepatites Virais
Coluna assinada por Yuri Boteon, médico especialista em cirurgia geral e cirurgia do aparelho digestivo do Hospital e Maternidade Brasil - Rede D'Or

(Foto: Reprodução/MedClub)

Publicado no jornal Diário do Grande ABC.

O que são hepatites virais?

As hepatites virais são infecções que afetam o fígado, podendo causar desde alterações leves até doenças graves. Muitas vezes, são assintomáticas, mas podem apresentar sinais como cansaço, febre, mal-estar, enjoo, vômitos, dor abdominal, icterícia (pele e olhos amarelados), urina escura e fezes claras.

Quais são os tipos de hepatites virais?

Existem cinco tipos principais de hepatites virais: A, B, C, D e E. No Brasil, os tipos mais comuns são A, В е С.

Julho Amarelo é o mês de luta contra as hepatites virais. Qual a importância da conscientização?

A conscientização sobre as hepatites virais é essencial para a prevenção e controle dessas doenças.

Campanhas como o Julho Amarelo informam a população sobre as formas de contágio, a importância da vacinação e a necessidade de diagnóstico precoce. Essa disseminação de conhecimento reduz o estigma, incentiva comportamentos preventivos e promove a testagem regular.

Quais são as principais formas de contágio?

Existem diferentes formas de contágio, dependendo do tipo do vírus. A hepatite A é transmitida principalmente pela via fecal-oral, geralmente por meio da ingestão de alimentos ou água contaminados. Situações de baixo saneamento básico e higiene pessoal inadequada são grandes facilitadores dessa transmissão, entre outros fatores.

A hepatite B tem várias formas de transmissão, como relações sexuais sem preservativo com uma pessoa infectada, de mãe para filho durante a gestação e o parto, e pelo compartilhamento de materiais para uso de drogas, como seringas e agulhas. Compartilhar itens de higiene pessoal, como lâminas de barbear, escovas de dente e alicates de unha, também pode ser uma via de transmissão.

A hepatite C é predominantemente transmitida pelo contato com sangue contaminado. Isso pode ocorrer mediante reutilização ou falha na esterilização de equipamentos médicos ou odontológicos, e durante procedimentos invasivos como hemodiálise e cirurgias.

A hepatite D só ocorre em pessoas já infectadas pelo vírus da hepatite B e compartilha modos de transmissão semelhantes. Já a hepatite E é transmitida pela via fecal-oral, principalmente através do consumo de água contaminada.

Quais são as principais medidas utilizadas como prevenção?

A prevenção das hepatites virais envolve uma série de medidas específicas para cada tipo. Para a hepatite A, é essencial melhorar as condições de higiene e saneamento básico. Lavar as mãos regularmente, especialmente após o uso do sanitário e antes de preparar alimentos, é fundamental, entre outras precauções.

Para a hepatite B, a vacinação é a principal medida preventiva, sendo extremamente eficaz e segura. Outros cuidados incluem o uso de preservativos em todas as relações sexuais e evitar o compartilhamento de objetos pessoais, como lâminas de barbear, escovas de dente, materiais de manicure e pedicure, e equipamentos para uso de drogas.

Não existe vacina para a hepatite C, por isso a prevenção se baseia em evitar o compartilhamento de objetos que possam ter contato com sangue, como seringas, agulhas e alicates. O uso de preservativos nas relações sexuais e a realização de exames pré-natais para detectar hepatites B e C, HIV e sífilis em mulheres grávidas são medidas essenciais.

As formas de transmissão da hepatite D são idênticas às da hepatite B, portanto, a imunização contra a hepatite B também previne a hepatite D. Além disso, é importante usar preservativos em todas as relações sexuais e não compartilhar objetos pessoais.

Qual o diferencial do Hospital Brasil no tratamento das hepatites virais?

O Hospital e Maternidade Brasil oferece atendimento médico de alta qualidade atuando desde a prevenção da doença até a realização das terapêuticas mais avançadas para o tratamento das complicações graves, como a cirrose hepática e o carcinoma hepatocelular. Com uma estrutura moderna, o hospital dispõe de uma equipe especializada em doenças hepáticas e acesso a terapias complexas como cirurgias hepáticas e o transplante de fígado. A abordagem integrada e o compromisso com a qualidade do atendimento fazem do Hospital Brasil uma referência no cuidado de pacientes com hepatites virais.

Primeiros transplantes renais intervivos da região Sul Fluminense são realizados no Hospital Unimed Volta Redonda

Hospital Unimed Volta Redonda está autorizado a realizar transplantes renais (Foto: Divulgação)

Os primeiros transplantes renais com doadores vivos na região Sul Fluminense foram realizados, dia 24 de maio, no Hospital Unimed Volta Redonda. Com o sucesso das cirurgias, os dois primeiros pacientes receberam alta e se recuperam em casa. Em setembro, a unidade hospitalar recebeu autorização do Ministério da Saúde para a realização de transplantes renais. No Brasil, mais de 43 mil pessoas aguardam por um transplante, sendo 40 mil delas um transplante renal, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde. O transplante intervivo, ou seja, com doador ainda vivo, pode ajudar a reduzir a fila de espera por órgãos no país.

Maiara da Penha Barreto, de 28 anos, foi a primeira paciente a realizar este procedimento no Hospital Unimed Volta Redonda, com o marco de também ser o primeiro transplante intervivo da região. A doadora foi sua tia, Fabiana Cordeiro Barreto, de 45 anos.

“Estou aliviada por dar tudo certo. Agora, acredito que tudo será diferente, quero voltar a viver como antes de receber o diagnóstico da insuficiência renal. Minha tia me deu a vida novamente, não tenho como agradecer em palavras o que ela fez por mim, foi a maior prova de amor. Vou agradecê-la para o resto da minha vida. Ela não me deu só um pedacinho dela, me deu todo o seu amor. Agradeço ao hospital por nos acolher com muito amor e carinho neste processo para o transplante. Muito obrigada”, disse Maiara, que recebeu o diagnóstico de insuficiência renal em 2022. Até a realização do procedimento, a jovem chegou a ficar internada e passar por hemodiálise, precisando sair do seu emprego e abdicar de momentos com suas filhas.

Para realizar o transplante neste formato o doador deve ter compatibilidade com o receptor. Fabiana Barreto realizou todos os testes para verificar a compatibilidade e, ao receber a confirmação, ficou muito feliz em poder ajudar a sobrinha:

“Quando vi a Maiara internada por conta da doença, pedi a Deus para que eu fosse compatível. Não queria ver ela sofrendo mais. Amo a Maiara como se fosse minha filha, um presente que Deus me deu. O que fiz, faria novamente para ver a minha sobrinha com a vida dela de volta, bebendo água, se alimentando bem, trabalhando, estudando e participando de muitos momentos com suas filhas”, explica Fabiana.

Equipe que realizou o transplante em Maiara da Penha Barreto (Foto: Divulgação)

Para o presidente da Unimed Volta Redonda, Vitório Moscon Puntel, a realização dos primeiros transplantes renais intervivos do Hospital Unimed Volta Redonda e da região Sul Fluminense é uma conquista que reforça o interesse da Cooperativa em ser referência em soluções para saúde e contribuir para a interiorização de procedimentos antes só acessíveis em grandes centros.

“Atualmente, o hospital é habilitado para a realização de 4 modalidades de transplantes: medula óssea, músculo-esquelético, fígado e rim, contribuindo para que a unidade seja referência em alta complexidade. Neste mês, também iniciamos as cirurgias robóticas, trazendo ao Sul Fluminense uma tecnologia que faz a diferença e ajuda a salvar mais vidas. Permanecemos com nossa estratégia de diferenciação no mercado, possibilitando a população um atendimento de excelente qualidade próximo de sua residência”, reforça o presidente da Unimed Volta Redonda.

O procedimento foi realizado pela equipe cirúrgica do hospital comandada pelo médico-cirurgião Eduardo Fernandes, especialista em Transplantes de órgãos abdominais e cirurgias oncológicas abdominais e membro associado à International Liver Transplantation Society (Sociedade de Transplante de Fígado).