O presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-RJ), Paulo Sardinha, e o professor do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa (ISCSP-ULisboa) e o presidente do Fórum Pessoas e Organizações (Pessoas@2020), Manuel Sousa Antunes, visitaram nessa segunda-feira (27) as antigas instalações da Beneficência Portuguesa, na Glória, para conhecer o projeto da Rede D’Or para o local. A maior rede hospitalar privada do país arrematou o espaço em leilão judicial por R$ 60 milhões e irá investir R$ 300 milhões na construção do maior complexo hospitalar do estado do Rio de Janeiro.
“O hospital vai oferecer 500 leitos e gerar cerca de cinco mil empregos diretamente”, destacou o vice-presidente da Rede D’Or, Paulo Moll, que guiou a visita ao lado do diretor executivo e responsável pelo projeto, Marcelo Pina.
O complexo hospitalar ainda terá um centro integrado de assistência, ensino, pesquisa e inovação. “Há 10 anos, a empresa fundou o Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) que tem por objetivo promover o avanço científico e tecnológico na área da saúde. Começou primeiro com os cursos de pós-graduação, mas hoje já temos graduação e residência médica”, explicou Pina.
Para o presidente da ABRH-RJ, mais empresas deveriam seguir o exemplo e também investir em ensino e pesquisa. “Somente através da educação é que o país alcançará um desenvolvimento sustentável, por isso é fundamental que as organizações tenham esse compromisso como a Rede D’Or”, elogiou Sardinha.
Da visita surgiu, inclusive, a possibilidade de uma parceria com a Universidade de Lisboa. Antunes colocou-se à disposição do IDOR para fazer a apresentação entre as duas instituições. Hoje, o IDOR tem parcerias com universidades como a UCLA e Stanford, mas ainda não tem nenhum trabalho em conjunto com uma instituição de ensino de Portugal. “Seria uma excelente oportunidade de ampliar os nossos horizontes”, afirmou Moll.
Por sinal, para o presidente do Fórum Pessoas e Organizações, que é português, a visita também foi uma volta às origens, devido à marquise e estilo dos prédios que remetem à arquitetura portuguesa do século XVIII e também ao acervo de quadros e estátuas que a Beneficência abriga e que homenageia personagens históricos de Portugal. Antunes, quem também é presidente da Confederação dos Profissionais de Recursos Humanos de Língua Portuguesa, destacou, por exemplo, a estátua em homenagem ao primeiro Rei de Portugal, Afonso I, e o busto do penúltimo rei, Carlos I.
“Há um compromisso da Rede D’Or com a manutenção de todo o acervo. Vamos conciliar nesse espaço o que há de mais moderno em pesquisa e assistência médica com a tradição e história da arquitetura dos prédios e do acervo cultural presente”, destacou Moll.