Começa hoje, em Salvador, simpósio que alerta para o câncer mais mortal do mundo
Segundo estudos, há aumento da incidência de câncer de pulmão em pacientes não fumantes

(Imagem: Reprodução / https://www.rededorsaoluiz.com.br/instituto/idor/eventos/ix-simposio-internacional-de-cancer-de-pulmao-oncologia-dor-2/)

Da Redação

Começa nesta sexta-feira (23), às 8h, a nona edição do Simpósio Internacional de Câncer de Pulmão Oncologia D’Or, no Wish Hotel da Bahia, em Salvador. Ao longo de dois dias, o evento vai apresentar novidades sobre rastreamento, diagnóstico e tratamento envolvendo a doença, que é o tipo mais incidente e letal de câncer no mundo. Segundo dados da OMS, são 2,5 milhões de novos casos e 1,8 milhão de mortes apenas em 2022. Cirurgião torácico e coordenador do evento, Tiago Machuca reforça a importância do simpósio. “É um congresso que reúne profissionais multidisciplinares envolvidos no dia a dia do tratamento e diagnóstico da doença e tem como principal objetivo melhorar o cuidado com a população”, afirma.

O evento contará com a presença de dois convidados internacionais: Bruno Hochhegger, radiologista e professor da Universidade da Flórida; e Narjust Florez, oncologista torácica no Dana-Farber Brigham Cancer Center. Narjust trará um dos principais debates do congresso: a incidência de câncer de pulmão em pacientes não fumantes. Há um aumento comprovado de casos em pacientes jovens e que sequer tiveram contato com tabaco, alertando médicos para essa possibilidade em novos casos.

O rastreamento em câncer de pulmão também receberá grande destaque no simpósio. Estudos apontam benefício evidente para pacientes que descobrirem a presença do carcinoma pulmonar em estágio inicial, utilizando tomografias de baixa dose. “As estatísticas de câncer de pulmão são indesejáveis por conta da demora no diagnóstico. O rastreamento é uma oportunidade única que temos para melhorar essas estatísticas e facilitar o tratamento”, explica Samira Mascarenhas, oncologista clínica da Oncologia D’Or e coordenadora do Simpósio, reafirmando a importância de acompanhar pacientes com algum histórico que possam vir a facilitar a presença da doença.

Outros módulos terão temas como: o papel da cirurgia no câncer de pulmão, critérios, avanços, novas técnicas e como entregar uma cirurgia de qualidade para cada caso; e terapias adjuvantes, ou seja, utilização de quimioterapia e imunoterapia para diminuir o tumor e aumentar as chances de cura do paciente pós-operação. “Estamos muito felizes em poder trazer, novamente, temas extremamente relevantes e atuais em câncer de pulmão em um ambiente propício ao debate e troca de conhecimento, permitindo a evolução profissional e formação de novas conexões”, finaliza Tiago Machuca, Diretor Nacional de Medicina Respiratória de Alta Complexidade da Rede D’Or e coordenador do evento.

Oncologia D’Or

Criada em 2011, a Oncologia D’Or é a empresa de oncologia da Rede D’Or, formada por clínicas especializadas no diagnóstico e tratamento oncológico e hematológico, com padrão de qualidade internacional e que, atualmente, está presente em 11 estados brasileiros e Distrito Federal. O trabalho da Oncologia D’Or tem por objetivo proporcionar, não apenas serviços integrados e assistência ao paciente com câncer com elevados padrões de excelência médica, mas um ambiente de suporte humanizado e acolhimento. A área de atuação da Oncologia D’Or conta com uma rede de mais de 55 clínicas, tem em seu corpo clínico mais de 500 médicos especialistas nas áreas de oncologia, radioterapia e hematologia e equipes multidisciplinares que trabalham em estreita parceria com o corpo clínico da maioria dos 73 hospitais da Rede D’Or. Além disso, a presença das clínicas da Oncologia D’Or em mais de 22 hospitais da Rede, abrange a área de atuação em toda a linha de cuidados, seguindo os moldes mais avançados de assistência integrada, proporcionado maior agilidade no diagnóstico e trazendo mais conforto e eficiência para o tratamento completo dos pacientes.

Serviço:

IX Simpósio Internacional de Câncer de Pulmão Oncologia D’Or

Data: 23 e 24/08.

Local: Wish Hotel da Bahia– Av. Sete de Setembro, 1537 – Salvador – BA.

Inscrições: www.eventosoncologiador.com.br/pulmao2024/

Tabagismo é responsável pela maioria de casos de câncer de pulmão
Cerca de 80% dos casos diagnosticados da doença estão associados ao consumo de derivados de tabaco

(Imagem: Freepik)

Da Redação

O câncer é uma das doenças de maior incidência no mundo. Para cada ano do triênio 2023-2025, são esperados 704 mil novos casos de câncer no Brasil. O câncer de pulmão, traqueia e brônquio é o 4º mais incidente na população brasileira, com estimativa de 35.560 novos casos para cada ano do triênio 2023-2025, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA).

De acordo com a oncologista da Oncologia D’Or Martha Mesquita, o tabagismo e a exposição passiva ao tabaco são importantes fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de pulmão. “Em cerca de 85% dos casos diagnosticados, o câncer de pulmão está associado ao consumo de derivados de tabaco. Temos outros fatores de risco que são exposição à poluição, doença pulmonar obstrutiva crônica, enfisema pulmonar, bronquite crônica, exposição a agentes químicos como radônio, arsênico, cromo, níquel e fuligem, dentre outros”, explica a oncologista.

O cigarro eletrônico está cada vez mais popular no meio dos jovens. Mas, segundo o oncologista da Oncologia D’Or Lucianno Santos, por estar difundido há pouco tempo, ainda não são conhecidos todos os efeitos danosos a longo prazo. “Atualmente, nota-se o aumento de doenças pulmonares não-oncológicas em pacientes que utilizam o cigarro eletrônico, a relação direta entre o cigarro eletrônico e o câncer de pulmão ainda não foi comprovada de forma enfática. Faz-se necessário mais tempo de acompanhamento desta população e a conclusão de estudos científicos em andamento”, afirma Lucianno.

Apesar disso, o cigarro eletrônico, assim como o convencional, pode causar dependência ao usuário, devido à presença de nicotina. “Embora os cigarros eletrônicos não contenham alcatrão e monóxido de carbono, substâncias nocivas presentes nos cigarros convencionais, a nicotina ainda é uma substância altamente viciante que pode levar à dependência. Em termos gerais, quem é usuário de vape inala vapor e não fumaça. Além disso, o cigarro eletrônico não possui alcatrão em sua composição, diferente do convencional. Por outro lado, suas semelhanças são inúmeras. Os dois geram dependência e fumantes passivos, os dois causam diversas doenças e os dois podem levar à morte”, explica a oncologista Martha Mesquita.

Segundo dados mais atuais do Atlas de Mortalidade, disponibilizado pelo INCA, um total de 29.576 pacientes foram a óbito no ano de 2022 decorrente deste tipo de câncer. “Para que um paciente consiga vencer a dependência do cigarro ou cigarro eletrônico faz-se necessário um conjunto de fatores, como o desejo do paciente em largar o vício, acompanhamento médico e psicológico especializado e o apoio da família. A falta de alguns destes fatores pode dificultar o sucesso do processo”, finaliza o oncologista Lucianno Santos.

Câncer de pulmão, o mais letal no Brasil
Atualmente, tratamentos personalizados são um avanço e aumentam as possibilidades de cura

O câncer de pulmão é um dos tipos que mais leva à morte de pacientes no Brasil.  Não foi diferente com Aracy Balabanian, atriz brasileira, falecida aos 83 anos, depois de uma luta para tratar dois tumores no pulmão, descobertos no ano passado, após um derrame pleural, que causa retenção de líquido nos pulmões. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 2020, o câncer de pulmão vitimou cerca de 29 mil homens e mulheres — uma taxa de morte elevada em comparação ao número de diagnósticos da doença: 30 mil novos casos ao ano. Os casos são descobertos tardiamente, o que reduz significativamente a chance de cura da doença e o tempo de vida do paciente. Quando o tumor é identificado em estágio avançado, apenas 18% das pessoas sobrevivem por 5 anos ou mais. Já se o câncer de pulmão for diagnosticado em estágio inicial, a taxa de sobrevida em cinco anos sobe significativamente, alcançando 56%.

Grande desafio para a saúde pública, o câncer de pulmão tem sinais inespecíficos e frequentemente confundidos com outras patologias pulmonares. Os sintomas mais característicos do tumor são: tosse persistente, escarro com sangue, dor no peito, rouquidão, falta de ar, perda de peso e de apetite, pneumonia recorrente ou bronquite, cansaço ou fraqueza. É importante ressaltar que um dos principais fatores de risco é o tabagismo (inclusive os cigarros eletrônicos), mas é importante ter conhecimento que 15% dos pacientes com o tumor nunca fumaram, e sedentarismo, má alimentação, exposição à agente químicos, poluição e fatores genéticos também são associados à doença.

Com os avanços da medicina, desde que seja realizado um diagnóstico precoce, o câncer de pulmão tem cura. No Brasil, existem algumas empresas de base tecnológica capazes de desenvolver testes revolucionários.  A combinação de tecnologia e conhecimento vem afetando positivamente a medicina ao longo do tempo. A medicina de precisão é uma realidade, melhorando não só a rotina médica, mas os impactos econômicos que a busca por novos tratamentos representa.

Um dos avanços voltados para a implementação de uma medicina personalizada e de precisão têm levado à implementação de ferramentas inovadoras. É o caso da Invitrocue Brasil que, investindo na tecnologia de organoides, chegou ao desenvolvimento do teste Onco-PDO (Organoides Derivados do Paciente). Com ele, as células do paciente são cultivadas e testadas para diferentes drogas quimioterápicas, analisando como respondem às diversas terapias.

Trata-se de um cultivo celular tridimensional, que melhor reflete in vitro as condições observadas in vivo do seu tumor de origemO Teste Onco-PDO leva em conta que cada paciente é único, e isso ajuda o médico a traçar a melhor escolha para aquele paciente específico. Alguns tumores mostram-se resistentes a certos medicamentos e saber previamente as respostas das células tumorais do paciente para os diferentes tratamentos em laboratório contribui para a tomada de decisão dos médicos oncologistas. O benefício é que, ao invés de fazer previsões de como um o câncer pode responder a uma terapia, o Teste Onco-PDO  permite verificar especificamente o efeito dessa terapia no tumor do paciente e trabalhar diretamente com as células vivas que formam o câncer em cada caso.

Disponível no Brasil para câncer de mama, pulmão, colorretal, pancreático, gástrico, próstata e ovário, o Teste Onco-PDO permite que o médico escolha até 60 drogas para testagem e o resultado demonstrará como as células responderam em laboratório. O relatório, gerado em até 21 dias, fornece informações de como os organoides derivados do paciente reagiram aos diferentes tratamentos testados.  O Teste Onco-PDO está disponível para coletas em todo o Brasil. Para mais informações, consulte a Invitrocue Brasil.

O futuro da medicina depende de ações de precisão. Para que as novas ferramentas possam ser utilizadas, converse com o seu médico para uma avaliação precisa e análise das opções de tratamento!

Simpósio Internacional sobre câncer de pulmão debate avanços no tratamento e diagnóstico da doença
O atendimento a pacientes em tempos de pandemia será um dos destaques no evento

Os últimos avanços no diagnóstico e tratamento do câncer de pulmão serão apresentados no V Simpósio Internacional de Câncer de Pulmão Oncologia D’Or, que acontece hoje e amanhã. Pela primeira vez o evento será inteiramente virtual. O simpósio terá a participação de vários dos principais especialistas do cenário nacional e convidados internacionais de grande prestígio na área, para apresentar os temas de mais relevância da especialidade, as tendências para o futuro próximo e discutir casos reais. O presidente da Oncologia D’Or, Paulo Hoff, está entre os nomes confirmados na mesa de abertura.

Alguns destaques da programação científica: inovações em cirurgia robótica; avanços da terapia-alvo e da imunoterapia; novidades no cenário do tratamento adjuvante e neoadjuvante; abordagem da doença oligometastática e a oncologia torácica em tempos de pandemia.

“O público pode esperar um congresso dinâmico, focando no manejo multidisciplinar do câncer e com um olhar no futuro do tratamento dessa doença”, destaca a oncologista Milena Mak, que, ao lado do também oncologista Lucianno Henrique Pereira dos Santos e dos cirurgiões torácicos Ricardo Mingarini Terra e Rui Haddad, faz a Coordenação Científica do evento.

Lucianno observa que o Simpósio, do ponto de vista da situação atual em que o mundo se encontra, funciona como uma afirmação de que a ciência e a oncologia continuam de pé, mesmo diante da crise de saúde global que atinge a humanidade. “Disseminar informações e conhecimentos médico deve ser um processo contínuo e ininterrupto”, afirma.

Entre as mesas que compõem a programação, Milena destaca a que vai discutir os novos empregos de imunoterapia e terapias alvo que vêm sendo desenvolvidos, bem como a incorporação destes tratamentos na prática clínica. “Também tivemos o cuidado de trazer para a discussão o manejo de pacientes com câncer de pulmão em tempos de pandemia, mostrando uma sintonia do evento com a nossa realidade”, relata a oncologista.

Entre os nomes internacionais confirmados temos o do Roy Herbst, chefe de Oncologia Médica e diretor associado de Pesquisa Translacional no Yale Cancer Center (YCC) e na Yale School of Medicine. Ele é reconhecido mundialmente por trazer à tona a discussão do tratamento adjuvante do câncer de pulmão EGFR+ com a utilização de terapia alvo. “Nosso Simpósio vai trazer um tema que foi destaque no último congresso da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) ocorrido em junho. É mais um exemplo de como a programação está alinhada com o que vem sendo feito nos principais centros oncológicos do mundo”, destaca Lucianno.

Simpósio faz parte do calendário de eventos virtuais

O Simpósiofaz parte de uma série de eventos virtuais promovidos pela Oncologia D’Or até o final do ano. “A necessidade de isolamento social devido à pandemia não permite a realização de atividades presenciais. Entretanto o câncer continua sendo um problema relevante de saúde e há a necessidade de disseminar os estudos mais recentes a todos os médicos.”, comentou Paulo Hoff, presidente da Oncologia D’Or. A cada evento, profissionais poderão discutir com especialistas nacionais e estrangeiros o que há de mais recente e efetivo no tratamento dessa doença. Outra novidade é que todos eventos terão conteúdo on demand. Os participantes terão acesso ao conteúdo apresentado pelos palestrantes por três meses.  O calendário completo está disponível no sitehttps://eventosoncologiador.com.br/.