#DezembroLaranja: Mês de prevenção do câncer de pele terá mutirão de atendimento nacional

A Sociedade Brasileira de Dermatologia orienta que as pessoas se examinem com periodicidade, consultando um dermatologista em caso de suspeita.
A Sociedade Brasileira de Dermatologia orienta que as pessoas se examinem com periodicidade,
consultando um dermatologista em caso de suspeita.

Um país com menos casos de câncer da pele é uma meta alcançável e a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) está comprometida em reduzir a incidência e a mortalidade da doença. A conscientização pública é uma das formas de diminuir o número de casos. Para isso, pelo quinto ano consecutivo, a SBD realiza a campanha #DezembroLaranja, iniciativa apoiada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Médica Brasileira (AMB), para alertar a população sobre prevenção, diagnóstico e acesso ao tratamento da doença no Brasil.

Neste ano, a campanha dá continuidade ao tema “Se exponha mas não se queime”, cativando o interesse da população ao fazer um trocadilho entre a exposição solar e a exposição nas redes sociais. As mensagens divulgadas pelos canais de comunicação da entidade, sobretudo em mídias importantes como o Facebook e o Instagram, preenchem um espaço de utilidade pública, com orientações gerais sobre esse tipo de tumor mais incidente no país.

A primeira ação que assume maior relevância na campanha #DezembroLaranja ocorrerá no dia 1º de dezembro, quando cerca de quatro mil médicos dermatologistas e voluntários somarão forças para a prestação de atendimento e esclarecimento quanto à importância de adotar medidas preventivas. As consultas serão realizadas gratuitamente em 132 postos de atendimento em diversos estados. Desde 1999, o mutirão já beneficiou mais de 594 mil brasileiros, e nesta 20ª Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele da SBD, a previsão é de que 30 mil pessoas sejam atendidas.

De dezembro deste ano a março de 2019, ou seja, durante todo o verão, serão promovidas ações e atividades de informação na internet, ruas, praias e parques. As recomendações básicas da SBD incluem a adoção de medidas fotoprotetoras, como evitar os horários de maior incidência solar (das 10h às 16h); utilizar chapéus de abas largas, óculos para sol com proteção UV e roupas que cubram boa parte do corpo; procurar locais de sombra, bem como manter uma boa hidratação corporal. A sociedade médica também orienta para o uso diário de protetor solar com fator de proteção de no mínimo 30, que deve ser reaplicado a cada duas a três horas, ou após longos períodos de imersão na água.

Casos no Brasil

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), 30% de todos os tumores malignos do Brasil correspondem ao câncer da pele. Para o biênio 2018/2019, a estimativa é que o número de câncer da pele não melanoma seja de 165.580 mil novos casos. Um dado novo deste período é que, em relação à última estimativa do Inca (2016/2017), a doença acometerá mais homens (85.170 mil) do que mulheres (80.410 mil). A outra notícia é que a estimativa de novas ocorrências de câncer da pele não melanoma diminuiu em 10 mil casos de um biênio para o outro.

“A SBD transformou esse problema de saúde pública na causa da luta contra o câncer da pele. A boa notícia é que tudo indica que as ações da Sociedade estão surtindo efeito. Parece que estamos no caminho certo”, explica o coordenador nacional da Campanha Prevenção ao Câncer da Pele da SBD, Dr. Joaquim Mesquita.

Em 2018, a SBD conta com parcerias de órgãos públicos, instituições de saúde e empresas, para que juntos, possam trabalhar em colaboração e superar desafios para reverter o número de casos da doença no país. A sociedade civil também está convidada para participar da campanha. Algumas sugestões para quem quiser aderir são: divulgar o mutirão de atendimento para diagnóstico e prevenção do câncer da pele que acontece em todo o Brasil no dia 1º de dezembro; usar laços ou fitas laranjas e publicar as #DezembroLaranja e #verãolaranja nas redes sociais. “É o momento de promover a visibilidade do tema e de tentar mais uma vez realizar uma campanha participativa, coletiva e atuante”, afirma o vice-presidente da SBD, Dr. Sérgio Palma.

Assim como nos outros anos, pessoas reconhecidas em suas áreas de atuação participarão do movimento, vestindo a cor laranja. Monumentos nacionais também serão iluminados com a cor símbolo da campanha. “Todas as ações em torno do #DezembroLaranja integram o compromisso da gestão, que é oferecer informações que possam contribuir para a prevenção do câncer da pele”, realça o presidente da SBD, Dr. José Antônio Sanches.

Sobre o câncer de pele

O câncer da pele é provocado pelo crescimento anormal das células que compõem a pele. Existem diferentes tipos de câncer da pele que podem se manifestar de formas distintas, sendo os mais comuns denominados carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular – chamados de câncer não melanoma – e que apresentam altos percentuais de cura se diagnosticados e tratados precocemente. Um terceiro tipo, o melanoma, apesar de não ser o tipo de câncer da pele mais incidente, é o mais agressivo e potencialmente letal. Quando descoberto no início, a doença tem mais de 90% de chance de cura.

Em todos os tipos, a exposição excessiva e sem proteção ao sol é a principal causa de câncer da pele. O câncer da pele pode se manifestar como uma pinta ou mancha, geralmente acastanhada ou enegrecida; como uma pápula ou nódulo avermelhado, cor da pele e perolado (brilhoso); ou como uma ferida que não cicatriza.

A regra do ABCDE da pinta ajuda na suspeita de uma lesão maligna e sinaliza que um dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia deve ser procurado.

Assimetria: A metade da pinta não “casa” com a outra metade. Pintas perigosas ou melanomas tendem a ter uma assimetria de cores e forma.
Bordas: Lesões malignas apresentam bordas irregulares, dentadas ou com sulcos, com interrupção abrupta na pigmentação da margem.
Cor: A coloração não é a mesma em toda pinta. Lesões muito escuras ou que apresentem diferentes tons em uma mesma lesão devem ser avaliadas, pois podem indicar malignidade.
Diâmetro: Lesões que crescem rápido de diâmetros, principalmente aquelas maiores que 6 milímetros levam a uma suspeita maior de lesão maligna.
Evolução: Toda pinta que mudar (mudança de cor, formato, tamanho e relevo) em curto período de tempo (1 a 3 meses) deve ser examinada por um dermatologista.

Outra forma de avaliar o risco da doença é através da “Calculadora de Risco para Câncer da Pele”, disponível no site – http://www.sbd.org.br/controleOsol/calculadora/.

A Sociedade Brasileira de Dermatologia orienta que as pessoas se examinem com periodicidade, consultando um dermatologista em caso de suspeita. Também é importante que se examine familiares, pois muitas vezes os cânceres podem aparecer em regiões que não é possível ver sozinho. Ao se expor ao sol, é importante que as áreas descobertas estejam protegidas, mesmo em dias frios e nublados.

Congresso Internacional de Oncologia reunirá mais de 5 mil pessoas no Rio

Paulo Hoff, um dos principais nomes da oncologia no mundo
Paulo Hoff, um dos principais nomes da oncologia no mundo

Mais de 5 mil pessoas, entre médicos, profissionais de saúde e estudantes, são aguardadas na 6ª edição do Congresso Internacional Oncologia D’Or, que acontece nos dias 9 e 10 de novembro, no Centro de Convenções do Windsor Oceânico, na Barra da Tijuca.  Ao todo, serão mais de 300 palestrantes, incluindo 10 convidados internacionais, distribuídos em 21 módulos temáticos abrangendo avanços recentes em diagnóstico e tratamento do câncer. Por sinal, a cada ano, o congresso vem crescendo,  com o intuito de atender a demanda do público pelos temas. Este ano, o evento vai ocupar dois andares e terá nove salas com palestras simultâneas.

Entre os destaques internacionais estão nomes como o de Murray Brennan, reconhecido como um dos maiores cirurgiões oncológicos da história e pelas pesquisas que aprimoraram a compreensão biológica dos tumores. De 1985 a 2006, ele foi chefe do departamento de cirurgia do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, em Nova York, Estados Unidos. Outro convidado é o diretor do Departamento de Oncologia do Hospital Santa Maria, em Lisboa, Luis Costa. Envolvido, principalmente, com estudos clínicos de cânceres de mama e metástases ósseas, Costa também vem desenvolvendo importantes pesquisas sobre o entendimento molecular das metástases. Finalmente, a palestra de encerramento será feita por Rodrigo Vianna, brasileiro radicado nos EUA e uma das maiores autoridades mundiais em transplante, abordando esta modalidade cirúrgica no tratamento de tumores.

Coordenador Científico do Congresso, Daniel Herchenhorn destaca o caráter multidisciplinar do evento. Em muitas das mesas, a abordagem do câncer não se resume apenas ao conhecimento de oncologistas, mas também inclui outras especialidades como cardiologistas, psicólogos e enfermeiros. “Somente com uma abordagem multidisciplinar é que podemos oferecer o melhor diagnóstico e tratamento ao paciente. Por isso, um dos nossos módulos é dedicado exclusivamente a mostrar como a integração entre diversas especialidades é fundamental no combate ao câncer”, explica Herchenhorn, destacando as três mesas que serão da Sessão Multidisciplinar, que acontecerão no segundo dia de evento.

Congresso recebeu mais de 5 mil inscrições na edição de 2018 e vem registrando aumento no número de participantes a cada ano
Congresso recebeu mais de 5 mil inscrições na edição de 2018 e vem registrando aumento no número de participantes a cada ano

Outra mesa que o coordenador realça é a “Combatendo Fake News no Mundo do Câncer”, que acontece no dia 9 e que terá entre os palestrantes a fundadora e presidente do Instituto Oncoguia, Luciana Holtz. Herchenhorn observa que diariamente os médicos precisam lidar com o desafio de mostrar ao paciente que muito do que eles leem na internet não é verdadeiro. “A internet facilitou o acesso á informação, mas muito do que está na rede é falso ou incompleto”, alerta.

Para Herchenhorn, a oncogenética é outro tema que deve atrair grande presença de congressistas. “A oncogenética está integrada a um dos pilares que deve caracterizar a medicina do futuro, que é o que chamamos de medicina personalizada”. Poder identificar e analisar as mutações gênicas diretamente associadas à incidência de câncer e, assim, prever o comportamento de uma enfermidade, estabelecer diagnósticos mais precisos, indicar tratamentos mais adequados e até mesmo determinar a probabilidade de uma doença se desenvolver são alguns dos aspectos a serem explorados nesse módulo. “A atriz Angelina Jolie é um exemplo das possibilidades desse ramo. A atriz realizou a mastectomia quando descobriu que tinha um gene que, quando mutado, aumenta significativamente o risco do câncer de mama”, relembra Herchenhorn.

Avanços tecnológicos

O avanço da ciência e da tecnologia é um dos principais fatores para a melhoria dos meios de diagnóstico e de tratamento do câncer. Nesse contexto, a cirurgia robótica vem alcançando um papel importante, por permitir uma maior precisão no procedimento, proporcionando, assim, mais segurança ao paciente. Por esses motivos, uma das novidades do Congresso neste ano será o Espaço Robótica, onde o congressista terá a oportunidade de ter contato direto com um simulador e ter a experiência de controlar um robô. Conheça a programação completa do VI Congresso Internacional Oncologia D´Or: http://congressooncologiador.com.br.

Oncologia D’Or e Corinthians contra o câncer de mama

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Primeira ação foi no clássico contra o Flamengo

A Oncologia D’Or e o Corinthians estão unidos na luta contra o câncer de mama no Outubro Rosa. No próximo dia 14, a parceria levará para a Arena do Timão um estande que vai oferecer cortes de cabelo, massoterapia e maquiagem às mulheres para alertar sobre a importância da prevenção ao câncer de mama. Os cabelos cortados serão doados à ONG Amor em Mechas, que utiliza os fios arrecadados para produção de perucas que serão doadas para pacientes que estão em tratamento. Também haverá uma carreta de mamografia, com previsão de realizar o exame em cerca de mil mulheres.

O estande é mais uma iniciativa da campanha “Peitos – É isso mesmo, só queremos chamar a sua atenção”. Criada pela Oncologia D’Or, a campanha se propõe a chamar a atenção para a importância da detecção precoce do câncer de mama. Quando descoberto no início, a doença tem até 95% de chance de cura. No dia, ainda haverá um painel ilustrado com a camisa da campanha para que as pessoas tirem fotos e divulguem em suas redes sociais.

A primeira atividade fruto da parceria aconteceu no dia 5 de outubro, durante o clássico contra o Flamengo. Na ocasião, 40 mulheres deram uma volta olímpica na Arena do Timão vestindo a camisa da campanha com os dizeres “Peitos – É isso mesmo, só queremos chamar a sua atenção”, criada pela Rede D’Or São Luiz especialmente para o Outubro Rosa.

Este é o terceiro ano seguido em que a Oncologia D’Or promove a campanha durante o mês de conscientização sobre o câncer de mama. Dessa vez, a iniciativa recebe o importante reforço do clube com a segunda maior torcida de futebol do país, consagrado por se engajar em causas sociais, como ocorreu com o movimento do Diretas Já. Agora, a parceria é para conscientizar as mulheres da importância dos exames preventivos contra o segundo tumor mais frequente no mundo. O câncer de mama tem maior incidência no público feminino, com estimativa de 60 mil novos casos por ano somente no Brasil.

Sobre a Oncologia D’Or

Criada em 2010, a Oncologia D’Or é formada por clínicas especializadas no diagnóstico e tratamento oncológico e hematológico com padrão de qualidade internacional, sem abrir mão da humanização em todo o trabalho de assistência. Com uma rede de mais de 40 unidades, conta com mais de 300 médicos especialistas, atuando em sete estados brasileiros. É uma empresa da Rede D’Or São Luiz.

Rio de Janeiro recebe simpósio internacional sobre câncer de pulmão

O câncer de pulmão é o que causa mais mortes em todo o planeta, com 1,7 milhão de óbitos ao ano. Somente no Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que ocorram 18.740 casos novos, entre homens, e 12.530, entre mulheres, para cada ano do biênio 2018-2019. Como em todos os casos de câncer, quanto mais cedo a identificação ocorrer, maiores serão as chances de sucesso do tratamento. Justamente para apresentar os avanços nos métodos de diagnóstico desse tipo de câncer, acontecerá, de 31 de agosto a 1º de setembro, no Hotel Prodigy, o III Simpósio Internacional de Diagnóstico em Câncer de Pulmão Oncologia D’Or. As inscrições são gratuitas.

“No Brasil, em muitas regiões, ainda há dificuldades para realizar o diagnóstico da doença, o que causa um impacto direto nos resultados do tratamento. Por isso, é muito importante um simpósio dedicado ao tema. Além disso, o fato de abordarmos o diagnóstico torna o evento eminentemente interativo e multidisciplinar”, explica a oncologista Clarissa Baldotto, uma das coordenadoras do evento. A médica destaca que muitos dos avanços do tratamento do câncer de pulmão estão diretamente atrelados à evolução dos métodos de diagnóstico.

Ao todo serão 16 mesas, que abordarão questões como “Videotoracoscopia Avançada, Neoplasias Neuroendócrinas”, “Novas Tecnologias de Radioterapia de Pulmão”, entre outras. Sessões multidisciplinares reunirão profissionais de diversas áreas da oncologia, que vão opinar sobre uma mesma questão. A mesa que abre o evento, sobre “Diagnóstico e Estadiamento – Foco na Precisão”, por exemplo, será formada por um médico patologista, um cirurgião torácico, um pneumologista e um radiologista.

Clarissa também destaca a mesa “Inovações em doença avançada: Imunoterapia”, na qual serão abordados os avanços nesse tratamento. Já há estudos que registram que a probabilidade de sobrevivência dos pacientes que, em associação à quimioterapia usual, receberam imunoterápicos, drogas que ativam com maior intensidade o sistema imunológico.

Clarissa também destaca a mesa “Inovações em doença avançada: Imunoterapia”, na qual serão abordados os avanços nesse tratamento. Já há estudos que registram maior probabilidade de sobrevivência dos pacientes que, em associação à quimioterapia usual, receberam imunoterápicos, drogas que ativam com maior intensidade o sistema imunológico.

Além de alguns dos principais nomes da oncologia nacional, o simpósio terá a presença de palestrantes internacionais, entre os quais: a oncologista Natasha Leighl, do Princess Margaret Hospital (Canadá); Giulia Veronesi,  chefe da unidade de cirurgia robótica do setor de cirurgia torácica e geral do Humanitas Research Hospital (Itália); Mark Dylewski, chefe de cirurgia torácica geral do Miami Cancer Institute (Estados Unidos); e Paolo Bianchi, diretor de cirurgia vascular e minimamente-invasiva do Misericordia Hospital Grosseto (Itália).

Cirurgia robótica

Outro tema que terá destaque no simpósio será a cirurgia robótica, que vem ganhando crescente importância na oncologia torácica. “No Brasil, o número de procedimentos realizados com esta técnica vem aumentando a cada ano e se consolidando como uma boa opção para os pacientes”, explica Clarissa. Os participantes terão, por exemplo, a oportunidade de acompanhar a realização ao vivo de uma lobectomia robótica (remoção de um dos lóbulos dos pulmões). Além disso, no dia 30 de agosto, haverá, no Centro de Estudos do Hospital Copa Star, o Workshop Internacional de Cirurgia Robótica Torácica, voltado especialmente para capacitação desses profissionais. “Será um curso pioneiro no Brasil”, afirma a oncologista.

Serviço

III Simpósio Internacional de Diagnóstico em Câncer de Pulmão Oncologia D’Or
Data: 31 de agosto e 1º de setembro
Horário: das 9h às 18h20
Local: Centro de Convenções do Hotel Prodigy  – Av. Alm. Silvio de Noronha, 365, Centro – Rio de Janeiro

Workshop Internacional de Cirurgia Robótica Torácica

Data: 30 de agosto
Horário: das 8h às 18h
Local: Centro de Estudos do Hospital Copa Star – Rua Figueiredo de Magalhães, 598 – 2º andar, sala 133, Copacabana – Rio de Janeiro

Informações: http://www.eventosoncologiador.com.br/pulmao2018/