Amigos em tempos de crise

“Amigo é coisa pra se guardar debaixo de sete chaves, dentro do coração…” começo relembrando Canção da América, de Milton Nascimento e Boca Livre, que termina assim: “Qualquer dia amigo, a gente vai se encontrar.” Isto sempre foi uma verdade. As amizades são nossos maiores tesouros, pois nos permitem que em momentos de tristeza, angústia e alegrias termos um esteio e principalmente a certeza de que não estamos sós. Além de tudo, é uma escolha feita por cada um que amizades vamos fazer e, sobretudo, manter. É desta forma uma propriedade individual!

Quando se está procurando uma nova colocação, estes “anjos da guarda” também serão nossa maior fonte de ajuda. Explico o porquê. A primeira ação de quem está procurando uma nova colocação é identificar o que tem de melhor, qual foi a tônica de suas realizações. Se tivermos o hábito de constantemente analisar nossas realizações, vamos verificar que na maioria das vezes resolvemos problemas de natureza semelhante. A partir daí, principalmente num mercado em crise, temos que analisar onde esta nossa oferta vai ser necessária, pois desta maneira teremos mais chances em ser contratado.

Você deve estar se perguntando, e os amigos em que parte eles se encaixam. E eu lhes afirmo, exatamente nesta parte. Uma vez identificado quem compraria mais facilmente seu produto, ou seja, o que tem a oferecer, você precisará de ajuda a chegar a estas empresas, nesta hora, entram os amigos ou como chamei os “anjos da guarda”.  Quem melhor do que eles que te conhecem, para fazer esta ponte? Quem melhor do que eles para falar sobre você?

Mas lembre-se bem, esta ajuda tem que ser direcionada, você deve discutir com eles seu plano e então verificar se podem ajudar. Não peça um emprego, peça conselhos sobre seu plano e eventual ajuda! Esta talvez seja a parte mais importante e difícil, não pedir nada que alguém não possa dar, ou seja, um emprego. Porém, o pulo do gato vem agora: como eu construí minha rede amizade? Tenho anjos da guarda para me ajudar em momentos de crise? Se a resposta para a última pergunta foi não, não entre em pânico, só faça um acerto de rota.

Esteja sempre aberto a ajudar as pessoas que te procurarem, forme a partir de agora uma rede que vou chamar de “solidariedade sustentável”, significando que as pessoas saibam que podem contar com você quando necessitarem e que também saibam quais são suas maiores fortalezas. Isto permite uma retroalimentação constante.

Termino, então, como comecei: “Qualquer dia amigo, a gente vai se encontrar”. Lembre-se sempre desta máxima e terá sempre com quem contar.

*Diretora de Transição de Carreira e Gestão da Mudança América Latina da Consultoria LHH

STF bloqueia R$ 129 mi do governo do Rio para pagar salários do Judiciário

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou hoje (3) o bloqueio judicial de R$ 129 milhões nas contas do estado do Rio de Janeiro para o pagamento dos salários de servidores do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ).

Toffoli atendeu a um pedido de liminar (decisão provisória) feito pelo TJRJ, diante do não pagamento pelo governo fluminense das parcelas de fevereiro e março de um acordo para recompor o Fundo Especial do Tribunal de Justiça.

Em dezembro, sob a conciliação de Toffoli, o governador Luiz Fernando Pezão firmou um acordo com o TJRJ para recompor o fundo, que foi utilizado emergencialmente pelo tribunal para pagar os salários de novembro e dezembro, bem como o 13º salário, de magistrados, pensionistas e servidores.

O acordo previa que, em caso de atraso, a quantia correspondente seria alvo de arresto judicial para garantir a recomposição do fundo e o pagamento dos salários. O governo do Rio reconheceu ao STF, no último dia 27, o atraso no pagamento das parcelas e também de parte do duodécimo de março.

Duodécimos são os repasses mensais que o executivo faz ao judiciário para cobrir a folha de pagamentos. Com o atraso, o depósito dos salários ficou prejudicado.

“Por essas razões, determino o arresto exclusivamente nas contas do Tesouro do Estado do Rio de Janeiro, até o valor de R$ 129.023.676,93, a fim de garantir o cumprimento do acordo firmado nestes autos relativamente ao repasse de duodécimos ao Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro no mês de março de 2017”, escreveu Toffoli na decisão desta segunda-feira.

PIB fecha 2016 com uma queda de 3,6%

Agropecuária foi o setor que sofreu a maior queda no ano passado

O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, fechou 2016 com uma queda de 3,6%.

Em 2015, a economia brasileira já tinha recuado 3,8%. Segundo dados divulgados hoje (7), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB de 2016 ficou em R$ 6,3 trilhões. Segundo o IBGE, os números do PIB de 2015 e 2016 representam a maior recessão desde 1947.

No último trimestre de 2016, o PIB recuou 0,9% em relação ao trimestre anterior e caiu 2,5% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

O setor da economia que sofreu a maior queda em 2016 foi a agropecuária, com uma contração de 6,6%. Na indústria, a queda foi de 3,8%. O segmento de serviços teve um recuo de 2,7%, segundo o IBGE.

Se analisado apenas o quarto trimestre, houve queda na indústria (-0,7%) e nos serviços (-0,8%) em relação ao terceiro trimestre do mesmo ano. Nessa base de comparação, houve crescimento de 1% na agropecuária.

Já na comparação do quarto trimestre com o mesmo período de 2015, todos os setores caíram, com destaque para o recuo de 5% na agropecuária. Indústria e serviços apresentaram retração de 2,4%.

Com rebaixamento de planos de saúde, medicina de grupo ganha beneficiários

Especialistas apontam que clientes estão migrando de cooperativas para convênios

As empresas de medicina de grupo —que fazem a maior parte de seus atendimentos em redes próprias—, ampliaram em 1,2% o número de beneficiários em 2016, segundo a ANS, que regula o setor. Entre as modalidades de operadoras de planos de saúde, essa foi a única que cresceu no ano passado. A carteira das cooperativas médicas, como as Unimeds, caiu 5,4%.

“Há uma migração de cooperativas para convênios”, afirma Lício Cintra, diretor-presidente do grupo São Francisco, de Ribeirão Preto, que aumentou em 18,6% o total de clientes em 2016.

A crise das Unimeds contribuiu para esse movimento, segundo Cintra.

O custo dos convênios também teve influência, principalmente no setor empresarial —com a crise, caiu o valor dos benefícios concedidos a funcionários, o que beneficiou planos mais baratos.

“A média de preço da medicina de grupo é de 30% a 40% mais baixa que a de planos em que o cliente tem liberdade para escolher onde fazer seu atendimento, como os seguros”, afirma Jorge Pinheiro, presidente da Hapvida.

A operadora aumentou em 9,6% a venda de planos coletivos (empresariais) no ano.

No caso da São Francisco, cresceu o total de empresas que contratam planos, mas caiu número de funcionários por companhia, diz Cintra.

“Com uma retomada do emprego, o número de beneficiários deverá crescer de forma significativa, sem necessidade de um esforço nosso de buscar novos clientes.”

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