Com retorno financeiro rápido, franquias educacionais são alternativas a épocas de crise

Nenhuma economia, por mais sólida que seja, está livre de recessos econômicos. Em meio a momentos de baixo crescimento, é natural empreendedores buscarem alternativas para seus negócios prosperarem. Nesse sentido, o setor de franquias, cujo último levantamento apresentou crescimento em faturamento superior a 7%, surge como uma alternativa de investimento mais segura. Camilo Carvalho, gerente de expansão da MoveEdu, maior plataforma edtech – education techonology – do país, aponta as vantagens de um dos ramos do setor que tem operado melhor nos últimos anos: o de educação.

Ameaça e oportunidade

Dos jovens do país entre 14 e 29 anos, mais de 7 milhões estão desempregados, de acordo com levantamento do IBGE. Já os “nem-nem”, jovens que não trabalham e não estudam, representam 23% do número total da faixa etária incluída no último levantamento feito pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Analistas já apontam para a perda de uma geração, que chegará desqualificada para suprir a demanda após a retomada econômica.

“Atuamos em três frentes cruciais na qualificação da nova geração para o mercado de trabalho: o apoio escolar– em especial de português e matemática -, o ensino de inglês e a educação profissionalizante, hoje um trampolim para jovens conseguirem emprego”, explica o gerente.

“O Brasil corre o risco de não conseguir atender às demandas de emprego – sejam as atuais ou futuras, quando a economia se reaquecer. Mas ao oferecer um serviço de educação mais acessível e rápido, esse problema pode ser sanado. Podemos superar essa ameaça aproveitando uma oportunidade que o setor oferece”, explica.

Mercado menos oscilante

Outro ponto a favor das franquias do setor de educação é a sua relativa capacidade de oscilar menos frente a instabilidades políticas e econômicas, que tendem a afetar o mercado como um todo com cortes, de pessoal ou investimento. As franquias acabam se favorecendo nesse cenário, pois profissionais desligados de empresas buscam novos cursos de especialização para se reinserir no mercado.

“Nas franquias educacionais, a oscilação tende a ser menor na comparação a outras áreas. Além disso, outros mercados vivem de modas, tendências momentâneas. No caso da educação, isso não existe: ela é necessária sempre”, comenta Camilo.

Retorno rápido

Outra grande vantagem das franquias é o retorno que estas, quando bem geridas e operando em plena capacidade, tendem a dar ao franqueado. “Franquias têm a característica de começarem a funcionar com baixo investimento inicial e propiciarem alta margem de lucratividade. No caso da MoveEdu, esse rendimento pode variar de 25% a 40% ao mês, números acima de outros investimentos do país”, explica.

Bolsonaro exonera Vélez

ministro educacao
Abraham Weintraub assume a pasta da Educação

O presidente Jair Bolsonaro exonerou hoje (8) o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, e anunciou o professor Abraham Weintraub para o cargo. “Abraham possui mestrado em Administração na área de Finanças pela FGV e MBA Executivo Internacional pelo OneMBA, com título reconhecido pelas escolas: FGV/Brasil, RSM/Holanda, UNC/Estados Unidos, CUHK/China e EGADE-ITESM/México. Tem ampla experiência em gestão e o conhecimento necessário para a pasta”, escreveu Bolsonaro em sua conta no Twitter.

Professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Weintraub foi executivo do mercado financeiro, atuou no grupo Votorantim e foi membro do comitê de Trading da BM&FBovespa. Em 2016, coordenou a apresentação de uma proposta alternativa de reforma da previdência social formulada pelos professores da Unifesp. Weintraub atua como secretário executivo da Casa Civil, sob o comando de Onyx Lorenzoni. Ele assumirá o lugar do colombiano Ricardo Vélez.

“Aproveito para agradecer ao Prof. Velez pelos serviços prestados”, acrescentou o presidente.

Vélez esteve hoje (8) de manhã no Palácio do Planalto, em reunião com o presidente Jair Bolsonaro, e deixou o local pela saída privativa, sem falar com a imprensa.

palestra Eduardo Deschamps

O Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) recebe, no dia 30 de novembro, às 15h,  o presidente do Conselho Nacional de Educação, Eduardo Deschamps, que ministrará uma palestra sobre “Educação Brasileira: por uma escola que passe do século XIX para o século XXI sem escalas”. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no site www.idor.org. O IDOR fica na Rua Diniz Cordeiro, 30, em Botafogo.

Ministro da Educação garante manutenção de bolsas da Capes em 2019

O ministro da Educação, Rossieli Soares, reafirmou hoje (6) que as bolsas de estudos de pós-graduação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) serão mantidas em 2019. Rossieli disse que está discutindo com o Ministério do Planejamento a garantia dos recursos necessários não apenas para a autarquia, mas para “todas as áreas da educação”.

“Vou sempre brigar por mais recursos na educação”, disse o ministro, ao participar de debate no  2º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação, organizado pela Associação de Jornalistas de Educação (Jeduca). “As bolsas da Capes, até como dito pelo próprio presidente [Michel Temer], estão mantidas. Não haverá nenhuma descontinuidade nesse sentido, e garantimos que teremos todas as bolsas continuadas.”

O orçamento do Ministério da Educação (MEC) para 2019 entrou em foco quando o presidente do Conselho Superior da Capes, Abílio Baeta Neves, enviou carta ao ministro Rossieli Soares na qual dizia que tinha sido repassado à instituição um teto limitando o orçamento para 2019, que resultaria em um corte significativo, na comparação com os recursos deste ano, e na fixação de patamar inferior ao estabelecido pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). “Caso seja mantido esse teto, os impactos serão graves para os programas de fomento da agência.”

Na carta, a Capes afirma que o teto fixado poderia ter como consequência a suspensão das bolsas de 93 mil pesquisadores e de alunos de pós-graduação (mestrado, doutorado e pós-doutorado) a partir de agosto do próximo ano. O Conselho da Capes também previu o corte do pagamento para mais 105 mil bolsistas que trabalham e pesquisam com educação básica. A carta circulou nas redes sociais e serviços de mensagens instantâneas e provocou mobilização nas comunidades científica, tecnológica e acadêmica.

“O que o Conselho da Capes apresentou foi um alerta de que, se acontecer, poderá trazer prejuízos. Não está estabelecido e não será estabelecido. O MEC garante que, para as bolsas da Capes, teremos todo o orçamento necessário para a continuidade”, afirmou o ministro.

Orçamento

O Projeto de Lei Orçamentária Anual para 2019 ainda não foi divulgado oficialmente pelo governo federal. No Orçamento deste ano, o valor destinado ao MEC é R$ 23,6 bilhões. Para o próximo ano, a previsão é que a pasta fique com R$ 20,8 bilhões no Orçamento da União – um corte de 12%, que foi repassado proporcionalmente à Capes. A redução orçamentária é resultado da decisão de limitar a despesa pública instituída pela Lei do Teto de Gastos.

“O Brasil precisa ter controle de gastos, igual [ao] que tem em casa. Lógico que não pode gastar mais do que ganha”, afirmou Soares, que acrescentou: “Uma coisa é clara, não é necessariamente corte da educação. O Orçamento da Educação tem que ser igual ou maior [que o dos anos anteriores].”