Governo amplia acesso de exportadoras a financiamentos do Proex
Limite de faturamento passou de R$ 600 milhões para R$ 1,3 bilhão

Da Agência Brasil

A partir de maio, mais empresas exportadoras poderão obter crédito do Programa de Financiamento às Exportações (Proex – Financiamento) para venderem ao exterior. O Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) ampliou, de R$ 600 milhões para R$ 1,3 bilhão, o faturamento bruto anual das empresas que podem fazer parte do programa.

Em nota, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, informou que a decisão ampliará o número de empresas aptas a exportar pelo programa, estimulará a competitividade e o crescimento da economia, além de gerar mais empregos.

Segundo o ministério, o novo limite foi calculado com base na média entre o limite atual de R$ 600 milhões, corrigido pela inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desde fevereiro de 2009, e a variação do dólar no mesmo período.

Segundo a Camex, nos últimos anos, aumentou o número de empresas que faturam mais de R$ 300 milhões e usam o Proex-Financiamento. Entre 2015 a 2018, de 7% a 9% das empresas que recorriam ao programa faturavam mais que esse valor. Em 2021 e 2022, o percentual supera 20%.

Baixa execução

De acordo com a Camex, os valores das exportações apoiadas pelo programa estavam caindo significativamente, com uma das causas sendo o baixo limite de faturamento das empresas. Nos últimos anos, a execução orçamentária do Proex-Financiamento ficou abaixo da verba prevista no Orçamento.

Em 2021, mais de R$ 1 bilhão deixou de ser utilizado no financiamento às exportações. Em 2022, a execução total foi de R$ 837 milhões, quando a dotação orçamentária foi de R$ 2 bilhões. Segundo a Camex, o limite de R$ 600 milhões em vigor desde fevereiro de 2009 hoje equivaleria a US$ 249 milhões, o que indicou a necessidade de atualizar os limites. “Com o novo valor [dos limites de faturamento], corrige-se uma distorção que afetava as exportações”, destacou o órgão.

Em operação desde 2001, o Proex financia exportações com juros e encargos compatíveis como mercado internacional. O programa tem duas modalidades: o Proex-Equalização, em que o Tesouro Nacional assume parte dos encargos financeiros, e o Proex-Financiamento, em que o Tesouro Nacional concede o financiamento diretamente.

Brasilcap encerra 2021 com faturamento de R$ 4,3 bilhões
Empresa entregou R$ 67 milhões em prêmios para cerca de 16,1 mil títulos de capitalização

 

Da Redação

A Brasilcap encerrou 2021 com faturamento de R$ 4,3 bilhões e lucro líquido de R$ 3,5 milhões. As reservas técnicas da Companhia ficaram em R$ 7,9 bilhões e os ativos totais chegaram a R$ 9,7 bilhões. O bom desempenho se refletiu nos prêmios distribuídos, que ajudaram a realizar os planos de vida de clientes em todo o Brasil. Em 12 meses, foram entregues R$ 67 milhões para cerca de 16,1 mil títulos de capitalização contemplados.

Com produtos e serviços inovadores, a Brasilcap seguiu oferecendo uma gama de soluções, desenhadas para diversas demandas. O Ourocap, comercializado nos canais do Banco do Brasil, consolidou sua posição de destaque, representando 89,9% do total das arrecadações. Esse desempenho foi alavancado pelo engajamento das agências distribuidoras na entrega de valor aos clientes, além de ações promocionais, melhorias da experiência do cliente com novas funcionalidades no aplicativo BB e estímulos publicitários.

“Se 2021 foi um ano de retomada, 2022 será o início de um período de novas conquistas. Por isso, seguiremos focados em linhas de produtos versáteis, contribuindo, como já fazemos há 26 anos, para o crescimento do mercado de capitalização. Seremos cada vez mais protagonistas”, afirma o presidente Nelson de Souza.

Em meio ao cenário desafiador, a Brasilcap ajudou milhares de brasileiros a formarem reservas para realização de planos, tendo ainda os sorteios como aliados da disciplina financeira. No portfólio de produtos, destacaram-se as modalidades Incentivo, Popular e Filantropia Premiável, além da Instrumento de Garantia. Oferecido como garantia de aluguel, o Cap Fiador apresentou crescimento de 34,2% no período.

A atuação da Brasilcap focada no cliente garantiu, mais uma vez, reconhecimentos institucionais. A Companhia conquistou, pelo segundo ano seguido, o Prêmio Consumidor Moderno de Excelência em Serviços ao Cliente, no segmento Previdência e Capitalização. Também obteve pelo 11º ano consecutivo, o Certificado de Empresa Cidadã, reconhecimento do Conselho Regional de Contabilidade do Rio de Janeiro (CRCRJ) que incentiva a excelência na gestão contábil e socioambiental. A Brasilcap ficou ainda entre as melhores do país no Prêmio Estadão Empresas Mais 2021, na categoria Serviços Financeiros – Capitalização.

Setor de orgânicos fatura R$ 4,6 bi em 2019; alta anual foi de 15%

O setor de produtos orgânicos faturou R$ 4,6 bilhões no Brasil em 2019, segundo balanço da Organis, entidade setorial dos orgânicos, o que representa aumento de 15% em relação ao faturamento de 2018, quando o valor chegou a R$ 4 bilhões.

A entidade avalia que os números de exportação também foram bons para um ano de grande variação cambial: em torno de U$ 190 milhões (26 empresas associadas), alta de 5,5% em relação ao ano anterior (R$ 180 milhões).

“Nossa estimativa tem base no aumento de toda cadeia. A principal feira do setor de orgânicos, a BioBrazil, cresceu 33% em número de expositores. Tivemos muitos brasileiros visitando as principais feiras internacionais do setor, mais do que em outros anos, na busca por ideias e conceitos com potencial para ser trabalhados por aqui. Rompemos a barreira das 20 mil unidades produtivas e o varejo entendeu a importância do orgânico no portfólio dos saudáveis”, disse Clauber Cobi Cruz, diretor da Organis.

Para Cruz, o setor tem grande potencial de desenvolvimento. “Isso, se as condições econômicas tivessem sido favoráveis e se o consumidor já houvesse consolidado seu entendimento sobre o que é um produto orgânico”, avaliou. De acordo com o diretor, a tendência para este ano é positiva e ele estima que o mercado brasileiro de orgânicos deve crescer no mínimo 10%.

Uma tendência apontada pela Organis é o aumento da relevância da produção orgânica como parte da solução das questões ambientais.

O setor deverá atrair mais iniciativas, tanto públicas como privadas, que intensificarão as ações de fomento. “A experiência bem-sucedida de ver os orgânicos em movimento nos anima a manter o otimismo para 2020, que tende a se firmar como um ano de sistematização de informações da cadeia produtiva, da semente ao cliente”, disse Cruz.

Pesquisa mostra leve recuperação no setor industrial entre 2016 e 2017

A produção industrial brasileira alcançou em 2017 o valor bruto de R$ 2,7 trilhões. O faturamento bruto atingiu R$ 3,9 trilhões. Desse valor, 82,5% são relativos à receita bruta da venda de produtos e serviços industriais. Os números fazem parte da Pesquisa Industrial Anual Empresa 2017 (PIA Empresa), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada nesta quinta-feira (6).

“A gente vem de um contexto de baixo crescimento no país. Os principais resultados da pesquisa mostram leve recuperação no setor industrial entre 2016 e 2017. Em termos de faturamento das empresas, comparando 2016 com 2017, aumentou em 1,8%. Na verdade, houve um contexto geral de crescimento na economia em 2017. Não foi um crescimento tão grande, mas como em 2015 e 2016 foram anos muito ruins, aí a base de comparação é muito baixa”, revelou a gerente da pesquisa, Synthia Santana, em entrevista à Agência Brasil.

A PIA Empresa, que é elaborada pelo IBGE desde 1996, mostra as características estruturais do segmento empresarial da atividade industrial no Brasil, incluindo as extrativas e as de transformação. Para o IBGE, esse tipo de informação permite a avaliação e o planejamento econômico das empresas do setor privado e ainda contribui para a formulação de políticas públicas em todos os níveis de governo.

Segundo a pesquisadora, em caso de reativação da economia brasileira a indústria tem potencial de apresentar uma recuperação mais rápida. Ela ponderou que o desempenho da economia nos anos de 2015 e 2016 foi muito ruim, a capacidade instalada da indústria estava bastante ociosa, então, é mais fácil apresentar sinais de recuperação, dado os investimentos que já tinham ocorrido.

“A indústria é o carro-chefe da economia. Ela tem um peso muito grande e, por isso, o crescimento geral do país carrega também o resultado da indústria”, afirmou.

Emprego

Conforme a pesquisa, em comparação a 2008, a indústria brasileira perdeu em torno de 145,8 mil empregos em 2017. Grande parte desse total ocorreu na indústria de transformação, com queda de 2,4% do pessoal ocupado no período. Já nas indústrias extrativas houve alta de 22,1%.

“A gente perdeu um número considerável de vagas de emprego, mas isso pode indicar decisões estratégicas das empresas diante de cenários tão ruins e de não contratar”, disse.

Para Synthia Santana, o número de 145,8 mil empregos na comparação entre 2008 e 2017 é significativo, mas é preciso também analisar o que ocorreu nesse período de dez anos. “É bastante volátil quando se olha toda a série. Enquanto na comparação de 2008 com 2017 a gente perdeu 145 mil vagas, entre 2015 e 2016 esse número foi maior. Então, na verdade, depende da base de comparação que está sendo feita”.

Entre 2015 e 2014 a perda ficou em 652.133 vagas. No período 2016-2015 foram perdidos 407.445 postos. Na recuperação de vagas mostrada na pesquisa de 2017, a indústria extrativa foi a que teve melhor resultado. Synthia informou que duas atividades puxaram os números da indústria extrativa. “A primeira é o setor de extração de petróleo e gás natural, que aumentou muito a ocupação nos últimos anos. Em segundo lugar, vêm as atividades de extração de minerais metálicos, mas sobretudo a extração de petróleo e gás natural, que aumentou em quase cinco vezes o volume de pessoas ocupadas nesse período”.

De acordo com a pesquisadora, em toda a indústria a que mais emprega é a alimentícia, que é também a de maior valor de transformação industrial. A PIA Empresa 2017 mostra que a atividade industrial como um todo gerou R$ 1,2 trilhão de valor da transformação industrial, resultado da diferença entre o valor bruto de produção industrial (R$ 2,7 trilhões) e os custos das operações industriais (R$ 1,5 trilhão). Nesse caso, a indústria de transformação contribuiu com 91,3% desse montante. Na indústria extrativa, a que concentra mão de obra é a de minerais metálicos.

Salário

O salário médio nas indústrias extrativas ficou na faixa de 4,7 salários mínimos, enquanto na de transformação bateu em 3,2 salários. As informações sobre o nível de salários na comparação 2008-2017, conforme a pesquisadora, estão bem coladas nos dados de pessoal ocupado. “Entre 2016 e 2017, enquanto a receita de vendas do faturamento cresceu 1,8%, a variação real de salário foi nula. Se manteve estável nesse período. Isso pode ter sido por decisões estratégicas associadas a determinadas atividades na recomposição salarial dos seus funcionários”, acrescentou Synthia.

Na pesquisa foram avaliadas as informações de 318,3 mil empresas ativas em 2017, que ocuparam 7,7 milhões de pessoas, com pagamento de R$ 300,4 bilhões em salários. O trabalho é feito em duas partes. Uma se refere a empresas com uma ou mais pessoas ocupadas, na qual o foco do estudo é faturamento, emprego e concentração industrial. Na outra são analisadas as unidades locais produtivas industriais das empresas com cinco ou mais pessoas ocupadas.

A gerente informou porque é preciso fazer a distinção de tamanhos das empresas: “Quando a gente investiga as unidades locais, consegue ir a uma unidade menor da empresa que está espalhada no território, por exemplo, quando se analisa uma unidade que cuja sede está no Rio de Janeiro, mas tem filiais ou estabelecimentos em outras cidades, quando está usando informações da empresa, pode-se deixar de contabilizar parte das informações onde estão sendo produzidas”, explicou.