Confiança da Indústria avança 1,4 ponto em agosto

O Índice de Confiança da Indústria avançou 1,4 ponto em agosto, totalizando 92,2 pontos, segundo levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgado hoje (29) em São Paulo. Houve alta da confiança em 11 dos 19 segmentos industriais avaliados.

O Índice da Situação Atual subiu 1,6 ponto para 90,0 pontos, o maior valor desde maio de 2014. Contribuiu para o resultado a melhor percepção sobre o nível dos estoques. A parcela de empresas que avaliam os estoques como excessivos caiu de 12,1% em julho para 10,8% em agosto, o menor percentual desde fevereiro de 2014.

Aumentou também o percentual de empresas que consideram o nível de estoques insuficiente: de 3,3% para 3,6% entre julho e agosto. Na avaliação da FGV, após piora consecutiva por quatro meses, as empresas continuam com estoques industriais indesejados em agosto.

O Índice de Expectativas aumentou 1,0 ponto e foi para 94,4 pontos. Contribuíram as melhores perspectivas para a produção nos três meses seguintes. O levantamento registrou alta na proporção de empresas prevendo produção maior de 29,1% para 34,2%. Aquelas que estimam produção menor passaram de 17,7% para 20,2% do total. Com o resultado, o indicador de produção prevista avançou 2,9 pontos, para 96,3 pontos.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada recuou 0,6 ponto percentual em agosto para 74,1%, nível próximo ao de junho e inferior à média no ano, de 74,5%.

Confiança da Indústria cresce 1,5 ponto

O Índice de Confiança da Indústria cresceu 1,5 ponto e chegou a 92,3 pontos em uma escala de zero a 200 na prévia de agosto do indicador. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), a melhora do índice foi provocada por um aumento da confiança dos empresários tanto no presente quanto no futuro.

O Índice da Situação Atual, que avalia a opinião dos empresários da indústria em relação ao momento presente, cresceu 0,9 ponto na prévia e atingiu 89,3 pontos. Já o Índice de Expectativas, que analisa a opinião deles em relação ao futuro, aumentou 1,9 ponto e chegou a 95,3 pontos.

O resultado preliminar de agosto indica queda de 1 ponto percentual no Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria, que foi para 73,7%. Para a prévia de agosto foram consultadas 788 empresas entre os dias 1 e 18 deste mês. O resultado final da pesquisa será divulgado na próxima terça-feira (29).

Falta de mecanismos para financiamento prejudica processos de recuperação judicial

Ana Tereza Basilio falou sobre Recuperação Judicial e Jurisprudência em fórum da FGV

Magistrados, advogados e economistas reuniram-se nesta segunda-feira (14) na Fundação Getúlio Vargas (FGV) para um debate sobre a Lei de Recuperação Judicial que, desde 2005, é a medida jurídica legal utilizada para evitar a falência de uma empresa. Entretanto, a baixa taxa de sucesso nos casos de recuperação é uma das razões que levou o Governo a criar um Grupo de Trabalho, que vai propor atualizações para a lei.

Especialistas avaliam que são necessárias mudanças na legislação para adaptá-la ao mercado nacional. Para a advogada especializada em Direito Empresarial, Ana Tereza Basilio, que participou da mesa “Recuperação Judicial e Jurisprudência”, um dos problemas da lei atual está entre os requisitos da recuperação judicial, principalmente o da viabilidade econômica, que, em uma empresa em crise, passa por tantos fatores que faz do processo judicial uma das etapas mais complexa e complicada.

– A lei exige a viabilidade econômica da empresa, mas não concede mecanismos adequados de obtenção de novos financiamentos pelas empresas em recuperação judicial. Por outro lado, o Banco Central impõe pesados ônus aos bancos que emprestam dinheiro a recuperandas, o que encarece o contrato de mutuo. E sem financiamento, a recuperação se torna tarefa de difícil realização, principalmente para empresas de pequeno e médio porte – explica Ana Tereza Basilio.

Nos últimos dois anos, a expressiva redução da demanda, os juros altos e o endividamento das empresas fizeram crescer os requerimentos de recuperação judicial, em todo o país. Entre os meses de janeiro e novembro de 2016, o número de requerimentos cresceu nada menos do que 51,1%, na comparação com mesmo período de 2015.

Foram distribuídos, nesse período, 1.718 processos de recuperação judicial no Brasil e o maior desafio é alcançar o objetivo de preservação da empresa, diante de sua função social e em estímulo à atividade econômica.

 

Volume de exportações cresce 12,5% em julho

O volume de exportações brasileiras aumentou 12,5% entre julho de 2016 e julho deste ano, segundo dados dos Indicadores de Comércio Exterior, divulgados hoje (15), no Rio de Janeiro, pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Em junho, a alta havia sido de 15,6%. No entanto, os preços dos produtos exportados só cresceram 0,7% no período.

O volume das commodities (mercadorias com preços fixados em dólar) teve expansão de 19,6%, enquanto as não commodities acusaram uma alta de apenas 5,7%. Entre as atividades econômicas, o principal destaque ficou com a indústria extrativa, com crescimento de 49,7% no volume exportado.

O setor agropecuário exportou 26% a mais em volume no período. Já a indústria da transformação teve a alta mais modesta entre os três setores: 3,1%.

Já entre as categorias de uso, os bens de consumo duráveis tiveram aumento de 52,5% e os bens intermediários (insumos para o setor produtivo) de 5,3%. Os bens de consumo semiduráveis tiveram uma variação quase nula (0,1%), enquanto os bens de consumo não duráveis ficaram estáveis. Já os bens de capital (máquinas e equipamentos) registraram queda de 7%.

Importações

O volume das importações cresceu 10,8%, enquanto os preços caíram 1,5%. Em relação ao volume das atividades econômicas, a indústria extrativa importou 40,6% mais, seguida pela indústria da transformação (0,5%). Já a agropecuária teve uma queda de 24,8%.

Entre as categorias de uso, a importação de bens de consumo semiduráveis foi a que mais se destacou, com alta de 34,9%. Os bens intermediários anotaram um aumento de 10,2%, enquanto os bens de consumo duráveis variaram 0,5%. Por outro lado, caíram as importações de bens de consumo não duráveis (-9,4%) e de bens de capital (-31,1%).