Setor de serviços atinge sétima alta consecutiva e bate novo recorde histórico
CNC destaca resiliência do setor, com consumo familiar e recuperação do turismo puxados pelo baixo desemprego

 

Da Redação

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) avalia os resultados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgados na última terça-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referentes ao mês de agosto de 2025. O setor registrou crescimento de 0,1% no volume de vendas com ajuste sazonal, consolidando a sétima alta mensal consecutiva e estabelecendo a maior sequência de resultados positivos da série histórica iniciada em 2011.

O volume de serviços renovou mais uma vez o patamar recorde em agosto, demonstrando a capacidade do setor de sustentar uma trajetória de crescimento mesmo diante do cenário macroeconômico desafiador. No acumulado de 12 meses, a PMS apresentou expansão de 3,1%, ligeiramente superior aos 3,0% registrados no mês anterior, reforçando a solidez do desempenho anual.

A recuperação das atividades turísticas se mostrou um dos principais destaques do mês, com crescimento de 0,8% após três quedas mensais consecutivas. Este resultado representa a primeira alta do setor em quatro meses e contribui para um acumulado positivo de 6,4% no ano, demonstrando que o baixo desemprego e os níveis elevados de renda continuam beneficiando as atividades de lazer e turismo doméstico.

“Os dados confirmam a resiliência do setor de serviços brasileiro, que continua apresentando resultados positivos mesmo em um ambiente de política monetária mais restritiva e sinais de desaceleração em outros segmentos da economia”, ressalta a análise, com a avaliação do economista-chefe da CNC, Fabio Bentes.

“O setor de serviços segue desempenhando papel importante diante da moderação observada em outros setores da economia, com papel estratégico na atividade econômica e geração de empregos mesmo com a desaceleração da atividade econômica”, frisou o economista.

Avaliando cada setor

A análise setorial revela que quatro dos cinco grandes grupos de serviços apresentaram crescimento em agosto, com destaque para os serviços prestados às famílias, que lideraram o crescimento mensal, com alta de 1,0%. Este desempenho sinaliza recuperação importante do setor após um período prolongado de ajustes, indicando que as pressões de custos e reajustes de preços que afetaram o segmento nos meses anteriores começam a se normalizar.

O único setor a apresentar retração foi o de informação e comunicação, com queda de 0,5%, influenciada principalmente pelo desempenho negativo dos serviços audiovisuais. Apesar dessa variação pontual, o setor mantém desempenho positivo no acumulado do ano.

Projeção para o último trimestre

Para os próximos meses, a CNC mantém expectativa moderadamente otimista, projetando crescimento de 0,2% para setembro. Para o conjunto do ano de 2025, a entidade revisou sua projeção para 2,7%, ajustando-se ao cenário de maior cautela macroeconômica, observado no segundo semestre.

Setor de serviços cresce 4,7% no primeiro semestre
Atividades jurídicas é um dos setores que contribuíram para o aumento

Da Agência Brasil

O setor de serviços no Brasil encerrou o primeiro semestre de 2023 com alta de 4,7% em sua atividade econômica, mostrou nesta quinta-feira (10) a Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado foi obtido com a alta de 0,2% na passagem de maio para junho, puxada pela recuperação parcial dos serviços profissionais, administrativos e complementares.

O volume de serviços prestados no país chegou em junho a patamar 12,1% maior que o de fevereiro de 2020, referência da atividade econômica pré-pandemia de covid-19. Apesar disso, o montante ainda está 1,5% abaixo do ápice atingido na série histórica, em dezembro do ano passado.

O aumento no volume de serviços se deu em 16 unidades da Federação. São Paulo (0,3%), Paraná (1,9%), Distrito Federal (2,9%) e Minas Gerais (0,9%) foram as que mais influenciaram positivamente o indicador nacional. A principal contribuição negativa veio do Rio de Janeiro (-2,4%).

A comparação com junho do ano passado mostra crescimento de 4,1%, a 28ª taxa positiva seguida nesse indicador.

Segmentos

Entre os setores que contribuíram para a variação positiva de junho estão as empresas de atividades jurídicas, as de administração de cartões de desconto e de programas de fidelidade e as de engenharia. Esses prestadores de serviços fizeram com que os serviços profissionais, administrativos e complementares interrompessem a queda contabilizada em maio e abril.

Os serviços prestados às famílias acumulam ganho de 4,1% nos últimos três meses, sendo 1,9% apenas em junho. O IBGE associa esse desempenho ao crescimento da receita de empresas de restaurantes e de espetáculos teatrais e musicais.

Três das cinco atividades investigadas pela pesquisa cresceram em junho, e a terceira a crescer foi a dos serviços de informação e comunicação. Do lado negativo estão as atividades de transportes e outros serviços.

No caso dos transportes, houve queda de 0,3% após aumento de 2,2% em maio. Puxaram a variação para baixo os segmentos de gestão de portos e terminais, transporte aéreo de passageiros, transporte rodoviário coletivo de passageiros e transporte por navegação interior de carga.

A pesquisa também revelou que o índice de atividades turísticas variou -0,4% de maio para junho, mas havia acumulado ganho de 4,3% no primeiro semestre. Segundo o IBGE, o volume de serviços no turismo se mantém 4,9% acima do patamar pré-pandemia e se encontra 2,6% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.

Atividades turísticas crescem 14,8% em fevereiro
Setor está 1,9% acima do patamar pré-pandemia

Da Agência Brasil

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que as atividades turísticas no Brasil cresceram 14,8% em fevereiro, na comparação com o mesmo período de 2022. De acordo com o Ministério do Turismo, o setor segue em crescimento e está 1,9% acima do patamar pré-pandemia, na comparação com fevereiro de 2020.

De acordo com Pesquisa Mensal de Serviços, 12 estados mostraram avanço significativo nos serviços turísticos em fevereiro deste ano frente ao ano passado, com destaque para São Paulo (12,5%), Minas Gerais (25,2%), Rio de Janeiro (12,4%), Bahia (20,2%), Paraná (23%) e Santa Catarina (23,9%).

Ainda segundo o estudo, o aumento acumulado em 2023, de 5,5%, indica expansão turística de 13,8% frente ao mesmo período do ano passado, resultado do impulso obtido pela receita gerada por empresas dos ramos de locação de automóveis; restaurantes; hotéis; agências de viagens; transporte rodoviário coletivo de passageiros; e serviços de bufê.

Dados do IBGE revelam que o transporte de passageiros no Brasil registrou avanço de 2,6% no mês de fevereiro em relação a janeiro deste ano. Neste segmento, o país se encontra 5% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia). Já em relação ao acumulado do primeiro bimestre deste ano, o transporte de passageiros expandiu 9,0% frente ao mesmo período de 2022.