Ministro da Educação garante manutenção de bolsas da Capes em 2019

O ministro da Educação, Rossieli Soares, reafirmou hoje (6) que as bolsas de estudos de pós-graduação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) serão mantidas em 2019. Rossieli disse que está discutindo com o Ministério do Planejamento a garantia dos recursos necessários não apenas para a autarquia, mas para “todas as áreas da educação”.

“Vou sempre brigar por mais recursos na educação”, disse o ministro, ao participar de debate no  2º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação, organizado pela Associação de Jornalistas de Educação (Jeduca). “As bolsas da Capes, até como dito pelo próprio presidente [Michel Temer], estão mantidas. Não haverá nenhuma descontinuidade nesse sentido, e garantimos que teremos todas as bolsas continuadas.”

O orçamento do Ministério da Educação (MEC) para 2019 entrou em foco quando o presidente do Conselho Superior da Capes, Abílio Baeta Neves, enviou carta ao ministro Rossieli Soares na qual dizia que tinha sido repassado à instituição um teto limitando o orçamento para 2019, que resultaria em um corte significativo, na comparação com os recursos deste ano, e na fixação de patamar inferior ao estabelecido pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). “Caso seja mantido esse teto, os impactos serão graves para os programas de fomento da agência.”

Na carta, a Capes afirma que o teto fixado poderia ter como consequência a suspensão das bolsas de 93 mil pesquisadores e de alunos de pós-graduação (mestrado, doutorado e pós-doutorado) a partir de agosto do próximo ano. O Conselho da Capes também previu o corte do pagamento para mais 105 mil bolsistas que trabalham e pesquisam com educação básica. A carta circulou nas redes sociais e serviços de mensagens instantâneas e provocou mobilização nas comunidades científica, tecnológica e acadêmica.

“O que o Conselho da Capes apresentou foi um alerta de que, se acontecer, poderá trazer prejuízos. Não está estabelecido e não será estabelecido. O MEC garante que, para as bolsas da Capes, teremos todo o orçamento necessário para a continuidade”, afirmou o ministro.

Orçamento

O Projeto de Lei Orçamentária Anual para 2019 ainda não foi divulgado oficialmente pelo governo federal. No Orçamento deste ano, o valor destinado ao MEC é R$ 23,6 bilhões. Para o próximo ano, a previsão é que a pasta fique com R$ 20,8 bilhões no Orçamento da União – um corte de 12%, que foi repassado proporcionalmente à Capes. A redução orçamentária é resultado da decisão de limitar a despesa pública instituída pela Lei do Teto de Gastos.

“O Brasil precisa ter controle de gastos, igual [ao] que tem em casa. Lógico que não pode gastar mais do que ganha”, afirmou Soares, que acrescentou: “Uma coisa é clara, não é necessariamente corte da educação. O Orçamento da Educação tem que ser igual ou maior [que o dos anos anteriores].”

Pesquisa da CNI mostra que 76% das indústrias investiram em 2017

Em queda desde 2014, os investimentos da indústria brasileira voltaram a crescer em 2017, e a previsão é que a trajetória positiva continue em 2018. Esse é o resultado de pesquisa divulgada hoje (23) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

De acordo com o levantamento, 76% das empresas fizeram algum tipo de investimento durante o ano passado, o maior percentual desde 2015 – dado que confirma o fim da recessão. Além disso, 81% das grandes indústrias afirmaram que pretendem fazer algum tipo de incremento em 2018 – o maior percentual desde 2014.

O resultado poderia ser ainda mais expressivo se o setor industrial tivesse contado com mais crédito bancário. Segundo a pesquisa, 75% dos investimentos feitos no ano passado foram custeados pelo capital próprio das empresas.

A participação dos financiamentos de bancos de desenvolvimento caiu para 10% em 2017, o menor percentual desde 2010, início da série histórica. Na avaliação da CNI, a falta de financiamento em longo prazo limitou os investimentos.

Mesmo assim, apenas 6% das grandes empresas cancelaram planos de incrementos em 2017. Na avaliação do gerente executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, o quadro “confirma a retomada gradual da economia”. A pesquisa foi feita com 632 empresas de grande porte, com 250 ou mais empregados, entre os dias 24 de janeiro e 19 de março.

Investimentos

Máquinas e equipamentos foram a principal aquisição dos industriais em 2017, seguida da compra de novas tecnologias. A preocupação com a concorrência, voltada sobretudo para o reaquecimento do mercado interno, levou os empresários, segundo a CNI, a privilegiar a inovação de processos e produtos.

Ainda sob reflexo da crise, apenas 22% das empresas investiram no aumento da capacidade de produção. “A capacidade ociosa da indústria ainda é grande”, justificou Castelo Branco.

Para 2018, 81% das empresas afirmaram que têm planos de investimento, boa parte deles voltada para novos projetos. Como em 2017, a compra de máquinas e equipamentos continuará sendo o principal item, seguido das novas tecnologias digitais e de automação. A CNI observa que a recente valorização do dólar, contida pelo Banco Central esta semana, e, sobretudo, as incertezas sobre as eleições podem alterar os planos otimistas dos empresários.

Pesquisa mapeia igualdade de gênero em empresas

Uma pesquisa inédita mapeou o papel das mulheres em cargo de liderança em 43 companhias nacionais e 45 multinacionais atuantes em 14 setores econômicos no Brasil. O estudo, coordenado pela professora de “Políticas de Gênero” da Escola de Direito de São Paulo (FGV Direito SP), Ligia Paula Pires Pinto Sica, gerou uma base de dados que foi utilizada como subsidio para formular o Guia Mulheres na Liderança, uma realização da revista Exame e da associação WILL (Women in Leadership in Latin America).

“Notamos que, ao menos a nível nacional, a adoção dessas políticas ainda é pouco avançada”, afirma Lígia Sica.

Os primeiros resultados analisaram políticas, práticas e processos de equidade de gênero. A professora explica que a pesquisa consistiu primeiramente no desenvolvimento de uma metodologia própria, mas em consonância com as iniciativas já existentes no Brasil e no mundo em sustentabilidade social, na forma de um questionário, que fosse capaz de levantar as práticas e políticas adotadas pelas empresas com sede no país para promover e incentivar a ascensão e permanência de mulheres em seus cargos de liderança e medir a eficácia destas na promoção desses objetivos.

Nessa etapa foram consideradas três premissas: existe uma sub-representação de mulheres em cargos de liderança nas empresas brasileiras;  é natural que as empresas possuam diferentes graus de compromisso, de preocupação ou de utilização de princípios de equidade de gênero em seus processos e; empresas que são conduzidas por um modelo de negócio que leva em consideração a gestão de relacionamento com seus stakeholders e o trazem para o alinhamento estratégico desenvolvem uma vantagem competitiva perene.

O questionário, estruturado em três blocos, previa ações e áreas de atuação que poderiam servir de modelo para as empresas se espelharem, enfrentarem situações de desigualdade entre os gêneros, introjetarem preceitos de acolhimento e inclusão em suas culturas, bem como modernizar seus processos e práticas. As questões diziam respeito à estrutura e processos da empresa e também especificamente sobre o posicionamento externo e o olhar interno da empresa sobre a temática da equidade de gênero e a liderança feminina.

Em um segundo momento, as práticas e políticas descritas pelas empresas por meio do questionário de autoavaliação, enquadradas em seis eixos temáticos e avaliadas pelas pesquisadoras por meio de um sistema de pontuação, segundo o qual cada prática e política recebeu um ponto de -1 a +1, de acordo com o seu potencial de promover a ascensão e permanência de mulheres na liderança; o que permitiu que as empresas participantes fossem ranqueadas em seus respectivos setores.

Os dados obtidos por meio do questionário e a pontuação de cada respondente foram utilizados para formular o Guia Mulheres na Liderança. Constatou-se, por exemplo, que há setores nos quais há mais práticas e políticas com vistas à promoção da equidade de gênero (com destaque para o setor de bens de consumo) do que em outros (o setor de serviços foi o que menos pontuou), mas que isso não reflete necessariamente um maior número proporcional de mulheres na liderança (o setor de saúde não obteve destaque no número de políticas, mas foi o mais bem colocado em número de mulheres na liderança).

A pesquisa conduzida ao longo dos anos de 2016 e 2017 contou com financiamento conjunto da Fundação Getulio Vargas e do Banco Itaú e está disponível para consulta no site.

No Mercado realiza pesquisa em parceria com a ABRH-RJ

Em parceria com a Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-RJ), o site No Mercado está realizando uma pesquisa sobre aposentadoria e benefícios. Basta acessar nossa enquete no facebook (https://apps.facebook.com/minhas-enquetes/aposentadoria-e-beneficios) ou responder as perguntas no site da ABRH-RJ (www.abrhrj.org.br). A pesquisa é rápida. Em menos de 1 minuto é possível responder as 3 perguntas. O resultado será apresentado no site. Participe!