Congresso Internacional de Oncologia reunirá mais de 5 mil pessoas no Rio

Paulo Hoff, um dos principais nomes da oncologia no mundo
Paulo Hoff, um dos principais nomes da oncologia no mundo

Mais de 5 mil pessoas, entre médicos, profissionais de saúde e estudantes, são aguardadas na 6ª edição do Congresso Internacional Oncologia D’Or, que acontece nos dias 9 e 10 de novembro, no Centro de Convenções do Windsor Oceânico, na Barra da Tijuca.  Ao todo, serão mais de 300 palestrantes, incluindo 10 convidados internacionais, distribuídos em 21 módulos temáticos abrangendo avanços recentes em diagnóstico e tratamento do câncer. Por sinal, a cada ano, o congresso vem crescendo,  com o intuito de atender a demanda do público pelos temas. Este ano, o evento vai ocupar dois andares e terá nove salas com palestras simultâneas.

Entre os destaques internacionais estão nomes como o de Murray Brennan, reconhecido como um dos maiores cirurgiões oncológicos da história e pelas pesquisas que aprimoraram a compreensão biológica dos tumores. De 1985 a 2006, ele foi chefe do departamento de cirurgia do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, em Nova York, Estados Unidos. Outro convidado é o diretor do Departamento de Oncologia do Hospital Santa Maria, em Lisboa, Luis Costa. Envolvido, principalmente, com estudos clínicos de cânceres de mama e metástases ósseas, Costa também vem desenvolvendo importantes pesquisas sobre o entendimento molecular das metástases. Finalmente, a palestra de encerramento será feita por Rodrigo Vianna, brasileiro radicado nos EUA e uma das maiores autoridades mundiais em transplante, abordando esta modalidade cirúrgica no tratamento de tumores.

Coordenador Científico do Congresso, Daniel Herchenhorn destaca o caráter multidisciplinar do evento. Em muitas das mesas, a abordagem do câncer não se resume apenas ao conhecimento de oncologistas, mas também inclui outras especialidades como cardiologistas, psicólogos e enfermeiros. “Somente com uma abordagem multidisciplinar é que podemos oferecer o melhor diagnóstico e tratamento ao paciente. Por isso, um dos nossos módulos é dedicado exclusivamente a mostrar como a integração entre diversas especialidades é fundamental no combate ao câncer”, explica Herchenhorn, destacando as três mesas que serão da Sessão Multidisciplinar, que acontecerão no segundo dia de evento.

Congresso recebeu mais de 5 mil inscrições na edição de 2018 e vem registrando aumento no número de participantes a cada ano
Congresso recebeu mais de 5 mil inscrições na edição de 2018 e vem registrando aumento no número de participantes a cada ano

Outra mesa que o coordenador realça é a “Combatendo Fake News no Mundo do Câncer”, que acontece no dia 9 e que terá entre os palestrantes a fundadora e presidente do Instituto Oncoguia, Luciana Holtz. Herchenhorn observa que diariamente os médicos precisam lidar com o desafio de mostrar ao paciente que muito do que eles leem na internet não é verdadeiro. “A internet facilitou o acesso á informação, mas muito do que está na rede é falso ou incompleto”, alerta.

Para Herchenhorn, a oncogenética é outro tema que deve atrair grande presença de congressistas. “A oncogenética está integrada a um dos pilares que deve caracterizar a medicina do futuro, que é o que chamamos de medicina personalizada”. Poder identificar e analisar as mutações gênicas diretamente associadas à incidência de câncer e, assim, prever o comportamento de uma enfermidade, estabelecer diagnósticos mais precisos, indicar tratamentos mais adequados e até mesmo determinar a probabilidade de uma doença se desenvolver são alguns dos aspectos a serem explorados nesse módulo. “A atriz Angelina Jolie é um exemplo das possibilidades desse ramo. A atriz realizou a mastectomia quando descobriu que tinha um gene que, quando mutado, aumenta significativamente o risco do câncer de mama”, relembra Herchenhorn.

Avanços tecnológicos

O avanço da ciência e da tecnologia é um dos principais fatores para a melhoria dos meios de diagnóstico e de tratamento do câncer. Nesse contexto, a cirurgia robótica vem alcançando um papel importante, por permitir uma maior precisão no procedimento, proporcionando, assim, mais segurança ao paciente. Por esses motivos, uma das novidades do Congresso neste ano será o Espaço Robótica, onde o congressista terá a oportunidade de ter contato direto com um simulador e ter a experiência de controlar um robô. Conheça a programação completa do VI Congresso Internacional Oncologia D´Or: http://congressooncologiador.com.br.

São Paulo recebe o V Simpósio Internacional de Câncer Gastrointestinal

A multidisciplinaridade no tratamento de tumores colorretais – cólon e reto; esôfago-gástricos – esôfago e estômago; do fígado e vias biliares; assim como de metástases hepáticas é o destaque da quinta edição do Simpósio Internacional Gastrointestinal Oncologia D’Or, que acontecerá em 04 de agosto, em São Paulo. Especialistas de todo país e o convidado internacional, o oncologista Caio Max S. Rocha Lima, se reunirão para apresentação de palestras e casos clínicos.

Sob a coordenação dos oncologistas Maria de Lourdes de Oliveira, Maria Ignez Braghiroli e Marcelo Fanelli, o evento abordará assuntos diversos como novas abordagens no tratamento dos cânceres gástrico e hepático metastáticos, síndromes hereditárias em tumores do trato digestivo, cirurgias minimamente invasivas e manejo de pólipos malignos do cólon.

– Os tumores do trato gastrointestinal possuem uma alta incidência no Brasil, tendo ainda uma elevada mortalidade devido ao diagnóstico tardio. Eventos como o simpósio expõem as novidades no diagnóstico e tratamento visando a discussão ampla entre diferentes especialidades, com intuito de oferecer tratamento de excelência para os pacientes – destaca Maria Ignez, médica oncologista da Clínica OncoStar.

O Simpósio é uma oportunidade de troca de experiência entre profissionais de diferentes áreas e permite ampliar o leque de possibilidades de tratamento aumentando as chances de cura e qualidade de vida dos pacientes com câncer. O evento tem vagas limitadas e é destinado à classe médica.

SERVIÇO :: V Simpósio Nacional Gastrointestinal

Dia 04 de agosto, a partir das 09h

Espaço JK | Av. Presidente Juscelino Kubitschek, 1.327 – Itaim Bibi, São Paulo – SP

Transplante de primeiro mundo

A equipe de transplante de fígado da Rede D’Or alcançou a marca de mil procedimentos realizados. O que é ainda mais impressionante é a taxa de sobrevida de 95% para o paciente, similar aos de centros médicos europeus e norte americanos. Já no Brasil, o valor médio nacional, segundo dados do Ministério da Saúde, é de 65%.

Especialistas alertam para a importância da mamografia para a prevenção do câncer de mama

mitos

É inevitável falar sobre câncer de mama quando o que está em pauta é a saúde da mulher. A doença é uma das principais causas de morte entre mulheres no Brasil, tendo atingido mais de 57 mil brasileiras em 2017 – segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca).  Para combater o problema, o diagnóstico precoce da neoplasia é uma importante arma capaz de contribuir para a redução da mortalidade.

Esta é a proposta do Dia Nacional da Mamografia, comemorado no dia 5 de fevereiro. A data, instituída há cinco anos, tem como objetivo sensibilizar a população para a importância do exame, um dos métodos mais importantes quando se fala em detecção precoce do câncer de mama.

Gilberto Amorim, oncologista clínico e coordenador de cirurgia mamária do Grupo Oncologia D’Or, explica que a técnica pode aumentar as chances de cura da doença, chegando a 90%. “Quando a neoplasia é identificada precocemente, é possível fazer com que o tratamento de tumores com 1cm de diâmetro, por exemplo, diminua métodos mutiladores, como a mastectomia”, explica o especialista.

Ainda segundo Gilberto Amorim, o rápido diagnóstico também contribui para a redução do impacto econômico e social. “Quanto mais cedo a doença for descoberta, menor será o tempo de afastamento do paciente da sua vida social e profissional”, afirma.

Com os avanços da tecnologia, o exame também se aprimorou nos últimos anos, propiciando à paciente mais uma nova alternativa para a prévia detecção da doença: a tomossíntese. É o que afirma a coordenadora do Centro de Mama Quinta D’Or, Drª Ellyete Canella, especialista em Radiologia Mamária. “Na tomossíntese, a imagem da mama é adquirida em bloco e depois são recriadas imagens com um milímetro de espessura, permitindo detectar pequenas lesões escondidas na glândula, inclusive em seu estágio inicial (menores que 10 milímetros), e não palpáveis, impossíveis de serem identificados no autoexame”, diz.