Um ano cheio de novidades na ABRH-RJ

Paulo Sardinha adianta que outras novidades virão até o fim do ano

Na semana em que completa 51 anos de trabalho – mais precisamente, dia 29 de março –, a Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-RJ) apresenta algumas das novidades planejadas para 2017. Uma delas estreia hoje: o novo visual da coluna Gestão de Pessoas. A mudança vai além do formato. O espaço pretende estimular a participação do leitor. Para o presidente da ABRH-RJ, Paulo Sardinha, é importante que a Associação busque permanentemente a interatividade com os profissionais de RH, pois permite a elaboração de um calendário de atividades que priorize as reais necessidades do setor.

Por isso, foram mapeados os assuntos que mais despertam interesse dos profissionais, além daqueles que são mais urgentes para as organizações. Todos os cursos e fóruns estão sendo preparados para atender essas demandas. “Nossos eventos vão inovar em forma e conteúdo, o que possibilitará uma experiência melhor aos participantes. Os diretores responsáveis pelos cursos produziram um conteúdo que se aprofunda nas questões abordadas e, principalmente, propõe soluções para situações que ocorrem no dia a dia do RH de uma organização”, explica Sardinha.

O presidente da ABRH-RJ aponta o tema do primeiro fórum do ano (Remuneração em Tempos Turbulentos — Caminhos e oportunidades), que ocorrerá nos dias 25 e 26 de abril, como um exemplo dessa conexão da Associação com a realidade das organizações. “A crise torna mais sensível a discussão nas empresas sobre salários e benefícios, porém é preciso pensar estrategicamente mesmo em períodos adversos. E esse é justamente um dos objetivos do fórum”, explica.

Novidades não vão faltar no RH-RIO, o Congresso Estadual de Gestão de Pessoas, que acontecerá nos dias 6 e 7 de junho. Este ano, por exemplo, o evento estreia uma nova casa. Será realizado no recém-inaugurado Centro de Convenções do Windsor Oceânico (local de fácil acesso, tendo nas proximidades o metrô e o BRT).

O congresso vem com propostas inéditas, como a realização de trilhas de formação, que viabilizarão ao congressista ter uma atuação como protagonista no evento. Ele poderá escolher qual caminho trilhar e quais conhecimentos adquirir. Ao final do evento, além do certificado de participação, o congressista receberá um outro, correspondente ao seu percurso individual. “Cada evento planejado ou inovação idealizada é voltado para aumentar o protagonismo dos profissionais de Recursos Humanos. Esse é o nosso foco”, afirma Sardinha, que destaca, também, o tradicional Prêmio Ser Humano. Pelo 37º ano, a ABRH-RJ vai reconhecer as organizações que investem na gestão de pessoas. “As inscrições já estão disponíveis em nosso site”, revela.

Novas parcerias

Uma das metas da ABRH-RJ é ampliar a sua atuação nos campos da informação e conhecimento, tendo maior influência consentida na formação do profissional de RH. E um dos caminhos é criar sinergia, estabelecendo novas parcerias que vão se unir às existentes. “Sempre com a perspectiva de longo prazo. Pautadas em ações contínuas e em fortes laços de confiança e benefícios recíprocos – também para os associados”, enfatiza Sardinha.

No dia 19 de abril, por exemplo, será formalizada a parceria técnico-pedagógica com o Centro Universitário Carioca (UniCarioca). O objetivo é elaborar em conjunto cursos de formação profissional que atendam tanto alunos e professores da universidade quanto os projetos institucionais da Associação.

A ABRH-RJ também pretende atuar ao lado das seguradoras, contribuindo para a criação de soluções de seguros adequadas à realidade das organizações. A partir de reuniões com empresas associadas, será feito o mapeamento de nichos, de formas e de meios de acessibilidade de seguros. Há a certeza de que a proposta é inovadora e poderá suprir uma carência que existe no mercado.

“A Instituição construiu uma história que faz as expectativas dos associados aumentarem a cada gestão. É nossa responsabilidade atendê-las”, afirma Sardinha, lembrando que outras novidades ainda hão de vir ao longo do ano.  É possível acompanhar as notícias sobre a ABRH-RJ pelo site (www.abrhrj.org.br) e pelas redes sociais.

Confiança e engajamento no ambiente corporativo é tema de workshop

Confiança aumenta a produtividade e diminui o estresse no trabalho

O cenário de crise no país vem aumentando o interesse de organizações e pessoas em ferramentas que promovam o entendimento nos ambientes corporativos. Não é para menos, dados de pesquisa realizada pelo especialista em Neurociência e Neuroeconomia Paul Zak – publicados na revista Harvard Business Review em janeiro deste ano – mostram que funcionários das empresas que estimulam a confiança no trabalho são 50% mais produtivos, 74% menos estressados e 76% mais engajados. Já segundo o Gallup Institute, as organizações nas quais o engajamento de pessoas é maior são 22% mais lucrativas e 21% mais produtivas.

Especialista em coaching voltado para a performance e o bem-estar, Marie Bendelac Ururahy conduzirá, em 17 de março, das 9h às 18h, na Câmara de Comércio França-Brasil, o workshop ‘Comunicação Colaborativa para Líderes – Módulo I’. O treinamento, que mostra como estabelecer um clima de confiança e engajamento, é voltado a líderes, executivos, gestores de recursos humanos e qualquer profissional que precise se comunicar de forma eficaz.

Segundo Marie, de uma média de 30 inscritos no primeiro semestre de 2016, as inscrições para palestras em torno desse tema quase dobraram na segunda metade do ano passado, passando de uma média de 30 para mais de 50.  “No fim de outubro, participei de um seminário na Câmara de Comércio Americana, para cerca de 150 pessoas, em que representantes de grandes empresas concordaram sobre um ponto muito importante: é preciso promover um ajuste na comunicação entre as gerações, dos baby boomers até os millennials, para aproximá-los”, destaca Marie, que é sócia-diretora e cofundadora da Be Coaching Brasil. De acordo com ela, a distância entre as formas de expressão e de se comunicar precisa ser abreviada, com o objetivo de facilitar o trabalho, a construção de ideias e favorecer os negócios.

O workshop ‘Comunicação Colaborativa para Líderes – Módulo I’’ apresentará técnicas de comunicação aplicadas em mais de 100 países – com efeitos comprovados – para estabelecer relacionamentos de confiança e aumentar a motivação e a cooperação de forma genuína, ressalta Marie: “Somente dessa forma, é possível alcançar melhores resultados, um ambiente de trabalho mais harmonioso e assegurar não só a sobrevivência, mas a expansão dos negócios”.

Mais informações e inscrições: eventosrj@ccfb.com.br.

Câmara retoma discussões sobre reformas trabalhista e da Previdência

Reformas estão na agenda da Câmara

Após o feriado do carnaval, a Câmara dos Deputados retoma os trabalhos com discussões sobre as reformas trabalhista e da Previdência. Em audiências públicas nesta semana, deputados e convidados debaterão as mudanças propostas pelo governo para essas duas áreas.

A Comissão Especial da Reforma da Previdência, que analisa e discute o mérito da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 287, fará três audiências públicas ao longo da semana. Na terça-feira (7), serão discutidas as aposentadorias de profissionais envolvidos em atividades de risco, como os policiais.

Na quarta (8), será a vez dos professores e dos trabalhadores que atuam em atividades que prejudicam a saúde. Na quinta (9), a discussão será sobre as novas regras de aposentadoria para servidores públicos.

A primeira audiência da comissão especial, no dia 15 de fevereiro, teve participação do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, e do secretário nacional da Previdência Social, Marcelo Caetano, que apresentaram detalhes da proposta do governo. Outra audiência debateu com técnicos do governo e representantes dos servidores o Regime Próprio de Previdência Social a que está submetido o funcionalismo público.

A PEC 287 foi enviada à Câmara no fim do ano passado pelo governo e prevê idade mínima de 65 anos para homens e mulheres se aposentarem. O tempo mínimo de contribuição deve subir de 15 anos para 25 anos. Pelo novo modelo, para se aposentar com acesso ao benefício integral será necessário contribuir ao longo de 49 anos.

Na sexta-feira (3), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que a expectativa é que a reforma da Previdência seja aprovada no plenário da Câmara na segunda quinzena de abril. Ele defendeu a aprovação sem flexibilização da proposta enviada pelo governo ao Congresso.

Reforma Trabalhista

Já a Comissão Especial da Reforma Trabalhista, que analisa as mudanças propostas no Projeto de Lei do Executivo 6.788/16, realizará duas audiências públicas esta semana. Na quarta-feira (8), a reforma trabalhista será debatida com as confederações patronais. Na quinta-feira (9), o tema será direito do trabalho urbano.

A comissão especial já debateu a reforma em outras duas audiências. O projeto de lei altera as regras da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e outros dispositivos. Também possibilita que, nas negociações entre patrão e empregado, os acordos coletivos tenham mais valor do que o previsto na legislação, permitindo, entre outros pontos, o parcelamento de férias e mudanças na jornada de trabalho.

Como funciona empresa sueca que decidiu não ter chefes

Crisp
Todos os funcionários participam de decisões que afetam a empresa inteira

Você realmente precisa que alguém te diga o que fazer no trabalho?

Três anos atrás, a consultoria de software sueca Crisp decidiu que a resposta era não.

A empresa, que tem cerca de 40 funcionários, já tinha testado várias estruturas organizacionais, incluindo a mais comum – ter um único líder comandando tudo.

A Crisp chegou a criar um esquema rotativo de comando, mudando o CEO anualmente com base em uma votação entre os trabalhadores. Mas acabou decidindo, coletivamente, que ter um chefe não era necessário.

Yassal Sundman, desenvolvedora na empresa, explica: “Nós questionamos: ‘e se nós não tivéssemos ninguém como nosso próximo CEO, como seria?’ E então fizemos um exercício no qual listamos as tarefas de um CEO”.

Os funcionários verificaram que muitas das responsabilidades do chefe coincidiam com as dos integrantes do conselho de administração (o board) da companhia, e que outras poderiam ser divididas entre os empregados.

“Quando olhamos para a lista na qual deveriam estar as funções do chefe, não tinha sobrado nada. E concluímos: ‘certo, por que nós não tentamos isso?, conta Sundman.

Tomada de decisão

A Crisp realiza encontros de quatro dias com todos os funcionários entre duas e três vezes ao ano. Essas reuniões são usadas para tomar decisões que afetam a todos, como mudança de escritório, mas em outros momentos os trabalhadores são encorajados a tomar decisões por conta própria.

Há também o conselho – uma exigência legal -, que pode ser usado como último recurso para resolver problemas, caso algo não esteja funcionando.

Henrik Kniberg, consultor organizacional na empresa, afirma que não ter de levar decisões sobre projetos ou orçamentos a um chefe faz com que a companhia resolva as coisas mais rapidamente.

“Se você quer que algo seja feito, precisa se levantar e começar a tocar isso”, diz.

Ele ressalta que não ter de pedir permissões não elimina a necessidade de que os empregados discutam problemas e troquem ideias uns com os outros.

Como todos são responsáveis por tudo, os empregados ficam mais motivados, argumenta. A Crisp mede regularmente a satisfação de seus funcionários – a média hoje é de 4,1 pontos, de um total de 5.

‘Uma família’

A companhia é organizada como se fosse uma família, compara Kniberg: embora ninguém precise dizer exatamente o que é preciso fazer, a regra implícita é que você não pode bagunçar a casa.

Mas e se o restante dos empregados acha que um colega tomou uma decisão ruim?

Sundman diz que não há problema. “Pelo menos você fez o que era certo naquele momento. Então podemos debater isso, você pode explicar por que você achou que aquele era um bom caminho. E na verdade você pode acabar levando todos os outros a pensar da mesma forma.”

Agora, a Crisp espera que seu modo de trabalhar inspire outras empresas a copiar o seu modelo.

Embora a decisão tomada pela empresa sueca pareça radical, várias companhias já testaram um arranjo semelhante. Uma das mais conhecidas é a loja online de roupas e sapatos Zappos, cuja dona é a gigante Amazon.

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