Gestão da saúde deve ser estratégica

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Maria Carolina: “É preciso uma gestão integrada da saúde”

Dispor de um plano de saúde é o terceiro maior desejo do brasileiro, atrás apenas da casa própria e da educação. Como resultado, o benefício é um dos mais atrativos nas entrevistas de emprego. Porém, também se tornou um dos principais fatores na folha de despesas das organizações. Hoje, os planos já costumam ser o segundo item de maior custo para o RH. Levantamento da Aon registrou que, em 67% das empresas, o benefício representa aproximadamente 12% da folha de pagamento.

“Se mantivermos o mesmo histórico de crescimento dos últimos anos, ou seja, em patamares acima da inflação, em 2034 o custo com plano de saúde estará representando 27% da folha de pagamento”, prevê a gerente técnica de saúde da Aon, Maria Carolina Pazianotto.

O presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-RJ), Paulo Sardinha, observa que a Reforma da Previdência deve provocar impacto direto na gestão do benefício. A elevação da idade mínima para aposentadoria vai aumentar a presença da terceira idade no mercado de trabalho, parcela esta da população que costuma utilizar mais os serviços de saúde.

Dados da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) apontam que o custo de um paciente idoso é quase três vezes maior que o de um adulto jovem. “A mudança na pirâmide etária do país fará com que a saúde se torne um importante ativo nas organizações. Trabalhar estrategicamente o bem-estar dos funcionários será um diferencial competitivo e fundamental para evitar o crescimento dos custos com os planos de saúde”, avalia Sardinha.

Para evitar o crescimento dos custos médicos, é importante observar as práticas adotadas no mercado antes da tomada de decisão sobre o benefício. “Trabalhar na gestão integrada do programa de saúde, avaliando um desenho de plano que reflita a realidade da empresa, e a atenção que o mercado exige, atrelado à gestão médica dos funcionários, com implementação de programas de qualidade de vida. A composição desta gestão traz resultados consistentes em médio e longo prazo, tornando o programa sustentável e eficaz”, orienta Maria Carolina.

Entretanto, ainda são poucas as empresas brasileiras que proporcionam algum tipo de estratégia de promoção de saúde. Quando há, na maioria dos casos, as ações são realizadas de forma isolada e pontual.

A diretora comercial da Allcare Corretora, Andrea Damásio, observa que ainda existem muitas oportunidades de redução de custo quando são introduzidos no desenho do plano alguns fatores. Ela cita como exemplo mecanismos de cooparticipação dos usuários, limitações de upgrade de produtos, controle e prevenção de doenças, entre outros. “O segredo está em um desenho adequado às necessidades de cada empresa”, orienta.

Há ainda a necessidade de a empresa em conseguir envolver e conscientizar o colaborador sobre o uso equilibrado do benefício. O funcionário desempenha um papel decisivo por meio do autocuidado, ou seja, na promoção de sua saúde, especialmente no momento de crise que traz ameaças para o bem-estar das pessoas. ”O caminho é promover o engajamento dos colaboradores na mudança de comportamento”, afirma Maria Carolina.

Matéria publicada na coluna Gestão de Pessoas, da ABRH-RJ

Vantagens e riscos de contratar um estagiário

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O estagiário oxigena a empresa, destaca Aristides

Todos sabemos que o sistema de estágios é extremamente vantajoso para as empresas, além de possibilitar a entrada de muitos jovens talentos no mercado de trabalho, principalmente aqueles que não possuem experiência profissional.

Especialmente nesta época em que as empresas buscam enxugar custos, muitos veem a contratação de estagiários como uma ótima alternativa. O estagiário não tem vínculo empregatício com a empresa e isso desonera a folha de pagamento, já que nessa modalidade não incorrem encargos trabalhistas e tampouco 13º, provisões e verbas rescisórias, além do valor da Bolsa Auxílio ser de livre negociação entre empresa e estagiário sem obedecer sequer valores mínimos, como o salário mínimo ou os pisos de cada categoria.

A lei 11.788 de 2008 que rege o estágio para estudantes já traz melhorias em relação à lei 6494 de 1977. Podemos até dizer que a lei é bastante sucinta e simples, mas ainda assim muitas empresas temem a ocorrência de vínculo empregatício.

Após 15 anos atuando exclusivamente na administração de estágios para nossos clientes, as duas perguntas mais recorrentes a respeito de estágio que me são feitas são: Quais as vantagens e quais os riscos que o sistema oferece para as empresas?

Nesse caso, tenho o hábito de separar as duas coisas. As vantagens são muitas e os riscos são mais decorrentes de falta de informação a respeito do sistema, do que propriamente do sistema em si. No entanto, o que para nós especialistas fica claro é que quando as empresas tentam extrair do sistema de estágios mais vantagens que o sistema permite é que entra na zona de risco.

Vou no entanto elencar as principais vantagens e benefícios do sistema de estágios e depois comentar algumas atitudes das empresas que podem colocar o processo em risco trabalhista.

Como as principais vantagens para as empresas que enxergamos no sistema, podemos citar:

  • Não existência de vínculo empregatício entre estagiário e empresa;
  • Isenção de encargos trabalhistas;
  • Possibilidade de rescisão do contrato de estágio a qualquer momento, sem aviso prévio ou verbas rescisórias;
  • Acesso a jovens em formação, atualizados e motivados para conseguir se destacar na empresa;
  • A contratação de estagiários oxigena a equipe e faz com que os efetivos passem a se preocupar em se atualizar também;
  • A empresa pode formar o profissional de acordo com sua cultura, já que os estagiários não trazem vícios de longas experiências anteriores;
  • Facilidade na reposição dos estagiários quando necessário;
  • Os estagiários dão ótimo suporte, liberando os efetivos de tarefas mais simples para que possam se concentrar nas mais difíceis e produtivas;
  • Estagiários trazem informações e procedimentos, soluções e ideias atualizadas para dentro da empresa;
  • Os jovens tem extrema facilidade em conectar a empresa às novidades do mercado e da sociedade;
  • A empresa ganha em responsabilidade social ao abrir oportunidades de inserção de jovens no mercado formal de trabalho.

Certamente o sistema de estágios traz muitas outras vantagens, mas podemos dizer que essas são mas mais evidentes.

Já em relação aos riscos, podemos dividi-los em riscos estratégicos e riscos trabalhistas.

Os riscos estratégicos são aqueles que as empresas cometem ao imaginar que o sistema de estágio irá suprir todas as necessidades operacionais da empresa. Neste caso, as empresas poderão ter um resultado ruim quando, por exemplo, resolvem substituir indiscriminadamente seus efetivos por estagiários sem levar em conta que o estagiário está em fase de aprendizado e levará um tempo até que esteja pleno e apto a produzir como um efetivo (momento em que deveria ser efetivado).

Outro erro estratégico que as empresas podem cometer, é querer que o estagiário “resolva” todos os problemas da empresa, já que ele é atualizado e estuda especificamente para esta ou aquela atividade. É evidente que o estagiário será extremamente valioso ao trazer para a empresa novas ideias, conceitos e procedimentos, mas se ele não contar a devida supervisão de uma pessoa experiente, não conseguirá transformar suas ideias e conhecimentos em resultados efetivos para a organização

Este é um dos pontos em que a Estagilize se destaca, pois antes da contratação nós tratamos dessas e de outras questões por meio de orientações, sempre com o intuito de transformar essa oportunidade de estágio em uma ótima experiência, tanto para a empresa quanto para o estagiário.

Já em relação ao risco trabalhista, precisamos entender que ele sempre existe, independentemente da empresa fazer tudo certo ou não. Mas isso não é inerente apenas ao programa de estágios para estudantes, mas sim à todas as formas de contratação. Basta lembrar que qualquer pessoa que trabalhou em uma empresa poderá acioná-la na justiça do trabalho se entender que o empregador faltou com suas obrigações.

Assim, como em qualquer outra forma de contratação, o que determina se o risco pode se concretizar em um possível problema trabalhista será a forma coma a empresa administra o processo durante o tempo que a pessoa está lá. No caso do estágios, devemos ter rigor com:

  • Cláusulas contratuais adequadas e específicas do estágio;
  • A carga horária e como fazer o controle da frequência;
  • As atividades desenvolvidas pelo estagiário;
  • A supervisão oferecida pela empresa;
  • Os recibos utilizados para pagamento (existem termos específicos obrigatórios);
  • A forma como se faz a gestão dos estagiários;
  • A relação dos estagiários com os efetivos;
  • O tipo de cobrança que se pode fazer dos estagiários em relação às suas atividades e metas;
  • Diversas outras questões objetivas e subjetivas que poderão determinar algum possível problema futuro.

Para nós, tudo isso é muito simples, já que somos agentes de Integração especializados em estágios.

Para os nossos clientes, oferecemos total assistência em todos esses pontos durante todo o período em que o estagiário está lá, oferecendo inclusive uma plataforma de gestão dos estagiários, onde as empresas podem emitir os recibos corretos, preencher avaliações e acompanhar o desenvolvimento de seus estagiários.

*Aristides Ianelli Junior é presidente e sócio-proprietário da rede de franquias Estagilize Estágios

ASSERJ promoverá curso “Gestão Estratégica em RH”

A Associação dos Supermercados do Estado do Rio de Janeiro está com as inscrições abertas para o curso em “Gestão Estratégica em RH”, cujo objetivo é proporcionar aos participantes a oportunidade de analisarem e debaterem sobre a gestão de Recursos Humanos, através de conceitos teóricos e suas aplicabilidades práticas, em sintonia com a atual realidade organizacional, tomando por base, ações estratégicas efetivas. O evento acontecerá em 27 de junho, na Rua do Arroz, 90 – 4º andar – Grupos 443 a 466 – Mercado São Sebastião – Penha – Rio.

Com carga horária de 8 horas de duração, o encontro terá como tópicos principais “As mudanças e as transformações do cenário”; “O papel do profissional de RH exigido pelo século XXI”; “As atuais características do profissional de RH”; “A área de RH: características de outrora X características de agora”; “A gestão estratégica e o profissional de RH: competências necessárias”; “O gestor estratégico de RH”; “A gestão de RH enquanto instrumento facilitador da produtividade” e “Identificando possíveis barreiras e propondo ações corretivas”.

O palestrante será o diretor pedagógico do Colégio Mallet Soares, Marcos Azevedo. Com formação nas áreas de Comunicação Social e Pedagogia, além de pós-graduado em Administração de Recursos Humanos pela FGV, Azevedo trabalhou na área de RH, na Klabin Cerâmica, Mesbla, Souza Cruz e Gillette do Brasil. Foi professor de MBA, na UGF, nos cursos de Gestão de Pessoas e Gestão de Negócios, de 1993 a 2014, além de palestrante, instrutor e consultor de empresas desde 1993.

As vagas são limitados e os candidatos poderão obter mais informações por meio do telefone (21) 2584-6339 ou ainda enviar mensagem para o e-mail escola@asserj.com.br . O investimento do curso em “Gestão Estratégica em RH” para associados é de R$ 180,00 e R$ 240,00 para o público externo.

Confira imagens do RH-RIO

O RH-RIO 2017 reuniu mais de 2 mil pessoas nos dias 6 e 7 de junho, no Centro de Convenções do Windsor Oceânico, na Barra da Tijuca. Confira algumas imagens do congresso.

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1 Julio Fonseca, da Invepar, a jornalista Luciana Casemiro e a futurista Rosa Alegria, na magna que abriu o congresso. 2 O estrategista digital Carlos Nepomuceno afirmou que é preciso ter mudança de mentalidade nas organizações. 3 Felipe Paiva, da Artisan, João Cândido , da ABRH-RJ, e Renato Senna, da Merck, provocaram o público sobre o papel da liderança. 4 Conrado Schlochauer, da Affero Lab, Desiê Ribeiro, da Vale, e Georges Riche, da Globosat, encerram o congresso falando sobre as transformações no RH
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1 O deputado federal Arolde de Oliveira parabeniza a ABRH-RJ. 2 Uso da mediação nas empresas foi destaque na mesa que reuniu a diretora jurídica da ABRH-RJ, Magda Hruza, o desembargador Cesar Cury e a coordenadora do CBMA, Mariana Freitas. 3 Inara Pilate e Leonardo Leão mostraram como o Facebook incorpora a tecnologia na comunicação interna. 4 Luiz Costa Leite, a professora da FGV Carmen Migueles e a futurista Rosa Alegria no Fórum Executivo realizado durante o congresso
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1 Ao lado de Paulo Sardinha (à dir.), o superintendente do SESI-RJ e diretor regional do SENAI-RJ, Alexandre dos Reis, prestigia a edição de 2017. 2 Luiz Costa Leite, Leyla Nascimento, secretária geral da World Federation of People Management Associations e Marco Dalpozzo, da Comatrix. 3 Paulo Sardinha, Fábio Maia, diretor comercial da Amil, Luis Calçada e o diretor da ABRH-RJ Roberto Godinho