Hospital São Lucas Copacabana ganha prêmio nacional Excelência da Saúde 2017

O Hospital São Lucas Copacabana acaba de receber o prêmio Excelência da Saúde 2017, na modalidade “Arquitetura e Engenharia”, concedido pelo Grupo Mídia – um conglomerado de comunicação voltado para os principais segmentos econômicos e sociais do mercado. O projeto premiado no São Lucas foi o novo Serviço de Emergência, que teve sua área triplicada e conta com um visual moderno e acolhedor, traduzindo um ambiente humanizado para os pacientes.

O diretor-geral do São Lucas, Dr. Lincoln Bittencourt, enfatiza: “Esse prêmio ratifica nosso compromisso em manter um alto padrão de excelência, visando cada vez mais oferecer serviços, instalações e infraestrutura de qualidade e seguros a nossos pacientes, seus familiares, médicos assistentes e colaboradores. É uma responsabilidade que está em consonância com os valores do ‘novo Hospital São Lucas’ em permanecer referência com uma hotelaria de alto padrão, além de continuar investindo em projetos de arquitetura e engenharia de primazia.”.

O prêmio Excelência da Saúde homenageia as instituições de saúde que mais se destacaram no último ano por sua alta performance e pelas acreditações nacionais e internacionais conquistadas. A eleição acontece através de uma votação aberta ao público, no site da revista HealthcareManagement, bem como pelo setor de pesquisa do Grupo Mídia, que fez uma análise de dados e se baseou em informações de mercado para chegar aos nomes dos escolhidos.

Cerca de 40 instituições de saúde de todo o Brasil, entre unidades públicas, privadas e filantrópicas, foram premiadas em 13 categorias diferentes. Além da modalidade Arquitetura e Engenharia – na qual o São Lucas foi contemplado –, o prêmio também reconheceu o desempenho das unidades de saúde nos seguintes quesitos: Atenção ao Paciente; Boas Práticas e Compliance; Engenharia Clínica; Ensino e Pesquisa; Filantropia; Gente e Gestão; Governança Corporativa; Grupo São Cristóvão Saúde; Hotelaria Hospitalar; Logística e Suprimentos; Qualidade e Segurança; Responsabilidade Socioambiental e Tecnologia. Em cada categoria foram eleitas três instituições sem ranking entre elas.

Mortes globais por tuberculose caíram 37% desde o ano 2000

O número de mortes globais por tuberculose caiu 37% entre os anos 2000 e 2016, com grandes quedas na Europa e na região Ásia-Pacífico, embora continue sendo a principal causa de morte por doença infecciosa em todo o mundo, acima da Aids, anunciou nesta segunda-feira (30) a Organização Mundial da Saúde (OMS). A informação é da agência EFE.

Esta é uma das conclusões do relatório anual sobre a tuberculose que a OMS apresentou hoje em Washington e que é elaborado desde 1997, quando estabeleceu seu sistema de avaliação global sobre a doença.

Apesar dos bons resultados na queda da taxa de mortalidade, em 2016 foram registrados 6,3 milhões de novos casos de tuberculose, o que representa um aumento em relação a 2015, quando houve 6,1 milhões de novos contágios.

Segundo o relatório, 10,4 milhões de pessoas tiveram tuberculose em 2016, sendo que  90% delas eram adultos, 65% eram homens e 10% eram pessoas com o vírus de imunodeficiência humana (HIV), que debilita o sistema imunológico e aumenta a possibilidade de sofrer a doença.

O fenômeno do fortalecimento da tuberculose pelo HIV tem uma especial incidência na África, onde se concentram 74% das pessoas com este vírus que se infectaram de tuberculose em 2016.
Segundo o relatório, apenas em 2016 houve 1,67 milhão de mortes por tuberculose entre pessoas com HIV.

Milhões de mortes

Em média, a tuberculose provoca a morte de 10 milhões de pessoas ao ano e continua sendo a primeira causa de morte por doença infecciosa, acima da Aids, segundo a OMS.

Em nível global, a taxa de mortalidade por tuberculose caiu 37% entre os anos 2000 e 2016 e, em nível regional. A baixa mais rápida aconteceu na Europa e na região Ásia-Pacífico, que desde 2010 foram experimentando quedas de 6 e 4,6% ao ano, respectivamente.

Em média, atualmente, a taxa de mortalidade por tuberculose está experimentando um descenso aproximado de 3% ao ano, enquanto os novos casos caíram 2% ao ano. Segundo o relatório, esses dados devem melhorar de maneira significativa nos próximos anos, contribuindo para o cumprimento dos objetivos fixados em maio de 2014 em Genebra, quando os 194 Estados-membros da OMS aprovaram uma resolução para acabar com a tuberculose.

Na ocasião, os países aprovaram a “Estratégia Mundial para a Tuberculose”, que procura reduzir as mortes pela doença em 95% e os novos casos em 90% entre 2015 e 2035, assim como garantir que nenhuma família tenha que arcar com “despesas catastróficas” devido à tuberculose.

Em seu relatório, a OMS avisa que o progresso efetuado no último ano “não é suficientemente rápido” para poder alcançar os objetivos fixados.

A conta da saúde

custos saude
Controlar os custos é um desafio para o setor devido ao aumento da longevidade

Muito se fala, e com propriedade, do imperativo de promover a reforma da Previdência Social, mas nem sempre se lembra que as mudanças demográficas que exigem alterações no sistema de aposentadorias e pensões também cobram ajustes em outros setores.

Um deles é o dos planos de saúde privados, como apontou o oftalmologista Claudio Lottenberg em entrevista a esta Folha.

Ele, que esteve à frente do hospital Albert Einstein e hoje preside a operação brasileira do grupo UnitedHealth, que controla a Amil, foi sucinto: “Vivíamos 40 anos e agora passamos para 80. Alguém precisa pagar essa conta”.

Com efeito, planos de saúde operam sob lógica análoga à dos seguros, que procuram diluir os custos das indenizações entre os clientes que contratam a apólice.

Quando se lida com fenômenos mais aleatórios, como num seguro contra incêndios, o mecanismo funciona de forma satisfatória. Quando se trata de saúde, entretanto, os riscos têm distribuição previsível: quanto mais avançada a idade, mais o contratante tenderá a utilizar o serviço –e em tratamentos, provavelmente, mais caros.

A agravar o problema, não apenas a população idosa aumenta em ritmo acelerado como também, devido à acentuada queda de fecundidade que o país experimentou, há cada vez menos jovens para dividir os custos dos contratos.

Hoje, o mercado de saúde privada opera com a proporção de dois jovens (até 18 anos) para cada idoso. De acordo com as estimativas do setor, essa razão deverá ser de um para um em dez anos.

Existe, ademais, um limite para o subsídio cruzado entre as faixas etárias. Se as mensalidades se tornarem elevadas em excesso, os consumidores de menor idade podem preferir contar com o SUS —dado que o risco de ficarem doentes é menor— a arcar com a certeza do rombo em seu orçamento.

Quanto seria razoável que os idosos pagassem a mais que os jovens? O debate tem graves implicações sociais, mas precisa ser travado com maturidade.

Outros temas relativos à saúde privada, aliás, demandam atenção. Como também mencionou Lottenberg, serão necessárias mudanças na forma de remuneração dos hospitais. O sistema em vigor, no qual se recebe por procedimentos realizados e dias de internação, não convida à otimização dos serviços.

Pelo contrário: o hospital aufere mais receita justamente com os pacientes que sofrem com maiores complicações —o que representa um desestímulo a evitá-las.

Sem enfrentar problemas como esses, planos de saúde, assim como aposentadorias, podem se tornar um artigo escasso no futuro.

Editorial da Folha de S. Paulo publicado na edição de 12/10/2017.

Acordo entre ANS e Defensoria de São Paulo estimula resolução extrajudicial de conflitos

Com o objetivo de estimular a resolução extrajudicial de conflitos envolvendo operadoras de planos de saúde, a Defensoria Pública de São Paulo e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) firmaram um termo de cooperação técnica na última semana. O acordo prevê também a troca de informações entre os dois órgãos.

O termo deve agilizar a resolução de problemas que envolvam planos de saúde e que são levados à defensoria pelos usuários. “O objetivo é que os defensores públicos, ao receberem essas demandas, tenham a opção de acionar a ANS por meio da Notificação de Intermediação Preliminar (NIP) – canal de comunicação intermediado pela própria agência, incumbida de registrar os problemas narrados pelos usuários, promover o devido encaminhamento às prestadoras do serviço e acompanhar a efetivação das soluções amigáveis”, divulgou a defensoria.

Depois de o problema ser enviado à ANS por meio da notificação, as operadoras devem apresentar uma solução no prazo de cinco a dez dias úteis, dependendo da demanda. Segundo dados da ANS, em 2016, o índice de resolutividade utilizando a ferramenta foi de aproximadamente 90%. No entanto, se uma solução administrativa não for possível, a Defensoria Pública ressaltou que, dentro das suas atribuições legais, mantém a possibilidade de levar os casos à Justiça.