Congresso Internacional de Cardiologia finaliza segundo dia de evento com foco nos perigos do cigarro eletrônico
Problemas cardíacos decorrentes do uso de vape são frequentes em emergências no país

Diretora de cardiologia da Rede D’Or, Olga Souza discursa durante abertura oficial do congresso na manhã desta sexta-feira.

Da Redação

Nesta sexta-feira (16) foi realizado o segundo dia do Congresso Internacional de Cardiologia da Rede D’Or, que bateu recorde de inscrições com 5.100 registros. O número é 121% maior que a última edição, no ano passado. Cardiologistas estão preocupados com o elevado número de mortes por problemas cardiovasculares – 400 mil anualmente segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia. Doenças como arritmia cardíaca, síndrome coronariana e insuficiência cardíaca podem não apresentar sintomas na fase inicial, mas são as principais causas de óbitos.

Dentre as apresentações desta sexta-feira, ganhou destaque o debate sobre os riscos do cigarro eletrônico – popularmente chamado de “vape” – para doenças do coração, com a apresentação de dados de emergências que apontam tais problemas tanto em adolescentes quanto em adultos. A mesa que debateu a importância do transplante de coração também foi muito prestigiada pelo público; nela foi reforçada a necessidade de ampliar o acesso e estimular a doação do órgão para que mais transplantes possam ser realizados.

Sábado, dia 17, será o último dia da terceira edição do congresso, com destaque para os módulos de cardio-oncologia, que trata sobre complicações cardíacas em pacientes que passam por tratamento oncológico, e cardiopatia congênita, com a participação dos convidados franceses Zakaria Jalal e Jean-Benoit Thambo.

 

Hospital modelo do interior do Estado do Rio aguarda autorização para realizar novos transplantes
Unimed de Volta Redonda deve receber aval para transplantes de fígado, rins e córneas

 

O Hospital é o único no interior do estado autorizado a fazer transplante de medula óssea

 

Da Redação

Nos próximos meses, o Hospital Unimed Volta Redonda deve receber autorização do Ministério da Saúde para realização de transplantes de fígado, rins e córneas. Com isso, a unidade será a terceira no estado e a única no interior do Rio de Janeiro a realizar cinco ou mais modalidades de transplante. Dos outros dois hospitais, um fica em Niterói e outro na cidade do Rio. Em janeiro, o hospital, que há 11 anos faz transplante de medula óssea, foi credenciada a realizar o de tecidos. Em médio prazo, o presidente da Unimed, Vitório Moscon Puntel, planeja uma parceria com o sistema de saúde público, para ampliar o acesso ao transplante de órgãos. “Um dos preceitos do cooperativismo é influenciar positivamente a comunidade. Por isso queremos estabelecer essa parceria, para ajudar quem está na espera por um transplante”, afirma.

Atualmente mais de 52 mil pessoas, segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, aguarda pela doação de algum tipo de órgãos. Quase cinco mil somente no estado do Rio.

Transplante de primeiro mundo

A equipe de transplante de fígado da Rede D’Or alcançou a marca de mil procedimentos realizados. O que é ainda mais impressionante é a taxa de sobrevida de 95% para o paciente, similar aos de centros médicos europeus e norte americanos. Já no Brasil, o valor médio nacional, segundo dados do Ministério da Saúde, é de 65%.