Aumento da população idosa impulsiona economia prateada
ONU estima que número de idosos no mundo chegará a 1,6 bilhão em 2050 e cenário traz mudanças significativas em diversos setores

A economia prateada, também conhecida como economia prata ou economia do envelhecimento, é um termo que ganhou destaque nas últimas décadas devido às significativas mudanças demográficas em todo o mundo. Esse conceito se refere à crescente importância econômica e social das pessoas com 65 anos ou mais, a população idosa. A projeção da Organização Nacional das Nações Unidas (ONU) de que o número de indivíduos nessa faixa etária dobrará em relação a 2021, chegando a 1,6 bilhão em 2050, tem implicações profundas para a economia global.

Para compreender a relevância da economia prateada, é essencial considerar alguns fatores-chave. Primeiramente, o aumento da expectativa de vida e a diminuição das taxas de natalidade estão levando ao envelhecimento da população em muitos países. Isso cria uma base de consumidores idosos mais ampla, com necessidades e preferências distintas.

A economia prateada abrange uma variada gama de setores e indústrias, incluindo saúde, tecnologia, lazer, turismo, moradia e serviços financeiros. À medida em que mais pessoas envelhecem, a demanda por produtos e serviços adaptados a essa faixa etária também cresce.

Os dados apontados pela ONU são favoráveis para o setor de várias maneiras. Com um número maior de idosos, as empresas têm a oportunidade de atender a uma base de clientes em expansão, o que pode impulsionar o crescimento econômico. Vale ressaltar que o envelhecimento da população cria uma demanda por tecnologias voltadas para a saúde e o bem-estar dos idosos, estimulando a inovação em setores como a telemedicina, a inteligência artificial e a robótica.

A Acuidar, maior rede de cuidadores especializados no país, notou essa demanda no primeiro semestre de 2023 e passou a integrar mais opções de serviços. A telemedicina foi um deles, cuja procura tem sido alta e com resultados bastante benéficos.

Ao mesmo tempo, diante do ascendente envelhecimento da população, o setor de cuidadores de idosos também está experimentando um notável crescimento. À medida que a demanda por cuidados de saúde e assistência pessoal intensifica, os profissionais desempenham um papel fundamental na manutenção da qualidade de vida dos pacientes, oferecendo suporte em atividades diárias, monitorando a saúde e proporcionando companhia.

Esse cenário cria oportunidades de emprego significativas e abre portas para uma carreira gratificante na área. A ampliação do setor fica clara com os números da Acuidar: a rede inaugurou mais de 60 unidades em 2023, totalizando 126 atualmente. O faturamento superior a R$36 milhões no primeiro semestre deste ano é outro número que comprova o crescimento da procura por serviços especializados e direcionados para o público idoso.

Além de criar empregos, o setor de cuidadores promove a autonomia dos idosos, oferecendo não apenas assistência prática, mas também apoio emocional e social, combatendo o isolamento e a solidão que muitas vezes afetam os mais velhos. Isso também alivia a carga de cuidados sobre os familiares, permitindo que estes tenham mais tempo para seus próprios compromissos e carreiras, contribuindo para a estabilidade econômica dos seus núcleos familiares.

No entanto, é importante abordar essa mudança demográfica com políticas adequadas e estratégias de longo prazo. Isso inclui investimentos em pesquisa, desenvolvimento e educação para melhor atender às necessidades da população idosa e garantir que ela possa envelhecer com dignidade e qualidade de vida.

Assim, a economia prateada representa uma oportunidade significativa de crescimento econômico, impulsionada pelo envelhecimento da população global. O aumento no número de idosos nos próximos anos projetado pela ONU indica a importância de se adaptar e investir em setores que atendam a essa crescente demanda, promovendo, ao mesmo tempo, o bem-estar e a inclusão da população idosa em nossa sociedade. A evolução do setor de cuidadores de idosos desempenha um papel fundamental nesse cenário, garantindo que os idosos recebam os cuidados necessários para uma vida saudável e digna.

Barroso adia para novembro julgamento que pode mudar correção do FGTS
Ação foi suspensa em abril deste ano e se arrasta desde 2014

Da Agência Brasil

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, decidiu nesta segunda-feira (16) adiar para 8 de novembro a retomada do julgamento sobre a legalidade do uso da Taxa Referencial (TR) para correção das contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

O adiamento foi anunciado após reunião de Barroso com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e outros ministros do governo federal. A retomada da análise do processo estava prevista para quarta-feira (18).

De acordo com Barroso, o adiamento vai permitir que a União possa apresentar novos cálculos sobre a questão. Durante a reunião, o presidente do STF reiterou que considera “injusta” a correção do fundo por índice menor que a poupança.

Além de Haddad, também participaram da reunião os ministros das Cidades, Jader Filho, e do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, além do advogado-geral da União, Jorge Messias, e a presidente da Caixa, Rita Serrano.

O julgamento sobre a correção do FGTS foi suspenso em abril deste ano por um pedido de vista apresentado pelo ministro Nunes Marques. Até o momento, o placar da votação está 2 a 0 pela inconstitucionalidade do uso da TR para correção das contas do FGTS. Pelo entendimento, a correção não pode ser inferior à remuneração da poupança.

Na abertura do julgamento, a Advocacia-Geral da União (AGU) também alertou que eventual decisão favorável à correção poderá provocar aumento de juros nos empréstimos para financiamento da casa própria e aporte da União de cerca de R$ 5 bilhões para o fundo.

Entenda

O caso começou a ser julgado pelo Supremo a partir de uma ação protocolada em 2014 pelo partido Solidariedade. A legenda sustenta que a correção pela TR, com rendimento próximo de zero, por ano, não remunera adequadamente os correntistas, perdendo para a inflação real.

Criado em 1966 para substituir a garantia de estabilidade no emprego, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço funciona como uma poupança compulsória e proteção financeira contra o desemprego. No caso de dispensa sem justa causa, o empregado recebe o saldo do FGTS, mais multa de 40% sobre o montante.

Após a entrada da ação no STF, leis começaram a vigorar, e as contas passaram a ser corrigidas com juros de 3% ao ano, o acréscimo de distribuição de lucros do fundo, além da correção pela TR.

Pelo governo federal, a AGU defende a extinção da ação. No entendimento do órgão, as leis 13.446/2017 e 13.932/2019 estabeleceram a distribuição de lucros para os cotistas. Dessa forma, segundo o órgão, não é mais possível afirmar que o emprego da TR gera remuneração menor que a inflação real.

Enacom lança plataforma Gemminus para otimizar a implantação da tecnologia Gêmeo Digital na indústria 4.0
Software fará ainda o tempo de implementação da solução ser reduzido em até 20%

A Enacom, empresa especializada no desenvolvimento de softwares customizados, lança, no dia 18 de outubro, a plataforma Gemminus. A nova ferramenta permitirá que indústrias de qualquer segmento implementem, de maneira ágil e segura, a tecnologia Gêmeo Digital. A solução cria uma réplica virtual de ativos físicos, simula, controla e otimiza diversas operações, fornecendo uma visão completa e detalhada do processo. O resultado, já medido em indústrias que adotaram a tecnologia, é aceleração em até 50% na implementação de melhorias nos processos industriais e ganhos de até 5% em eficiência. Voltada principalmente a siderurgia, logística e o setor elétrico, a plataforma Gemminus será apresentada ao mercado em um evento online, dias 18/10, às 19h30, com inscrições pelo site Sympla e pelo LInkedin ( https://www.linkedin.com/company/enacomgroup/).
A infraestrutura oferecida pela plataforma Gemminus traz uma série de benefícios às indústrias que implementam o Gêmeo Digital como a redução de custos iniciais de desenvolvimento e de manutenção. A novidade fará ainda o tempo de implementação da tecnologia ser reduzido em até 20%. Além disso, por já ter sido testada em empresas de diferentes portes e segmentos, a plataforma oferece padrões de segurança, interoperabilidade e escalabilidade. Com isso, o foco fica na customização e tradução das regras específicas e de negócio de cada indústria.
– A plataforma já nasce robusta, uma vez que já foi testada e validada por grandes empresas, além de receber investimentos constantes para aprimoramento – explica Douglas Vieira, CEO da Enacom.
Atualizações
Outro ponto de destaque são as atualizações e correções que impactam na segurança e performance do software. O uso da plataforma Gemminus padroniza recursos como pré-processamento dos dados e geração de warnings, monitoramento, segurança, validação e governança de dados, monitoramento de desempenho e de uso da aplicação, incluindo quem e quando usou, além de Integrações com outros sistemas. As soluções em Supply-Chain se destacam pelo conjunto de otimizações existentes e pelo histórico de softwares implantados.
O CEO da Enacom lembra que a plataforma do Gemminus está pronta para ser customizada e adaptada à realidade das indústrias, já que cada projeto tem uma especificação própria. Para a implementação da nova plataforma, especialistas da Enacom trabalham em conjunto com os clientes, oferecendo treinamento e acompanhamento para o alcance dos resultados.
– Como a plataforma reduzirá o tempo de implementação do Gêmeo Digital e dos algoritmos de otimização, permitirá que nossos clientes capturem valor mais rápido, justificando os investimentos mais exigentes quanto ao retorno gerado – completa Douglas.

Guerra no Oriente Médio pode aumentar preço do diesel, diz Petrobras
Empresa acompanha reflexos econômicos de conflito internacional

Da Agência Brasil

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse, nesta segunda-feira (9), no Rio de Janeiro, que a guerra do Oriente Médio deve provocar um aumento de volatilidade nos preços do petróleo.

Acentuou que a decisão sobre um possível reajuste nos preços dos combustíveis no Brasil, caso haja uma elevação nos derivados em decorrência do cenário internacional, depende do comportamento de cada um, entre eles, a gasolina e, principalmente, o diesel.

Ele ponderou, no entanto, que a política de preços, que não é só da Petrobras, mas do país, poderá mostrar, neste momento, que tem dado certo e reduzir os efeitos das variações internacionais [de preços].

Política de preços

“Na guerra, provavelmente vai ter aumento de volatilidade. [Haverá] variações muito especulativas em cima disso aí e [a situação] vai mostrar como é útil e como está dando certo a política de preços atual, pelo menos da Petrobras, como ela é capaz de mitigar um pouco esses efeitos”, afirmou ao chegar para participar de um evento organizado pela Câmara de Comércio Noruega e Brasil, pelo Innovation Norway e pelo consulado geral da Noruega, no Rio.

Prates afirmou, ainda, que a Petrobras não está se preparando especificamente para isso, mas que não há muito mais a ser feito do que a petroleira já vem realizando.

“Não porque a gente acordou agora nesta segunda-feira com este processo [a guerra]. A gente vai ver. Na verdade, não tem que fazer muito mais do que a gente já está fazendo. Ter habilidade de ir acompanhando os preços, principalmente do diesel, e ir se organizando de acordo com isso. Se tiver que haver ajuste, a gente vai fazer ajuste”, finalizou.