Renomado neurocirurgião, Paulo Niemeyer Filho acredita em possível “fim das cirurgias” devido à evolução da medicina
Médico comenta sobre a evolução da genética e imunoterapia no podcast The Business of Life

Matéria baseada na participação de Paulo Niemeyer Filho no Podcast The Business of Life, do Brazil Journal. Link.

Filho de um dos primeiros neurocirurgiões do país e que carrega, além de seu nome, o DNA da medicina no sangue, Paulo Niemeyer Filho acredita que em breve não serão mais realizadas cirurgias como nós conhecemos: “A cirurgia é baseada no que você vê, há uns anos atrás tinham áreas que não podíamos atingir, que não conseguíamos chegar. Hoje consegue-se chegar a qualquer lugar, temos muita tecnologia, muito estudo. O problema não é mais tirar o tumor, mas sim evitar com que ele volte”, afirma o neurocirurgião, acreditando que será um trabalho para as áreas da genética e imunoterapia.

Niemeyer participou do podcast “The Business of Life” e conversou sobre diversos assuntos com Nilton Bonder, principalmente sobre a evolução da medicina nos últimos cinquenta anos e as perspectivas para o futuro. O neurocirurgião lembra que antes de existirem as técnicas que conhecemos hoje em dia, o tratamento medicinal era muito mais complexo, como as cirurgias cerebrais. Não havendo exames de imagem, os médicos não conseguiam precisar o que era a massa encontrada no paciente, prosseguindo para a cirurgia sem o conhecimento do que encontraria. “Nessa época não existia CTI, o doente operava e voltava para o quarto do hospital. Quando surge o CTI e os equipamentos mantinham os pacientes vivos, começamos a ver que muitos tinham mortes encefálicas”, lembra Paulo, citando que antes dos anos 70 os doentes “só morriam do coração”, devido à falta do conceito de morte cerebral. O neurocirurgião acredita que estamos no caminho para conseguir tudo que imaginamos em termos médicos, como um mapeamento mais preciso do cérebro e a decodificação das atividades elétricas por ele desenvolvidas. “Vamos ter uma transformação muito grande na maneira de enxergar e tratar as doenças”, afirma Paulo.

Paulo Niemeyer Filho (Foto: Jorge Araújo/Folhapress)

Atualmente diretor do Instituto Estadual do Cérebro, no Rio de Janeiro, Niemeyer conta que a unidade faz cerca de duas mil cirurgias anualmente, sendo uma “referência de hospital público que deu certo”; o médico, que realiza operações de duas a três vezes por semana no local, acredita no poder do comprometimento dos funcionários. “Conseguimos imprimir uma mentalidade, uma maneira de trabalhar, conceitos. Todos que trabalham lá tem um comprometimento de qualidade, e é o desejo de todos os médicos trabalhar em um local que seja bom, que possam realizar seu trabalho da melhor maneira possível”, enfatiza Paulo.

Cuidados com o cérebro

Perguntado sobre cuidados necessários que devemos ter para a saúde cerebral e maior longevidade, Paulo Niemeyer pontua que o mais importante é manter cérebro ativo, estimulando-o da maneira que preferir, como através de livros, filmes, relações sociais ou aprendizado de novas habilidades. “O pior que pode acontecer é o isolamento, a depressão, a falta de interesse. Porque você entra em uma cadeia que não tem fim. O maior antidepressivo são as relações sociais que te mantém ativo e com o cérebro funcionando”, diz o neurocirurgião, citando trabalhos de profissionais norte-americanos. Paulo lembra o período da pandemia, onde devido ao isolamento forçado, muitas pessoas desenvolveram doenças neurológicas.

Novos rumos da Amil
Renato Manso é nomeado CEO da empresa. Após passagem pela Assim Saúde, ele retorna a empresa onde foi executivo por anos

Após passagem por outras operadoras, Renato Manso retorna a empresa onde foi executivo por anos

Da Redação

Executivos do setor de saúde estão otimistas quanto ao futuro da Amil. Tem sido muito bem recebido pelo setor as decisões do novo proprietário da operadora, José Seripieri Júnior, como a nomeação de Renato Manso para CEO da empresa. Manso traz consigo vasta experiência no mercado de saúde suplementar, inclusive dentro da própria Amil, onde foi executivo por anos na época em que o fundador, Edson Bueno, era o presidente. Ele foi um dos principais profissionais de confiança do Edson e esteve presente desde os primeiros anos da operadora até o período em que foi líder de mercado e atraiu os olhares de investimentos norte-americanos.

José Seripieri (foto) almeja um modelo de gestão semelhante à época do Edson Bueno


Júnior, como é chamado entre os amigos, tem demonstrado muita confiança no projeto de recolocar a empresa como protagonista do mercado de saúde suplementar. Para isso, ele planeja justamente uma gestão nos moldes da época do Edson. A escolha por Manso como CEO reforça essa estratégia, pois é um profissional respeitado no setor e que conhece muito bem a empresa.

Quem tem conversado com Júnior, diz que ele avalia que a Amil começou a perder mercado justamente quando parou de priorizar o acolhimento do beneficiário e uma gestão pautada na valorização dos recursos humanos, no apoio ao médicos e na inovação. Atualmente, ela é a quarta maior operadora do país, com cerca de 2,7 milhões de beneficiários.

Brasil ultrapassa 650 mil casos de dengue
Ministério confirmou 94 mortes desde o início do ano

Da Agência Brasil

Os casos de dengue no país já chegam a 653.656, conforme a atualização desta segunda-feira (19) do painel de monitoramento de arboviroses do Ministério da Saúde. São 321,9 casos por grupo de 100 mil habitantes.

De acordo com os dados, foram 94 mortes em decorrência da doença e 438 óbitos estão em investigação.

As mulheres respondem pela maioria das infecções (55%), enquanto os homens registram 45%. A faixa etária dos 30 aos 39 segue na liderança de casos de dengue, seguida pelo grupo de 40 a 49 anos e pelo grupo de 50 a 59 anos.

O Distrito Federal registra, atualmente, o maior coeficiente de incidência (2.405,6 casos por 100 mi habitantes), seguido por Minas Gerais (936,1), Acre (622,4), Paraná (512,6) e Goiás (487,6). Em número de casos absolutos, Minas Gerais aparece em primeiro lugar  com 192.258 registros. Em seguida estão São Paulo (90.408), Distrito Federal (67.768), Paraná (58.660) e Rio de Janeiro (41.435).

Vacinação

A vacinação contra a dengue começou em pelo menos seis dos dez estados selecionados pelo Ministério da Saúde para receberem o lote inicial de 712 mil doses. A distribuição das vacinas contra a dengue para 315 municípios iniciou no dia 8 de fevereiro.

Segundo levantamento da Agência Brasil, a vacinação foi iniciada no Distrito Federal e em Goiás, duas das regiões com maiores índices de contaminação, e também nas capitais Campo Grande (MS), Salvador (BA), São Luís (MA) e Rio Branco (AC). Em Natal (RN) e João Pessoa (PB), a previsão de início da vacinação é nesta segunda-feira (19).

No estado de São Paulo, o município de Itaquaquecetuba, pertencente à região metropolitana de São Paulo e à do Alto Tietê, iniciou nesta segunda-feira (19) a vacinação.

O estado do Amazonas ainda não informou quando irá começar a imunização.

Em parceria com mais de 600 produtores, Bayer testa e desenvolve novos modelos de negócio para o agro
Multinacional tem cocriação como base para testar inovações, validar hipóteses e unir ferramentas digitais a novas fontes de receita

O uso de soluções digitais tem transformado não só a agricultura, mas também a forma como a Bayer, empresa líder de insumos agrícolas, tem desenvolvido seus projetos de Pesquisa & Desenvolvimento. Além de investir de maneira contínua em inovações que moldarão o futuro da agricultura e que podem demorar até dez anos para chegar ao mercado — caso das novas gerações de biotecnologia em soja, milho e algodão —, a empresa tem uma frente dedicada a trabalhar com projetos em ciclos curtos, que são desenvolvidos em parceria com clientes, testados em campo de forma ágil e gradual, para, então, serem comercializados.

É o caso do trabalho feito com novos modelos de negócio, que utilizam dados, tecnologia e ciência para extrapolar a simples venda de produtos. Atualmente, mais de 600 produtores rurais fazem parte de programas como Barter+ (modalidade em que a compra de insumos é realizada com parte da futura produção, estimada a partir de dados reais de produtividade coletados pelo FieldView™), Bayer VAlora Milho (que otimiza a densidade populacional no plantio de sementes de milho a partir de recomendações personalizadas), e o Bayer Directo Nematoide (voltado para a prescrição customizada de nematicida para talhões de soja).

“Trabalhamos com um conceito de esteira de inovação, em que projetos em diferentes graus de maturidade caminham de forma simultânea”, afirma Thiago Bortoli, líder de Novos Modelos de Negócio na Bayer para a América Latina. “Ao mesmo tempo em que temos iniciativas em ideação e sendo descobertas, temos projetos mais avançados já sendo pré-comercializados após algumas safras de testes e aprendizados”, afirma.

O carro-chefe da Bayer a frente dos novos modelos de negócio é a plataforma de agricultura digital Climate FieldView™, líder no mercado com mais de 28 milhões de hectares mapeados no Brasil, o que equivale a cerca de 40% da área plantada de soja no país, e mais de 90 milhões globalmente. A partir dela, a empresa trabalha com uma estratégia que tem o cliente no centro e que está ancorada em três pilares: inovação nos modelos de oferta, soluções agronômicas avançadas baseadas em ciência e oferta de serviços personalizados.

“O uso de ferramentas digitais no campo tem sido a base para que novos modelos de negócio sejam implementados. Para permitir que os produtores façam parte da agricultura do futuro, temos um leque de soluções desenvolvidas com o objetivo de auxiliá-los em suas necessidades diárias. No entanto, é importante enfatizar que, para fazer parte destes avanços, os produtores precisam embarcar hoje na jornada de agricultura digital”, conta Bortoli.

Soluções para cada momento da lavoura

Um dos modelos de negócio mais recentes e que ainda está em fase de experimentação, com teste de hipóteses e aprendizados, é o FieldView™ Advisor, ferramenta que auxiliará produtores na escolha de sementes e no posicionamento de plantio da soja, mostrando desempenho de variedades em cada região, safra e ambiente produtivo; demonstrando data de plantio[CC2] e população com maior potencial por variedade, entre outras informações.

De acordo com Thiago Bortoli, a Bayer está comprometida em estar na vanguarda da transformação do agronegócio por meio da tecnologia. “Acreditamos que a inovação é fundamental para impulsionar essa mudança, e, por este motivo, oferecemos uma ampla gama de soluções adaptadas para atender às necessidades específicas de todos os produtores, independentemente do tamanho de suas operações”, afirma.

Com o auxílio de dados fornecidos pelo FieldView™, a Bayer tem implementado iniciativas inovadoras para aprimorar a eficiência da produção agrícola. O Bayer VAlora Milho é um dos principais exemplos: um projeto pioneiro que otimiza a produtividade de cada talhão, indicando a densidade populacional de sementes de milho e oferecendo recomendações personalizadas de nitrogênio, relatórios de plantio, colheita e acompanhamento ao longo da safra. Até o momento, mais de 500 agricultores participaram do programa, resultando em prescrições para mais de 200 mil hectares. Na safra inverno 2023, 70% dos produtores participantes tiveram aumento de produtividade, com um ganho médio de 4% nos casos bem-sucedidos.

O programa, presente em lavouras brasileiras há três safras, traz como novidades neste ano duas formas possíveis de participação e agrega uma recomendação personalizada de aplicação de nitrogênio. Na primeira modalidade, os participantes recebem prescrições FieldView™ para a densidade de plantio e recomendações para aplicação de Nitrogênio, visando aumentar a produtividade. Eles comparam os resultados da recomendação da ferramenta com uma faixa testemunha, plantada seguindo o manejo padrão da fazenda. Em caso de sucesso, o produtor obtém ganhos superiores ao investimento realizado; em caso de performance inferior à da faixa testemunha, a Bayer reembolsa o valor investido nas sementes extras recomendadas.

Já no segundo modelo de participação, o produtor não realiza o plantio de uma faixa testemunha e não há o compartilhamento de risco, mas conta com as soluções personalizadas e a expertise da Bayer. “Queremos nos tornar viabilizadores do uso da tecnologia no campo. Por este motivo, buscamos aprimorar nossas soluções para facilitar o acesso a elas por diferentes perfis de produtores rurais”, conta Bortoli.

Em consonância com essa abordagem estratégica, a companhia está fazendo o pré-lançamento do Bayer Directo Nematoides, um programa de prescrição customizada de Verango® Prime para talhões de soja. A iniciativa apoia os produtores no manejo de nematoides, compartilhando o risco do investimento em nematicida, na primeira compra de Verango Prime, com base nos resultados obtidos nos talhões inscritos. O programa já está sendo testado por mais de 160 produtores do cerrado em mais de 30 mil hectares. Segundo Thiago Bortoli, os dados coletados nesta safra permitirão que a empresa evolua a solução e a leve, em um futuro breve, para mais agricultores.

“Nosso compromisso é simplificar a digitalização do campo, mantendo o cliente como nossa prioridade máxima, e criando soluções em conjunto com eles, de acordo com suas necessidades e particularidades. Nossos novos modelos de negócio são exemplos de como a próxima fronteira da inovação no agronegócio passa pela digitalização da lavoura. Com isso, produtores que querem aproveitar no futuro as oportunidades inovadoras que começam a chegar ao mercado precisam desde já se conectar e digitalizar suas propriedades e decisões.”, finaliza Bortoli.