INSS volta a agendar atendimento presencial
Pandemia de covid-19 levou à suspensão da modalidade

 

Da Agência Brasil

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) retoma hoje (14) o serviço de agendamento presencial nas agências de todo o país. A modalidade , que permite marcar um horário para ser atendido, foi suspensa em função da pandemia de covid-19.

O agendamento pode ser feito pelo site e pelo aplicativo Meu INSS e o telefone 135. Nos casos em que o cidadão não tem acesso à internet ou ao telefone, o agendamento pode ser feito diretamente nas agências.

Caso prefira o atendimento eletrônico, o cidadão continua tendo à disposição cerca de 91 serviços que podem ser solicitados de forma digital, sem a necessidade de comparecimento pessoal ao INSS.

As agências também vão retomar o atendimento presencial para retirar dúvidas dos usuários, sem a necessidade de prévio agendamento.

Emprego na indústria cresce 0,1% em janeiro, aponta CNI
Nos últimos três meses aumento é de 0,5%

 

Da Agência Brasil

Levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgado hoje (8) apontou alta nos indicadores de emprego industrial e faturamento real das empresas no mês de janeiro. Segundo a confederação, o indicador de emprego industrial aumentou 0,1% em janeiro frente a dezembro de 2021, na série dessazonalizada.

Segundo a CNI, com a revisão para cima dos resultados de novembro de 2021 e de dezembro de 2021, o emprego passa a acumular alta de 0,5% nos últimos três meses.

Já o indicador de faturamento fechou janeiro com alta de 2,8% e acumulou crescimento de 6,6% entre novembro de 2021 e janeiro de 2022.

A CNI, destaca, no entanto, que o indicador segue abaixo do registrado em todo o primeiro semestre de 2021 e 5,2% abaixo do registrado em janeiro de 2021.

Em janeiro, a massa salarial registrou crescimento de 4,2% fechando o terceiro mês consecutivo com alta acumulado de 5,7%. Já as horas trabalhadas na produção mantiveram-se praticamente estáveis na passagem de dezembro de 2021 para janeiro de 2022, ao registrar recuo de 0,1% na série livre de efeitos sazonais.

“Apesar disso, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) completou sete meses consecutivos de queda. Após atingir 82,3% em junho de 2021, a UCI mostrou queda ao longo de todo o segundo semestre de 2021 e se manteve em queda no primeiro mês de 2022”, informou a CNI.

Produção de veículos cai 15,8% em fevereiro
Falta de componentes dificulta fábricas

 

Da Agência Brasil

A produção de veículos teve queda de 15,8% em fevereiro na comparação com o mesmo mês de 2021. Segundo o balanço divulgado hoje (8), em São Paulo, pela Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), foram montadas em fevereiro deste ano 165,9 mil unidades. Em comparação com janeiro, no entanto, o número representa uma alta de 14,1%.

As vendas de veículos novos em fevereiro também sofreram retração de 22,8% em relação ao mesmo mês do ano passado. Foram emplacadas 129,3 mil unidades no segundo mês de 2022.

Segundo o presidente da Anfavea, Luis Carlos Moraes, neste início de ano a indústria ainda passa pelas dificuldades que traziam problemas no ano passado. “O número está em linha com o que a gente imaginava, enfrentando desafios pela [variante] Ômicron e também pela falta de componentes”, justificou.

Automóveis e caminhões

A produção de automóveis e veículos leves teve recuo de 16,9% em fevereiro na comparação com o mesmo mês de 2021, com a fabricação de 152,6 mil unidades. As vendas da categoria evidenciaram retração de 24% em relação a fevereiro do ano passado, com a comercialização de 120,4 mil unidades.

A fabricação de caminhões teve redução de 3,5% em fevereiro em comparação com o mesmo mês de 2022, com a produção de 11,4 mil unidades. As vendas, entretanto, tiveram alta de 2,1%, com a comercialização de 7,9 mil unidades.

Exportações e emprego

As exportações tiveram alta de 25,4% em fevereiro em comparação com o mesmo mês de 2021, com a venda de 41,4 mil unidades para o exterior. De acordo com Moraes, parte da elevação no mês se deve a cargas que não conseguiram ser embarcadas em janeiro e só puderam seguir para seus destinos no mês seguinte. No acumulado de janeiro e fevereiro em relação aos dois primeiros meses de 2021, o resultado ainda é de alta de 17,3%, com a exportação de 69,1 mil veículos.

A quantidade de postos de trabalho na indústria em fevereiro é 3,2% menor do que no mesmo mês do ano passado, com 101,3 mil pessoas empregadas.

Ucrânia

Moraes avaliou que ainda é difícil estimar os impactos da guerra na Ucrânia na indústria automobilística brasileira. “É muito cedo para colocar números que o impacto da guerra pode ter sobre o Brasil ou o setor automotivo”, ressaltou.

Porém, ele listou alguns riscos que o conflito armado traz aos mercados como alta no preço de commodities e aumento da escassez de semicondutores produzidos pela Ucrânia e Rússia, importantes produtores de paládio e gás neônio. Além disso, segundo Moraes, a guerra pode inflacionar o valor dos fretes aéreos e marítimos.

Impacto do IPI

A previsão da Anfavea é que a redução nas alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), anunciada pelo governo federal no fim do mês passado, possa diminuir entre 1,7% e 4,1% o preço final de algumas categorias de veículos.

Brasil tem fertilizantes até outubro, garante ministra
Safra de verão, no fim de setembro e outubro, gera preocupação

 

A ministra da Agricultura garante que não há risco de falta de fertilizante no curto prazo

 

Da Agência Brasil

O estoque de fertilizantes para o agronegócio no Brasil está garantido até outubro. A avaliação é da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina.

Em entrevista coletiva nessa quarta-feira (2), ela garantiu que não há problemas com a safra neste momento, no entanto, a safra de verão, no final de setembro e outubro, gera preocupação.

A ministra lembrou que a safrinha de milho já está em produção. “Então, o que precisava de fertilizante já chegou, já está com o produtor rural. Neste momento não temos problema. A safra de verão é uma preocupação”, disse. Ela acrescentou, entretanto, que o setor privado confirmou a existência de estoque de passagem de fertilizantes suficiente até outubro.

O alerta sobre o mercado internacional de fertilizantes vem desde fevereiro quando começaram as sanções econômicas em Belarus. As exportações do produto estão suspensas para o Brasil por causa do fechamento dos portos da Lituânia para o escoamento de fertilizantes e agora com o apoio à Rússia na guerra contra a Ucrânia, o país do leste europeu sofreu novas sanções.

O cenário se agravou ainda com o início da guerra. Isto porque, além da Belarus, a própria Rússia é o principal fornecedor do produto para o mercado brasileiro.

Negociação com o Canadá

Em meio à crise, a ministra da Agricultura disse que vai ao Canadá tentar negociar a demanda de fertilizantes. Segundo ela, o impacto ao consumidor depende do tempo da guerra. Sem esses produtos, a tendência é que a oferta vai fazer disparar o preço dos alimentos.

“O preço do trigo subiu lá nas alturas porque a Ucrânia é um grande produtor e isso influencia o mercado global. A gente acha que terá uma alta, sim. Quanto? A soja já subiu, já caiu um pouco. O milho já subiu, já caiu um pouco. A gente tem que acompanhar e diminuir os impactos”, afirmou.

Atualmente, o Brasil é o quarto consumidor global de fertilizantes, 80% de todo o produto usado na produção agrícola nacional vêm de fora do país.

As sanções econômicas dos Estados Unidos e da União Europeia na Rússia e na Belarus atingem a produção de potássio, e a maioria dos fertilizantes é feita a partir do potássio. A Rússia é responsável por fornecer cerca de 25% dos fertilizantes para o Brasil.