Congresso discute mudança na forma de arrecadação das contribuições previdenciárias
Expectativa é de que a Proposta de Emenda à Constituição entre na pauta após o recesso palamentar

 

Da Redação

Enquanto as atenções estavam centradas na aprovação da reforma tributária e ao vai e vem da desoneração da folha, quase duas centenas de deputados federais, apoiados pela CNS – Confederação Nacional de Serviços, fizeram um movimento para dar segurança ao futuro da previdência social do país, dar tratamento igual a todas as empresas em relação aos tributos que incidem sobre a folha salarial e adotar medidas para todos pagarem impostos proporcionais aos seus rendimentos.

PEC 63/2023 – deve tramitar com a volta do recesso parlamentar, sendo analisada pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal. São signatários da proposta 175 deputados integrantes da Frente Parlamentar para Desoneração da Folha de Pagamentos. Integram deputados de todos os partidos políticos representados no Congresso.

O texto da emenda dá nova redação ao art. 195 da Constituição Federal, para substituir as contribuições sobre a folha de salários e sobre a receita ou faturamento pela contribuição sobre a movimentação ou transmissão de valores e de créditos e direitos de natureza financeira.

Os fundamentos da proposta estão em estudo produzidos pela CNS os quais podem ser conhecidos aqui

– A Confederação Nacional de Serviços tem agenda clara em defesa dos interesses da sociedade e tem trazido evidências muito objetivas quanto à relevância de dar sustentabilidade através de emprego, garantia de renda e recuperação econômica das empresas, representadas ou não pela instituição, diz Luigi Nese, presidente da CNS.

Exportação de energia a países vizinhos produz ganho de R$ 888 milhões
Valor permite diminuir impactos na tarifa dos consumidores brasileiros

Da Agência Brasil

O Brasil exportou 844 megawatts médios de energia elétrica para a Argentina e Uruguai em 2023. De acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), esse foi o maior volume de toda a história do país.

Pelos cálculos da instituição, o benefício para o Brasil chegou a R$ 888 milhões, dinheiro que permite reduzir o custo de produção nas hidrelétricas e ainda diminui os impactos na tarifa dos consumidores brasileiros, que são proporcionais ao total exportado.

O presidente do Conselho de Administração da CCEE, Alexandre Ramos, disse à Agência Brasil, que esse volume exportado foi feito em duas fases entre janeiro e dezembro de 2023. Uma delas corresponde à exportação da energia obtida por geração de centrais termelétricas de 354 megawatts médios, dos quais 86% foram para a Argentina e 14% para o Uruguai. Segundo Ramos, a operação gerou um benefício de R$ 106 milhões, revertidos nas tarifas pagas pelos consumidores, por meio das contas bandeira definida entre as cores vermelha, amarela e verde.

“A possibilidade de geradoras brasileiras exportarem energia para outros países, no caso aqui, Argentina e Uruguai, permite a reversão de ganhos para o setor e obviamente essa reversão de ganhos recai como benefício aos consumidores de energia elétrica do mercado cativo”, disse.

A outra parte é referente à energia hidráulica, que tem a reversão por meio da redução do valor pago pelas usinas hidrelétricas no Mecanismo de Realocação de Energia (MRE). “Parte desses valores é revertida para os consumidores, principalmente em relação às usinas que participam do regime de cotas”, afirmou Ramos, completando que a exportação deste tipo de energia atingiu 490 megawatts médios, tendo 77% para a Argentina e o restante para o Uruguai. “Gerando um benefício para o MRE em torno de R$ 782 milhões”, concluiu.

A água em excesso nos reservatórios é utilizada para a geração de energia. O excesso Ramos destacou que a procura dos mercados argentino e uruguaio coincidiu com um cenário bastante positivo para o Brasil, a partir dos reservatórios que se recuperaram no período úmido.

As energias renováveis produzidas pelas usinas eólicas e solares contribuíram para a formação desse cenário mais favorável à exportação do excedente. No entanto, a prioridade é atender o sistema brasileiro. Conforme o presidente, não há previsão de exportação neste início de ano por causa do calor que deve aumentar a demanda do consumidor brasileiro por energia.

Ramos comentou que a exportação para os dois países vizinhos não é uma questão de preferência, mas de viabilidade na operação. “Primeiro que para exportar tem que ter uma necessidade de demanda do outro lado da fronteira. É uma questão de oferta e demanda e obviamente tem que ter condições físicas, os sistemas de transmissão e de medição devidamente adequados para que essa exportação ou importação e faça”, observou.

Segundo a CCEE, a negociação com os países vizinhos foi facilitada pela implantação do procedimento competitivo para a Exportação de Vertimento Turbinável (EVT), que comercializa energia elétrica produzida a partir da água que seria liberada pelas comportas dos geradores hídricos, um procedimento comum em cenários hidrológicos favoráveis, como o atual. A operação foi lançada em outubro de 2022, com base na Portaria Normativa nº 49/2022 do Ministério de Minas e Energia (MME).

“No invés de pagar em função de necessidade de importação de energia térmica para completar o consórcio do MRE no caso de deficiência de geração hídrica acaba tendo a possibilidade de reduzir através desse benefício da exportação de energia resultante de vertimento turbinável de geração hídrica esse valor”, acrescentou.

Ramos explicou que o recorde alcançado em 2023 leva em consideração a base das exportações registradas pelo setor elétrico nos anos anteriores, mas em condições totalmente distintas das que foram estabelecidas pela portaria nº 49.

“Existe a necessidade, e a gente já está trabalhando junto ao Ministério de Minas e Energia no aprimoramento das regras de importação e exportação. Nos últimos dois, três meses foi grande o volume de empresas comercializadoras que requereram a outorga de importar e exportar energia em função exatamente da organização dos critérios da portaria 49”, adiantou o presidente.

Antes das novas regras de importação e exportação de energia, a negociação era por meio de um tipo de negociação de escambo, com o volume devolvido quando o país destinatário tivesse excedente para devolver a energia comercializada. Para cada operação era editada uma portaria específica para aquela operação.

CCEE

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica é uma associação civil sem fins lucrativos, que tem a responsabilidade de viabilizar a compra e a venda de eletricidade no país, além de assegurar que esse insumo essencial chegue à população e aos setores produtivos do Brasil.

“Desde 1999, reúne geradores, distribuidores, comercializadores e consumidores em um único propósito: desenvolver mercados eficientes, inovadores e sustentáveis em benefício da sociedade. Em suas operações, que envolvem tanto o ambiente de contratação livre como o regulado, líquida anualmente mais de R$ 150 bilhões”, informou a Câmara.

ApexBrasil realizará primeira rodada do Exporta Mais Brasil de 2024 em Macapá
A Agência irá selecionar até 15 empresas do setor de frutas e derivados

Da Redação

Empresas brasileiras do setor de frutas e derivados terão a oportunidade de estabelecer conexões comerciais com compradores internacionais durante a primeira rodada do Exporta Mais Brasil em 2024. O evento, promovido pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), está marcado para acontecer de 18 a 22 de março em Macapá (AP). As inscrições, gratuitas, estarão abertas até 14 de fevereiro. Clique aqui para se inscrever.

A presença de compradores e distribuidores internacionais, selecionados pela equipe da ApexBrasil, enriquecerá o evento, proporcionando uma aproximação efetiva com as empresas do setor de frutas e derivados.

Empresários interessados em pleitear uma das 15 vagas disponíveis devem preencher a manifestação de interesse até o dia 14 de fevereiro. A análise e pontuação seguirão critérios classificatórios, conferindo vantagem às empresas que:

  • Possuam estabelecimento(s) nas Regiões Norte ou Nordeste;
  • Tenham ferramentas de comunicação em línguas estrangeiras (preferencialmente inglês);
  • Possuam lista de preços para mercado internacional (FOB);
  • Possuam certificação de reconhecimento internacional (Global GAP, Grasf, Rain Forest, Alliance, Fair Trade, Smeta, etc.);
  • Tenham cargo(s) de liderança(s) ocupado(s) por mulher(es);
  • Tenham participado do programa PEIEX ou AgroBR até o prazo final das inscrições; e
  • Tenham exportado diretamente no período de 2021 a 2023.

As empresas selecionadas receberão da ApexBrasil serviços de matchmaking; agendamento de rodadas de negócios, previstas para o dia 21 de março, e o credenciamento para o acesso ao local do evento.

Exporta Mais Brasil

Visando promover uma aproximação ativa com todas as regiões do país para impulsionar exportações, em 2023, o programa Mais Brasil contemplou 13 setores da economia: móveis, rochas ornamentais, café robustas amazônicos, pescados, artesanato, cervejas especiais, cosméticos, mel, café arábicas, calçados, produtos compatíveis com a floresta e audiovisual. Cada rodada foi realizada em um estado diferente e, no conjunto, já geraram mais de R$ 250 milhões em negócios imediatos e esperados para os próximos 12 meses.

Serviço

Exporta Mais Brasil Frutas e derivados 2024 – Amapá

Local: Macapá (AP)

Segmento: frutas e derivados

Data: 18 a 22 de março

Data de encerramento das inscrições: 14 de fevereiro

Regulamento completo: clique aqui

Inscrições: clique aqui.

Volta às aulas: Lojas físicas tem 71% da preferência para compras de materiais escolares
Estudo da Ecglobal aponta Faber Castell, Tilibra, BIC e Kalunga como as principais escolhas do público

Com a proximidade do retorno escolar, os pais se deparam não apenas com a demanda crescente por produtos e serviços educacionais, mas também com um pico na atividade econômica do setor. As transformações significativas no ensino e na aprendizagem, especialmente em um contexto pós-pandêmico, impactaram nas estratégias de consumo durante o retorno às aulas e nas decisões tomadas pelas famílias quando o assunto é educação de seus filhos.

Para relatar as expectativas e realidades enfrentadas pelos pais durante o período, a Ecglobal, empresa da Haus, plataforma de marketing do Grupo Stefanini, realizou uma pesquisa quantitativa com aproximadamente 700 participantes da plataforma ecglobal.com, com a maioria dos entrevistados entre 35 e 64 anos. Os resultados revelam, por exemplo, que 71% preferem fazer as compras de materiais escolares em lojas físicas.

Preferência de compra

Itens essenciais como lápis, canetas e cadernos são prioridades para os pais, representando 84%. Por outro lado, materiais como estojo, mochilas e pastas compõem 62%. No que diz respeito à escolha dos materiais, 66% levam em conta fatores como promoção; 56% necessidades específicas; 48% orçamento e 42% influência digital. A estética dos materiais (30%) e as recomendações pessoais (21%) ainda desempenham algum papel, embora tenham impacto menor.

A preferência de compra dos responsáveis é diversificada: além dos que 71% preferem lojas físicas, 49% optam por lojas online especializadas, 48% marketplaces, outros 30% realizam as compras em lojas de departamento, 27% em supermercados e 20% com varejistas eletrônicos. Opções menos populares como eventos locais (17%) e trocas ou vendas de usados (8%) indicam abertura para práticas mais sustentáveis.

Dentre as preferências de marcas, a Faber Castell (23%) lidera a escolha do público, seguida por Tilibra (18%), BIC (11%) e Kalunga (11%).

O estudo também aponta que 68% dos participantes irão comprar eletrônicos para a volta às aulas nos próximos três meses. Esse dado está relacionado à percepção dos pais que reconhecem o papel positivo da tecnologia na educação. Dentre os itens preferidos, 48% destacam os fones de ouvidos, 41% notebooks e laptops, 36% pen drives ou dispositivos de armazenamento, 35% calculadoras, 34% tablets e 33% smartphones. No quesito marcas, a Samsung (25%) é a marca mais lembrada, seguida por Dell (7%) e Apple (5%).

Escolha escolar

Dentre os entrevistados, 52% possuem filho em idade escolar, a maioria (68%) percebe uma diferença na qualidade do ensino entre escolas públicas e privadas, considerando o ensino da escola particular melhor. Ao planejar as matrículas, 41% efetuam ainda em janeiro, porém uma parcela significativa inicia o processo meses antes; 6% começam já em outubro e 10% em novembro. No mês de dezembro foi identificada uma concentração de 30%, sugerindo uma possível estratégia de aguardar o décimo-terceiro salário para efetuar o pagamento.

A pesquisa indagou aos pais quais fatores relevantes os levam a escolher uma escola para seus filhos. A qualidade acadêmica foi eleita como critério supremo, representando 41% dos votos. A proposta pedagógica e a metodologia de ensino aparecem como 20% das preferências, enquanto a proximidade geográfica foi votada por 13% dos entrevistados. Preferências como a reputação da escola (10%), infraestrutura (5%) e material pedagógico (5%) permanecem significativas no processo de tomada de escolha.

Impactos da pandemia

As transformações no cenário educacional, sobretudo pós-pandemia, influenciaram diretamente as políticas de ensino e na rotina dos alunos da educação infantil. Setenta e um por cento dos pais concordam que a pandemia afetou de forma negativa, dividindo-se entre aqueles que sentem um impacto significativo (37%).

Essa realidade influencia no processo de escolha da instituição educacional, uma vez que os pais levam em consideração as medidas adotadas pelas escolas para minimizar os impactos do ensino remoto. Nesse contexto, 64% dos pais afirmam que algumas medidas foram implementadas, mas a preocupação persiste e 14% expressam que nenhuma medida foi adotada.

“O retorno às aulas pode gerar ansiedade e desafios para estudantes e pais. As transformações no ensino pós-pandemia afetaram as políticas educacionais e a forma de consumo de materiais escolares. Nesse levantamento, conseguimos ressaltar a importância de compreender o comportamento e as novas preferências dos consumidores no contexto educacional, oferecendo um panorama detalhado das tendências e necessidades que ajudam as marcas a acelerarem o crescimento e inovarem continuamente em suas estratégias de marketing e comunicação”, conclui Adriana Rocha, fundadora e CEO Global da Ecglobal.