Com mais de 11 mil inscritos, Onco in Rio apresentou os principais avanços no tratamento e diagnóstico de câncer
Aplicação da Inteligência Artificial esteve entre os principais destaques. Oncologistas alertaram para aumento de casos em pessoas com menos de 55 anos

 

Um talk show entre o presidente da Oncologia D’Or, Paulo Hoff, e o CEO da Rede D’Or, Paulo Moll, fechou a décima edição do Onco in Rio

 

Da Redação

O uso da Inteligência Artificial e os avanços na patologia molecular estiveram entre os principais temas debatidos na décima edição do Congresso Internacional da Oncologia D’Or – Onco in Rio, encerrado no último sábado. Com cerca de 11 mil inscritos e mais de 300 palestrantes, o congresso foi uma oportunidade única de se atualizar nas práticas oncológicas mais modernas. “Antigamente demorava décadas para surgirem novidades relevantes na medicina. Hoje é uma questão de meses, tal é a velocidade que o conhecimento se renova”, ressaltou o presidente da Oncologia D’Or, Paulo Hoff, que aponta que o futuro do diagnóstico e do tratamento de câncer passa pelo aprendizado das melhores formas de se incorporar a IA nas clínicas e hospitais.

Para o cirurgião Carlos Domene, por exemplo, coordenador do curso de capacitação em robótica do IDOR, que participou da mesa sobre o uso de IA em cirurgia oncológica, a incorporação dessa tecnologia é inevitável e não há como negar as vantagens que ela entrega tanto para o médico quanto para o paciente. “Há quem ainda duvide do futuro da IA, mas lembro que houve quem disse que avião era uma coisa impossível e que a TV não teria futuro”, pontuou.

A anestesiologista e coordenadora do Centro de Estudos da Clínica São Vicente, Mariana Junqueira ponderou sobre como a IA pode contribuir na gestão da dor dos pacientes. Ela observou que muitas vezes as pessoas não leem as orientações para usos de opioides e considerou se a IA não pode ajudar, por exemplo, a fazer um vídeo que seja mais eficiente e ajude a melhorar a qualidade de vida do paciente.

As inovações foram destacadas em diversas palestras, ainda assim é quase que unanimidade que há muito onde avançar. A coordenadora da oncologia do Hospital São Luiz Jabaquara, Alexandra Khichfy, relatou, durante a mesa que debateu o estágio atual da oncologia, que o diagnóstico do câncer é um problema mundial, visto que, somente em 2019, cerca de 10 milhões de pessoas morreram por causa de algum tipo de tumor. Ela observou que é preciso melhorar o acesso aos exames, pois quanto antes diagnosticar, maior é chance de um desfecho positivo. Um exemplo é o câncer de intestino, que apresenta a taxa de sobrevida 90% em cinco anos e o de mama, que registra uma taxa de 100%. E as perspectivas para o futuro são ainda melhores. “Estamos caminhando para análises moleculares para entender profundamente os tumores e fazer tratamentos mais especializados”, afirmou.

O aumento do número de casos de câncer em pessoas com menos de 55 anos tem preocupado os oncologistas. O número de diagnósticos de tumores de intestino, por exemplo, cresceu de 11% para 20% entre 2005 e 2019. Outros tipos de câncer, como de esôfago e próstata, também têm registrado aumento de incidência em pessoas mais jovens. Hoff ressalta que a adoção de hábitos de vida saudáveis é uma das principais formas de se prevenir o câncer. “A obesidade crônica, vista pela OMS como um caso de epidemia global, está hoje entre os principais fatores de risco para a maioria dos tipos de câncer”, alerta.

O congresso também mostrou que pesquisadores estão cada vez mais otimistas no desenvolvimento de tecnologias que permitam prever as reais chances de uma pessoa vir a ter um câncer, bem como de antecipar a forma como ele vai se desenvolver. E o avanço da patologia molecular tem sido fundamental para permitir essa previsibilidade e identificar de forma mais precisa o tipo de câncer de cada paciente.

No sábado, encerrando a programação científica do congresso, uma mesa sobre o futuro dos testes moleculares reuniu o diretor médico da Anatomia Patológica da Rede D‘Or, Fernando Soares, e o norte americano Eric Walk, que tem mais de 20 anos de experiência em medicina de precisão e desenvolvimento de medicamentos oncológicos e hoje é diretor médico da PathAI, empresa que fechou parceria com a Rede D’Or para entregar soluções com IA. “A Inteligência Artificial vai ser o nosso melhor companheiro, pois vai atuar em diversos momentos, seja, por exemplo, avaliando resultado de exames de imagens ou de análises clínicas e patológicas. E a IA vai poder integrar todas essas informações”, ressaltou Soares.

Termina hoje o maior congresso de oncologia do país
Onco in Rio apresenta os principais avanços no diagnóstico e tratamento de câncer

A anestesiologista do Centro de Estudos da Clínica São Vicente, Mariana Junqueira

 

Da Redação

Termina hoje (05) a décima edição do Congresso Internacional da Oncologia D’Or – Onco in Rio. O maior congresso de oncologia do país, com mais de 11 mil inscritos, apresenta as principais novidades no diagnóstico e tratamento de câncer. No primeiro dia, o papel dos cuidados paliativos, os avanços nos tratamentos de câncer de mama e a gestão da dor do paciente oncológico foram alguns dos temas abordados. “Entendemos que era preciso pensar em outros setores da área da saúde, para proporcionar um evento que abrangesse o cuidado integral dos pacientes. Por isso temos mais de 300 palestrantes de diversas áreas da medicina”, ressaltou o presidente da Oncologia D’Or, Paulo Hoff, ao comentar na abertura que a programação contempla temas para especialidades além da oncologia.

O uso de Inteligência Artificial também foi um dos principais temas do primeiro dia. Para o cirurgião Carlos Domene, por exemplo, coordenador do curso de capacitação em robótica do IDOR, que participou da mesa sobre o uso de IA em cirurgia oncológica, a incorporação da IA é inevitável e não há como negar as vantagens que ela entrega tanto para o médico quanto para o paciente. “Há quem ainda duvide do futuro da IA, mas lembro que houve quem disse que avião era uma coisa impossível e que a TV não teria futuro”, pontuou.

A anestesiologista e coordenadora do Centro de Estudos da Clínica São Vicente, Mariana Junqueira ponderou sobre como a IA pode contribuir. Ela observou que muitas vezes as pessoas não leem as orientações para usos de opioides e considerou se a IA não pode ajudar, por exemplo, a fazer um vídeo que seja mais eficiente e ajude a melhorar a qualidade de vida do paciente.

As inovações no campo oncológico foram destacadas em diversas mesas, ainda assim é quase que unanimidade que há muito no que avançar. A coordenadora da Oncologia do Hospital São Luiz Jabaquara, Alexandra Khichfy, relatou, durante a mesa que debateu o estágio atual da oncologia, que o diagnóstico do câncer é um problema mundial, visto que, somente em 2019, cerca de 10 milhões de pessoas morreram por causa de algum tipo de tumor. Ela observou que é preciso melhorar o acesso aos exames, pois quanto antes diagnosticar, maior é chance de um desfecho positivo. Ela citou como exemplo o câncer de intestino, que apresenta a taxa de sobrevida 90% em cinco anos e o de mama, que registra uma taxa de 100%. E as perspectivas para o futuro são ainda melhores. “Estamos caminhando para análises moleculares para entender profundamente os tumores e fazer tratamentos mais especializados”, afirmou.

Já a oncologista da Oncologia D’Or de Salvador Nathália de Souza Del Rey destacou a importância do trabalho multidisciplinar, envolvendo diversos profissionais, para proporcionar tanto um melhor tratamento quanto qualidade de vida ao paciente. Ela contou que o entendimento do câncer como uma doença sistêmica, que afeta várias partes, é relativamente recente. “No século XIX, não se tinha ideia de ser uma doença sistêmica. Hoje sabemos que o tratamento sistêmico associado ao tratamento definitivo aumenta as chances de cura do paciente. A gente sabe muito, mas ainda precisamos aprender mais”, afirmou.

O Onco in Rio continua neste sábado, com mesas sobre aaplicações da patologia digital e da IA na medicina de precisão e pesquisa clínica, o futuro dos testes moleculares na prática da oncologia, cardio-oncologia, transplante de órgãos e tumores, entre outros.

Serviço
X Congresso Internacional Oncologia D’Or – Onco in Rio
Quando: 04 e 05 de abril
Onde: Windsor Oceânico- R. Martinho de Mesquita, 129 – Barra da Tijuca, Rio de Janeiro
Saiba mais:  Home – X Congresso Internacional Oncologia D’Or – Onco in Rio

 

Jornalista Luiz Nascimento lança o livro O grito da Ipiranga
Obra conta a história de grupo de jovens que vivenciou a ditadura

 

Da Redação

O escritor Luiz Nascimento lança no dia 24 de abril, na Livraria da Travessa de Ipanema, o livro “O grito da Ipiranga”. Diretor do “Fantástico” entre 1993 e 2017, Nascimento conta a trajetória de um grupo de jovens sonhadores durante o período mais sombrio e conturbado da história do Brasil. O grupo tinha como ponto de encontro uma casa de vila na Rua Ipiranga, no bairro de Laranjeiras, Rio de Janeiro. Ali acontecia de tudo. Festas, música e namoros, além de planos para a vida escoteira, a conquista de montanhas e a convivência inspiradora com personagens importantes da política.

Essa turma criou um forte laço de amizade, importante para que, juntos, enfrentassem o que viria a acontecer com eles e suas famílias durante o golpe que cobriu o país de violência e vergonha a partir de 1964, durante 21 anos. De peito aberto e movidos pela utopia de um país livre, justo e democrático, participaram do movimento estudantil e se engajaram politicamente. Alguns partiram para a luta armada. A maioria foi presa e torturada. Três morreram assassinados pelo regime militar.

Com o fim da ditadura, muitos se afastaram para só se reencontrar em 2015, através da internet. A partir de 2022, começaram a gravar esses reencontros para reavivar lembranças afetivas, curiosas e também dramáticas. Relatos que ajudam a desenhar, para aqueles que não a conhecem a face cruel de uma ditadura – ou que passaram a conhecer a partir do sucesso do filme “Ainda estou aqui”.

Lançamento do livro O grito da Ipiranga

Quando: 24 de abril, às 19h
Local: Livraria da Travessa de Ipanema – Rua Visconde de Pirajá, 572
Preço: R$ 70,00
Pré-venda do livro no site da Amazon: O Grito da Ipiranga: Meio Século de Amizades, Resistência e Luta Numa Vila Carioca | Amazon.com.br

 

Cresce atendimento domiciliar a pacientes oncológicos
Pronep Life Care projeta dobrar receita com atendimento oncológico em 2025 e inaugura nova sede no Rio de Janeiro

 

Evento de inauguração da nova sede da empresa no Rio de Janeiro

 

Da Redação

A Pronep Life Care, pioneira e referência em atenção domiciliar no Brasil, anuncia a inauguração de sua nova sede no Rio de Janeiro e projeta um crescimento expressivo no atendimento a pacientes oncológicos. Nos últimos doze meses, a empresa registrou um aumento de 10 vezes no atendimento domiciliar a esses pacientes, que hoje representam 15% de sua receita. A expectativa é que esse percentual alcance 30% em 2025.

“O crescimento da demanda por home care oncológico reflete a necessidade do mercado por soluções mais eficientes e humanizadas. Além disso, buscamos oportunidades estratégicas de expansão, o que nos permitiu fortalecer ainda mais essa frente de atendimento”, afirma Luiz Tizatto, diretor da Pronep Life Care.

A empresa, que integra o Grupo SOL, tem investido em infraestrutura e tecnologia para aprimorar seus serviços. A nova sede, localizada na Cidade Nova, no Rio de Janeiro, foi projetada para proporcionar um ambiente dinâmico e inovador, promovendo a interação entre colaboradores, pacientes e parceiros. “A nova sede consolida a presença da Pronep nas principais regiões do Brasil e fortalece nosso compromisso com a excelência no atendimento domiciliar”, destaca Euro Palomba, CEO da Pronep.

O avanço do home care oncológico acompanha uma tendência global de transição do cuidado hospitalar para o domiciliar. “O envelhecimento populacional e a escassez de leitos hospitalares tornam o home care uma solução cada vez mais viável, proporcionando um atendimento de qualidade a custos reduzidos para pacientes e operadoras de saúde”, explica Palomba.

A inauguração da nova sede contará com a presença de Aldo Fumagalli, CEO do Grupo SOL. Com sede na Itália e listada na Bolsa de Milão desde 1998, o Grupo SOL se destaca pela inovação e altos padrões de qualidade em suas operações globais. Em 2023, o grupo registrou um faturamento de €1,487 bilhões (R$ 9,29 bilhões), contando com mais de 7.000 colaboradores e presença em 32 países. Globalmente, o Grupo SOL atende mais de 650.000 pacientes.

No Brasil, o Grupo SOL atua por meio da Pronep, Global Care, Rede Relief e Vivisol, somando mais de 500 colaboradores diretos e 5.000 indiretos. Juntas, essas empresas faturam anualmente cerca de R$ 350 milhões.

“A nova sede representa a evolução da Pronep e reforça nosso compromisso com a modernização do cuidado domiciliar no Brasil”, conclui Fumagalli.