CIOSP 2025 debate sustentabilidade na Odontologia
Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo destaca o compromisso do setor com a sustentabilidade e também reforça a importância da Agenda 2030 da ONU

CIOSP é um dos maiores fóruns de odontologia do mundo (Foto: divulgação)

A sustentabilidade tem se tornado um tema cada vez mais relevante na odontologia, refletindo as preocupações globais com o meio ambiente e a necessidade de práticas mais responsáveis. De acordo com dados da Unesp de Araraquara, um consultório odontológico consome, em média, 700 litros de água por dia – sete vezes mais do que a média per capita no Brasil. Esse número evidencia o impacto ambiental significativo do setor e reforça a urgência de iniciativas que unam eficiência clínica e preservação dos recursos naturais.

“Estamos empenhados em promover práticas que reduzam o impacto ambiental na Odontologia. Tecnologias digitais, por exemplo, eliminam a necessidade de processamento de filmes radiográficos e o uso excessivo de papel, contribuindo para a redução de resíduos”, explica Sofia, cirurgiã-dentista especializada em práticas sustentáveis.

Além do consumo elevado de água, outro grande desafio é o descarte de resíduos odontológicos, que incluem EPIs, materiais restauradores e produtos químicos como o amálgama e os utilizados em radiologia. Para evitar contaminações ambientais, esses resíduos exigem descarte especializado. “É fundamental desmontar o amálgama em pedaços maiores e utilizar separadores que evitem a liberação de mercúrio, direcionando esses resíduos para tratamento adequado”, orienta Sílvio Cecchetto, presidente da Associação Brasileira de Cirurgiões-Dentistas (ABCD).

A sustentabilidade também passa pelo uso de energia nos consultórios. Autoclaves, compressores e outros equipamentos essenciais frequentemente carecem de certificação de eficiência energética, o que aumenta o impacto ambiental. A adoção de aparelhos sustentáveis e modernos é uma alternativa necessária para reduzir esse consumo.

A conscientização de pacientes também desempenha um papel importante na promoção da sustentabilidade. Claudio Fernandes, da Universidade Federal Fluminense, destaca que pequenos hábitos podem gerar grandes impactos. “Cada pessoa utiliza de três a quatro escovas de dente por ano, o que representa 100 mil toneladas de plástico descartado. Os dentistas podem instalar pontos de coleta em seus consultórios para facilitar o descarte adequado”, sugere.

Além dos benefícios ambientais, iniciativas sustentáveis podem se tornar um diferencial competitivo para os consultórios odontológicos. Adoção de materiais biodegradáveis, pontos de coleta e modernização de equipamentos não apenas atraem pacientes mais conscientes, mas também reforçam a responsabilidade social do setor.

Muitas dessas soluções foram apresentadas no Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo (CIOSP), que destacou o compromisso do setor com a sustentabilidade em sua programação científica. Durante o evento, foram exploradas tecnologias que reduzem o impacto ambiental, como scanners digitais e impressão 3D, que eliminam a necessidade de papel e materiais radiográficos.

O evento também reforçou a importância da Agenda 2030 da ONU, que inclui metas como a eliminação do mercúrio e a promoção da saúde universal. Nesse contexto, a odontologia se posiciona como uma aliada no combate às mudanças climáticas, integrando práticas clínicas responsáveis às demandas globais de sustentabilidade.

Com iniciativas que vão do reaproveitamento de recursos naturais à modernização de consultórios, a odontologia não apenas busca atender às necessidades de seus pacientes, mas também contribuir para um futuro mais saudável e sustentável para o planeta.

Hospital Copa Star é o primeiro no país a adquirir aparelho de exames de imagem última geração
Equipamento permite diagnósticos mais precisos nas áreas de cardiologia, neurologia, oncologia e ortopedia

 

Da Redação

O Hospital Copa Star, referência em excelência em saúde, acaba de se tornar o primeiro no Brasil a adquirir o Symbia Pro.specta SPECT/CT, um dos equipamentos de exame de imagem mais modernos do mundo. Este aparelho inovador combina duas das principais tecnologias de imagem – cintilografia e tomografia computadorizada – proporcionando diagnósticos mais precisos nas áreas de cardiologia, neurologia, oncologia e ortopedia. Em casos de câncer de pulmão, por exemplo, o dispositivo permite uma avaliação mais rigorosa da função pulmonar, auxiliando no planejamento de intervenções cirúrgicas.

Bruno Alencar, diretor do hospital, destaca que uma das principais vantagens do novo equipamento é a realização de exames de forma mais rápida e com doses reduzidas de radiação, garantindo maior segurança e conforto aos pacientes. “Além disso, o dispositivo quantifica com precisão a captação dos radiotraçadores, essenciais no acompanhamento de tratamentos oncológicos com radioisótopos. A aquisição do equipamento ratifica o nosso compromisso em oferecer o melhor para os nossos pacientes”, ressalta.

Com essa inovação, o Copa Star reafirma sua posição de liderança na utilização de tecnologia de ponta para proporcionar cuidados de saúde de excelência.

Natal especial no Niterói D’Or

O Bom Velhinho fez visita especial para as crianças internadas no Niterói D’Or.

Da Redação

Nesta sexta-feira (20), o Niterói D’Or levou o espírito natalino para dentro dos quartos e corredores do hospital. Na parte da tarde, o Papai Noel fez uma visita especial nas alas de internação e emergência da unidade, cumprimentando pacientes e familiares e promovendo um clima acolhedor, permeado por sorrisos e a leveza que fazem parte do Natal. Diretor geral do Niterói D’Or, Bruno Queiroz reforça a importância da presença do Bom Velhinho nessa época especial. “Além de levar o clima natalino para dentro do hospital, o ambiente agradável auxilia os pacientes na recuperação. A influência de um espaço humanizado para redução do tempo de internação é comprovada cientificamente”, afirma.

Acordo Mercosul-União Europeia promete impactar preços e compras dos brasileiros
Por Emanuel Pessoa*

Após mais de duas décadas de negociação, o Acordo entre Mercosul e União Europeia avançou com um entendimento técnico, embora ainda dependa de etapas importantes para sua assinatura e implementação. No entanto, o Tratado já provoca reações intensas, com protestos e expectativas sobre os impactos econômicos, especialmente para os setores produtivos e para os consumidores.

Enquanto 1,5 mil agricultores protestam em Madri contra a “concorrência desleal” do Acordo Comercial que ameaça os produtores europeus com importações mais baratas do Mercosul, o governo brasileiro prevê um aumento de R$ 94,2 bilhões no comércio com a União Europeia, além de um impacto de R$ 37 bilhões no PIB, equivalente a 0,34% da economia nacional em 2044.

Em meio às turbulências, é preciso analisar os possíveis impactos do acordo. A redução de tarifas de importação para mais de 90% dos produtos comprados pelo Brasil da União Europeia poderá beneficiar o consumidor brasileiro, especialmente no setor de alimentos e bebidas. Produtos como vinhos europeus, atualmente sujeitos a taxas superiores a 20%, e o azeite, por exemplo, tendem a chegar ao mercado com preços mais acessíveis, ampliando a oferta e impulsionando o consumo.

A concorrência com o mercado chinês, conhecido pelos preços baixos, também será um desafio. Se o acordo tornar os produtos europeus mais competitivos, o consumidor poderá acessar itens de maior qualidade a preços melhores. No entanto, produtos chineses mais baratos devem manter espaço no mercado, e a dependência de insumos industriais da China segue como obstáculo para uma maior substituição.

O barateamento de itens importados certamente influenciará as escolhas dos consumidores, com a qualidade sendo um fator crucial para uma série de produtos. Espera-se que essa mudança no cenário de preços altere o comportamento de compra, com os consumidores tendo a oportunidade de avaliar também a qualidade. O impacto no mercado dependerá, ainda, do quão competitivos os preços dos importados serão e como isso afetará os diversos segmentos sociais frente às novas opções disponíveis.

Por fim, os consumidores brasileiros podem se preparar para as possíveis mudanças no mercado observando as tendências de preços e avaliando a relação custo-benefício. Além disso, os importadores poderão diversificar as fontes de compra, aproveitando a maior disponibilidade de fornecedores que surgirá com a redução do custo de aquisição de produtos importados.

*Emanuel Pessoa é advogado especializado em Direito Empresarial, Mestre em Direito pela Harvard Law School, Doutor em Direito Econômico pela USP e Professor da China Foreign Affairs University, onde treina a próxima geração de diplomatas chineses.