Caixa amplia margem do empréstimo consignado para 35%
Novo limite vai até o fim do ano, quando termina período de calamidade

Da Agência Brasil

A Caixa Econômica Federal ampliou de 30% para até 35% a margem consignável dos empréstimos que podem ser obtidos por aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O novo limite vale até o fim do ano, quando se encerra o período de calamidade pública em decorrência da pandemia de covid-10, tanto para novos contratos como para renovações.

De acordo com o banco, as taxas cobradas variam entre 1,34% e 1,50% por um prazo de até 84 parcelas. “Além de ampliar o percentual de comprometimento de renda destinado a empréstimos, a medida destina um percentual de até 5% do total do valor do benefício para saques ou pagamento da fatura do cartão de crédito, totalizando 40%”, informou a Caixa, em nota.

No caso de novos contratos, renovações ou portabilidade de outros bancos, é possível usar prazo de carência de até 90 dias para começar a pagar as prestações.

“O prazo do contrato original também pode ser aumentado na renovação, seja para diminuir o valor das parcelas mensais ou para aumentar o valor do crédito a receber”, acrescenta o banco, ao lembrar que aposentados e pensionistas que têm o empréstimo consignado contratado em outro banco podem solicitar a portabilidade da operação de crédito.

Com a nova margem, um beneficiado que recebe R$ 2 mil mensais pelo INSS e podia obter empréstimo de até R$ 29,6 mil, com a margem margem consignável em 30%, passa a poder contratar empréstimos de até R$ 34,5 mil, com a nova margem (35%). Para os que recebem benefício de R$ 5 mil, o valor do empréstimo passa de R$ 68,5 mil para R$ 79,9 mil.

A contratação ou renovação de empréstimo consignado pode ser feita por meio de algumas plataformas disponibilizadas pela Caixa, entre as quais a Plataforma Agora SIM; o Internet Banking; e o correspondente Caixa Aqui Negocial. A operação ´pode ser feita também dns agências da Caixa e de seus canais de autoatendimento.

A medicina intensiva não será mais a mesma após a pandemia
Seminário Internacional da Rede D’Or vai discutir o que se aprendeu e o que vai mudar

Da Redação

A medicina intensiva não será mais a mesma após a pandemia. Essa é uma certeza entre os médicos que estão na linha de frente no combate ao Covid-19. Seja pela visibilidade que a especialidade teve com essa crise de saúde mundial, pela forma como impactou na relação entre médico e paciente, pela incorporação de tecnologia para diminuir a sensação de isolamento dos internados, bem como pela experiência direta no tratamento da própria doença. A pandemia trouxe um enorme aprendizado que será discutido no I Simpósio Internacional de Medicina Intensiva da Rede D’Or São Luiz que acontece no dia 31 de outubro. O evento será gratuito e inteiramente virtual.

“A proposta do simpósio é reunir especialistas do mundo inteiro para compartilhar experiências e avaliar o que aprendemos ao longo desses meses. Sem dúvida nenhuma, os médicos intensivistas têm um papel muito importante no cuidado dos pacientes com Covid que necessitam de internação na UTI. É uma situação nunca antes vivida e que trouxe desafio e provocou mudanças”, destaca Thiago Gomes Romano, coordenador científico do evento ao lado do Fabio Miranda e do Fabio Maia.

Serão cinco palestrantes internacionais. Entre eles o professor de medicina intensiva na Université libre de Bruxelles e intensivista do Hospital Universitário Erasme, em Bruxelas, Jean-Louis Vincent, que colocará em discussão quais serão as mudanças nos cuidados intensivos. No auge da crise na Europa, ele publicou um artigo sobre o desafio de lidar com a enorme escassez de leitos agudos. No texto, ele observa que é preciso desenvolver regras de triagem para garantir que leitos de UTI e equipamentos salva-vidas sejam reservados para aqueles que terão maior probabilidade de se beneficiar e sobreviver com uma boa qualidade de vida.

A pandemia humanizou ainda mais a medicina. Esse é um dos principais efeitos para o Thiago, que também é coordenador médico da UTI oncológica do Hospital São Luiz Itaim e do Hospital Vila Nova Star. Em tempos em que os avanços tecnológicos costumam maior destaque, a relação entre equipe médica e paciente e seus familiares ganhou uma enorme visibilidade. O isolamento dos pacientes, bem como o medo que os próprios profissionais de saúde sentiram de se contaminar, contribuíram para estreitar os laços dessa relação.

“Para quem está internado em uma UTI, são os médicos e enfermeiros a única forma de contato humano. Essa aproximação permitiu compartilhar angústias e gerou uma maior empatia”, destaca. E ao mesmo tempo que era preciso aprender a lidar com esse paciente com Covid-19, também foi necessário lidar com as famílias, que viviam sob tensão e a dúvida. Tudo isso trouxe ensinamentos que serão amplamente discutidos na mesa sobre cuidado centrado no paciente e bioética em pandemias.

Experiências da Rede

Outro ponto importante do Seminário serão as experiências da própria Rede D’Or. Maior rede hospitalar privada do país e que atendeu ao longo desses meses mais de 50 mil pacientes por Covid-19. No momento de pico da pandemia, chegou a registrar mias de 2 mil pacientes internados. Nomes como o do próprio Thiago Gomes, da cardiologista intensivista Ludhmila Hajjar e do hematologista Eduardo Rego estão confirmados. “Hoje, nós respondemos por mais de 30% de todas as UTIs certificadas pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB).  Nós investimos continuamente em qualificação e em tecnologia.  Com isso, garantimos a segurança dos nossos pacientes e aumentamos as chances de salvar vidas. Acredito que temos muito a contribuir nesse debate”, afirma o vice-presidente médico, Leandro Reis.

SERVIÇO
I Simpósio Internacional de Medicina Intensiva
Dia: 30 de outubro – Horário: Das 8h30 às 19h
Evento online
Inscrição gratuita pelo http://utirededor.simposio.digital/

Saúde da mulher é destaque em encontro promovido pela MedRio Check-up
A ginecologista Claudia Jacyntho alertou sobre as doenças com maior incidência

 

Com uma apresentação por videoconferência, Claudia Jacyntho detalhou o cenário das principais doenças ginecológicas

 

Da Redação

É preciso que as mulheres estejam mais atentas a própria saúde, alertou a ginecologista Claudia Jacyntho durante palestra por videoconferência realizada nesta segunda-feira (05) na MedRio Check-up. Ao falar sobre as principais doenças ginecológicas que atingem as mulheres, Claudia explicou que em muitos casos o diagnóstico tardio ocorre devido à falta de um acompanhamento médico regular. “Entretanto, a parcela mais carente da população não tem acesso a bons serviços de saúde. Essa é uma realidade do Brasil”, lamentou, citando como exemplo o câncer de colo de útero. Apesar de existir vacina contra o HPV, que é uma das causas mais comuns desse tumor, 77% dos casos são diagnosticados em estado avançado justamente devido à desigualdade no acesso aos serviços.

Claudia explicou que a doença inflamatória pélvica (DIP) está entre as enfermidades que mais vêm afligindo as mulheres. A DIP chega a responder por 19% das internações ginecológicas e atinge principalmente as jovens. As estatísticas mostram que 70% das pacientes que são diagnosticadas com DIP têm menos de 25 anos. Já o câncer de ovário costuma ser mais frequente entre quem tem mais de 60 anos. É justamente o mais letal entre os cânceres ginecológicos e o terceiro de maior incidência. Segundo o INCA, cerca de 4 mil mulheres morrem por ano no Brasil devido a esse tumor.

A endometriose é outra doença que precisa estar no radar das mulheres. Segundo pesquisas, cerca de 7 milhões de brasileiras apresentam o tecido que reveste o interior do útero fora da cavidade uterina. O principal sintoma é a dor pélvica crônica. “Recomenda-se como prevenção manter hábitos saudáveis, que incluem uma alimentação equilibrada, prática de atividades físicas, além de idas regulares ao ginecologista”, observou.

A palestra faz parte da série Encontro Científico com a Prevenção, que a clínica realiza pelos seus 30 anos. Ao longo de um ano, sempre na primeira segunda-feira do mês, um especialista vai debater com a equipe médica da MedRio sobre os avanços de medicina. Essa foi a segunda edição. No primeiro encontro, o mastologista e membro da Academia Nacional de Medicina Maurício Augusto Silva Magalhães Costa falou sobre câncer de mama.

Líder brasileira em medicina preventiva, a MedRio realizou, desde 1990, mais de 150 mil check-ups médicos em executivos, homens e mulheres, das maiores empresas do país. A clínica agrega uma equipe médica de ponta, constituída por vários professores universitários, utilizando equipamentos de alta tecnologia e modernizados constantemente, apresenta um laboratório para as análises clínicas com excelência no mercado e, permanentemente investe em inovação. Tudo em um ambiente moderno, confortável e seguro.

Descobertas sobre buraco negro vencem Nobel de Física
Nomes foram anunciados hoje em Estocolmo, na Suécia

Da Agência Brasil

O britânico Roger Penrose, o alemão Reinhard Genzel e a norte-americana Andrea Ghez conquistaram o Nobel de Física de 2020 por suas descobertas sobre um dos fenômenos mais exóticos do universo, o buraco negro, informou  a entidade que concede a premiação nesta terça-feira (6).

Penrose, professor da Universidade de Oxford, ficou com metade do prêmio pelo seu trabalho que usa a matemática para provar que os buracos negros são uma consequência direta da teoria geral da relatividade.

Genzel, do Instituto Max Planck e da Universidade da Califórnia, Berkeley, e Ghez, da Universidade da Califórnia, Los Angeles, dividiram a outra metade por terem descoberto que um objeto invisível e extremamente pesado governa a órbita das estrelas no centro da nossa galáxia.

O prêmio de Física é o segundo Nobel deste ano a ser anunciado, depois que três cientistas venceram a premiação de medicina na segunda-feira (5) pela descoberta da Hepatite C.

Entre os prêmios Nobel, o de Física geralmente domina os holofotes com premiações passadas indo para estrelas da ciência, como Albert Einstein, por descobertas fundamentais sobre a formulação do universo, incluindo a teoria geral da relatividade.

“As descobertas dos laureados deste ano estabeleceram novos parâmetros no estudo de objetos compactos e super massivos”, disse David Haviland, presidente do comitê do Nobel de Física, ao anunciar o prêmio de 10 milhões de coroas suecas, o equivalente a 1,1 milhão de dólares. “Mas esses objetos exóticos ainda apresentam muitas questões que imploram por respostas e motivam pesquisas futuras.”

Ghez é somente a quarta mulher a conquistar o Nobel de Física, depois de Marie Curie, em 1903; Maria Goeppert Mayer, em 1963, e Donna Strickland, em 2018.

Os prêmios Nobel foram criados pela vontade do empresário sueco e inventor da dinamite Alfred Nobel e são entregues desde 1901. A premiação deste ano acontece sob a sombra da pandemia de covid-19, que limitou a maior parte das festividades que geralmente cercam os prêmios e colocou os cientistas de todo o mundo em uma corrida para desenvolver uma vacina.