Vacinação contra gripe no Rio de Janeiro será retomada amanhã
Prefeito anunciou a chegada de 265 mil doses

A vacinação contra a gripe nas unidade da prefeitura do Rio de Janeiro será retomada amanhã (7), após a imunização ter sido suspensa na quinta-feira (2) por falta de doses. Em uma transmissão ao vivo na noite de ontem (5), o prefeito Marcelo Crivella anunciou a chegada de 265 mil doses de vacina.

Na mesma transmissão, a coordenadora de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Patrícia Guttmann, informou que as doses serão distribuídas ao longo do dia de hoje (6) para o trabalho ser retomado a partir de amanhã (7).

“Estamos recebendo as vacinas, as unidades estão sendo reabastecidas e terça-feira já normaliza. Vamos voltar a ter o drive thru no Detran e vamos retomar a vacinação nas unidades, mantendo a vacinação dos maiores de 80 anos em domicílio, priorizando os asilos e as unidades de longa permanência de idosos”.

A campanha de vacinação inclui, neste primeiro momento, as pessoas com mais de 60 anos e os profissionais de saúde. De acordo com a SMS, em duas semanas foram aplicadas 807 mil doses, atingindo 75% do público alvo.

A vacinação é oferecida nas 233 unidades de Atenção Primária, que inclui os centros municipais de saúde e as clínicas da família. Outra opção são os cinco postos do Detran-RJ que ficam abertos de 10h às 15h. Estão disponíveis para a vacinação em drive thru os postos do Detran de Campo Grande, da Ilha do Governador, da Barra da Tijuca, do Largo do Machado e da Tijuca.

Não haverá mais vacinação no Riocentro.

Os 35 mil idosos acima de 80 anos cadastrados nas clínicas da família estão sendo vacinados em domicílio.

Covid-19

Na transmissão, a coordenadora fez um balanço dos casos do novo coronavírus (covid-19) no município. Segundo os dados da noite de ontem (5), o Rio de Janeiro tem 1.068 casos confirmados da covid-19 e 4.471 classificados como prováveis.

Foram confirmadas até o momento 42 mortes pela doença na cidade e outros 44 óbitos aguardam os exames para a confirmação.

Ao todo, 253 pessoas estão internadas em hospitais da cidade, sejam eles públicos ou privados, com síndrome respiratória aguda grave (SRAG), um dos sintomas da covid-19.

Governo zera impostos de produtos usados no combate ao coronavírus
A medida foi publicada hoje no Diário Oficial

Da Agência Brasil

A Câmara de Comércio Exterior (Camex) ampliou a lista de produtos necessários ao combate do novo coronavírus com redução temporária para zero da alíquota do Imposto de Importação. A resolução nº 28 foi publicada na edição de hoje (3) do Diário Oficial da União.

Entre os produtos com redução do imposto estão tecidos para fabricação de máscaras; suporte para circuitos respiratórios; válvulas de ventiladores pulmonares; baterias; cartão de memória, entre outros dispositivos.

A Camex já havia reduzido a tarifa a zero para álcool etílico e imunoglobulina, na Resolução nº 22, de 25 de março. Nesta resolução de hoje, a câmara corrigiu a descrição técnica dos produtos.

Novo coronavírus traz novos desafios para cuidadores de idosos
Por lidarem com público de risco, profissionais devem redobrar cuidado

 

Da Agência Brasil

Na medida em que o novo coronavírus avança, um verbo se faz cada vez mais presente na vida das pessoas: o verbo cuidar. A facilidade com que o vírus se espalha tem levado as pessoas a reforçar velhos cuidados e a agregar à rotina novos cuidados, não só para si, mas para os outros. Em meio a esse cenário, os profissionais que carregam no próprio nome o cuidar – os cuidadores de idosos – tiveram de ver seus procedimentos aperfeiçoados e a atenção redobrada. Afinal, cuidam da vida daqueles que são as maiores vítimas da nova doença.

É o caso da cuidadora Odelsa Dutra Jatobá, de 63 anos; 14 deles sendo cuidadora de idosos. “Cuidar sempre foi algo que eu associava a amor, carinho e a doação. Agora agrego a ela um outro verbo: prevenir. Eu dizia ‘quem ama cuida’. Agora eu digo ‘quem ama cuida e previne’”, disse ela à Agência Brasil durante o intervalo entre as muitas tarefas que desenvolve diariamente.

Antes mesmo da chegada ao Brasil da covid-19, doença causada pelo novo coronavírus,  Odelsa já notava que algo mudaria em sua rotina de cuidadora. “As notícias da doença em outros países já assustava a todos. Passamos então a ter de trabalhar a cabeça do idoso, de forma a prepará-lo para as medidas preventivas, em especial para o fato de familiares deixarem de ir ao quarto com a mesma frequência”.

Otimista e cuidadoso

Segundo ela, para lidar com a situação o ideal é explicar o que está acontecendo no mundo, com relação à doença, mas apresentando um ponto de vista “otimista e cuidadoso”. “Eu costumo falar que já tivemos outras doenças, e que sempre as superamos”, disse.

“Tem horas que eles ficam tristes. Tanto por não poderem receber mais as visitas da família, como por se verem como alvo do vírus. Há também muita preocupação com os parentes fora de casa, em especial com os filhos que estão na idade de risco”, acrescenta.

A pandemia trouxe outras mudanças na rotina dos cuidadores. Por cautela, as famílias reduziram algumas das atividades que até então eram exercidas por outros profissionais, por meio de visitas – caso de fonoaudiólogos, treinadores físicos, psicólogos, recreadores, nutricionistas. “Agora passamos a ser tudo isso. Viramos multi disciplinadores”, disse.

“Com a opção da família por evitar contato dos idosos com outras pessoas, buscamos algumas alternativas para solucionar essa limitação. Uma delas é o uso de chamadas de vídeo. Do outro lado da linha, eles nos passam as instruções e conferem se tudo está sendo feito direitinho. Isso é muito importante porque o idoso já está acostumado com eles. Sem falar que, por exemplo, durante um exercício físico o idoso pode tentar nos enrolar. Com o instrutor olhando, isso fica mais difícil”.

Mudanças

O medo de contaminação gerou dois tipos de situação para os cuidadores profissionais. A primeira, de confinamento junto a seus pacientes, a pedido da família. “Tenho algumas colegas que passaram a viver com seus pacientes. Por outro lado, muitas cuidadoras estão agora desempregadas porque a família [do idoso] achava que elas poderiam trazer o vírus”.

Rotina

Segundo o presidente da Associação Brasileira dos Empregadores de Cuidadores de Idosos (Abeci), Adriano Machado, um dos grandes problemas decorrentes da pandemia de covid-19 foi a mudança de rotina que causou para os idosos. “Higiene e isolamento são a base de tudo. No entanto, é muito importante para o idoso manter a vida na maior normalidade possível, com banho de sol, exercícios e alimentação, uma vez que eles são bem mais sensíveis a alterações de rotina. Isso tem de ser levado em consideração”, disse ele à Agência Brasil.

Essa rotina não abrange apenas atividades. “Envolve medicamentos, alimentação, hidratação e muitas outras coisas específicas de cada caso”, acrescentou. Nesse sentido, abrir mão de um profissional por medo de ele servir de canal de contaminação para o idoso é também algo que pode ser problemático.

Riscos

“Tivemos o caso de um cliente que, diante dos primeiros casos noticiados de covid-19, dispensou o cuidador. Depois de 22 semanas, por causa da alteração na alimentação, foi gerado um fecaloma, que é quando o bolo fecal [fezes] seca, endurece e não sai espontaneamente. Isso ocorreu basicamente por causa de uma deficiência alimentar”, explicou Machado.

Ele aponta também riscos com relação a aplicação de medicamentos, quedas e desidratação. “Há ainda casos mais complexos, como o de pacientes com Alzheimer. Muitos não sabem, mas há casos em que se tem de cobrir espelhos porque pacientes com tendências agressivas podem quebrá-los por não se reconhecerem, e acharem que se trata de outra pessoa”.

Hospital de Campanha Lagoa-Barra terá 200 leitos para atender pacientes SUS e será financiado pela iniciativa privada
A unidade temporária vai gerar mais de mil empregos

O Riocentro também abrigará um hospital de campanha

 

Da Redação

A população do Rio de Janeiro poderá contar com um novo hospital de campanha para atender os pacientes do SUS, vítimas da Covid-19. Localizado em um terreno do governo do Estado ao lado do 23º Batalhão da Polícia Militar, na autoestrada Lagoa-Barra, terá 200 leitos, sendo 100 de UTI e 100 de enfermaria. Contará com tomografia digital, radiologia convencional, aparelhos de ultrassom e ecocardiograma e laboratório de patologia clínica. Deverá ficar pronto até o fim de abril e funcionará por 4 meses, durante o período mais grave da pandemia.

A Rede D’Or vai liderar a construção e operação do Hospital. O investimento total será de R$ 45 milhões provenientes exclusivamente da iniciativa privada. A Rede D’Or arcará com R$ 25 milhões e R$ 20 milhões serão custeados pela Bradesco Seguros, Lojas Americanas, Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP) e Banco Safra em partes iguais. A iniciativa vai gerar mais de 1.000 empregos diretos e indiretos.

Edmar Santos, secretário de Estado de Saúde, destaca que “estamos nos preparando para um desafio imenso. No entanto, tenho visto uma rede de apoio se mobilizando. É o momento para ter como foco principal salvar vidas. Toda ajuda é necessária para passarmos por isso juntos. Peço, mais uma vez, para que a população entenda nosso recado e fique em casa”.

“Será uma das maiores ações da iniciativa privada em parceria com o poder público para o combate ao coronavírus em todo o Brasil”, ressalta Paulo Moll,  presidente da Rede D’Or, que tem origem no Rio de Janeiro e é hoje a maior rede de hospitais privados do país.

Já para Vinicius Albernaz, presidente da Bradesco Seguros, empresa que tem suas origens  na Cidade do Rio de Janeiro, é  fundamental somar forças nesse momento, e atuar com prontidão e firmeza em nossa missão de proteção à sociedade”.

Para a presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), Clarissa Lins, “é  preciso encontrar formas de colaborar para que a sociedade supere este momento crítico. A indústria de óleo e gás quer ser parte de soluções que contribuam para a saúde dos cidadãos, em parceria com os diversos agentes”.

“Nesse momento temos que unir esforços para ajudar o país onde atuamos há 90 anos a dar a volta por cima, e acreditamos que o melhor caminho é investir na saúde das pessoas”, afirma Anna Saicali, CEO da IF – Inovação e Futuro, motor de inovação da Lojas Americanas.

Para Alberto Corsetti, presidente do Banco Safra, “essa união de esforços é fundamental, sobretudo porque os recursos serão totalmente destinados à rede pública de saúde”.