Campanha antivacina pode aumentar casos de câncer

David Uip, diretor nacional de infectologia da Rede D’Or, durante o IX Congresso Internacional Oncologia D’Or.

Da Redação

Dados da OMS apontam que 26% dos casos de câncer associados à doenças infecciosas seriam evitados em países em desenvolvimento com vacinações. O diretor nacional de infectologia da Rede D’Or, David Uip, ressaltou o número, em palestra na manhã de hoje no Congresso Internacional Oncologia D’Or, ao manifestar preocupação com o movimento antivacina que tem ocorrido no mundo.

Vacinas contra vírus como Hepatite B e o papilomsvírua humano (HPV) são a principal forma de evitar diversos tipos de câncer. O HPV, por exemplo, é responsável por mais de 90% dos cânceres de colo de útero no Brasil.

Congresso Internacional Oncologia D’Or começou hoje no Rio de Janeiro
Evento contou com mais de oito mil inscrições e vai debater os avanços em diagnóstico e tratamento de câncer

Da Redação

Rodrigo Gavina, CEO dos Hospitais da Rede D’Or, durante abertura do IX Congresso Internacional Oncologia D’Or.

Começou nesta sexta-feira (12) a nona edição do Congresso Internacional Oncologia D’Or, evento que vai debater as últimas novidades e os temas mais atuais na oncologia e que contará com a participação de mais de 250 palestrantes, nacionais e internacionais. A edição alcançou a marca de oito mil inscritos entre médicos, acadêmicos e profissionais da área oncológica. Durante a cerimônia de abertura do congresso, Paulo Hoff, presidente da Oncologia D’Or, destacou o sucesso das inscrições. “Este número mostra a pujança da Rede D’Or ao atrair mais de oito mil participantes para um congresso de oncologia, algo que não costuma ser visto em eventos semelhantes”, afirma o médico.

Paulo M. Hoff , presidente da Oncologia D’Or e do congresso.

Paulo Hoff também aproveitou a abertura para divulgar o novo projeto da Oncologia D’Or com o IDOR (Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino); se trata de uma plataforma de assistência integrada que pretende ser um novo paradigma para pesquisas clínicas. Presidente do IDOR, Fernanda Tovar-Moll ressaltou a importância das parcerias do instituto com a Oncologia D’Or e a Cardiologia D’Or no desenvolvimento de pesquisas novos projetos.

As contribuições da tecnologia e inovação para diagnósticos mais precisos e tratamentos mais eficazes estão entre os principais destaques do Congresso, que vai contar com mais de 50h de programação em quase 40 mesas ou módulos temáticos. Serão tratadas questões de tecnologias recentes, como o uso de testes biomoleculares e aplicação da biópsia líquida, que permitem identificar melhor o tumor e proporcionam uma terapia mais adequada. Também haverá espaço para falar sobre o uso de intervenções cirúrgicas, como a cirurgia bariátrica, que é uma alternativa na prevenção de cânceres de pâncreas, estômago, esôfago e colonrretal, e do uso da cannabis medicinal para tratamento da dor. Profissionais como George Netto, professor de Patologia e Medicina Laboratorial na Escola de Medicina de Perelman, na Pensilvânia, e Kevin Kalinsky, diretor do departamento de Hematologia e Oncologia da Escola de Medicina da Universidade de Emory, em Atlanta, são destaques internacionais da atual edição.

Ainda durante a cerimônia de abertura do evento, que ocorre no Centro de Convenções do Windsor Oceânico, na Barra da Tijuca, o CEO dos Hospitais da Rede D’Or, Rodrigo Gavina, salientou a relação do congresso com os valores do grupo hospitalar. “O Congresso Internacional Oncologia D’Or vai ao encontro dos valores da Rede D’Or, de gerar medicina de alto desempenho em ambiente adequado aos profissionais de saúde, pois permite aprender cada vez mais e compartilhar conhecimento em prol da sociedade”, finalizou.

Daniel Herchenhorn, oncologista clínico da Oncologia D’Or; Vinicius Rocha, CEO da Oncologia D’Or; Leandro Tavares, vice-presidente da Rede D’Or; Fernanda Tovar-Moll, presidente do IDOR; Paulo Hoff, presidente da Oncologia D’Or; e Rodrigo Gavina, CEO dos Hospitais da Rede D’Or.

Rio de Janeiro vai receber a nona edição de Congresso Internacional de Oncologia
Serão dois dias de debate sobre os avanços em diagnóstico e tratamento de câncer

 

Congresso de Oncologia chega a sua nona edição

 

Da Redação

Por ano, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), mais de 700 mil novos casos de câncer são diagnosticados no Brasil. Ainda que a estimativa do INCA impressione, representa, por exemplo, mais do que a população de Aracajú, capital de Sergipe, a medicina tem registrado contínuos avanços em diagnóstico e tratamento de câncer, assegurando novos horizontes e excelentes perspectivas para os pacientes. As últimas novidades e os temas mais atuais na oncologia serão debatidos na IX edição do Congresso Internacional Oncologia D’Or, que acontece nos dias 12 e 13 de abril,  no Centro de Convenções do Windsor Oceânico, na Barra da Tijuca.

Presidente da Oncologia D’Or, Paulo Hoff destaca que o evento é pensado para proporcionar aos congressistas uma imersão do que há de mais moderno na oncologia, bem como a oportunidade de atualizar o conhecimento. Para isso, serão mais 50h de programação distribuídos em quase 40 mesas ou módulos temáticos. Ao todo, serão mais de 250 palestrantes, incluindo convidados internacionais, como George Netto, professor de Patologia e Medicina Laboratorial na Escola de Medicina de Perelman, na Pensilvânia e Kevin Kalinsky, diretor do departamento de Hematologia e Oncologia da Escola de Medicina da Universidade de Emory, em Atlanta.

As contribuições da tecnologia e inovação para diagnósticos mais precisos e tratamentos mais eficazes estão entre os principais destaques do Congresso. São mesas que vão tratar de questões de tecnologias recentes, como o uso de testes biomoleculares e aplicação da biópsia líquida, que permitem identificar melhor o tumor e proporcionam uma terapia mais adequada.

Haverá espaço para falar sobre o uso de intervenções cirúrgicas. É o caso da cirurgia bariátrica, que é uma alternativa na prevenção de cânceres de pâncreas, estômago, esôfago e colonrretal. Também serão discutidas questões que ainda precisam ser desmistificadas, como o uso da canabis medicinal para tratamento da dor nos pacientes e a decisão pela adoção dos cuidados paliativos.

As inscrições para o evento são gratuitas e voltadas para médicos, acadêmicos e profissionais da área oncológica ou demais profissionais de outras áreas da saúde, e devem ser realizadas pelo site do congresso.

Abril Azul: instituto de SC reforça a importância de cuidar de quem cuida
Com ambiente acolhedor e empoderador, o Instituto Autonomia trabalha há quase 20 anos no acolhimento de pessoas com TEA e seus familiares.

O mês de abril é considerado o mês de conscientização do autismo em todo o país. O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição de saúde caracterizada por desafios em habilidades sociais, comportamentos repetitivos e problemas na comunicação e na interação social. O Dia Mundial de Conscientização do Autismo foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2007 e todos os anos, no dia 2 de abril, a data é comemorada no mundo inteiro, com o objetivo de trazer informações sobre o autismo e reduzir o preconceito que afetam as pessoas que vivem com o transtorno.

Mais que cuidar de pessoas com TEA, a data também é importante para falar sobre quem cuida. No Brasil, segundo o estudo “Retratos do Autismo no Brasil em 2023”, existem cerca de 6 milhões de autistas. Os cuidadores dessas pessoas são geralmente mães, pais e avós que também precisam de apoio emocional e acolhimento pois enfrentam uma série de adversidades no dia a dia que causam impacto significativo em sua saúde mental.

Pensando nesse cenário, em 2009, o Instituto Autonomia foi fundado partido da ótica de acolher pessoas com TEA e seus familiares. Localizado em Florianópolis, o Instituto trabalha com projetos e atividades que promovem a educação inclusiva, fomentam a convivência e integração social entre as pessoas com e sem deficiências, além disso estão na linha de frente da formulação e avaliação de políticas públicas referentes a pessoas com autismo e PCDs.

Instituto Autonomia acolhe cerca de 70 famílias por ano.

Para a Presidente do Instituto, Andrea Monteiro, o Abril Azul vai além do simples reconhecimento do autismo. É um apelo por mais ações de políticas públicas voltadas para a causa, compreensão mais profunda e rompimento de preconceitos pré-estabelecidos sobre pessoas com TEA. “Além disso, sabe-se que as crianças e adultos especiais necessitam de uma maior atenção e prestação de cuidados, tarefas que ficam sob responsabilidade da família. No caso dos pais de crianças com TEA, a demanda é maior à medida que a idade avança”, destaca.

A psicóloga do Instituto, Michelle Pereira, ressalta o convívio com os pais e responsáveis por pessoas com  TEA no Instituto Autonomia escancara a sobrecarga emocional e fragilidade na saúde mental dessas pessoas. “Diante disso, é importante lembrar não apenas dos pequenos, mas também dos pais que enfrentam uma série de adversidades no dia a dia, que vão desde a busca por intervenções terapêuticas até questões como dificuldades de comunicação. Isso tem um impacto significativo em sua saúde mental”, pontua a psicóloga.

A entidade atende cerca de 70 famílias ao ano. Entre as atividades realizadas no Instituto estão o Projeto Autonomia Aquática, que consiste no desenvolvimento da coordenação motora; Projeto Artistas Autistas, uma oficina de artes que trabalha na socialização e criatividade; Projeto Cannabis Medicinal, que atua na melhora de comportamentos e interações sociais, além da diminuição de convulsões; Caiaque Terapia, que integra as atividades aquáticas no propósito de trazer  benefícios motores e cognitivos; além da Oficina da Terra, onde é realizada o plantio e colheita de comidas orgânicas e nesse processo a conexão com a  natureza favorece o sistema sensorial.

“Com ambiente que acolhe e empodera pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e seus familiares, a nossa organização amplia as oportunidades de socialização, desenvolvimento pessoal, melhora da autoestima e percepção mais ampla no presente e projeção para o futuro”, finaliza a Presidente.