Com mais de 8,5 mil presentes, Congresso de Cardiologia da Rede D’Or trouxe os principais avanços no diagnóstico e tratamento de doenças do coração
Implantes de válvulas do coração, uso de IA na prática médica foram alguns dos destaques

 

 

Da Redação

Terminou neste sábado (09) a quarta edição do Congresso Internacional de Cardiologia da Rede D’Or, que reuniu cerca de 8,5 mil pessoas no Windsor Oceânico, na Barra da Tijuca. Ao longo dos três dias, o público acompanhou dezenas de mesas que apresentaram as novidades em prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças cardíacas, responsáveis por cerca 400 mil mortes por ano. Novos modelos de implantes de válvulas coração, atualização de diretrizes clínicas, desafios do dia a dia dos cardiologistas e debates de casos foram alguns dos destaques da programação. Diretora nacional de Cardiologia da Rede D’Or, Olga Souza se diz feliz pelo resultado alcançado, com salas sempre cheias, algumas até com fila de espera. “A participação em congressos e seminários é fundamental para o médico que deseja se manter atualizado. Hoje as novidades surgem muito rápido, por isso nos dedicamos em trazer sempre o que há de mais atual na cardiologia, bem como o que já está por vir”, ressalta Olga.

Um cenário muito comum no evento foi o de estudantes nos corredores e salas. Eles, por sinal, fizeram fila no primeiro dia para acompanhar as mesas sobre atendimentos em emergências e poder saber mais sobre a rotina e protocolos no cuidado com os pacientes que chegam com dor torácica. Um dos pontos ressaltados foi o da importância do diagnóstico ser rápido para diminuir a mortalidade. Gerente Médica da Emergência Hospital Copa Star, Paula Spirito explicou que o médico precisa estar atento à característica da dor e ao tempo de duração. “Em torno de 6 milhões em meio de pessoas vão anualmente procurar atendimento por dor torácica”, ressaltou. O pneumologista João Pantoja alertou que 5 a 10% das emergências por dor  torácica são causadas por embolia pulmonar. É um quadro que a incidência aumenta com a idade. Como as pessoas têm vivido mais, observou, tem se registrado mais casos. “Um ponto relevante é que 40% dos pacientes chegam à emergência sem os sintomas de embolia pulmonar”, contou.

Foi possível, também, acompanhar a transmissão ao vivo, diretamente do University Hospitals de Cleveland, nos Estados Unidos, um procedimento de implante de válvula cardíaca, para tratamento de estenose aórtica em um paciente de 74 anos. No Brasil, o Copa Star foi o primeiro hospital a usar a última geração de próteses para válvula aórtica, que têm um ciclo de duração estimado em até 20 anos contra os 10 anos dos modelos tradicionais. “Houve também uma enorme evolução nas técnicas dos procedimentos. Hoje, com as cirurgias minimamente invasivas, conseguimos operar o paciente sem precisar de anestesia geral e grandes cortes. O paciente, em muitos casos, vai para casa 48 horas após a colocação do implante”, disse Cleverson Zukowski, coordenador de cardiologia intervencionista da Rede D’Or no Rio de Janeiro, em mesa sobre doença multivalvar.

A gerente corporativa de Cardiologia da Rede D’Or, Angelina Camiletti, ao falar sobre o cenário atual da cardiologia, pontuou avanços da medicina, que deixou no passado a era clínica de quando o exame era feito do pulso e da escuta. “Hoje integramos a clínica com a IA. Chegamos na era 5.0, quando conectamos a tecnologia com o ser humano”, destacou a palestrante, que ponderou que é preciso entender o que acontece no mundo em termos de IA para que seja mas assertivo. “Não é o dado pelo dado. O olhar precisa ser colaborativo, tem que ser sistêmico e inteligente para usar a tecnologia com mais precisão e segurança. A tecnologia mais avançada é o cuidado humano bem executado”, afirmou. No entanto, apesar dos avanços tecnológicos, ela alertou que ainda há o desafio de mudar o hábito de vida de boa parte da população. No Brasil, a cada 90 segundo uma pessoa morre por doenças cardiovasculares, porém 70% das doenças são evitáveis. “São doenças causadas por alimentação, estresse e estilo de vida”, ressalta.

O futuro da prática médica foi outro tema bem presente na programação, seja com debates sobre a revolução que a IA ainda vai provocar, bem como com reflexões de como deve ser  o profissional em um mundo cada vez mais digital. Head do setor de Inteligência Artificial da Rede D’Or, Daniel Ferraz, explicou que a IA tem acurácia maior quando faz comparação com humanos, mas sempre com o médico como tomador de decisão e sempre focado nos pacientes. “A tecnologia pode deixar o atendimento médico mais humano como era no início. Hoje se gasta 50 minutos que envolve processos burocráticos, a IA vai dar conta deles, permitindo que o médico se dedique mais ao paciente”, afirmou. Por sinal, saber lidar com inovações como IA e Big Data estão entre as habilidades mais desejadas até 2030 relatou a gerente de operações Clínicas na Edwards Lifesciences, Ana Carolina Lici, em palestra sobre os profissionais 5.0. “Mas habilidades que hoje estão entre as mais valorizadas, como liderança e pensamento criativo, permanecerão no futuro”, disse.

Para o presidente do Congresso, o cardiologista Antônio Aurélio, o desafio agora é fazer com que a edição do ano que vem seja ainda melhor. “Esperamos todos de volta em 2026, aqui, no Rio de Janeiro. Já vamos começar a pensar na quinta edição, queremos trazer novidades, mantendo a interatividade das mesas que têm sido uma marca registrada, mas principalmente conteúdo que faça a diferença no dia a dia dos médicos, para que possam cuidar melhor dos pacientes”, revelou.

Rede D’Or promove quarta edição de Congresso Internacional de Cardiologia
Ao longo de três dias, serão apresentados os avanços no diagnóstico e tratamento das doenças do coração. No Brasil, uma pessoa morre, em média, a cada 90 segundos por causa de problemas cardíacos

Olga Souza: são aguardados mais de 7 mil pessoas no congresso

 

Da Redação

Começa nesta quinta-feira (07) e vai até sábado (09) a quarta edição do Congresso Internacional de Cardiologia da Rede D’Or, que vai reunir no Rio de Janeiro alguns dos principais cardiologistas do país, além de convidados internacionais, para debater as mais recentes inovações em prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças cardíacas, que permanecem como a principal causa de morte no Brasil e no mundo. Apenas no país, são registrados cerca de 400 mil óbitos por ano — o que equivale a uma morte a cada 90 segundos. Entre as condições mais fatais estão a Doença Arterial Coronariana (DAC) e o Acidente Vascular Cerebral (AVC). O congresso acontece no Windsor Barra Hotel, na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade.

“Serão discutidos temas relevantes da prática clínica do cardiologista, com apresentações interativas e discussão de casos clínicos. A programação foi planejada para abordar toda a complexidade da cardiologia. Teremos módulos sobre cardiopatia congênita, insuficiência cardíaca, cardio-oncologia, entre outros temas”, explica a diretora nacional de Cardiologia da Rede D’Or, Olga Souza.

Presidente do Congresso, o cardiologista Antônio Aurélio destaca que o público terá uma oportunidade única de conhecer os mais recentes avanços técnicos e tecnológicos no cuidado com a saúde do coração. Segundo ele, a Rede D’Or tem sido pioneira na introdução dessas inovações no Brasil, especialmente no campo da cardiologia intervencionista. “Estamos na vanguarda da cardiologia intervencionista, como será possível ver na mesa de abertura do evento”, afirma.

Antônio também observa que o aumento da longevidade exige cuidados cada vez maiores com a saúde cardiovascular. Com o avanço da idade, é comum haver degeneração nas válvulas responsáveis por garantir o fluxo sanguíneo adequado. Estudos indicam que de 3% a 5% da população com mais de 65 anos pode apresentar algum grau de comprometimento da válvula aórtica. “Consolidar os avanços cirúrgicos é essencial para tratarmos esses pacientes e oferecermos melhor qualidade de vida”, reforça.

Entre os nomes confirmados estão dois convidados internacionais: David Morrow, professor de Harvard e especialista em Terapia Intensiva Cardíaca, e Susan Dent, oncologista clínica do Instituto de Câncer Wilmot, diretora de Cardio-Oncologia e professora de Medicina da Universidade de Rochester (NY). Paralelamente ao Congresso, também ocorrerão simpósios sobre a qualidade no cuidado ao paciente e a importância do trabalho multidisciplinar.

Serviço
Congresso Internacional de Cardiologia da Rede D’Or
Datas:
07, 08 e 09 de agosto
Inscrições:
Congresso Internacional de Cardiologia da Rede D’Or 2025
Local:
Windsor Barra Hotel – Avenida Lúcio Costa, 2630, Rio de Janeiro – RJ
Congresso Internacional de Cardiologia da Rede D’Or 2025

Recife recebe décima edição de simpósio internacional de câncer urológico
A incorporação de tecnologias como IA e robótica será um dos destaques do evento

O oncologista norte americano Ritesh Kotecha é um dos palestrantes confirmados

 

Da Redação

Começa hoje e termina amanhã (05) a décima edição do Simpósio Internacional de Uro-Oncologia. Realizado pela Oncologia D’Or, o evento vai reunir alguns dos principais nomes da oncologia do país no Beach Class Convention by HÔM, em Recife, para discutir o que há de mais atual e relevante em tratamento e diagnóstico de tumores urológicos. Coordenador científico do simpósio e diretor Regional da Oncologia D’Or Pernambuco, o oncologista José Iran Costa ressalta que o uso da cirurgia robótica, incorporação da inteligência artificial (IA) e o impacto genético na incidência de tumores, estão entre os principais destaques da programação.

O coordenador observa que se manter atualizado é um desafio cada vez maior para os médicos, frente à velocidade dos avanços tecnológicos.  No dia 05, por exemplo, todas as mesas da parte da tarde serão dedicadas à evolução da cirurgia robótica no tratamento de tumores urológicos, como câncer de próstata, segundo mais comum em homens. São estimados 71 mil novos diagnósticos por ano no Brasil. A incorporação da tecnologia robótica tem ampliado significativamente as possibilidades terapêuticas, inclusive para pacientes que antes eram considerados inoperáveis. José Iran observa que felizmente a tecnologia também tem feito o mesmo para câncer de rim, bexiga, entre outros. “Vamos compartilhar casos clínicos nos quais o acesso ao equipamento robótico foi vital para mudar o prognóstico dos pacientes”, relata.

Ele destaca, ainda, que o uso da IA, que vai nortear um dos módulos do primeiro dia, é outro exemplo de como a incorporação de novas tecnologias é um fator fundamental para proporcionar melhores diagnósticos e terapias. “Hoje conseguimos diagnósticos mais precisos e precoces, pois a inteligência artificial consegue analisar dados que são imperceptíveis para o homem. E acredito que ainda estamos longe da real capacidade dessa tecnologia”, avalia o oncologista.

Ao todo, serão 65 palestrantes, que vão discutir, em 11 módulos, além de uma aula magna e um simpósio satélite, o estágio atual, bem como as perspectivas futuras dos cânceres urológicos. Um dos nomes confirmados é o do norte americano Ritesh R. Kotecha. Oncologista geniturinário, Kotecha lidera estudos de imunoterapia e terapia celular do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, referência mundial em pesquisa e tratamento oncológico.

Sobre a Oncologia D’Or

Fundada em 2011, a Oncologia D’Or é composta por clínicas focadas no diagnóstico e tratamento do câncer e de doenças hematológicas, com padrão de qualidade reconhecido internacionalmente.

Presente em 12 estados brasileiros e no Distrito Federal, a Oncologia D’Or conta com mais de 60 clínicas, oferecendo atendimento altamente especializado, pautado na excelência médica, na inovação tecnológica e no acolhimento humanizado.

Com um corpo clínico formado por mais de 500 especialistas em oncologia, hematologia e radioterapia, além de equipes multidisciplinares capacitadas, a Oncologia D’Or promove um cuidado humanizado e personalizado em todas as fases do tratamento.

Sua atuação é integrada aos hospitais da Rede D’Or, garantindo sinergia entre clínicas, equipes médicas e estruturas hospitalares. Essa conexão assegura maior agilidade no diagnóstico, continuidade no tratamento e uma jornada assistencial mais eficiente e acolhedora para o paciente oncológico.

Serviço

X Simpósio Internacional de Uro-Oncologia Oncologia D’Or
Data: 04 e 05 de julho
Local: Beach Class Convention by HÔM – R. Maria Carolina, 661 – Boa Viagem, Recife – PE
Link: X Simpósio Internacional de Uro-oncologia Oncologia D’Or

O Mercado das Unimeds
RECEITAS E SINISTRALIDADE DAS UNIMEDS CRESCEM NO PERÍODO 2019-2024

 

Novo levantamento sobre o mercado das Unimeds, feito pelo Núcleo de Saúde da SP4 Comunicação, mostra os indicadores financeiros desse segmento no período 2019-2024, com destaque para o desempenho das 10 maiores Unimeds. Entre outros dados, o estudo mostra que, ao mesmo tempo em que a receita de contraprestação de serviços médico-hospitalares cresceu 54,1%, elevou-se também o índice de sinistralidade desse segmento da saúde suplementar, de 83,2% em 2019 para 83,4% em 2024.

Os dados sobre as dez maiores Unimeds e sobre o conjunto do Sistema Unimed estão organizados em tabelas comparativas sobre a evolução das receitas, das despesas assistenciais e dos índices de sinistralidade. O estudo anterior, que pode ser acessado neste link, analisava os números relativos à população de beneficiários com recortes por regiões e estados.

O trabalho, baseado em dados do Painel da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), foi realizado de forma colaborativa com o objetivo de contribuir para a melhor compreensão do setor privado de saúde e, consequentemente, para o seu desenvolvimento em bases sustentáveis. O levantamento completo está disponível no link https://lnkd.in/dY7YpYTT.