Hospital de Campanha do Parque dos Atletas vai ampliar a unidade de terapia intensiva em 50 leitos
Com a mudança, serão 100 leitos de UTI no total

 

Da Redação

Projetado inicialmente para ter 150 leitos de enfermaria e 50 de unidade de terapia intensiva (UTI), o Hospital de Campanha do Parque dos Atletas terá uma nova disposição. Devido à gravidade média dos pacientes que têm sido atendidos, foi decidido transformar 50 leitos de enfermaria em uma ala de UTI. Com a mudança, serão, no total, 200 leitos, sendo 100 de enfermaria e 100 de UTI. Já nesta segunda feira, (25), serão abertos mais 14 leitos e os demais serão disponibilizados de forma escalonada.

Inaugurado antecipadamente no último dia 11, com 80 leitos, o Hospital de Campanha do Parque dos Atletas, já atendeu mais de 100 pacientes. Ainda na primeira semana, outros 14 leitos de UTI foram abertos por causa do quadro avançado da doença registrado em boa parte dos pacientes. Neste momento, a unidade opera com 50 leitos de UTI e 100 de enfermaria.

Voltado para atender exclusivamente os pacientes do SUS, vítimas da Covid-19, o Hospital de Campanha do Parque dos Atletas, localizado na Zona Oeste do Rio, é financiado pela iniciativa privada. A ampliação da capacidade da UTI será possível devido aos equipamentos viabilizados pela Rede D’Or, além de um aporte financeiro feito pela Shell e Aqui! Card Soluções de Pagamentos. Os novos apoiadores se unem aos patrocinadores Movimento União Rio, Stone Pagamentos, Mubadala, Qualicorp, SulAmérica Seguros, Vale, Banco BV e a própria Rede D’Or, que também esteve à frente da construção da unidade e é responsável pela sua gestão. O Governo do Estado responde pelo terreno onde ocorre a iniciativa.

O hospital terá duração de 120 dias, a partir de sua abertura, com possibilidade de atender mais de duas mil pessoas. Os leitos de UTI são equipados com dispositivos necessários para pacientes de alta complexidade, como ventiladores mecânicos, monitores e bombas de infusão. A unidade conta ainda com equipamentos de diagnóstico adequados ao tratamento, como tomógrafos, ecocardiógrafo, aparelho de ultrassonografia e radiologia convencional, além de suporte de laboratório de patologia clínica.

Especialistas alertam sobre sintomas menos comuns da covid-19
Perda de olfato e paladar pode ocorrer em mais de 20% dos casos

Com a evolução da pandemia do novo coronavírus (covid-19), autoridades de saúde chamam a atenção para os sintomas da doença, especialmente os mais comuns. Mas outras manifestações também podem ser um indicativo da doença e devem ser motivo de alerta.

Em sua página especial com informações sobre o novo coronavírus, o Ministério da Saúde lista os sintomas da doença gerada pelo vírus: tosse, febre, coriza, dor de garganta e dificuldades respiratórias.

Mas pesquisas revelaram outros sinais. Entre eles a perda de olfato e de paladar. Segundo o presidente do Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF), Farid Buitrago, essas manifestações ocorrem em 20% a 30% dos casos que apresentam sintomas.

“Este sintomas não são muito comuns, mas quando acontece a pessoa deve ficar atenta porque pode ser uma das manifestações do coronavírus. Associado a isso, se tiver febre, tosse e dor de garganta já fecha o diagnóstico”, alerta o médico.

Ele conta que a atenção a esses sintomas é um indicativo importante para o novo coronavírus porque são raras as condições que provocam essas alterações. “Eventualmente alguma doença pode causar isso, como tumores. Gripes comuns podem causar estes sintomas, mas é menos comum”, comenta o presidente do CRM-DF.

Caso a pessoa verifique estes sintomas, a orientação é a mesma para os demais: procurar uma unidade de saúde na atenção básica, os chamados postos de saúde. Nestes locais os profissionais encaminham a testagem e, em situações mais graves, para um atendimento em unidades de pronto atendimento ou hospitais.

Outros sintomas

O médico Farid Buitrago destaca que há outros sintomas, ainda menos comuns. Entre eles conjuntivite, náuseas e alterações gastro-intestinais, como dor de estômago e diarreia. Para conjuntivite, estudos mostraram a ocorrência em cerca de 10% dos casos.

“Tem outro que também se fala muito pouco que são alterações da pele. A Sociedade Espanhola de Dermatologia elaborou atlas para mostrar lesões na pele para pacientes de coronavírus. Desde manchas vermelhas até que parecem como queimaduras de fogo ou de gelo. Essas marcas estão presentes nos pés e mãos, em pessoas jovens”, relata o presidente do CRM-DF.

Webinar vai debater a telemedicina na pandemia
A Inlags Academy vai debater os aspectos médicos, jurídicos e tecnológicos

 

Da redação

A Inlags Academy promove, no dia 22 de maio, às 18h, um webinar sobre TELEMEDICINA NA PANDEMIA: Aspectos Médicos, Jurídicos e Tecnológicos. Participam o neurologista Alexandre Ghelman, a cardiologista Claudia Cantanheda, a advogada especializada em Direito Médico Manuela Marcatti, e o Rodolfo Canedo, CEO da Shosp, empresa especializada em software médico. O Conselheiro do Inlags Paulo Marcos Souza será o moderador do evento.

Para participar, é necessário fazer a inscrição pelo link https://zoom.us/webinar/register/WN_hmHQAL76RXSd1taur3FTDA. Após a inscrição, será enviado um e-mail de confirmação contendo as orientações sobre como assistir o webinar.

Federação Brasileira de Hospitais defende linha de crédito para a rede privada
Entidade vem pleiteando programa com o BNDES

Pandemia reduziu a demanda por cirurgias e exames nos hospitais

 

Da Redação

A Federação Brasileira de Hospitais (FBH) vem pleiteando que o BNDES ofereça linhas de crédito acessíveis ao setor hospitalar, principalmente para os de pequenos e médios porte. Na visão da FBH, são esses estabelecimentos os que mais precisam de apoio em um momento em que muitos registram queda, que chega em alguns casos a 80%, na demanda de procedimentos e cirurgias com a pandemia. Porém, o BNDES enfrenta um gargalo, que é a necessidade de apoio de instituições financeiras credenciadas para poder atender o grande volume de empresas. Sem capital de giro para manter os custos, a previsão é de que haja, nas próximas semanas, desligamentos de colaboradores, o que vai pesar na taxa de desemprego do país, além de afetar o atendimento público. Hoje, os hospitais filiados à FBH respondem por 62% dos atendimentos no SUS.

A FBH alerta que um consenso com o BNDES é fundamental, em vista da essencialidade da continuidade das operações dos serviços de saúde para o combate ao coronavírus, bem como para todos os outros atendimentos que dependem dos hospitais e das clínicas de diagnóstico. Pois se não houver alternativas para manter a sustentabilidade desses estabelecimentos, a situação se tornará irreversível e o prejuízo para o país será incalculável.