Instituto para transformar a saúde suplementar é lançado oficialmente após debate setorial no Rio de Janeiro
Evento contou com a presença de Paulo Rebello, presidente da ANS, além de diversos representantes de entidades do setor

Sergio Vieira (presidente da Abramge RJ/ES), Paulo Rebello (presidente da ANS), Paulo Marcos (presidente de honra do IQCS), Ricardo Garrido (presidente do Sincor-RJ) e Adriano Londres (moderador do debate).

Da Redação

Na última segunda-feira (02) foi lançado oficialmente o Instituto de Qualificação da Contratação na Saúde Suplementar (IQCS). Em parceria com a Faculdade Mackenzie, o Instituto promoveu debate setorial no Rio de Janeiro com o tema “Impactos da atuação do profissional de venda de planos de saúde”. O debate, moderado por Adriano Londres, contou com a presença do presidente da ANS, Paulo Rebello, o presidente da Abramge-RJ/ES, Sergio Vieira, representando Gustavo Ribeiro, o presidente da ABRAMGE e o presidente do SINCOR-RJ, Ricardo Garrido. Paulo Marcos, presidente de honra do IQCS, também participou do debate e argumentou a favor de uma maior qualificação do profissional de vendas. “O corretor é demais profissionais que vendem plano de saúde devem servir a sociedade. A capacitação desse profissional e posterior certificação pelo Instituto é o melhor caminho para que ele consiga cumprir seu objetivo e a sociedade identifique e valorize esse profissional”, afirmou o presidente do instituto.

O debate setorial trouxe discussões sobre os problemas que decorrem de uma venda mal feita de plano de saúde, sobre a lacuna regulatória desses profissionais de venda, da importância de se conhecer a regulação do setor e os problemas que são evitados quando a venda e a gestão pós-venda de um plano de saúde são feitas por um profissional qualificado. “Não podemos deixar de enxergar no horizonte que uma venda bem feita, com informação qualificada, diminuirá o número de reclamações. É importante que tenhamos um instituto como esse para qualificar cada vez mais os corretores”, destacou Paulo Rebello, presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar, durante o debate.

Estima-se que cerca de 100 mil profissionais atuam com venda de planos de saúde no Brasil, mas, até então, não havia método de reconhecimento dos especialistas no setor. A partir dessa ideia surge o instituto, que já conta com 14 cursos online disponíveis para os corretores e demais profissionais de venda. “É uma iniciativa fantástica que faço questão de participar. No final da linha o que estamos buscando é a proteção do consumidor e da sociedade através de mais capacitação e orientação”, explicou o presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros do Rio de Janeiro (SINCOR/RJ), Ricardo Garrido.

Paulo Rebello, presidente da ANS.

O evento contou com a presença de importantes nomes do mundo jurídico, como Lucas Miglioli, sócio fundador do M3BS Advogados. O jurista ressaltou a importância do instituto no setor da saúde suplementar. “É uma iniciativa fundamental porque uma venda de qualidade resulta em um relacionamento muito positivo a médio e longo prazo. Muitas discussões no âmbito jurídico ocorrem justamente por causa de um desalinhamento de expectativa no ato da contratação”, explicou.

Outros nomes do setor da saúde suplementar também estiveram presentes. Roberto Cury, presidente da Associação Brasileira de Planos Odontológicos (SINOG), parabenizou os idealizadores do IQCS pela iniciativa. “É um tema que já deveria ser adotado e temos que insistir nele. Qualificar a venda ajuda muito para uma continuidade de contrato”, ressaltou. O CEO da Allcare, empresa gestora de saúde, Farias Pereira de Sousa também parabenizou a criação do IQCS que, segundo o empresário, chega para engrandecer o mercado da saúde suplementar. “Desde a primeira vez que fui apresentado à ideia, eu indiquei que gostaria de ser um parceiro. Uma vez o vendedor sendo bem qualificado, teremos cada vez mais beneficiários esclarecidos na contratação do plano. É uma iniciativa maravilhosa e estamos aqui para agraciar esse momento”, finalizou. Ao final do evento, Farias ainda anunciou ter fechado o primeiro acordo do Instituto para certificação ouro de profissionais de venda ligados à AllCare.

Os cursos para os corretores que desejarem se especializar em venda de planos de saúde estão disponíveis através do site www.iqcs.com.br. As aulas duram de 30 a 40 minutos e totalizam até 5 horas para cada curso. “É preciso um tanto de coragem para desafiar o status quo. Mas o Instituto tem essa ambição de transformar o setor de saúde suplementar, catalizando um ciclo virtuoso para melhora contínua desse setor que presta serviços muito importantes para os brasileiros”, afirma Leandro Fonseca, idealizador e fundador do Instituto de Qualificação da Contratação na Saúde Suplementar.

 

Instituto busca transformar a saúde suplementar com certificação de corretores
Fundado pelo ex-presidente da ANS, Leandro Fonseca, o IQCS quer preencher o vazio da falta de qualificação especializada dos vendedores de planos de saúde

Leandro Fonseca, ex-presidente da ANS e idealizador do Instituto de Qualificação da Contratação na Saúde Suplementar. (Foto: divulgação)

Da Redação

Promover uma mudança no setor de saúde suplementar. É com essa expectativa que será lançado em setembro o Instituto de Qualificação da Contratação na Saúde Suplementar (IQCS). À frente da iniciativa, Leandro Fonseca, ex-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O IQCS surge inicialmente para atender uma lacuna dentro do setor que é a qualificação especializada dos corretores de planos de saúde. Estima-se que cerca de 100 mil profissionais atuam com venda de planos de saúde no Brasil. O lançamento oficial será no dia 2 de setembro, após debate setorial promovido pelo IQCS em parceria com a Faculdade Mackenzie sobre o Impacto da atuação dos profissionais de venda de planos de saúde, com a presença do presidente da ANS, Paulo Rebello; presidente da Abramge, Gustavo Ribeiro; o presidente do IQCS, Paulo Marcos e o presidente do SINCOR-RJ, Ricardo Garrido, com moderação de Adriano Londres, CEO da Arquitetos da Saúde.

O diagnóstico feito pelo Instituto é que muitos dos problemas e conflitos entre operadora e beneficiário seriam evitados se houvesse uma formação apropriada de quem trabalha com a venda. Leandro cita, por exemplo, a discussão atual de cancelamento de contratos por parte das operadoras e fraudes. Há casos, ressalta ele, em que o cancelamento indevido decorre de uma venda mal-feita, que gera uma expectativa no beneficiário que não vai ser atendida, bem como na operadora em relação àquele vínculo que, não necessariamente, está corretamente sendo respondida a demanda do contratante.

Para preencher essa lacuna, o IQCS vai oferecer cursos online, inicialmente serão 14 modalidades, com aulas de 30 a 40 minutos. No total, serão até 5 horas de conteúdo em cada curso. As aulas abordam, por exemplo, temas que costumam estar entre as principais causas de judicialização do setor, como precificação e reajuste de plano de saúde, carência e rol da ANS. A expectativa é que essa qualificação contribua para redução de disputas judiciais, de fraudes e da desconfiança que permeia o setor. A visão é que um profissional de vendas melhor preparado, pode ser um agente fundamental para diminuir os conflitos entre operadora e contratante. “É preciso um tanto de coragem para desafiar o status quo. Mas o Instituto tem essa ambição de transformar o setor de saúde suplementar, catalizando um ciclo virtuoso nesse setor que presta serviços muito importantes para os brasileiros”, afirma Leandro.

Serviço

Lançamento do Instituto de Qualificação da Contratação na Saúde Suplementar (IQCS)
Dia: 02 de setembro – após debate setorial: Impactos da atuação dos profissionais de venda de planos de saúde
Horário: 17h às 19h
Local: Faculdade Mackenzie – Rua Marquês de Olinda, 70 – Botafogo – RJ
Inscrições: www.iqcs.com.br

Planos odontológicos registraram 32,2 milhões de usuários em outubro
Contratos de assistência médica perdem 11 mil beneficiários no período

Da Agência Brasil

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) informou que os planos exclusivamente odontológicos registraram 32,2 milhões de usuários em outubro de 2023. Em um ano, somaram-se 2,4 milhões de beneficiários e, na comparação de outubro com setembro, 291,8 mil.

Já os planos de assistência médica totalizaram no período 50,8 milhões de usuários. Nos planos médico-hospitalares, houve crescimento de 963,3 mil beneficiários em relação a outubro de 2022, mas, no comparativo de outubro com setembro de 2023, houve queda de 11 mil.

Em relação aos estados, no comparativo com outubro de 2022, o setor teve evolução de beneficiários em planos de assistência médica em 24 unidades federativas, sendo São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais os estados que tiveram maior crescimento em números absolutos.

Entre os planos odontológicos, 26 unidades federativas registraram crescimento no comparativo anual. São Paulo, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro foram os estados com maior crescimento em números absolutos.

ANS atualiza regras para alteração de hospitais nos planos de saúde
Norma amplia portabilidade de carências

Da Agência Brasil

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou novas regras para a alteração de rede hospitalar das operadoras de planos de saúde. As mudanças estão relacionadas com a Consulta Pública nº 82/2021, que recebeu contribuições sobre quais deveriam ser os critérios para alteração da rede assistencial das operadoras. 

Novas regras entram em vigor 180 dias após publicação no Diário Oficial da União.

As mudanças valem tanto para a retirada de um hospital da rede, como para a troca de um hospital por outro. O objetivo é dar maior transparência e segurança aos beneficiários.

Portabilidade

Nos casos em que os beneficiários ficarem insatisfeitos com a exclusão de um hospital ou serviço de urgência e emergência do prestador hospitalar da rede de sua operadora, ocorrida no município de residência do beneficiário ou no município de contratação do plano, o beneficiário passa a ter direito de portabilidade sem prazo de permanência no plano. Com isso, não precisará cumprir os prazos mínimos de permanência no plano (1 a 3 anos).

Também não será exigido que o plano de origem e o de destino sejam da mesma faixa de preço, como acontece atualmente nos outros casos de portabilidade de carências.

Comunicação

Pelas novas regras, as operadoras também serão obrigadas a comunicar os consumidores, individualmente, sobre exclusões ou mudanças de hospitais e serviços de urgência e emergência na rede credenciada no município de residência do beneficiário. A comunicação individualizada deve ser feita com 30 dias de antecedência, contados do término da prestação de serviço.

O diretor-presidente da ANS, Paulo Rebello, ressalta as vantagens ao consumidor do plano de saúde. “Além de ser informado oficialmente sobre qualquer mudança na rede hospitalar da sua operadora, o consumidor terá maior mobilidade, pois ficará mais fácil fazer a portabilidade de carências caso o hospital de sua preferência saia da rede da sua operadora”.

Redução da rede

Em relação à redução de rede hospitalar, uma das principais mudanças está relacionada à análise do impacto da retirada do hospital sobre os consumidores atendidos pela operadora.

Desta forma, caso a unidade a ser excluída seja responsável por até 80% das internações em sua região de atendimento, a ANS determina que a operadora não poderá apenas retirar o hospital da rede, mas deverá substituí-lo por um novo.

Substituição de hospitais

A avaliação de equivalência de hospitais para substituição também deverá ser realizada a partir do uso de serviços hospitalares e do atendimento de urgência e emergência, nos últimos 12 meses. Assim, se, no período analisado, os serviços tiverem sido utilizados no prestador excluído, eles precisarão ser oferecidos no prestador substituto.

E se o hospital a ser retirado pertencer ao grupo de hospitais que concentram até 80% das internações do plano, não será permitida a exclusão parcial de serviços hospitalares.

A norma aprovada também obriga o hospital substituto a estar localizado no mesmo município do excluído, exceto quando não houver prestador disponível. Neste caso, poderá ser indicado hospital em outro município próximo.

O diretor de Normas e Operações de Produtos da ANS, Alexandre Fioranelli, destacou que o foco da ANS, com a adoção dos novos critérios, está na segurança do consumidor com plano de saúde contratado. “A proposta é que o beneficiário seja menos afetado em razão da relação desfeita entre a operadora e o prestador. Esta proposta de normativo é fruto de cuidadoso trabalho de elaboração, que contou com intensa participação social e amplo debate”, afirmou o diretor.