Câmara Brasil-Israel promoverá palestra no Rio com ministro Luiz Fux sobre Risco Brasil

O ministro Luiz Fux vai compartilhar informações que possam ajudar na superação do Risco Brasil
O ministro Luiz Fux vai compartilhar informações que possam ajudar na superação do Risco Brasil

A Câmara Brasil-Israel de Comércio e Indústria do Rio de Janeiro promoverá a palestra “Segurança Jurídica no Brasil: Risco Brasil” no dia 23 de novembro, em Copacabana, na Zona Sul. O objetivo é fortalecer as relações econômicas e comerciais entre o Brasil e o Oriente Médio. O ministro Luiz Fux, integrante do Supremo Tribunal Federal (STF), será o palestrante. Ele vai falar sobre os desafios de tornar o país confiável, do ponto de vista jurídico, para atrair investidores estrangeiros e fomentar negócios entre nações. O evento será realizado no Hotel JW Marriott, das 8h30 às 11h.

“Nós fazemos o intercâmbio entre Brasil e Israel e construímos uma ‘ponte’ com instituições e empresas dos dois países interessadas em se aproximar para estimular um ambiente ativo de negócios. O evento vai contar com a experiência do jurista Luiz Fux, que vai compartilhar informações que possam ajudar na superação do Risco Brasil e colaborar com o estreitamento de laços, visando à expansão comercial”, explicou o presidente da CCBI, Fernando Lopes Pereira.

O “Risco Brasil” é um indicador que tenta determinar o grau de instabilidade econômica do país. Ele orienta investidores estrangeiros a negociar ou não com o país, levando em consideração o ambiente financeiro e a capacidade de honrar pagamentos de dívida. O indicador é calculado por agências de classificação de risco e bancos de investimentos.

Comércio exterior

Israel é o único país fora da América Latina a ter um acordo vigente com o MercosulA cada ano, cerca de 700 empresas israelenses exportam US$1 bilhão para o Brasil, distribuídos em cerca de 1.200 itens. Desse total, 3/4 já obteve isenção do imposto de importação e, a partir de janeiro de 2019, cerca de 95% dos produtos terão isenção.

As exportações brasileiras de alimentos representam a maior porcentagem do total das negociações, seguido por produtos plásticos, químicos e de madeira. Em contrapartida, Israel é um grande exportador de tecnologia, adubo, fertilizante, herbicida e inseticida para o Brasil.

Israel é referência em Educação e Tecnologia

Com um PIB de cerca de US$ 303 bilhões e uma população de oito milhões de habitantes, Israel possui um dos melhores índices mundiais de Educação e satisfação de vida entre seus cidadãos, uma das menores taxas de desemprego do mundo (5%) e faz parte da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A força produtiva israelense gera tecnologias avançadas e oportunidades para muitos setores, o que leva o empresariado a fazer negócios com Israel. O país possui os procedimentos mais avançados no mundo em nanotecnologia, tratamento de água, cybersegurança, equipamentos médicos, aviação, comunicações, computação gráfica e fibras ópticas.

 

Por meio de políticas públicas direcionadas, do fomento do empreendedorismo e do investimento de 5% do PIB em pesquisa e desenvolvimento anualmente, Israel tornou-se um gigante da inovação, abrigando mais de sete mil startups. O país do Oriente Médio possui doze prêmios Nobel, oito somente na última década. Israel também investe 9,2% do seu PIB em Educação. Os setores de comércio e serviços e indústria israelenses respondem por mais de 95% do PIB e concentram a maior parte da força de trabalho do país.

Sobre a Câmara Brasil-Israel

A Câmara Brasil-Israel de Comércio e Indústria do Rio de Janeiro é uma entidade sem fins lucrativos e de utilidade pública municipal, estadual e federal, que atua há mais de 50 anos na promoção das relações econômicas e comerciais entre Brasil e Israel.

A entidade conta com associados dos mais diversos setores e foca em resultados que beneficiem o intercâmbio, possibilitando vínculos entre as instituições e empresas interessadas em conhecer e se aproximar de Israel e do Brasil.

A Câmara promove missões comerciais, reuniões bilaterais e participação em feiras, encurtando a distância geográfica entre os dois países. Os associados contam com informações atualizadas sobre as intenções de expansão comercial no Brasil e em Israel, fomentando um ambiente ativo de negócios.

Brasil deve reduzir emissão de gases antes do previsto, diz ministro

As políticas públicas brasileiras resultaram na redução de 2,6 milhões de toneladas de emissões de gases de efeito estufa nos últimos dois anos, informou hoje (22) o ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte, que participa em Montevidéu, da Semana do Clima da América Latina e Caribe. Segundo ele, o Brasil não apenas cumprirá as metas estabelecidas no Acordo de Paris, como deve conseguir alcançá-las “antes do previsto”.

O ministro apresentou um painel sobre o assunto na manhã de hoje. “A região [América Latina e Caribe] tem metas importantes a cumprir, e vem cumprindo, especialmente pela contribuição brasileira. A queda no desmatamento, sobretudo na Amazônia e no Cerrado, trouxe grandes resultados para o cumprimento das metas estabelecidas para o Brasil. Os resultados alcançados na Amazônia – queda de 12% no ano passado – foram significativos. Nos últimos dois anos, no setor florestal, a redução foi de mais de 2 bilhões de toneladas, o que contribuiu para o cumprimento do acordo”, afirmou em entrevista à Agência Brasil.

“A criação de novas unidades de conservação e a soma entre o que está deixando de ser emitido e o que está sendo capturado por nossas florestas fazem com que o Brasil tenha resultados bastante otimismas na redução de prazos para o cumprimento dos compromissos brasileiros. Estamos indicando ao mundo que o Brasil vai cumprir as metas e que é possível alimentar a possibilidade de estabelecer outras, além daquelas já estabelecidas”.

Paris

No âmbito do Acordo de Paris, o Brasil propôs redução de  37% nas emissões até 2025, tendo como ponto de partida as emissões de 2005 e a possível redução delas em 43% até 2030. “Nos dois últimos anos, o Brasil alinhou sua produtividade, resgatando o país da crise econômica, se desenvolvendo, criando empregos, o que é um sinal claro para o mundo de que desenvolvimento econômico e meio ambiente podem e devem andar juntos”, disse o ministro.

Em relação aos maiores desafios da América Latina e do Caribe, Edson Duarte enumerou a conservação do solo, a qualidade dos alimentos, a redução da dependência dos agroquímicos, o cuidado com as águas, o combate ao tráfico de animais e às atividades ambientais ilegais.

Segundo o ministro, o Brasil mantém o protagonismo no contexto mundial, onde pairam uma série de dúvidas quanto ao cumprimento das metas estabelecidas no Acordo de Paris. “Estamos colocando à disposição dos outros países não só as nossas plataformas, mas os nosso técnicos. De tal forma que não estamos só exportando produtos, mas também soluções ambientais. O Brasil é um exemplo para a região e para o mundo.”

A Semana do Clima da América Latina e Caribe termina amanhã (23). O objetivo do evento é alavancar as ações climáticas da região e apoiar a implementação das contribuições nacionais (NDC) dos países para o Acordo de Paris e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS).

Um panorama do comércio online no Brasil

Thiago Mazeto-gerente de marketing da Tray editada
Thiago Mazeto é head de varejo da Tray

O e-commerce brasileiro tem atravessado bravamente o cenário de crise que o Brasil vem enfrentando há alguns anos. De acordo com dados da Tray, unidade de e-commerce da Locaweb, em 2017 o comércio eletrônico faturou 32,67% a mais que em 2016. Para 2018, a expectativa de um aumento gira em torno de 38%.

Dentro deste cenário cada vez mais promissor, alguns pontos têm se solidificado ano a ano e, com isso, tornam-se referência quando falamos em e-commerce. Destaco abaixo os quatro que analisei mais a fundo:

Com a consolidação do comércio eletrônico no Brasil, hoje a melhor época para os lojistas online é a Black Friday, que ocorre sempre na última sexta-feira de novembro. Para se ter noção, de acordo com o Ebit, na última edição do ‘evento’ no Brasil foram mais de R$ 2,1 bi arrecadados em apenas dois dias (quinta e sexta-feira), uma alta de 10,3% em relação a 2016. O número de pedidos cresceu 14%, de 3,3 milhões para 3,76 milhões.

O Natal fica em segundo lugar. Apesar de ter um faturamento nominal mais alto – R$ 8,7 bi, em 2017 -, considera-se um período de vendas de quase 40 dias ante os dois da Black Friday. Outras datas que têm feito a cabeça dos brasileiros são o Dia dos Pais, R$ 1,94 bilhão em faturamento na edição 2017, o Dia das Mães com R$ 2,11 bi neste ano, e o Dia dos Namorados, que levou cerca de R$ 1,7 bilhão para as lojas virtuais em 2017. Apesar deste ano a data ter sido impactada pela paralisação dos caminhoneiros, ainda continua sendo uma das mais fortes do comércio eletrônico.

Quando se pensa no que o consumidor online mais procura na internet, um segmento sai em disparada: vestuário. O setor foi o responsável por atrair cerca de 35% dos compradores digitais em 2017. É um número tão alto que faz com que, pelo menos, um terço dos e-commerces nacionais seja especializado em roupas, sapatos e acessórios.

Entretanto, não é só de moda que vive o consumidor brasileiro. Do total de consumidores online, 27% se interessam por ingressos para shows, teatro, cinema e eventos esportivos, enquanto por livros 27%, celulares 24% e produtos eletrônicos também 24%. Artigos para casa ficam com 24% da fatia e remédios ou produtos para saúde, 22%.

 

Apesar de encontrarmos algumas mudanças no comportamento dos consumidores online, a verdade é que na hora de fazer o pagamento, o cartão de crédito continua sendo a forma preferida da maioria. Pelo menos 65% opta por essa forma na hora de fechar a compra, que ainda costuma ser dividida, em média, em até 5 parcelas.

O boleto bancário é o segundo favorito, sendo adotado por 53% dos consumidores, que, na pesquisa do Ebit, poderiam escolher mais de uma opção e, por isso, a soma dá mais de 100%. Este formato ganha alguns pontos extras com o público, uma vez que costuma vir acompanhado por algum desconto na hora da compra. Em terceiro e quarto lugar ficam o cartão de débito e a parcela única no cartão de crédito.

Outras formas mais modernas, como PayPal, Moip e PagSeguro, ficaram com a preferência de 31% dos entrevistados, enquanto apenas 9% utilizaram o vale presente em suas últimas compras.

 

Desde 2016, o smartphone se consolidou como a principal porta de entrada dos brasileiros na Internet. Segundo relatório publicado em 2017 pela Agência Brasil, 92,1% dos domicílios brasileiros conectados à Internet utilizavam as pequenas telas para navegação, enquanto 70,1% davam preferência para os computadores, o que também reflete nas compras online.

De acordo com dados da Tray, em 2017 o tráfego via dispositivos mobile foi responsável por 29,34% da navegação total das lojas, enquanto o número de vendas por este canal cresceu 34% em comparação a 2016. Para 2018, a previsão é que chegue aos 40%. Uma porcentagem que tende a crescer ainda mais nos próximos anos, principalmente por conta do barateamento dos aparelhos mobile e expansão do acesso à internet.

Cresce número de turistas estrangeiros que aprovam visita ao Brasil

Pesquisa encomendada pelo governo federal mostra que 88% dos turistas internacionais entrevistados ficaram satisfeitos com a visita ao país em 2017. O índice é maior do que o registrado há cinco anos, quando 85% dos visitantes consultados disseram ter aproveitado a estadia no país. O levantamento foi feito a partir de entrevistas com 35.550 pessoas em 15 aeroportos e 10 pontos de entrada terrestre.

Entre os itens melhor avaliados estão a hospitalidade (98%), os alojamentos (96,4%), a gastronomia (95,7%) e os restaurantes (95,5%). Ainda conforme o levantamento, 95% dos entrevistados afirmaram que têm a intenção de retornar ao país. Nos cálculos do Ministério do Turismo, entraram no Brasil, em 2017, 6,5 milhões de pessoas. O número significou um aumento de 12% em relação ao desempenho de cinco anos atrás. Em 2013, o registro foi de 5,8 milhões de turistas internacionais.

Cidades mais visitadas

O Rio de Janeiro é a cidade mais visitada entre os que procuram lazer (27% dos entrevistados escolheram esse destino). Em seguida vêm Florianópolis (20%), Foz do Iguaçu (12,5%) e São Paulo (7,8%). Entre aqueles que viajam a negócios ou para convenções, os principais destinos são São Paulo (44,4%), Rio de Janeiro (23,6%), Porto Alegre (4,2%), Curitiba (4,1%) e Brasília (3,3%).

Origem

Do total de entrevistados, 63% vinham de países da América do Sul, 21% da Europa e 9% da América do Norte. Os argentinos representam uma parcela expressiva dos turistas (39,8%). Em seguida, vêm os estadunidenses (7,2%), os chilenos (5,2%), os paraguaios (5,1%) e os uruguaios (5,0%). Entre os países europeus com maior número de visitantes estão a França (3,9%), Alemanha (3,1%), o Reino Unido (2,8%) e a Itália (2,6%).

Se observada a evolução desde 2013, a vinda de argentinos teve grande crescimento, saindo de 1,7 milhão para 2,6 milhões. O mesmo ocorreu com a de chilenos, que registrou aumento de 268 mil para 342 mil. Já o número de estadunidenses caiu de 592 mil para 475 mil.

Motivo das viagens

O principal motivo para as viagens ao Brasil é o lazer: 60% dos entrevistados apontaram essa justificativa para visitar o país. Para quem quer descansar, destinos com praia são os mais buscados (72,4%), seguidos de cidades e atrações com ecoturismo, espaços de contato com a natureza e atrações de aventura (16,3%).

Outros motivos são visitar amigos e parentes (22%), participar de eventos e convenções ou realizar atividade vinculada a negócios (15,6%). Na avaliação histórica, as vindas a lazer aumentaram (o índice era de 46,5% há cinco anos) e as que são feitas em razão de negócios diminuíram (representavam 25,3% em 2013).

Comparação internacional

Na comparação internacional, o Brasil ainda fica atrás de diversos países. Segundo o Barômetro do Turismo, da Organização Mundial do Turismo, considerando dados de 2016 o país recebeu o equivalente a 8% do registrado no destino mais procurado, a França (que teve 82 milhões de vistas) e não aparece entre os 10 primeiros. O Brasil foi o líder na América do Sul, seguido pela Argentina (5,5 milhões), o Chile (5,6 milhões) e Peru (3,7 milhões). Na América Latina, o país perdeu para o México, que recebeu, em 2016, 34,9 milhões de pessoas, mais de cinco vezes o número registrado aqui.

No ranking da plataforma internacional de viagens TripAdvisor, o Brasil figura com uma cidade entre os 25 principais destinos visitados no mundo: o Rio de Janeiro.

Para José Francisco Salles, diretor de estudos econômicos e pesquisas do Ministério do Turismo, o desempenho do país em 2017 foi positivo, uma vez que foi maior do que o do ano anterior, quando ocorreram os Jogos Olímpicos.

Em relação à comparação com outros países, ele argumenta que o posicionamento do Brasil no cenário internacional está ligado a dois motivos: o primeiro é fato de o país ter uma força maior no turismo doméstico. Em 2017, foram mais de 200 milhões de viagens entre diferentes cidades brasileiras.

A segunda explicação, na opinião de Salles, é o fato de o turismo ter uma lógica regional. “Países europeus recebem turistas deles mesmos. México recebe muitos milhões, mas a maioria é dos Estados Unidos, pois é muito fácil viajar para lá. O Brasil está na América do Sul. A estrutura ainda é menor. Estamos crescendo em função do que estamos conseguindo melhorar no continente, mas estamos crescendo de forma consistente”, avalia.