Oncologia D’Or e Flamengo entram em campo pela prevenção do câncer de mama
Com Maracanã iluminado de rosa, médicos e pacientes foram ao gramado com mensagem sobre prevenção e diagnóstico precoce

 

Da Redação

Mais uma vez, a Oncologia D’Or e o Flamengo uniram forças pela prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama, que atinge anualmente cerca de 75 mil mulheres no Brasil. Uma equipe formada por pacientes, médicos e voluntários entrou em campo, durante o jogo contra o Cruzeiro no Maracanã, com a faixa que trazia o lema “Cuidado que aumenta a chance de cura”. Foi uma oportunidade de chamar  a atenção das mulheres para que se cuidem e dediquem espaço em suas rotinas para o autocuidado e a prevenção. O diagnóstico precoce resulta em final feliz em mais de 90% dos casos.

Durante a partida, o estádio, que registrou o maior público do ano, com 72 mil presentes, foi iluminado de rosa e exibiu mensagens no telão de conscientização sobre a doença. Padrinhos da ação, os oncologistas Marcelle Lagdem e Marcelo Campelo fizeram parte do time que subiu ao gramado. “Unir a força de duas marcas como a Oncologia D’Or e o Flamengo em torno da saúde é uma forma poderosa de sensibilizar a sociedade. O Maracanã lotado nos mostra que, assim como o esporte mobiliza multidões, a mensagem do cuidado contínuo também pode alcançar milhões de pessoas e gerar impacto real na vida das mulheres e de suas famílias”, ressalta Marcelle. Desde 2018, a parceria promove ações pelo Outubro Rosa.

A mobilização promovida no jogo válido pelo Campeonato Brasileiro integra as iniciativas da campanha “O Ano Todo Rosa”, que a Oncologia D’Or realiza desde 2023, buscando sensibilizar que o cuidado o com a saúde deve ser integral e contínuo, não pode ficar restrito somente ao mês de outubro. Mais informações em: www.rededorsaoluiz.com.br/site/oanotodorosa.

Câncer de mama
Coluna assinada por Priscila Vilella da Silva, oncologista do Hospital e Maternidade Brasil - Rede D'Or

A partir de qual Idade é recomendável a mulher ficar atenta ao câncer de mama?

A recomendação da Sociedade Brasileira de Mastologia é que se inicie o rastreamento anual com mamografia a partir dos 40 anos na paciente de baixo risco. Entretanto, a mulher deve realizar o autoexame para um efetivo autoconhecimento na idade mais jovem possível.

Quais são os principais sintomas da doença?

O ideal é que o diagnóstico do câncer de mama venha antes que a paciente apresente sinais clínicos. Os sinais que a mulher deve ficar atenta são nódulos palpáveis, secreção nos mamilos, área de descamação das aréolas, retração da pele ou inversão do mamilo e vermelhidão das mamas. Vale a pena ressaltar que esses sinais devem ser investigados, mas em grande parte das vezes são causados por alterações benignas.

Quais são as principais medidas de prevenção?

Estatisticamente, sabemos que mulheres que têm filhos, que amamentam e que não fazem terapia de reposição hormonal possuem menor incidência de câncer de mama. Entretanto, quando trazemos a questão da prevenção para o âmbito individual, sabemos que a alimentação saudável, a prática de atividade física e o controle da obesidade são medidas reais que podemos tomar como protetivas.

Quais exames são necessários para realizar o diagnóstico?

Inicialmente, no rastreamento de imagens suspeitas usamos mamografia e ultrassonografia das mamas. Em se tratando de imagem, também podemos incluir o uso de ressonância nuclear magnética em alguns casos. A partir do momento que temos uma imagem suspeita, passamos para a fase das biópsias percutâneas, chamadas também de punções. Quando as lesões não são palpáveis, devem ser guiadas por imagem de mamografia ou de ultrassonografia de mamas, de acordo com a necessidade

Como é o tratamento após a descoberta da doença?

Hoje o câncer de mama deve ser tratado de maneira totalmente individualizada. Cada perfil de paciente, associado ao perfil do tumor, definirá o plano de tratamento. Fatores como idade do paciente, tamanho do tumor, situação axilar, tipo histológico (local de origem do tumor e a forma como ele se desenvolve) e perfil imuno-histoquímico (estudo de células cancerígenas no organismo) definirão o tratamento. Essa decisão é multidisciplinar, geralmente com a participação do mastologista e do oncologista. O tratamento pode envolver cirurgia, quimioterapia, radioterapia e terapia hormonal, entre outros, dependendo de cada paciente. Atualmente, também temos que levar em conta o risco genético, principalmente para pacientes jovens.

Quais são os diferenciais do Hospital e Maternidade Brasil no tratamento do câncer de mama?

No Hospital e Maternidade Brasil prezamos pelo acolhimento da paciente, rapidez no diagnóstico e início de tratamento. Temos uma fácil comunicação entre todos os envolvidos no processo. Contamos com especialistas em radiologia, que identificam lesões suspeitas e fazem as biópsias por imagem, bem como médicos patologistas que examinam o material, mastologistas e oncologistas. Temos eficiência na rapidez do processo tanto para diagnóstico quanto para tratamento.

Oncologia D’Or e Flamengo unidos em prol da saúde da mulher

Campanha O ANO TODO ROSA acontece pela terceira vez consecutiva.

Da Redação

Por mais um ano, o terceiro seguido, a Oncologia D’Or e o Flamengo uniram forças para conscientizar as mulheres sobre o do câncer de mama na campanha O ANO TODO ROSA. Para ativar a campanha, aproveitaram o público de um belo Fla-Flu realizado no Maracanã nesta quinta-feira, para levar para dentro de campo uma mensagem de prevenção e cuidado “O Ano Todo Rosa – cuidado que aumenta a chance de cura”, que foi realçada com a iluminação especial de rosa e mensagens no telão que além de ter enfeitado o estádio, ecoou a mensagem para mais de 52 mil pessoas presentes. Diretor regional da Oncologia D’Or, Marcus Vinicius J. dos Santos ressalta o sucesso da parceria com o time rubro-negro.

“Estamos felizes pela continuidade dessa parceria, pois tem propiciado visibilidade a um tema de extrema relevância para a saúde da mulher. O Flamengo mostra que também marca golaços fora de campo”, celebra Marcus Vinicius.

Com os dizeres “Cuidado que aumenta a chance de cura”, a faixa, levada por pacientes e voluntários para dentro de campo no clássico, inspira as mulheres a zelar pela própria saúde diariamente. O objetivo da campanha é conscientizar que elas não podem pensar no câncer de mama somente no outubro rosa, pois nenhuma doença tem data para acontecer. O câncer de mama segue como o de maior incidência entre as mulheres. Somente em 2024, são estimados mais de 74 mil novos casos. A Oncologia D’Or divulgou ainda, a página de orientações e educação sobre a causa, que fica no ar o ano inteiro, com atualizações periódicas realizadas por seus oncologistas.

https://www.rededorsaoluiz.com.br/campanha/oanotodorosa 

Pesquisa mostra mudanças na forma de encarar o câncer de mama
Perspectiva fatalista dá lugar a um diálogo mais franco na sociedade

Da Agência Brasil

Visibilidade, luta pelo direito de acesso à saúde de qualidade e pela escolha em reconstruir ou não o seio após a cirurgia de retirada das mamas, a mastectomia. Esses são alguns dos achados da antropóloga Waleska de Araújo Aureliano, professora do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), em 20 anos de pesquisas, sobre como as mulheres com câncer de mama lidam com o processo de adoecimento.

Desde a década de 1980, de acordo com a professora, é possível perceber mudanças na maneira como a doença é encarada pela sociedade, principalmente o discurso médico. Os profissionais de saúde saíram da perspectiva fatalista e hoje têm um diálogo mais franco com pacientes sobre o câncer de mama.

Há 40 anos, ainda era tabu para muitas pessoas mencionar a palavra câncer, que não era dita nem por profissionais de saúde, nem pela família dos pacientes. “Embora ainda tenhamos um estigma muito forte em torno da doença, muita coisa mudou. A percepção do câncer de mama como sentença de morte vem cedendo lugar à compreensão do câncer como uma doença crônica. Isso, claro, quando as pessoas afetadas têm acesso adequado a diagnóstico e tratamento.”

Segundo Waleska, é muito importante que esse acesso seja mencionado na campanha Outubro Rosa, porque a ideia de que tudo depende da disposição individual das mulheres em se cuidar não funciona se não forem  dadas as condições ideais para que todas possam fazer isso adequadamente”.

De acordo com a professora, a internet, com as mídias sociais, foi uma das responsáveis pelo processo de dar maior visibilidade do câncer de mama. “Isso afeta a narrativa das mulheres, uma vez que elas recebem esse diagnóstico acompanhado de um prognóstico que traz esperança de cura e qualidade de vida durante muitas décadas”, afirma.

“A perspectiva de cura faz com que a pessoa acometida comece a ter outra imagem sobre sua trajetória e fique mais confortável para falar no assunto abertamente. O relato é provocado por uma mudança na percepção sobre o próprio corpo, sobre o que significa ser mulher, independente de ter um seio ou dois, de ter feito reconstrução mamária ou não.”

Empoderamento

Atualmente, Waleska se dedica a estudar trabalhos fotográficos artísticos e textos autobiográficos de mulheres que passaram pelo diagnóstico de câncer de mama. Para ela, esses registros marcam uma mudança na ideia da mulher como vítima para o empoderamento, com consciência das mudanças provocadas pelo diagnóstico e pelo tratamento, assim como a perda da vergonha em expor o corpo ou falar sobre a doença.

“É o movimento de algumas mulheres dentro de um universo muito heterogêneo. Não se pode pensar nas transformações como algo que atravessa todas as mulheres igualmente. Há uma variedade muito grande nessa experiência, a depender de fatores sociais e culturais, de acesso à saúde, sua história pregressa, dos relacionamentos e do modo como ela se insere no mundo do trabalho”, ressalta a antropóloga.

Ela também afirma ter observado, ao longo desses anos, que aa pluralidade de modos de entender o câncer de mama, em alguns casos, reforçam padrões de representação do corpo feminino. “É como se depois do câncer não bastasse você ser mulher, você tem que se mostrar como mulher.”