CNC lança Painel Vai Turismo no Salão do Turismo e anuncia nova etapa do programa com oficinas nos Estados
Ferramenta digital inédita integra dados estratégicos e projetos estaduais para fortalecer o planejamento do turismo brasileiro

 

 

Do Portal do Comércio

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em parceria com a GKS Inteligência Territorial, apresentou, durante o Salão Nacional do Turismo 2025, um avanço decisivo na forma de planejar e gerir o turismo no País: o novo Painel Vai Turismo – Inteligência Competitiva para o Turismo.

Essa plataforma digital inédita reúne, em um só espaço, dados, indicadores e informações estratégicas sobre políticas públicas e projetos voltados ao turismo em cada estado brasileiro. Com atualização contínua, o painel permite às Federações, aos gestores públicos e entidades do setor uma visão integrada e precisa do cenário turístico, favorecendo decisões fundamentadas e alinhadas às demandas e oportunidades regionais.

Diferencial

O grande diferencial da ferramenta é a capacidade de correlacionar políticas públicas, projetos em execução e planejamentos estaduais e nacional, com a possibilidade de identificar o alinhamento dos projetos aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), ao programa Destinos Turísticos Inteligentes (DTI Brasil), ao Plano Nacional e Estadual de Turismo, algo até então inexistente no Brasil.  Com isso, não apenas se identifica o que está sendo feito, mas também se avalia como essas ações dialogam entre si, ajudando a determinar prioridades, corrigir rumos e explorar melhor o potencial turístico de cada região.

Ao fornecer acesso facilitado a dados confiáveis, o painel se torna instrumento estratégico para transformar informação em ação, criando condições para que o turismo seja  motor de desenvolvimento sustentável, geração de emprego e valorização cultural.

Lançamento no Salão Nacional do Turismo 2025

O lançamento oficial acontece no dia 21 de agosto, no estande do Ministério do Turismo, no Distrito Anhembi, em São Paulo. O evento, promovido pelo Ministério do Turismo, reunirá o setor turístico nacional para promover o Brasil como destino turístico e incentivar viagens pelo País. Durante a palestra, o público vai conhecer o funcionamento do painel, entender como acessar os dados e explorar casos práticos de aplicação da ferramenta para o planejamento e a gestão turística.

Além do painel, a CNC anuncia uma nova fase do programa Vai Turismo – Rumo ao Futuro, marcada pelo início das oficinas participativas que serão realizadas nos Estados a partir de setembro.

Essas oficinas, conduzidas de forma on-line, terão como foco ouvir e integrar as contribuições de lideranças do trade turístico, gestores públicos, empresários, profissionais de turismo e representantes da sociedade civil. A metodologia prevê um espaço aberto para diálogo, levantamento de necessidades e construção coletiva de propostas para o fortalecimento do setor.

O resultado desse trabalho será reunido em um documento com propostas e recomendações de políticas públicas para cada estado e nacional, a ser apresentado aos candidatos aos governos estaduais e governo federal nas eleições de 2026. Essa estratégia garante que as vozes dos diferentes atores do turismo sejam incorporadas às plataformas de governo, aumentando as chances de efetivação das ações sugeridas.

Participação e diálogo

A proposta de realizar oficinas nos Estados nasce da convicção de que o turismo só se desenvolve de forma sustentável quando é planejado com base na realidade local. Cada região do Brasil possui suas particularidades, desafios e oportunidades. Ao envolver quem vive o dia a dia do setor, o Vai Turismo assegura que o planejamento não seja apenas técnico, mas também participativo e representativo.

Desde junho de 2025, o Cetur e as Federações do Comércio têm realizado encontros presenciais em diversos estados para apresentar os resultados do primeiro ciclo do programa e mobilizar o setor para as oficinas. Essas reuniões reforçam a importância da contribuição ativa de todos os elos da cadeia produtiva e preparam o terreno para um processo colaborativo robusto.

Haverá também um momento dedicado à elaboração do documento nacional, que será entregue aos candidatos à Presidência da República nas eleições. Esse trabalho contará com a participação de 32 entidades da cadeia produtiva do turismo, membros efetivos do Cetur da CNC.

Histórico

O Vai Turismo é um movimento nacional liderado pela CNC por meio do Cetur, criado para mobilizar o setor e construir propostas concretas para políticas públicas de turismo. Em suas fases anteriores, o programa envolveu 320 instituições e mais de 1.800 representantes de todas as regiões brasileiras em discussões sobre governança, inovação, sustentabilidade, qualificação profissional, infraestrutura, promoção e integração regional, com alinhamento aos eixos do programa DTI Brasil, do Ministério do Turismo.

Os resultados dessa mobilização já influenciaram a formulação de políticas públicas e reforçaram a percepção do turismo como vetor estratégico para o desenvolvimento socioeconômico sustentável. Ao longo de sua trajetória, o Vai Turismo consolidou-se como um espaço legítimo de escuta e proposição, no qual entidades, empresários e governos atuam lado a lado para fortalecer o setor.

O lançamento do painel e o início da nova etapa com oficinas marcam um avanço importante: a capacidade de conectar dados estratégicos a processos participativos. Não se trata apenas de reunir informações, mas de transformá-las em políticas e projetos que façam a diferença no dia a dia das comunidades turísticas.

A expectativa é que, ao fim do ciclo de 2026, o Brasil tenha em mãos um conjunto consistente de propostas integradas, fundamentadas em dados e construídas com ampla participação social. Esse material será referência para gestores públicos, parlamentares e candidatos, servindo como guia para o fortalecimento do turismo no próximo ciclo político.

Pesquisa da CNC revela que varejistas estão cautelosos e menos otimistas com a economia
Índice de Confiança do Empresário do Comércio caiu em fevereiro com a retração de todos os segmentos analisados

 

Da Redação

Pelo segundo mês consecutivo, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) registrou queda, evidenciando o clima menos otimista no varejo diante de um cenário econômico mais desafiador. Realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a pesquisa registrou em fevereiro baixa de 2,1% na comparação com janeiro e de 5,4% em relação a fevereiro do ano anterior, atingindo 103,7 pontos. Ainda assim, o indicador segue acima do nível de satisfação (acima de 100 pontos).

O resultado é reflexo da queda de quase todos os componentes analisados, com peso maior para “condições atuais da economia”, que caiu 6,5% na variação mensal e 18,7% no comparativo com o mesmo mês do ano passado. O único subíndice em crescimento foi o de “intenções de investimento em estoque”, que subiu 0,1% nos dois cenários em retrospecto.

“A redução da confiança é coerente com o ambiente de juros elevados e de trajetória mais complexa do que no início de 2024. Esses fatores seguem impactando as decisões do empresariado e exigindo cautela na condução dos negócios nos próximos meses. É algo a ser acompanhado de perto, já que o otimismo do setor é essencial para impulsionar os investimentos e gerar crescimento para o País”, afirma o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros.  

Segmentos em queda

Contribuiu para o saldo negativo do Icec a retração de todos os segmentos observados, principalmente pelas lojas do varejo de supermercados, farmácias e lojas de cosméticos, com variação negativa mensal de 3,3%. Roupas, calçados, tecidos e acessórios recuaram 1,7%, enquanto o segmento de eletroeletrônicos, eletrodomésticos, móveis e decorações, cine/foto/som, materiais de construção e veículos tiveram uma queda de 2,7%.

“Os comerciantes têm sentido muito o impacto da Selic alta, com a tendência de novos aumentos. A prova disso é que na percepção atual do comércio, as atividades que englobam os bens de maior valor agregado (eletroeletrônicos, móveis e decorações, cine/foto/som, materiais de construção e veículos) caíram 5,3% em relação a janeiro porque são eles os mais afetados pela evolução dos juros”, explica o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares.

Sobre o Icec

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) é um indicador mensal antecedente, apurado entre os tomadores de decisão das empresas de varejo para detectar as tendências das ações do setor do ponto de vista do empresário. A amostra é composta por aproximadamente seis mil empresas situadas em todas as capitais do País, e os subíndices apresentam dispersões que variam de zero a 200 pontos. O Icec avalia as condições atuais, as expectativas de curto prazo e as intenções de investimento dos negócios do comércio.

CNC estima que carnaval vai movimentar R$ 9 bilhões no Brasil
Minas Gerais lidera projeção de crescimento, em turismo com 20,2%

Da Agência Brasil

O carnaval de 2024 deve movimentar R$ 9 bilhões de reais representando 10% acima do que foi registrado no ano passado. A estimativa foi divulgada nesta segunda-feira (29) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A entidade completou que em ritmo de recuperação pelo quarto ano seguido, será a primeira vez que o faturamento deve superar o patamar anterior à pandemia de covid-19.

O presidente da CNC, Roberto Tadros, observou que os dados de faturamento do setor de turismo, tanto nacionais quanto regionais, indicam avanço na atividade nos últimos anos. “O efeito do carnaval, como um evento isolado, contribui para a recuperação econômica do segmento de maneira geral e expressiva”, afirmou na nota divulgada pela CNC.

No setor de turismo, Minas Gerais (20,2%), Paraná (14,5%) e Rio Grande do Sul (12,2%), lideram a projeção de crescimento entre os estados. Para o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, a tendência de crescimento deve se manter em 2024.

“A profissionalização da atividade do turismo nos últimos anos, além da maior demanda por esses serviços, justifica o surgimento de destinos menos tradicionais como protagonistas para os turistas que buscam aproveitar esse período não somente para as grandes festas de carnaval”, relatou.

São Paulo

As projeções da CNC indicam ainda que São Paulo deve ser o campeão de faturamento das atividades turísticas no mês do carnaval. A expectativa é de R$ 16,3 bilhões. Embora com valores mais baixos, na sequência vem o Rio de Janeiro, com R$ 5,3 bilhões, e Minas Gerais, com R$ 5,2 bilhões. Bahia e Rio Grande do Sul ficam empatados com previsão de R$ 2,7 bilhões.

“O faturamento das atividades turísticas no mês do carnaval reflete a dinâmica econômica geral de cada Estado e, quanto maior o fluxo turístico, a população residente e a renda média, mais alta a projeção”, analisou o economista-chefe, acrescentando que São Paulo fica na liderança isolada, uma vez que concentra cerca de 20% da população brasileira.

Mais gastos

Com a melhora da situação financeira, o turista brasileiro deve gastar mais neste carnaval, o que vai contribuir para a circulação de renda no comércio e nos serviços durante o período. Conforme os dados do Banco Central (BCB), em 2023, os gastos dos brasileiros no exterior subiram 44% se comparado ao ano anterior, somando US$ 1,1 bilhão. Quanto aos turistas estrangeiros no Brasil, os gastos em 2023 superaram em 44% o montante de 2022.

Para Felipe Tavares, a tendência de alta, observada entre 2022 e 2023, deve permanecer em 2024. O economista-chefe estimou que as despesas dos turistas brasileiros no exterior vão crescer 19%, chegando a US$ 1,3 bilhões. Já os estrangeiros no Brasil devem “gastar 19,4% a mais, o que representará cerca de US$ 971 bilhões no carnaval em 2024”.

Empregos

Não são só as atividades do Turismo que ganham com o carnaval. Segundo a CNC, a contratação de temporários em diversas áreas econômicas também avança. Especialmente no setor de serviços, onde estão incluídas as atividades de turismo, a CNC prevê 66.699 postos temporários para 2024, com 3,1% de efetivação.

No entendimento de Alexandre Sampaio, diretor da CNC, que coordena o Conselho Empresarial de Turismo e Hospedagem (Cetur) e presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), o carnaval 2024 vai manter a tradição de ser importante para o turismo brasileiro e reforçar a contratação de pessoal para atender a demanda.

“Nós acreditamos que o carnaval vai cumprir o seu padrão de ocupação plena de vários segmentos de hospedagem, demanda muito grande de alimentação fora do lar, processos e serviços de catering para atendimento de grupos nas avenidas e no carnaval de rua, como em Salvador, Rio e São Paulo, que são os mais famosos”, comentou o diretor.

Alta temporada do turismo deve movimentar R$ 155 bilhões no Brasil
Pesquisa diz que devem ser gerados 85 mil empregos temporários

Da Agência Brasil

O setor do turismo deve faturar na alta temporada – entre novembro deste ano e fevereiro de 2024 – R$ 155,87 bilhões, segundo revela pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A entidade diz que esse valor representa aumento real de 5,6%, em relação ao mesmo período da última temporada, sendo a maior movimentação financeira do setor desde o início do levantamento, em 2012.

O turismo foi um dos setores mais impactados pela crise sanitária de 2020 – covid-19. Após um encolhimento de 36,7% naquele ano, o setor vem avançando gradativamente: 22,2% em 2021 e 39,9% no ano passado. No acumulado de 2023 até setembro, o faturamento real do setor avançou 7,9%, segundo o Índice de Atividades Turísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, contribuem para essa recuperação o aumento real de salários, a redução dos juros ao consumidor e a estabilização dos preços. “O otimismo que os números da pesquisa apresentam indica não apenas uma recuperação econômica do turismo, mas também a confiança renovada dos consumidores, impulsionando o mercado de viagens e contribuindo para a geração de empregos em diversas áreas relacionadas ao setor”, afirmou, em nota, Tadros.

Segundo ele, os indicativos positivos para a alta temporada sinalizam a capacidade de inovação e adaptação do setor do turismo, “que está se fortalecendo e se preparando para um período de crescimento consistente”.

Viagens aéreas

O número de passageiros transportados por aviões, um indicador chave da atividade turística, continua em expansão. No terceiro trimestre de 2023, a quantidade de passageiros em voos nacionais atingiu 24,25 milhões, igual ao volume registrado no mesmo período de 2019.

Já nos voos internacionais, o número ainda está 8,3% abaixo em igual período. Durante a alta temporada 2023/2024, os gastos turísticos se concentrarão principalmente em bares e restaurantes (R$ 68 bilhões) e transporte rodoviário (R$ 24,34 bilhões).

Contratação de temporários

Após a eliminação de 469,8 mil postos formais nos sete primeiros meses de 2020 por conta da pandemia de covid-19, o mercado de trabalho no turismo começou uma recuperação gradual. Desde então, foram criadas 612 mil novas vagas. Agora, para esta alta temporada, a CNC estima a criação de 85.795 postos, o maior volume desde 2014.

“Os números refletem o crescimento sólido que o setor vem experimentando. A expectativa de aumento real demonstra a resiliência do turismo diante dos desafios enfrentados nos últimos anos”, afirmou o economista da CNC, responsável pela pesquisa, Fabio Bentes.

O segmento de alimentação deve liderar as contratações, com mais de 45 mil postos gerados, seguido pelo de transportes em geral, com aproximadamente 20 mil, e hospedagem, com nove mil vagas. O salário médio de admissão deverá ser de R$ 1.930, uma alta real de 1,8% em relação a igual período do ano anterior.