Cirurgia pediátrica
Coluna assinada por Bernadete de Lourdes Banzato, cirurgiã pediátrica do Hospital e Maternidade Brasil - Rede D'Or

O que é a cirurgia pediátrica?

É a especialidade cirúrgica no ramo da medicina que trata de doenças congênitas ou adquiridas em crianças e adolescentes.

Quais são as principais particularidades envolvendo a cirurgia pediátrica?

O paciente pediátrico não é um adulto pequeno, mas sim uma pessoa com características fisiológicas diferentes, com patologias específicas da infância e adolescência. Por isso são necessários cuidados especiais e uma formação médica adequada para realizar o tratamento adequado desses pacientes.

Como é a abordagem do cirurgião pediátrico em comparação com o cirurgião de adultos?

O cirurgião pediátrico, além de ser um cirurgião geral (precisa primeiramente fazer residência em Cirurgia Geral) é um profissional da área da saúde que se especializa em cirurgia pediátrica (mais de três anos de especialização). O cirurgião pediátrico deve ter sensibilidade e empatia, pois nem sempre a criança ou adolescente sabe expressar corretamente o que sente.

Quais são as principais doenças que podem necessitar de cirurgia infantil?

O cotidiano de cirurgias pediátricas envolve hérnias, fimoses, testículos não descidos e cálculos biliares, entre outras operações. Também podem ser necessárias cirurgias mais complexas neonatais, decorrentes de mal formações congênitas. O cirurgião pediátrico é apto a tratar patologias de cabeça e pescoço, tórax, abdômen e do sistema urinário, entre outras partes do corpo.

De maneira geral, quais são os exames pré-operatórios mais pedidos nas cirurgias infantis?

Geralmente são pedidos exames de imagem como ultrassonografia, tomografia, ressonância magnética e exames radiológicos, que auxiliam para facilitar o diagnóstico.  Para uma cirurgia, também são necessários exames de análises clínicas.

Quais os diferenciais do Hospital e Maternidade Brasil envolvendo cirurgia pediátrica?

O Hospital e Maternidade Brasil, referência de qualidade na região do ABC, oferece toda uma infraestrutura adequada e especialistas para o atendimento de casos abrangendo cirurgias de crianças e adolescentes. Temos também a retaguarda de um hospital geral, que proporciona tranquilidade aos pacientes na prestação da assistência médica.

Câncer de mama
Coluna assinada por Priscila Vilella da Silva, oncologista do Hospital e Maternidade Brasil - Rede D'Or

A partir de qual Idade é recomendável a mulher ficar atenta ao câncer de mama?

A recomendação da Sociedade Brasileira de Mastologia é que se inicie o rastreamento anual com mamografia a partir dos 40 anos na paciente de baixo risco. Entretanto, a mulher deve realizar o autoexame para um efetivo autoconhecimento na idade mais jovem possível.

Quais são os principais sintomas da doença?

O ideal é que o diagnóstico do câncer de mama venha antes que a paciente apresente sinais clínicos. Os sinais que a mulher deve ficar atenta são nódulos palpáveis, secreção nos mamilos, área de descamação das aréolas, retração da pele ou inversão do mamilo e vermelhidão das mamas. Vale a pena ressaltar que esses sinais devem ser investigados, mas em grande parte das vezes são causados por alterações benignas.

Quais são as principais medidas de prevenção?

Estatisticamente, sabemos que mulheres que têm filhos, que amamentam e que não fazem terapia de reposição hormonal possuem menor incidência de câncer de mama. Entretanto, quando trazemos a questão da prevenção para o âmbito individual, sabemos que a alimentação saudável, a prática de atividade física e o controle da obesidade são medidas reais que podemos tomar como protetivas.

Quais exames são necessários para realizar o diagnóstico?

Inicialmente, no rastreamento de imagens suspeitas usamos mamografia e ultrassonografia das mamas. Em se tratando de imagem, também podemos incluir o uso de ressonância nuclear magnética em alguns casos. A partir do momento que temos uma imagem suspeita, passamos para a fase das biópsias percutâneas, chamadas também de punções. Quando as lesões não são palpáveis, devem ser guiadas por imagem de mamografia ou de ultrassonografia de mamas, de acordo com a necessidade

Como é o tratamento após a descoberta da doença?

Hoje o câncer de mama deve ser tratado de maneira totalmente individualizada. Cada perfil de paciente, associado ao perfil do tumor, definirá o plano de tratamento. Fatores como idade do paciente, tamanho do tumor, situação axilar, tipo histológico (local de origem do tumor e a forma como ele se desenvolve) e perfil imuno-histoquímico (estudo de células cancerígenas no organismo) definirão o tratamento. Essa decisão é multidisciplinar, geralmente com a participação do mastologista e do oncologista. O tratamento pode envolver cirurgia, quimioterapia, radioterapia e terapia hormonal, entre outros, dependendo de cada paciente. Atualmente, também temos que levar em conta o risco genético, principalmente para pacientes jovens.

Quais são os diferenciais do Hospital e Maternidade Brasil no tratamento do câncer de mama?

No Hospital e Maternidade Brasil prezamos pelo acolhimento da paciente, rapidez no diagnóstico e início de tratamento. Temos uma fácil comunicação entre todos os envolvidos no processo. Contamos com especialistas em radiologia, que identificam lesões suspeitas e fazem as biópsias por imagem, bem como médicos patologistas que examinam o material, mastologistas e oncologistas. Temos eficiência na rapidez do processo tanto para diagnóstico quanto para tratamento.

Hospital e Maternidade Brasil promove segunda caminhada para conscientização sobre doação de órgãos

O Hospital e Maternidade Brasil, de Santo André, promove, em 28/9 (sábado), a segunda caminhada para conscientização sobre doação de órgãos, integrando atividade dentro do Setembro Verde, que trata sobre o tema.

Vão estar na caminhada os profissionais de saúde do hospital, colaboradores, pacientes e todos os interessados que desejam participar.

A caminhada começa às 7h, próximo ao hospital, na Rua José de Melo, e o trajeto vai até o Parque Central. A primeira edição ocorreu no ano passado.

Segundo a legislação brasileira, a decisão sobre a doação de órgãos de uma pessoa falecida cabe à família. Por isso, é importante que o doador converse com seus familiares, deixando claro o seu desejo de doar.

Setembro Verde (doação de órgãos)
Coluna assinada por Fábio de Carvalho Maurício, gerente médico do Hospital e Maternidade Brasil - Rede D'Or

(Foto: Reprodução/CNN)

Publicado no jornal Diário do Grande ABC.

Qual a importância da doação de órgãos em relação à saúde pública?

A doação de órgãos é essencial para salvar vidas e melhorar a qualidade de vida de milhares de pessoas que sofrem de doenças graves e irreversíveis. Em 2022, foram realizados aproximadamente 10.300 transplantes de órgãos sólidos (como rins, fígado e cora-ção). No entanto, muitas pessoas ainda morrem na tila de espera, principalmente devido à falta de doadores.

O aumento do número de doações pode ajudar a reduzir a mortalidade entre esses pacientes e os custos com tratamentos paliativos, como a diálise, que impactam diretamente o sistema de saúde pública. No contexto da saúde pública, ela contribui para a eficiência do sistema de saúde ao prevenir mortes evitáveis e permitir que pacientes voltem a ter uma vida produtiva.

No Brasil, segundo a legislação, não é possível deixar autorizado em vida a doação de órgãos. Em razão disso, fale sobre a relevância do diálogo com familiares sobre o tema.

No Brasil, a decisão final sobre a doação de órgãos de uma pessoa falecida cabe à família. Mesmo que alguém expresse o desejo de ser doador, isso não tem valor legal se a família não der a autorização, sendo a taxa de recusa familiar para a doação de órgãos no Brasil muito alta, em torno de 40%. Por isso, é muito importante que as pessoas conversem com seus familiares enquanto estão vivas, deixando claro o desejo de doar. Isso facilita a decisão da familia em um momento difi-cil, ajudando a garantir que a vontade da pessoa seja respeitada e que mais vidas possam ser salvas.

Quais órgãos podem ser doados em vida? E após a morte, quais órgãos e outras partes do corpo estão habilitados?

Em vida, uma pessoa saudável pode doar um dos rins, parte do fígado e medula óssea. Já após a morte, é possível doar diversos órgãos e tecidos, como os rins, fígado, coração, pulmões, pâncreas, intestinos e tecidos como pele, córneas e ossos. Em 2023, o Brasil realizou 16.000 transplantes de córnea, e há cerca de 37 mil pessoas aguardando transplante de rim, o órgão mais demandado.

Quais são as principais características observadas pelas equipes médicas para efetivar a doação entre o doador e receptor, como compatibilidade sanguínea, por exemplo, entre outros fatores?

Para que a doação de órgãos seja efetiva, os médicos avaliam vários fatores de compatibilidade entre o doador e o receptor. Entre os principais estão a compatibilidade sanguínea e o tipo de tecido (compatibilidade HLA). Também é considerado o tamanho do órgão a ser transplantado e o estado de saúde geral do receptor, como idade, peso, altura e gravidade da doença. O objetivo é garantir que o órgão doado tenha a maior chance de ser aceito pelo corpo do receptor, reduzindo o risco de rejeição e aumentando a chance de sucesso do transplante.

De maneira geral, como funciona no Brasil a fila de espera para transplante?

A fila de espera para transplantes no Brasil é organiza-da de maneira transparente pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT), ligado ao Ministério da Saúde. Ho-je, há cerca de 60 mil pessoas na fila de espera por diferentes órgãos. Os pacientes são incluídos na lista de espera de acordo com critérios médicos, como a gravidade da doença e a compatibilidade com os órgãos dispo-níveis. Não é possível furar a fila, pois a distribuição dos órgãos segue regras claras para garantir justiça e igualdade no acesso aos transplantes. Além disso, as equipes médicas avaliam continuamente a urgência de cada caso, priorizando aqueles que estão em situação mais critica.