A Unimed Volta Redonda iniciou 2019 da mesma forma que encerrou 2018, registrando crescimento. Desde o início de janeiro, ela incorporou os clientes da Unimed Angra dos Reis. Com isso, a cooperativa presidida pelo Luiz Paulo Tostes Coimbra passou a atender mais 9 mil vidas, totalizando mais de 65 mil clientes. A carteira foi adquirida em julho do ano passado, mas precisou aguardar os trâmites da Agência Nacional de Saúde (ANS). Em agosto de 2018, já havia sido incorporado o Hospital Unimed Angra dos Reis.
Enquanto o setor de saúde suplementar perdeu 2,7 milhões de clientes nos últimos anos, segundo a ANS, a Unimed Volta Redonda registrou aumento de 110% em seu faturamento, de 2011 a 2017. O crescimento do patrimônio líquido, em 2017, chegou a 479% e as aplicações financeiras subiram 241%.
Há 16 anos à frente da cooperativa, Tostes destaca que o sucesso se baseia em investir no maior propósito da Unimed Volta Redonda: cuidar da saúde e bem-estar das pessoas. “Ao longo dos anos conquistamos a confiança de nossos clientes, cooperados e da comunidade, de forma sólida e com muito protagonismo. Agora, o momento é de celebrar as conquistas e olhar para o futuro com ainda mais energia”, afirma o presidente, que é pneumologista, com especialização em Medicina de Trabalho, além de pós-graduação em Administração Hospitalar e MBA em gestão executiva.
Eduardo Queiró, Marcelo Britto, Mauricio de Lazzari e Francisco Balestrin
O Congresso Mundial de Hospitais, realizado em Taipei, reuniu liderança do setor de saúde do mundo inteiro. O evento foi uma oportunidade de intercâmbio multidisciplinar de conhecimentos e experiências, juntamente com o diálogo sobre as melhores práticas de gestão hospitalar, saúde e prestação de serviços. Na comitiva brasileira, marcaram presença o superintendente da Santa Casa de Misericórdia da Bahia, Eduardo Queiróz; do vice-presidente da Confederação Nacional de Saúde (CNS) e presidente da Federação Baiana de Saúde (Febase), Marcelo Britto; do presidente da Bionexo, Maurício de Lázzari Barbosa, e do presidente da Federação Internacional de Hospitais, Francisco Balestrin.
A cirurgia robótica traz mais segurança para o paciente
A tecnologia robótica é um diferencial quando se fala em procedimento minimamente invasivo e sua aplicação tem bons resultados na recuperação do paciente. Nos procedimentos urológicos a recuperação da função erétil e continência urinária é melhor que na cirurgia convencional. De acordo com a literatura, 60% dos pacientes operados por robótica retomam uma vida sexual normal, e nos casos convencionais este índice fica de 10% a 30%.
– Atualmente, cerca de 85% das cirurgias para câncer de próstata são realizadas utilizando a plataforma robótica, nos Estados Unidos. Este procedimento também vem aumentando progressivamente no Brasil, seguindo uma tendência mundial. Entre os benefícios, pode-se citar a visualização 3D do tumor, que permite ao cirurgião maior precisão da dissecção, minimizando hemorragias. Além disso, o procedimento minimamente invasivo contribui com a rápida recuperação do paciente e reduz as chances de problemas de incontinência urinária, além de menor risco de disfunção erétil – detalha Rodrigo Frota, urologista e coordenador do Programa de Cirurgia Robótica da Rede D’Or São Luiz.
As cirurgias robóticas urológicas compreendem o tratamento do câncer de próstata, rim, testículo e bexiga, e no tratamento da estenose de junção do ureter com a pelve renal. A Rede D’Or São Luiz, dispondo do robô Da Vinci – o modelo mais moderno no país – já realizou mais de 1.500 procedimentos em urologia, uma das especialidades que mais opera com esta tecnologia. Além disso, esses resultados tornam o Hospital Quinta D’Or um dos centros com o maior volume de procedimentos robóticos do Rio de Janeiro – completando a marca de 500 cirurgias nas diversas especialidades.
– A ampliação do acesso a cirurgia robótica urológica já é uma realidade. Hoje, o Brasil conta com 31 robôs usados em cirurgias, em 2015 eram 15 equipamentos. Assim como o quantitativo de plataformas robóticas aumentou, também ocorreu no número de procedimentos – destaca o especialista.
Benefícios da Cirurgia Robótica
Já é comprovado que a cirurgia robótica traz inúmeros benefícios aos pacientes, dentre os mais relevantes são: redução do tempo de hospitalização; recuperação e retorno mais rápido às atividades normais; redução de dor e complicações no período pós-operatório; cortes menores e menor sangramento; menor risco de infecção hospitalar; redução na dose de medicamentos no pós-operatório.
A cirurgia robótica é a mais indicada, principalmente para os casos mais delicados e complexos que antes estavam relacionados a cirurgias de altíssima complexidade e maiores riscos aos pacientes. Esta tecnologia permite que a intervenção seja cada vez menos invasiva, otimizando a recuperação do paciente após o procedimento. Entre as especialidades que mais operam com esta tecnologia se destacam a urologia, ginecologia e a cirurgia bariátrica, mas procedimentos também são feitos em cirurgia hepática, proctologia, tórax, entre outras.
Marcelo Pina e Paulo Moll (esq.) apresentaram o projeto de reforma das instalações da Beneficência Portuguesa ao Manuel Antunes e Paulo Sardinha Fotos Rosane Naylor/EuroCom
O presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-RJ), Paulo Sardinha, e o professor do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa (ISCSP-ULisboa) e o presidente do Fórum Pessoas e Organizações (Pessoas@2020), Manuel Sousa Antunes, visitaram nessa segunda-feira (27) as antigas instalações da Beneficência Portuguesa, na Glória, para conhecer o projeto da Rede D’Or para o local. A maior rede hospitalar privada do país arrematou o espaço em leilão judicial por R$ 60 milhões e irá investir R$ 300 milhões na construção do maior complexo hospitalar do estado do Rio de Janeiro.
“O hospital vai oferecer 500 leitos e gerar cerca de cinco mil empregos diretamente”, destacou o vice-presidente da Rede D’Or, Paulo Moll, que guiou a visita ao lado do diretor executivo e responsável pelo projeto, Marcelo Pina.
O complexo hospitalar ainda terá um centro integrado de assistência, ensino, pesquisa e inovação. “Há 10 anos, a empresa fundou o Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) que tem por objetivo promover o avanço científico e tecnológico na área da saúde. Começou primeiro com os cursos de pós-graduação, mas hoje já temos graduação e residência médica”, explicou Pina.
Para o presidente da ABRH-RJ, mais empresas deveriam seguir o exemplo e também investir em ensino e pesquisa. “Somente através da educação é que o país alcançará um desenvolvimento sustentável, por isso é fundamental que as organizações tenham esse compromisso como a Rede D’Or”, elogiou Sardinha.
Da visita surgiu, inclusive, a possibilidade de uma parceria com a Universidade de Lisboa. Antunes colocou-se à disposição do IDOR para fazer a apresentação entre as duas instituições. Hoje, o IDOR tem parcerias com universidades como a UCLA e Stanford, mas ainda não tem nenhum trabalho em conjunto com uma instituição de ensino de Portugal. “Seria uma excelente oportunidade de ampliar os nossos horizontes”, afirmou Moll.
Por sinal, para o presidente do Fórum Pessoas e Organizações, que é português, a visita também foi uma volta às origens, devido à marquise e estilo dos prédios que remetem à arquitetura portuguesa do século XVIII e também ao acervo de quadros e estátuas que a Beneficência abriga e que homenageia personagens históricos de Portugal. Antunes, quem também é presidente da Confederação dos Profissionais de Recursos Humanos de Língua Portuguesa, destacou, por exemplo, a estátua em homenagem ao primeiro Rei de Portugal, Afonso I, e o busto do penúltimo rei, Carlos I.
“Há um compromisso da Rede D’Or com a manutenção de todo o acervo. Vamos conciliar nesse espaço o que há de mais moderno em pesquisa e assistência médica com a tradição e história da arquitetura dos prédios e do acervo cultural presente”, destacou Moll.