Volta às aulas: Lojas físicas tem 71% da preferência para compras de materiais escolares
Estudo da Ecglobal aponta Faber Castell, Tilibra, BIC e Kalunga como as principais escolhas do público

Com a proximidade do retorno escolar, os pais se deparam não apenas com a demanda crescente por produtos e serviços educacionais, mas também com um pico na atividade econômica do setor. As transformações significativas no ensino e na aprendizagem, especialmente em um contexto pós-pandêmico, impactaram nas estratégias de consumo durante o retorno às aulas e nas decisões tomadas pelas famílias quando o assunto é educação de seus filhos.

Para relatar as expectativas e realidades enfrentadas pelos pais durante o período, a Ecglobal, empresa da Haus, plataforma de marketing do Grupo Stefanini, realizou uma pesquisa quantitativa com aproximadamente 700 participantes da plataforma ecglobal.com, com a maioria dos entrevistados entre 35 e 64 anos. Os resultados revelam, por exemplo, que 71% preferem fazer as compras de materiais escolares em lojas físicas.

Preferência de compra

Itens essenciais como lápis, canetas e cadernos são prioridades para os pais, representando 84%. Por outro lado, materiais como estojo, mochilas e pastas compõem 62%. No que diz respeito à escolha dos materiais, 66% levam em conta fatores como promoção; 56% necessidades específicas; 48% orçamento e 42% influência digital. A estética dos materiais (30%) e as recomendações pessoais (21%) ainda desempenham algum papel, embora tenham impacto menor.

A preferência de compra dos responsáveis é diversificada: além dos que 71% preferem lojas físicas, 49% optam por lojas online especializadas, 48% marketplaces, outros 30% realizam as compras em lojas de departamento, 27% em supermercados e 20% com varejistas eletrônicos. Opções menos populares como eventos locais (17%) e trocas ou vendas de usados (8%) indicam abertura para práticas mais sustentáveis.

Dentre as preferências de marcas, a Faber Castell (23%) lidera a escolha do público, seguida por Tilibra (18%), BIC (11%) e Kalunga (11%).

O estudo também aponta que 68% dos participantes irão comprar eletrônicos para a volta às aulas nos próximos três meses. Esse dado está relacionado à percepção dos pais que reconhecem o papel positivo da tecnologia na educação. Dentre os itens preferidos, 48% destacam os fones de ouvidos, 41% notebooks e laptops, 36% pen drives ou dispositivos de armazenamento, 35% calculadoras, 34% tablets e 33% smartphones. No quesito marcas, a Samsung (25%) é a marca mais lembrada, seguida por Dell (7%) e Apple (5%).

Escolha escolar

Dentre os entrevistados, 52% possuem filho em idade escolar, a maioria (68%) percebe uma diferença na qualidade do ensino entre escolas públicas e privadas, considerando o ensino da escola particular melhor. Ao planejar as matrículas, 41% efetuam ainda em janeiro, porém uma parcela significativa inicia o processo meses antes; 6% começam já em outubro e 10% em novembro. No mês de dezembro foi identificada uma concentração de 30%, sugerindo uma possível estratégia de aguardar o décimo-terceiro salário para efetuar o pagamento.

A pesquisa indagou aos pais quais fatores relevantes os levam a escolher uma escola para seus filhos. A qualidade acadêmica foi eleita como critério supremo, representando 41% dos votos. A proposta pedagógica e a metodologia de ensino aparecem como 20% das preferências, enquanto a proximidade geográfica foi votada por 13% dos entrevistados. Preferências como a reputação da escola (10%), infraestrutura (5%) e material pedagógico (5%) permanecem significativas no processo de tomada de escolha.

Impactos da pandemia

As transformações no cenário educacional, sobretudo pós-pandemia, influenciaram diretamente as políticas de ensino e na rotina dos alunos da educação infantil. Setenta e um por cento dos pais concordam que a pandemia afetou de forma negativa, dividindo-se entre aqueles que sentem um impacto significativo (37%).

Essa realidade influencia no processo de escolha da instituição educacional, uma vez que os pais levam em consideração as medidas adotadas pelas escolas para minimizar os impactos do ensino remoto. Nesse contexto, 64% dos pais afirmam que algumas medidas foram implementadas, mas a preocupação persiste e 14% expressam que nenhuma medida foi adotada.

“O retorno às aulas pode gerar ansiedade e desafios para estudantes e pais. As transformações no ensino pós-pandemia afetaram as políticas educacionais e a forma de consumo de materiais escolares. Nesse levantamento, conseguimos ressaltar a importância de compreender o comportamento e as novas preferências dos consumidores no contexto educacional, oferecendo um panorama detalhado das tendências e necessidades que ajudam as marcas a acelerarem o crescimento e inovarem continuamente em suas estratégias de marketing e comunicação”, conclui Adriana Rocha, fundadora e CEO Global da Ecglobal.

CNC estima que carnaval vai movimentar R$ 9 bilhões no Brasil
Minas Gerais lidera projeção de crescimento, em turismo com 20,2%

Da Agência Brasil

O carnaval de 2024 deve movimentar R$ 9 bilhões de reais representando 10% acima do que foi registrado no ano passado. A estimativa foi divulgada nesta segunda-feira (29) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A entidade completou que em ritmo de recuperação pelo quarto ano seguido, será a primeira vez que o faturamento deve superar o patamar anterior à pandemia de covid-19.

O presidente da CNC, Roberto Tadros, observou que os dados de faturamento do setor de turismo, tanto nacionais quanto regionais, indicam avanço na atividade nos últimos anos. “O efeito do carnaval, como um evento isolado, contribui para a recuperação econômica do segmento de maneira geral e expressiva”, afirmou na nota divulgada pela CNC.

No setor de turismo, Minas Gerais (20,2%), Paraná (14,5%) e Rio Grande do Sul (12,2%), lideram a projeção de crescimento entre os estados. Para o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, a tendência de crescimento deve se manter em 2024.

“A profissionalização da atividade do turismo nos últimos anos, além da maior demanda por esses serviços, justifica o surgimento de destinos menos tradicionais como protagonistas para os turistas que buscam aproveitar esse período não somente para as grandes festas de carnaval”, relatou.

São Paulo

As projeções da CNC indicam ainda que São Paulo deve ser o campeão de faturamento das atividades turísticas no mês do carnaval. A expectativa é de R$ 16,3 bilhões. Embora com valores mais baixos, na sequência vem o Rio de Janeiro, com R$ 5,3 bilhões, e Minas Gerais, com R$ 5,2 bilhões. Bahia e Rio Grande do Sul ficam empatados com previsão de R$ 2,7 bilhões.

“O faturamento das atividades turísticas no mês do carnaval reflete a dinâmica econômica geral de cada Estado e, quanto maior o fluxo turístico, a população residente e a renda média, mais alta a projeção”, analisou o economista-chefe, acrescentando que São Paulo fica na liderança isolada, uma vez que concentra cerca de 20% da população brasileira.

Mais gastos

Com a melhora da situação financeira, o turista brasileiro deve gastar mais neste carnaval, o que vai contribuir para a circulação de renda no comércio e nos serviços durante o período. Conforme os dados do Banco Central (BCB), em 2023, os gastos dos brasileiros no exterior subiram 44% se comparado ao ano anterior, somando US$ 1,1 bilhão. Quanto aos turistas estrangeiros no Brasil, os gastos em 2023 superaram em 44% o montante de 2022.

Para Felipe Tavares, a tendência de alta, observada entre 2022 e 2023, deve permanecer em 2024. O economista-chefe estimou que as despesas dos turistas brasileiros no exterior vão crescer 19%, chegando a US$ 1,3 bilhões. Já os estrangeiros no Brasil devem “gastar 19,4% a mais, o que representará cerca de US$ 971 bilhões no carnaval em 2024”.

Empregos

Não são só as atividades do Turismo que ganham com o carnaval. Segundo a CNC, a contratação de temporários em diversas áreas econômicas também avança. Especialmente no setor de serviços, onde estão incluídas as atividades de turismo, a CNC prevê 66.699 postos temporários para 2024, com 3,1% de efetivação.

No entendimento de Alexandre Sampaio, diretor da CNC, que coordena o Conselho Empresarial de Turismo e Hospedagem (Cetur) e presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), o carnaval 2024 vai manter a tradição de ser importante para o turismo brasileiro e reforçar a contratação de pessoal para atender a demanda.

“Nós acreditamos que o carnaval vai cumprir o seu padrão de ocupação plena de vários segmentos de hospedagem, demanda muito grande de alimentação fora do lar, processos e serviços de catering para atendimento de grupos nas avenidas e no carnaval de rua, como em Salvador, Rio e São Paulo, que são os mais famosos”, comentou o diretor.

Número de usuários de planos de saúde passa de 51 milhões em 2023
Faixa etária de 45 a 49 anos foi a que apresentou maior crescimento

Da Agência Brasil

Arquivo/Andre Borges/Agência Brasília

Levantamento divulgado nesta quarta-feira (24) pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) revela que o setor totalizou, em dezembro do ano passado, 51.081.018 usuários de planos de assistência médica, superando, pela primeira vez, a marca de 51 milhões. Os planos exclusivamente odontológicos registraram, por sua vez, 32.668.175 beneficiários. O setor engloba 680 operadoras ativas médico-hospitalares com beneficiários e 238 operadoras ativas exclusivamente odontológicas com beneficiários.

Em um ano, os planos médico-hospitalares tiveram crescimento de 957.197 beneficiários em relação a dezembro de 2022. Já em relação a novembro de 2023, o crescimento foi de 150.118 usuários. No caso dos planos exclusivamente odontológicos, ocorreu aumento de 2.469.502 beneficiários em 12 meses; e de 287.751, na comparação de dezembro de 2023 com o mês anterior.

Os dados por estado mostram que, no comparativo com dezembro de 2022, o setor registrou aumento de beneficiários em planos de assistência médica em 26 unidades federativas, com maior ganho de beneficiários, em números absolutos, observado em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Entre os planos odontológicos, 26 unidades federativas registraram aumento no comparativo anual, com maior crescimento, em números absolutos, em São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

A faixa etária de 45 a 49 anos foi a que apresentou o crescimento mais expressivo na assistência médica, com 240.716 novos beneficiários nos últimos 12 meses, seguida pela faixa de 40 a 44 anos (183.201 novos beneficiários). No caso dos planos odontológicos, essas faixas também foram as que registraram as maiores expansões: de 281.144 beneficiários, para a de 45 a 49 anos, e de 253.934 usuários, para a de 40 a 44 anos.

Economia aquecida

“Esse crescimento no número de beneficiários de planos de saúde acompanha um movimento de aquecimento da economia do país, já que dados preliminares apontam para um crescimento do PIB (Produto Interno Bruto, soma de todos os bens e serviços produzidos) do Brasil na casa dos 3%, em 2023”, ressaltou o diretor de Desenvolvimento Setorial da ANS, Maurício Nunes.

Ele destacou também que 1,9 milhão de empregos formais foram gerados entre janeiro e novembro do ano passado no país, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). “Isso reflete diretamente no aumento do número de beneficiários nos planos coletivos empresariais, que passou de 34,8 milhões, em janeiro de 2023, para 36 milhões, em dezembro”.

A ANS ressaltou, por meio de sua assessoria de imprensa, que os números podem sofrer modificações em função das revisões feitas mensalmente pelas operadoras.

Dias Toffoli recebe alta depois de cirurgia em São Paulo
Ministro do STF passou por correção de duas hérnias

Da Agência Brasil

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), recebeu alta na manhã deste domingo (21), depois de uma cirurgia robótica para correção de duas hérnias: uma inguinal direta e outra umbilical. A equipe médica do Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, liberou o ministro para seguir com cuidados em casa.

A alta foi autorizada depois da visita de rotina feita pela médica cardiologista e intensivista Ludhmilla Hajjar. O responsável pela operação foi o médico Antônio Luiz de Vasconcellos Macedo.

O ministro Dias Toffoli tem 56 anos de idade e está no Supremo desde 2002, por indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele foi o mais jovem ministro a presidir a Corte entre 2018 e 2020.

O presidente atual é o ministro Luís Roberto Barroso. É ele que está à frente dos casos considerados mais urgentes durante o recesso do Judiciário, que vai retomar os trabalhos no dia 1º de fevereiro.