Instituto busca transformar a saúde suplementar com certificação de corretores
Fundado pelo ex-presidente da ANS, Leandro Fonseca, o IQCS quer preencher o vazio da falta de qualificação especializada dos vendedores de planos de saúde

Leandro Fonseca, ex-presidente da ANS e idealizador do Instituto de Qualificação da Contratação na Saúde Suplementar. (Foto: divulgação)

Da Redação

Promover uma mudança no setor de saúde suplementar. É com essa expectativa que será lançado em setembro o Instituto de Qualificação da Contratação na Saúde Suplementar (IQCS). À frente da iniciativa, Leandro Fonseca, ex-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O IQCS surge inicialmente para atender uma lacuna dentro do setor que é a qualificação especializada dos corretores de planos de saúde. Estima-se que cerca de 100 mil profissionais atuam com venda de planos de saúde no Brasil. O lançamento oficial será no dia 2 de setembro, após debate setorial promovido pelo IQCS em parceria com a Faculdade Mackenzie sobre o Impacto da atuação dos profissionais de venda de planos de saúde, com a presença do presidente da ANS, Paulo Rebello; presidente da Abramge, Gustavo Ribeiro; o presidente do IQCS, Paulo Marcos e o presidente do SINCOR-RJ, Ricardo Garrido, com moderação de Adriano Londres, CEO da Arquitetos da Saúde.

O diagnóstico feito pelo Instituto é que muitos dos problemas e conflitos entre operadora e beneficiário seriam evitados se houvesse uma formação apropriada de quem trabalha com a venda. Leandro cita, por exemplo, a discussão atual de cancelamento de contratos por parte das operadoras e fraudes. Há casos, ressalta ele, em que o cancelamento indevido decorre de uma venda mal-feita, que gera uma expectativa no beneficiário que não vai ser atendida, bem como na operadora em relação àquele vínculo que, não necessariamente, está corretamente sendo respondida a demanda do contratante.

Para preencher essa lacuna, o IQCS vai oferecer cursos online, inicialmente serão 14 modalidades, com aulas de 30 a 40 minutos. No total, serão até 5 horas de conteúdo em cada curso. As aulas abordam, por exemplo, temas que costumam estar entre as principais causas de judicialização do setor, como precificação e reajuste de plano de saúde, carência e rol da ANS. A expectativa é que essa qualificação contribua para redução de disputas judiciais, de fraudes e da desconfiança que permeia o setor. A visão é que um profissional de vendas melhor preparado, pode ser um agente fundamental para diminuir os conflitos entre operadora e contratante. “É preciso um tanto de coragem para desafiar o status quo. Mas o Instituto tem essa ambição de transformar o setor de saúde suplementar, catalizando um ciclo virtuoso nesse setor que presta serviços muito importantes para os brasileiros”, afirma Leandro.

Serviço

Lançamento do Instituto de Qualificação da Contratação na Saúde Suplementar (IQCS)
Dia: 02 de setembro – após debate setorial: Impactos da atuação dos profissionais de venda de planos de saúde
Horário: 17h às 19h
Local: Faculdade Mackenzie – Rua Marquês de Olinda, 70 – Botafogo – RJ
Inscrições: www.iqcs.com.br

Começa hoje, em Salvador, simpósio que alerta para o câncer mais mortal do mundo
Segundo estudos, há aumento da incidência de câncer de pulmão em pacientes não fumantes

(Imagem: Reprodução / https://www.rededorsaoluiz.com.br/instituto/idor/eventos/ix-simposio-internacional-de-cancer-de-pulmao-oncologia-dor-2/)

Da Redação

Começa nesta sexta-feira (23), às 8h, a nona edição do Simpósio Internacional de Câncer de Pulmão Oncologia D’Or, no Wish Hotel da Bahia, em Salvador. Ao longo de dois dias, o evento vai apresentar novidades sobre rastreamento, diagnóstico e tratamento envolvendo a doença, que é o tipo mais incidente e letal de câncer no mundo. Segundo dados da OMS, são 2,5 milhões de novos casos e 1,8 milhão de mortes apenas em 2022. Cirurgião torácico e coordenador do evento, Tiago Machuca reforça a importância do simpósio. “É um congresso que reúne profissionais multidisciplinares envolvidos no dia a dia do tratamento e diagnóstico da doença e tem como principal objetivo melhorar o cuidado com a população”, afirma.

O evento contará com a presença de dois convidados internacionais: Bruno Hochhegger, radiologista e professor da Universidade da Flórida; e Narjust Florez, oncologista torácica no Dana-Farber Brigham Cancer Center. Narjust trará um dos principais debates do congresso: a incidência de câncer de pulmão em pacientes não fumantes. Há um aumento comprovado de casos em pacientes jovens e que sequer tiveram contato com tabaco, alertando médicos para essa possibilidade em novos casos.

O rastreamento em câncer de pulmão também receberá grande destaque no simpósio. Estudos apontam benefício evidente para pacientes que descobrirem a presença do carcinoma pulmonar em estágio inicial, utilizando tomografias de baixa dose. “As estatísticas de câncer de pulmão são indesejáveis por conta da demora no diagnóstico. O rastreamento é uma oportunidade única que temos para melhorar essas estatísticas e facilitar o tratamento”, explica Samira Mascarenhas, oncologista clínica da Oncologia D’Or e coordenadora do Simpósio, reafirmando a importância de acompanhar pacientes com algum histórico que possam vir a facilitar a presença da doença.

Outros módulos terão temas como: o papel da cirurgia no câncer de pulmão, critérios, avanços, novas técnicas e como entregar uma cirurgia de qualidade para cada caso; e terapias adjuvantes, ou seja, utilização de quimioterapia e imunoterapia para diminuir o tumor e aumentar as chances de cura do paciente pós-operação. “Estamos muito felizes em poder trazer, novamente, temas extremamente relevantes e atuais em câncer de pulmão em um ambiente propício ao debate e troca de conhecimento, permitindo a evolução profissional e formação de novas conexões”, finaliza Tiago Machuca, Diretor Nacional de Medicina Respiratória de Alta Complexidade da Rede D’Or e coordenador do evento.

Oncologia D’Or

Criada em 2011, a Oncologia D’Or é a empresa de oncologia da Rede D’Or, formada por clínicas especializadas no diagnóstico e tratamento oncológico e hematológico, com padrão de qualidade internacional e que, atualmente, está presente em 11 estados brasileiros e Distrito Federal. O trabalho da Oncologia D’Or tem por objetivo proporcionar, não apenas serviços integrados e assistência ao paciente com câncer com elevados padrões de excelência médica, mas um ambiente de suporte humanizado e acolhimento. A área de atuação da Oncologia D’Or conta com uma rede de mais de 55 clínicas, tem em seu corpo clínico mais de 500 médicos especialistas nas áreas de oncologia, radioterapia e hematologia e equipes multidisciplinares que trabalham em estreita parceria com o corpo clínico da maioria dos 73 hospitais da Rede D’Or. Além disso, a presença das clínicas da Oncologia D’Or em mais de 22 hospitais da Rede, abrange a área de atuação em toda a linha de cuidados, seguindo os moldes mais avançados de assistência integrada, proporcionado maior agilidade no diagnóstico e trazendo mais conforto e eficiência para o tratamento completo dos pacientes.

Serviço:

IX Simpósio Internacional de Câncer de Pulmão Oncologia D’Or

Data: 23 e 24/08.

Local: Wish Hotel da Bahia– Av. Sete de Setembro, 1537 – Salvador – BA.

Inscrições: www.eventosoncologiador.com.br/pulmao2024/

Tabagismo é responsável pela maioria de casos de câncer de pulmão
Cerca de 80% dos casos diagnosticados da doença estão associados ao consumo de derivados de tabaco

(Imagem: Freepik)

Da Redação

O câncer é uma das doenças de maior incidência no mundo. Para cada ano do triênio 2023-2025, são esperados 704 mil novos casos de câncer no Brasil. O câncer de pulmão, traqueia e brônquio é o 4º mais incidente na população brasileira, com estimativa de 35.560 novos casos para cada ano do triênio 2023-2025, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA).

De acordo com a oncologista da Oncologia D’Or Martha Mesquita, o tabagismo e a exposição passiva ao tabaco são importantes fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de pulmão. “Em cerca de 85% dos casos diagnosticados, o câncer de pulmão está associado ao consumo de derivados de tabaco. Temos outros fatores de risco que são exposição à poluição, doença pulmonar obstrutiva crônica, enfisema pulmonar, bronquite crônica, exposição a agentes químicos como radônio, arsênico, cromo, níquel e fuligem, dentre outros”, explica a oncologista.

O cigarro eletrônico está cada vez mais popular no meio dos jovens. Mas, segundo o oncologista da Oncologia D’Or Lucianno Santos, por estar difundido há pouco tempo, ainda não são conhecidos todos os efeitos danosos a longo prazo. “Atualmente, nota-se o aumento de doenças pulmonares não-oncológicas em pacientes que utilizam o cigarro eletrônico, a relação direta entre o cigarro eletrônico e o câncer de pulmão ainda não foi comprovada de forma enfática. Faz-se necessário mais tempo de acompanhamento desta população e a conclusão de estudos científicos em andamento”, afirma Lucianno.

Apesar disso, o cigarro eletrônico, assim como o convencional, pode causar dependência ao usuário, devido à presença de nicotina. “Embora os cigarros eletrônicos não contenham alcatrão e monóxido de carbono, substâncias nocivas presentes nos cigarros convencionais, a nicotina ainda é uma substância altamente viciante que pode levar à dependência. Em termos gerais, quem é usuário de vape inala vapor e não fumaça. Além disso, o cigarro eletrônico não possui alcatrão em sua composição, diferente do convencional. Por outro lado, suas semelhanças são inúmeras. Os dois geram dependência e fumantes passivos, os dois causam diversas doenças e os dois podem levar à morte”, explica a oncologista Martha Mesquita.

Segundo dados mais atuais do Atlas de Mortalidade, disponibilizado pelo INCA, um total de 29.576 pacientes foram a óbito no ano de 2022 decorrente deste tipo de câncer. “Para que um paciente consiga vencer a dependência do cigarro ou cigarro eletrônico faz-se necessário um conjunto de fatores, como o desejo do paciente em largar o vício, acompanhamento médico e psicológico especializado e o apoio da família. A falta de alguns destes fatores pode dificultar o sucesso do processo”, finaliza o oncologista Lucianno Santos.

Importância do pré-natal
Coluna assinada por Rogério Gomes dos Reis Guidoni, diretor da maternidade do Hospital e Maternidade Brasil - Rede D'Or

(Imagem: Freepik)

Publicado no jornal Diário do Grande ABC.

Em 15/8 é celebrado o Dia da Gestante. Qual a importância do pré-natal para a saúde das futuras mães e dos bebês?

Este dia tem a função de reforçar junto a toda comunidade a importância do pré-natal para todas as gestantes, para o acompanhamento do desenvolvimento fetal e também acompanhar as modificações físicas e psicológicas pelas quais passam a gestante neste período de intensa transformação para gerar um novo ser. Atualmente é recomendado que haja uma consulta pré-concepcional (antes da gravidez) para que possíveis problemas possam ser diagnosticados e tratados antes da concepção. Esta consulta pré-concepcional é ainda mais recomendada para as pacientes que já fazem controle de alguma intercorrência para que a mulher engravide em satisfatórias condições de saúde.

Quais são os principais exames que devem ser realizados no pré-natal?

Vários exames são realizados neste período com a finalidade de acompanhar as transformações orgânicas e psicológicas do casal possibilitando um tratamento precoce. Dentre os exames mais importantes citamos o rastreio da anemia e infecção com hemograma, do diabetes com a glicemia de jejum e teste de sobrecarga de glicose, da infecção urinaria com exame de urina e cultura urinaria e varias sorologias para rastreio de infecções. O acompanhamento do desenvolvimento fetal é realizado com a ultrassonografia, em que a morfologia fetal, a placenta, o líquido amniótico e também os fluxos placentários, matemos e fetais são avaliados. O rastreio da prematuridade com a medição do cola, o risco para síndromes e pré-eclámpsia também são estimados. A avaliação do coração do feto é feita com a ecocardiografia fetal durante o pré-natal.

Quais vacinas o casal deve tomar no período?

Nesta fase é fundamental que as vacinas do casal estejam em dia. São recomendadas as vacinas contra o tétano, coqueluche, difteria, influenza (gripe), hepatite B e covid-19.

Quais são as principais recomendações para a gestante ter uma gravidez saudável, como, por exemplo, em relação à alimentação e atividades físicas?

Algumas recomendações devem ser consideradas, como, por exemplo, a realização de atividade física por meio do pilates, hidroginástica, fisioterapia pélvica e caminhadas. Quanto à nutrição, devem ser evitados alimentos crus e mal lavados, bem como embutidos. A gestante deve evitar o consumo de álcool. A futura mãe precisa ingerir bastante fibras e líquidos para impedir a constipação intestinal.

Quais são os diferenciais do Hospital e Maternidade Brasil no cuidado com as gestantes?

No Hospital e Maternidade Brasil criamos o CIAGESTA (Centro Integrado de Acolhimento à Gestante), que é um pré-natal que tem como objetivo acolher, informar para menos intervir. Uma equipe multiprofissional integra este projeto para que seja oferecida à gestante um olhar completo sobre suas necessidades. A futura mãe passa em avaliação com o obstetra e com a equipe multiprofissional, formada por enfermeira, psicóloga, nutricionista e fisioterapeuta. É também oferecido o pré-natal ao marido, em que o médico clínico avaliará as condições de saúde e carteira vacinal do futuro pai. Toda a equipe acompanhará a gestante durante o parto e puerpério (período pós-parto), incluindo fisioterapia durante o trabalho de parto, sem ônus adicional à gestante. O Hospital e Maternidade Brasil conta com um grande centro de diagnóstico de última geração, onde todos os exames podem ser realizados. Há também um hospital geral como retaguarda contando com todas as especialidades médicas, incluindo UTI materno e neonatal.