Pandemia reforça o compromisso da Unimed Volta Redonda de cuidar das pessoas
Cooperativa completa 31 anos. Home office e a telessaúde estão entre os aprendizados e mudanças que a pandemia trouxe

 

 

Da Redação

Há 31 anos, em um 28 de setembro, a Unimed Volta Redonda firmou um compromisso de cuidar da saúde e do bem-estar das pessoas. E esse ano com a pandemia, o setor de saúde passou por importantes mudanças e transformações. Enquanto a maior parte das organizações paralisou investimentos desde o início da crise provocada pelo coronavírus, a cooperativa implementou diversos projetos voltados para o cuidado com o cliente, o colaborador e o cooperado, reforçando o seu Jeito Unimed de Cuidar (JUC). Além disso, optou por acelerar o que já estava em andamento, como a expansão do Hospital, que traz um Centro Oncológico completo, do diagnóstico ao tratamento.

“Apesar dos enormes desafios que estamos enfrentando, fortalecemos a nossa relação com as pessoas. No primeiro momento, cuidamos dos nossos funcionários e médicos preservando a saúde e segurança de todos. Afastamos quem era do grupo de risco, adotamos medidas para proteger quem permaneceu trabalhando, sempre seguindo todas as orientações sanitárias preconizadas pelo Ministério da Saúde”, disse Luiz Paulo Tostes Coimbra, presidente da Unimed Volta Redonda, acrescentando que a cooperativa ofereceu apoio psicológico e emocional aos cooperados, colaboradores, seus dependentes, com atendimento digital por meio de uma plataforma. “Todas as decisões implementadas foram guiadas por 3 pilares que acreditamos ser fundamentais para a entrega de uma melhor assistência às pessoas: simplicidade, agilidade e eficiência”, concluiu.

A Unimed criou ainda uma Unidade de Apoio Especial, anexo ao Hospital, para atendimento exclusivo a pacientes com sintomas do novo coronavírus. Em caso de necessidade de consulta médica para qualquer sintoma, há a orientação online, uma ferramenta de atendimento médico por vídeo chamada.

E a telessaúde veio para ficar. A incorporação da tecnologia de vídeo possibilitou oferecer assistência médica mesmo no período mais rigoroso de isolamento. Luiz Paulo explica que a pandemia testou a capacidade da Unimed Volta Redonda de agir rápido.

Jeito Unimed de Cuidar

Para proporcionar mais proximidade e conforto e, assim, melhorar a experiência do paciente, a cooperativa investiu em ações de humanização como a visita digital aos pacientes, em que a equipe do Hospital produzia vídeos personalizados feitos com os familiares dos pacientes com Covid-19, como forma de driblar a distância e aquecer seus corações. E para tornar o ambiente mais acolhedor no meio de tantos paramentos de proteção obrigatórios no setor de Covid, o corpo médico e de enfermagem gravou vídeos “de cara limpa” se apresentando ao paciente.

Desenvolvimento e aprendizado

O ano também tem sido de muito aprendizado e com mudanças que chegaram para ficar. Por exemplo, as novas modalidades de trabalho. “Foi uma oportunidade para avaliar a nossa capacidade de fazer gestão por home office. E pudemos observar que essa mudança pode funcionar”, afirma o presidente da Unimed Volta Redonda.

No caso da Unimed, a mudança nos processos de trabalho vai além. Essa transformação será direcionada por três guias: simplicidade, agilidade e eficiência.  É uma discussão que tem sido feita com os gerentes, de aproveitar o momento para aprender a olhar de forma objetiva os nossos processos e torná-los simples, ágeis e eficientes. “Assim vamos economizar tempo e desperdício de trabalho e gerar novas oportunidades. Para isso, também será necessário manter o desenvolvimento dos funcionários e médicos, para que estejam preparados para essa nova realidade que foi acelerada pela pandemia”, explica Dr. Luiz Paulo.

Ele cita como exemplo os novos programas de desenvolvimento de pessoas e incentivo ao autodesenvolvimento. Para se ter uma ideia, de janeiro a setembro foram investidos mais de R$ 500 mil. Lançado, no primeiro semestre, o Projeto Gamma, veio para capacitar e desenvolver ainda mais os cooperados que atuam como gestores médicos e os colaboradores que ocupam cargos de supervisores. Os 75 profissionais, sendo 20 médicos e 55 supervisores, foram divididos em quatro equipes: início de carreira; com visão sistêmica sobre o negócio; com olhar especialista em sua área de atuação; coordenadores e gerentes médicos.

Em agosto, foi a vez do Projeto Acelerar. Formado por um grupo de 32 colaboradores com perfil de influenciadores, que participam de uma jornada de capacitação dividida em quatro pilares, que são criatividade, adaptação à mudança, fortalecimento de relações e agilidade em tempos de adversidade. O projeto promove encontros semanais por videoconferência, buscando propor conexões de repertórios: pessoal, conteúdo multidisciplinar, e conexão com o repertório que está no outro.

Simpósio Internacional sobre câncer de pulmão debate avanços no tratamento e diagnóstico da doença
O atendimento a pacientes em tempos de pandemia será um dos destaques no evento

Os últimos avanços no diagnóstico e tratamento do câncer de pulmão serão apresentados no V Simpósio Internacional de Câncer de Pulmão Oncologia D’Or, que acontece hoje e amanhã. Pela primeira vez o evento será inteiramente virtual. O simpósio terá a participação de vários dos principais especialistas do cenário nacional e convidados internacionais de grande prestígio na área, para apresentar os temas de mais relevância da especialidade, as tendências para o futuro próximo e discutir casos reais. O presidente da Oncologia D’Or, Paulo Hoff, está entre os nomes confirmados na mesa de abertura.

Alguns destaques da programação científica: inovações em cirurgia robótica; avanços da terapia-alvo e da imunoterapia; novidades no cenário do tratamento adjuvante e neoadjuvante; abordagem da doença oligometastática e a oncologia torácica em tempos de pandemia.

“O público pode esperar um congresso dinâmico, focando no manejo multidisciplinar do câncer e com um olhar no futuro do tratamento dessa doença”, destaca a oncologista Milena Mak, que, ao lado do também oncologista Lucianno Henrique Pereira dos Santos e dos cirurgiões torácicos Ricardo Mingarini Terra e Rui Haddad, faz a Coordenação Científica do evento.

Lucianno observa que o Simpósio, do ponto de vista da situação atual em que o mundo se encontra, funciona como uma afirmação de que a ciência e a oncologia continuam de pé, mesmo diante da crise de saúde global que atinge a humanidade. “Disseminar informações e conhecimentos médico deve ser um processo contínuo e ininterrupto”, afirma.

Entre as mesas que compõem a programação, Milena destaca a que vai discutir os novos empregos de imunoterapia e terapias alvo que vêm sendo desenvolvidos, bem como a incorporação destes tratamentos na prática clínica. “Também tivemos o cuidado de trazer para a discussão o manejo de pacientes com câncer de pulmão em tempos de pandemia, mostrando uma sintonia do evento com a nossa realidade”, relata a oncologista.

Entre os nomes internacionais confirmados temos o do Roy Herbst, chefe de Oncologia Médica e diretor associado de Pesquisa Translacional no Yale Cancer Center (YCC) e na Yale School of Medicine. Ele é reconhecido mundialmente por trazer à tona a discussão do tratamento adjuvante do câncer de pulmão EGFR+ com a utilização de terapia alvo. “Nosso Simpósio vai trazer um tema que foi destaque no último congresso da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) ocorrido em junho. É mais um exemplo de como a programação está alinhada com o que vem sendo feito nos principais centros oncológicos do mundo”, destaca Lucianno.

Simpósio faz parte do calendário de eventos virtuais

O Simpósiofaz parte de uma série de eventos virtuais promovidos pela Oncologia D’Or até o final do ano. “A necessidade de isolamento social devido à pandemia não permite a realização de atividades presenciais. Entretanto o câncer continua sendo um problema relevante de saúde e há a necessidade de disseminar os estudos mais recentes a todos os médicos.”, comentou Paulo Hoff, presidente da Oncologia D’Or. A cada evento, profissionais poderão discutir com especialistas nacionais e estrangeiros o que há de mais recente e efetivo no tratamento dessa doença. Outra novidade é que todos eventos terão conteúdo on demand. Os participantes terão acesso ao conteúdo apresentado pelos palestrantes por três meses.  O calendário completo está disponível no sitehttps://eventosoncologiador.com.br/.

Academia Brasileira de Ciências e Instituto D’Or homenageiam um dos primeiros médicos negros do Brasil
A quinta edição em vídeo do projeto "Ciência Gera Desenvolvimento" presta tributo a Juliano Moreira, precursor da psiquiatria moderna no país

 

Da Redação

A Academia Brasileira de Ciências (ABC) e o Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) acabam de lançar mais um vídeo do “Ciência Gera Desenvolvimento”, projeto criado pela ABC em 2017 e com parceria do IDOR desde o ano passado. O objetivo da iniciativa é divulgar, através de animações curtas e com linguagem acessível, a vida e legado de grandes nomes da ciência brasileira. Em novembro do ano passado, foi escolhido o geógrafo Milton Santos; já em 2020, a quinta edição do projeto homenageia o psiquiatra Juliano Moreira.

Nascido em Salvador, no ano de 1873, Juliano Moreira foi um dos principais nomes da psiquiatria brasileira e um dos primeiros a trazer para a área os conceitos da psicanálise, criada por Sigmund Freud, e da genética psiquiátrica moderna, desenvolvida por Emil Kraepelin. Moreira representou o Brasil em diversos congressos na Europa, África e Ásia, além de ter revolucionado o tratamento de pacientes psiquiátricos através de práticas humanizadas, como a abolição do uso de camisas de força e do uso de grades nas janelas dos hospitais. O médico ainda foi um dos principais nomes da ciência nacional a refutar as teorias do racismo científico predominante na época, que defendia que transtornos psiquiátricos estavam associados a misturas étnicas, o que marcaria a sociedade brasileira como geneticamente inferior às europeias.

“Juliano Moreira foi um nome extremamente importante na história da psiquiatria no Brasil. E um aspecto é digno de nota: se nos tempos atuais o racismo perdura no país, no fim do século XIX, Juliano, um jovem negro, ultrapassou imensos obstáculos para entrar na faculdade de medicina enquanto ainda existia escravidão no Brasil, um dos últimos países do mundo a aboli-la. Ele viveu em um período no qual o país se definia prioritariamente pela cor da pele, até mesmo na ciência, cuja teoria de degeneração, na época, defendia que a miscigenação com pessoas negras trazia contribuições negativas para população. Mesmo assim, vivendo em um contexto adverso como aquele, Juliano alcançou a merecida fama, como um dos mais importantes médicos de toda a nossa história”, observa o psiquiatra Paulo Mattos, coordenador da área de neurociências no IDOR e professor da UFRJ.

Como relata Paulo, além de suas brilhantes conquistas profissionais e pioneirismos científicos, Juliano Moreira também rompeu rígidas barreiras racistas da época. Negro e filho de uma empregada doméstica, recebeu uma boa educação proporcionada por seu padrinho, e patrão de sua mãe, o Barão de Itapuã. E Juliano aproveitou bem a oportunidade, ingressando na Faculdade de Medicina da Bahia aos 13 anos — dois anos antes da abolição formal da escravatura no país. Mais tarde, Moreira ainda participou como membro fundador da Sociedade Brasileira de Psiquiatria, Neurologia e Medicina Legal e da própria ABC, na qual, como vice-presidente, recebeu o físico Albert Einstein no país, em 1925. No triênio seguinte, tornou-se presidente da entidade que ajudou a erguer.

“Juliano Moreira foi um memorável humanista. Ingressou em 1916 na ABC, foi vice-presidente e depois presidente, totalizando mais de 12 anos dedicados à Academia, de 1917 a 1929. Nesse período, recebeu Albert Einstein e Marie Curie em suas visitas ao Brasil. Ele teve grande atuação nos meios científicos internacionais, envidando grandes esforços para fortalecer a imagem da ciência brasileira no exterior. Foi realmente um grande líder da psiquiatria e da ciência brasileira. E é uma honra poder homenageá-lo com esse vídeo”, declara o físico Luiz Davidovich, atual presidente da ABC.

Pandemia provocou grave crise, mas também trouxe aprendizados
Durante webinar, lideranças da saúde apontaram a capacidade de adaptação como um legado. Presidente da ABRH Brasil alertou para o impacto na Educação

 

Da Redação

Uma crise ainda sem previsão de fim, mas com aprendizados que devem ser transformadores. Esse foi o cenário traçado pelo presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH Brasil), Paulo Sardinha; pelo secretário executivo da Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde), Bruno Sobral e pelo vice-presidente da Qualicorp, Pablo Meneses, em webinar que discutiu o impacto da pandemia na Educação e na Saúde.

Para o presidente da ABRH Brasil, o país terá que lidar com um prejuízo na Educação, que vai além da simples retomada de aulas, provocado pela pandemia. O déficit acumulado nesses últimos meses terá desdobramentos dentro das próprias organizações, que precisarão buscar soluções que minimizem essa situação. Sardinha também avalia que a elevada taxa de desemprego comprova que o auge da crise ainda não foi superado. “Algumas dúvidas foram esclarecidas, mas incertezas permanecem. Ainda não é possível enxergar o plano de voo claramente. É preciso avaliar a cada semana”, ponderou.

Um dos setores mais afetados pelo novo coronavírus, a saúde também se viu cercada por dúvidas. Logo um segmento acostumado a trabalhar com protocolos para as mais diversas situações. “Mas a pandemia trouxe justamente um cenário em que não havia protocolos, não se sabia lidar com a doença”, destacou Sobral, que apontou a desunião nas esferas governamentais provocada pelas incertezas como um fator que tornou ainda mais difícil as tomadas de decisões. “Esse primeiro momento foi muito difícil para o país”, afirmou.

Ainda assim, os gestores avaliaram que é possível apontar aprendizados que a crise proporcionou. No caso da saúde, o secretário executivo da CNSaúde destacou a incorporação da telemedicina, que permitiu ampliar o acesso aos serviços de saúde em momentos de quarentena. A capacidade de adaptação foi um aprendizado destacado pelo vice-presidente da Qualicorp. Ele citou o exemplo das organizações que tiveram que incorporar o trabalho remoto e se adequar a novas formas de trabalho. Para ele, a disseminação de uma cultura da solidariedade e o entendimento de que a polarização de ideias, pautada em diferenças de visões de mundo, deve estar sempre a serviço de um interesse comum em prol do futuro do país, são outros aprendizados retirados dessa pandemia. “Não podemos mais ter polarizações de busca pelo poder. A boa polarização é a de ideias para construir algo melhor”, defendeu.