Simpósio da Oncologia D’Or debate avanços em diagnóstico e tratamentos hematológicos
Uso de IA e avanços na terapia celular estão entre os destaques da programação

 

Da Redação

Os últimos avanços sobre diagnóstico e tratamento do câncer hematológico serão apresentados no X Simpósio Internacional de Hematologia Oncologia D’Or, que acontece em 30 e 31 de maio no Rio de Janeiro. Cerca de 50 palestrantes, incluindo três convidados internacionais, vão discutir casos reais, que também serão a base para falar sobre a patogênese das doenças, os métodos laboratoriais que permitem a correta identificação do câncer e as melhores alternativas terapêuticas. Uma mesa sobre a incorporação de Inteligência Artificial na hematologia encerra o primeiro dia do evento. “Nos últimos anos, registramos um salto relevante no uso de IA, que nos permite, através da criação de algoritmos, a predição com muita precisão de diagnósticos”, ressalta Fabio Nucci, que ao lado dos também hematologistas Ana Lúzia Schriefer, Edvan Crusoé e Renata Lyrio, responde pela coordenação do simpósio.

Nucci relata que existe uma preocupação com o aumento de casos de leucemia. Segundo o INCA, são estimados cerca de 12 mil diagnósticos por ano no Brasil. Existem 12 tipos de leucemias, sendo as mais comuns a leucemia linfoide aguda, recorrente em crianças, e a leucemia mieloide aguda, que atinge normalmente adultos. Felizmente, ressalta o hematologista, os avanços da medicina têm proporcionado terapias que abriram novos horizontes para o tratamento das doenças. Ele cita como exemplo as descobertas na área da oncogenética, com o desenvolvimento de tecnologias de terapia celulares, como por exemplo, o CART-cell que permite tratamentos cada vez mais personalizados para os pacientes com leucemias. “Até décadas atrás era quase que impossível tratar pacientes mais idosos. Hoje esse cenário mudou e podemos oferecer linhas terapêuticas para toda a população, independentemente da idade”, celebra.

O coordenador observa ainda que o simpósio traz um modelo bastante didático e atualizado. Será uma oportunidade de poder interagir com especialistas que são referência no Brasil e no mundo e se aprofundar em questões importantes na prática clínica. Vão estar presentes nomes como o do Eduardo Rego, coordenador nacional da Hematologia da Oncologia D’Or e vice-presidente da Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (ABHH); Alan Skarbinik, diretor dos programas de Linfoma, Leucemia Linfocítica Crônica, Terapias Celulares e Terapias Experimentais na Novant Health, em Charlotte, e Luciano Costa, professor de Medicina e Pesquisador Clínico Sênior no O’Neal Comprehensive Cancer Center da University of Alabama, em Birmingham.

A edição deste ano manterá a tradição das anteriores de debater questões do dia a dia do hematologista e a prática clínica com experientes profissionais do setor, bem como de atualizar o público sobre os avanços em novos fármacos destinados a doenças onco-hematológicas. “Outro diferencial do nosso simpósio, principalmente para estudantes de pós-graduação e graduação, é a experiência da Oncologia D’Or com equipes multiprofissionais de saúde, que estão presente em nossas clínicas”, salienta Fabio. Por sinal uma das mesas do primeiro dia será sobre a importância de uma abordagem multidisciplinar.

A programação também terá mesas sobre hematologia benigna, linfomas agressivos, amiloidose e linfomas indolentes, que terá a presença do dr. Skarbinik, entre outros temas. Ao todo serão sete módulos, além de sete simpósios satélites. “Foi tudo pensado para trazer os temas mais atuais e que têm sido discutidos nos principais congressos do mundo. Temos a certeza de que o Simpósio será uma excelente oportunidade de atualização para estudantes e profissionais”, ressalta Fabio.

Serviço:

X Simpósio Internacional de Hematologia Oncologia D’Or
Data: 30 e 31 de maio
Local: Sheraton Grand Rio Hotel- Av. Niemeyer, 121 – Leblon, Rio de Janeiro – RJ
Inscrição: Home – X Simpósio Internacional de Hematologia da Oncologia D’Or

Com mais de 11 mil inscritos, Onco in Rio apresentou os principais avanços no tratamento e diagnóstico de câncer
Aplicação da Inteligência Artificial esteve entre os principais destaques. Oncologistas alertaram para aumento de casos em pessoas com menos de 55 anos

 

Um talk show entre o presidente da Oncologia D’Or, Paulo Hoff, e o CEO da Rede D’Or, Paulo Moll, fechou a décima edição do Onco in Rio

 

Da Redação

O uso da Inteligência Artificial e os avanços na patologia molecular estiveram entre os principais temas debatidos na décima edição do Congresso Internacional da Oncologia D’Or – Onco in Rio, encerrado no último sábado. Com cerca de 11 mil inscritos e mais de 300 palestrantes, o congresso foi uma oportunidade única de se atualizar nas práticas oncológicas mais modernas. “Antigamente demorava décadas para surgirem novidades relevantes na medicina. Hoje é uma questão de meses, tal é a velocidade que o conhecimento se renova”, ressaltou o presidente da Oncologia D’Or, Paulo Hoff, que aponta que o futuro do diagnóstico e do tratamento de câncer passa pelo aprendizado das melhores formas de se incorporar a IA nas clínicas e hospitais.

Para o cirurgião Carlos Domene, por exemplo, coordenador do curso de capacitação em robótica do IDOR, que participou da mesa sobre o uso de IA em cirurgia oncológica, a incorporação dessa tecnologia é inevitável e não há como negar as vantagens que ela entrega tanto para o médico quanto para o paciente. “Há quem ainda duvide do futuro da IA, mas lembro que houve quem disse que avião era uma coisa impossível e que a TV não teria futuro”, pontuou.

A anestesiologista e coordenadora do Centro de Estudos da Clínica São Vicente, Mariana Junqueira ponderou sobre como a IA pode contribuir na gestão da dor dos pacientes. Ela observou que muitas vezes as pessoas não leem as orientações para usos de opioides e considerou se a IA não pode ajudar, por exemplo, a fazer um vídeo que seja mais eficiente e ajude a melhorar a qualidade de vida do paciente.

As inovações foram destacadas em diversas palestras, ainda assim é quase que unanimidade que há muito onde avançar. A coordenadora da oncologia do Hospital São Luiz Jabaquara, Alexandra Khichfy, relatou, durante a mesa que debateu o estágio atual da oncologia, que o diagnóstico do câncer é um problema mundial, visto que, somente em 2019, cerca de 10 milhões de pessoas morreram por causa de algum tipo de tumor. Ela observou que é preciso melhorar o acesso aos exames, pois quanto antes diagnosticar, maior é chance de um desfecho positivo. Um exemplo é o câncer de intestino, que apresenta a taxa de sobrevida 90% em cinco anos e o de mama, que registra uma taxa de 100%. E as perspectivas para o futuro são ainda melhores. “Estamos caminhando para análises moleculares para entender profundamente os tumores e fazer tratamentos mais especializados”, afirmou.

O aumento do número de casos de câncer em pessoas com menos de 55 anos tem preocupado os oncologistas. O número de diagnósticos de tumores de intestino, por exemplo, cresceu de 11% para 20% entre 2005 e 2019. Outros tipos de câncer, como de esôfago e próstata, também têm registrado aumento de incidência em pessoas mais jovens. Hoff ressalta que a adoção de hábitos de vida saudáveis é uma das principais formas de se prevenir o câncer. “A obesidade crônica, vista pela OMS como um caso de epidemia global, está hoje entre os principais fatores de risco para a maioria dos tipos de câncer”, alerta.

O congresso também mostrou que pesquisadores estão cada vez mais otimistas no desenvolvimento de tecnologias que permitam prever as reais chances de uma pessoa vir a ter um câncer, bem como de antecipar a forma como ele vai se desenvolver. E o avanço da patologia molecular tem sido fundamental para permitir essa previsibilidade e identificar de forma mais precisa o tipo de câncer de cada paciente.

No sábado, encerrando a programação científica do congresso, uma mesa sobre o futuro dos testes moleculares reuniu o diretor médico da Anatomia Patológica da Rede D‘Or, Fernando Soares, e o norte americano Eric Walk, que tem mais de 20 anos de experiência em medicina de precisão e desenvolvimento de medicamentos oncológicos e hoje é diretor médico da PathAI, empresa que fechou parceria com a Rede D’Or para entregar soluções com IA. “A Inteligência Artificial vai ser o nosso melhor companheiro, pois vai atuar em diversos momentos, seja, por exemplo, avaliando resultado de exames de imagens ou de análises clínicas e patológicas. E a IA vai poder integrar todas essas informações”, ressaltou Soares.

Termina hoje o maior congresso de oncologia do país
Onco in Rio apresenta os principais avanços no diagnóstico e tratamento de câncer

A anestesiologista do Centro de Estudos da Clínica São Vicente, Mariana Junqueira

 

Da Redação

Termina hoje (05) a décima edição do Congresso Internacional da Oncologia D’Or – Onco in Rio. O maior congresso de oncologia do país, com mais de 11 mil inscritos, apresenta as principais novidades no diagnóstico e tratamento de câncer. No primeiro dia, o papel dos cuidados paliativos, os avanços nos tratamentos de câncer de mama e a gestão da dor do paciente oncológico foram alguns dos temas abordados. “Entendemos que era preciso pensar em outros setores da área da saúde, para proporcionar um evento que abrangesse o cuidado integral dos pacientes. Por isso temos mais de 300 palestrantes de diversas áreas da medicina”, ressaltou o presidente da Oncologia D’Or, Paulo Hoff, ao comentar na abertura que a programação contempla temas para especialidades além da oncologia.

O uso de Inteligência Artificial também foi um dos principais temas do primeiro dia. Para o cirurgião Carlos Domene, por exemplo, coordenador do curso de capacitação em robótica do IDOR, que participou da mesa sobre o uso de IA em cirurgia oncológica, a incorporação da IA é inevitável e não há como negar as vantagens que ela entrega tanto para o médico quanto para o paciente. “Há quem ainda duvide do futuro da IA, mas lembro que houve quem disse que avião era uma coisa impossível e que a TV não teria futuro”, pontuou.

A anestesiologista e coordenadora do Centro de Estudos da Clínica São Vicente, Mariana Junqueira ponderou sobre como a IA pode contribuir. Ela observou que muitas vezes as pessoas não leem as orientações para usos de opioides e considerou se a IA não pode ajudar, por exemplo, a fazer um vídeo que seja mais eficiente e ajude a melhorar a qualidade de vida do paciente.

As inovações no campo oncológico foram destacadas em diversas mesas, ainda assim é quase que unanimidade que há muito no que avançar. A coordenadora da Oncologia do Hospital São Luiz Jabaquara, Alexandra Khichfy, relatou, durante a mesa que debateu o estágio atual da oncologia, que o diagnóstico do câncer é um problema mundial, visto que, somente em 2019, cerca de 10 milhões de pessoas morreram por causa de algum tipo de tumor. Ela observou que é preciso melhorar o acesso aos exames, pois quanto antes diagnosticar, maior é chance de um desfecho positivo. Ela citou como exemplo o câncer de intestino, que apresenta a taxa de sobrevida 90% em cinco anos e o de mama, que registra uma taxa de 100%. E as perspectivas para o futuro são ainda melhores. “Estamos caminhando para análises moleculares para entender profundamente os tumores e fazer tratamentos mais especializados”, afirmou.

Já a oncologista da Oncologia D’Or de Salvador Nathália de Souza Del Rey destacou a importância do trabalho multidisciplinar, envolvendo diversos profissionais, para proporcionar tanto um melhor tratamento quanto qualidade de vida ao paciente. Ela contou que o entendimento do câncer como uma doença sistêmica, que afeta várias partes, é relativamente recente. “No século XIX, não se tinha ideia de ser uma doença sistêmica. Hoje sabemos que o tratamento sistêmico associado ao tratamento definitivo aumenta as chances de cura do paciente. A gente sabe muito, mas ainda precisamos aprender mais”, afirmou.

O Onco in Rio continua neste sábado, com mesas sobre aaplicações da patologia digital e da IA na medicina de precisão e pesquisa clínica, o futuro dos testes moleculares na prática da oncologia, cardio-oncologia, transplante de órgãos e tumores, entre outros.

Serviço
X Congresso Internacional Oncologia D’Or – Onco in Rio
Quando: 04 e 05 de abril
Onde: Windsor Oceânico- R. Martinho de Mesquita, 129 – Barra da Tijuca, Rio de Janeiro
Saiba mais:  Home – X Congresso Internacional Oncologia D’Or – Onco in Rio

 

Onda de calor exige cuidados com a saúde na hora de aproveitar o Carnaval
Hidratação e protetor solar são fundamentais para o folião festejar com segurança

Da Redação

Chega o Carnaval e todo mundo quer colocar o seu bloco na rua, mas para não deixar o samba atravessar e acabar em uma emergência de um hospital, é importante prestar atenção no que se come, bebe e veste. Clínico geral do Copa D’Or, Andrei Horst Kirsten aponta que a hidratação é o principal cuidado a ser tomado, ainda mais devido à forte onda de calor que tem atingido a cidade nesse verão. “É preciso beber muita água, suco ou água de coco”, recomenda o médico. Manter uma boa hidratação é essencial, especialmente para quem consome bebidas alcoólicas e deseja reduzir os efeitos adversos, como a ressaca no dia seguinte. O consumo excessivo de álcool costuma ser uma das principais causas de atendimentos nos serviços de emergência durante a Festa do Momo.

Andrei alerta que é preciso ficar atento a sintomas como tontura, náusea, dor de cabeça e cãibras musculares, que podem indicar desidratação ou insolação. “Caso os sintomas persistam, é fundamental procurar atendimento médico o mais rápido possível”, explica o médico, que ressalta que o cuidado com idosos e crianças deve ser redobrado. É preciso fazer com que eles bebam líquidos com frequência, mesmo que não manifestem sede, e evitar exposição prolongada ao sol. “Tanto idosos quanto crianças têm mais facilidade de desidratar”, explica.

Entre outros cuidados fundamentais estão o uso de roupas leves e de cores claras. Conforto também deve ser prioridade nos calçados, para evitar lesões nos pés e nas pernas. Um item indispensável é o protetor solar, para se proteger dos raios ultravioletas. O protetor solar deve ser aplicado com um fator de proteção adequado (mínimo FPS 30) pelo menos 30 minutos antes da exposição ao sol, com reaplicação a cada duas horas ou conforme recomendação do fabricante.

É preciso ainda lembrar de comer. O recomendado é priorizar alimentos leves, como saladas, frutas e legumes frescos, no lugar de opções gordurosas e de difícil digestão. O folião também deve evitar alimentos de procedência duvidosa ou sem controle sanitário adequado, reduzindo o risco de infecções gastrointestinais. Andrei relata que é muito comum nessa época casos de pacientes com infecção intestinal causada por comidas de rua que não tiveram o preparo ideal.

Já quem está em busca de uma paixão de Carnaval, o uso do preservativo é indispensável para a prevenção de infecções sexualmente transmissíveis, bem como para evitar gestações indesejadas. “Se for ter relações sexuais, use preservativo. É preciso que se tenha consciência de que o preservativo protege de uma doença que pode ser levada para a vida toda”, afirma o médico.